Navigator acelera 3% com subida do lucro e dividendo

A Navigator sobe 3% no arranque da sessão da bolsa de Lisboa, depois de ter apresentado uma subida de 57% dos lucros e um dividendo adicional de 14,06 cêntimos por ação, num montante global de perto de 100 milhões de euros.

Os analistas do BPI/CaixaBank referem que o EBITDA no quarto trimestre ficou acima do esperado, sobretudo impulsionado por um aumento dos volumes e do preço médio de venda no papel. Quanto ao dividendo, a distribuição de 100 milhões está em linha com a expectativas dos analistas, “confirmando a forte política de remuneração acionista” da Navigator.

A papeleira avança 3,03% para 3,54 euros, e é o título que mais valoriza no PSI-20 nos primeiros minutos de negociação. O principal índice português soma 0,73% para 5.686,01 pontos.

Também as praças europeias registam apetite comprador por parte dos investidores, com a abertura a fazer em alta de quase 1% para o Stoxx 600 e o parisiense CAC-40. As bolsas de Madrid e de Frankfurt valorizam ambas cerca de 0,8%.

Por cá, são 13 as cotadas que estão a negociar em terreno positivo. Depois do avanço de 9% na última sessão, os CTT voltam a subir mais de 1%, mantendo o bom momento após ter fechado o acordo sobre o novo serviço postal universal. Os analistas falam em bom contrato do ponto de vista financeiro, além de reduzir a incerteza regulatória para os próximos sete anos (até 2028).

Na energia, a EDP e a EDP Renováveis ganha 1,58% e 1,79%, respetivamente. Também a Greenvolt está em alta de 0,85%.

Navigator acelera 3%

Outro dos pesos pesados, o BCP volta a valorizar, com as ações do banco a subirem 0,72%, numa altura em que o setor bancário está a ser beneficiado com a perspetiva de subida dos juros pelos bancos centrais.

Sobre este tema, os juros portugueses a dez anos estão em queda: a yield recua para 1,019%, depois de oito sessões consecutivas em alta. O IGCP vai esta manhã ao mercado tentar obter um financiamento até 1.250 milhões de euros em títulos com o prazo de seis e nove anos.

A Galp e a Jerónimo Martins travam um melhor desempenho em Lisboa. A petrolífera desliza ligeiros 0,2% para 9,814 euros, quando os preços do petróleo nos mercados internacionais também recuam 2% perante as negociações entre EUA e Irão.