Edmundo Martinho vai liderar novo órgão de fiscalização da Associação Mutualista Montepio
Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa deverá ser eleito presidente da mesa da assembleia de representantes da Associação Mutualista Montepio Geral na próxima sexta-feira.
Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), prepara-se para ser eleito presidente da mesa da assembleia de representantes da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), de acordo com as informações recolhidas pelo ECO. O nome deverá ser confirmado na reunião da próxima sexta-feira, quando forem contabilizados os votos dos 30 representantes do recém-criado órgão que funcionará como supervisor e fiscalizador da administração do grupo.
A eleição do presidente e secretários da mesa da assembleia de representantes deveria ter ocorrido na reunião da passada sexta-feira. Contudo, faltaram cinco representantes, por motivo de isolamento obrigatório em alguns casos, pelo que se decidiu avançar com o voto secreto junto dos 25 membros que estiveram presentes e aguardar pelos restantes votos por correspondência para se fechar a votação e contar os votos na reunião seguinte.
Além de Edmundo Martinho para presidente da mesa, esta proposta inclui ainda os nomes de Ivo Pinho (inicialmente apontado como presidente, mas entretanto substituído pelo líder da SCML) e Isabel Silva como secretários, ambos também eleitos pela Lista A, de Virgílio Lima, nas últimas eleições.
Terá a concorrência de uma outra proposta avançada pelas restantes listas e que integra os nomes de Conceição Zagalo (eleita pela Lista D) para presidente e de Viriato Silva (Lista C) e José Nogueira (Lista B) para secretários.
Como a Lista A conseguiu eleger metade (15) dos representantes desta assembleia, a sua proposta deverá ser aprovada, na medida em que, em caso de empate com a lista concorrente (indicada pelas outras listas das últimas eleições) por duas ocasiões, o presidente ad-hoc, Vítor Melícias, passa a deter um voto de qualidade e votará a favor da lista pela qual foi eleito.
A assembleia de representantes é uma novidade no Montepio, que decorre da atualização do Código das Associações Mutualistas (CAM) em 2018. Veio substituir o conselho geral da instituição, extinto em 2020, mas tem poderes reforçados, o que lhe confere uma importância decisiva no futuro da instituição: aprovar e chumbar orçamentos e contas, decidir a venda de participações de entidades do grupo, e eleger a comissão de remunerações da administração, entre outras competências.
Também por decidir ficou a composição da comissão de remunerações, cuja proposta precisa de obter maioria qualificada de dois terços para ser aprovada. Ou seja, os 15 representantes eleitos pela Lista A não serão suficientes para aprovarem uma proposta, antecipando-se um cenário de disputa e também negociações com as outras listas. Para já ficou determinado que se iria criar um grupo de trabalho para definir o objeto e missão desta comissão.
Por outro lado, a reunião da passada sexta-feira já aprovou o plano de atividades e orçamento para este ano. A AMMG é a maior mutualista do país, com mais de 600 mil associados e gerindo poupanças de cerca de 3.000 milhões de euros.
Virgílio Lima e a sua Lista A foram os vencedores das eleições de 17 de dezembro, conquistando 48% dos votos que lhe permitiram eleger para o conselho de administração, conselho fiscal e mesa da assembleia geral.
O ECO contactou a AMMG, mas não obteve uma resposta até à publicação deste artigo.
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