Peso do endividamento da economia baixa para 363,3% do PIB em 2021
O endividamento dos cidadãos, empresas e Estado aumentou 16,9 mil milhões de euros em 2021, para 768,1 mil milhões de euros. Porém, o peso no PIB baixou para os 363,3%.
O endividamento da economia portuguesa (todos os agentes económicos exceto a banca) subiu 16,9 mil milhões de euros em 2021, para um total de 768,1 mil milhões de euros, mostram os dados do Banco de Portugal divulgados esta terça-feira. Porém, como a economia cresceu mais do que o endividamento, o rácio de endividamento baixou de 375,4% do PIB em 2020 para 363,3% do PIB em 2021.
“O aumento do PIB registado em 2021, superior ao acréscimo do endividamento, originou uma evolução dos indicadores do endividamento do setor não financeiro em percentagem do PIB contrária à observada para os valores nominais“, explica o banco central, notando que “em 2021, o endividamento do setor não financeiro diminuiu de 375,4% para 363,3% do PIB, registando-se uma redução do endividamento do setor público de 170,6% para 162,8% do PIB e um decréscimo do endividamento do setor privado de 204,8% para 200,5% do PIB”.
Após subida provocada pela pandemia, peso do endividamento volta a cair
Apesar desta descida do rácio de endividamento, este continua acima do valor pré-pandemia. Como mostra o gráfico do Banco de Portugal, o rácio estava nos 338% do PIB no final de 2019, antes da chegada da Covid-19. Terá de haver uma redução adicional acima de 20 pontos percentuais para que Portugal volte ao patamar em que estava. Certo é que o rácio continua longe dos mais de 420% registados durante a última crise.
Após ter crescido de forma acelerada durante a pandemia, o valor nominal do endividamento do setor não financeiro travou em 2021. Ainda assim, houve um acréscimo de 16,9 mil milhões de euros em 2021, para um total de 768,1 mil milhões de euros, um máximo histórico, como mostra o gráfico do banco central. A maior fatia destes 16,9 mil milhões vieram do setor privado.
Valor do endividamento continua a subir
“O endividamento do setor público (administrações públicas e empresas públicas) aumentou 2,7 mil milhões de euros, para 344,1 mil milhões de euros”, detalha o BdP, referindo que houve maior endividamento público junto do setor financeiro e uma redução face ao exterior. Já o endividamento do setor privado (empresas privadas e particulares) aumentou 14,2 mil milhões de euros, principalmente do lado das empresas (9,4 mil milhões). No caso dos particulares, a subida de 4,8 mil milhões deve-se ao incremento do endividamento junto dos bancos.
Empresas das indústrias transformadoras e extrativas metem o pé no acelerador
Focando nas empresas privadas, os dados do Banco de Portugal revelam que o endividamento cresceu 4,2% entre o final de 2020 e o final de 2021, mais três pontos percentuais do que entre 2019 e 2020.
“Uma análise por setor de atividade económica mostra que o setor das indústrias transformadoras e extrativas foi aquele cujo endividamento mais cresceu em 2021 (6,5%)“, detalha o banco central.
Endividamento das empresas cresce a diferentes ritmos
Por outro lado, “o endividamento das empresas do setor da eletricidade, gás e água diminuiu 2,0% em relação ao final de 2020“.
(Notícia atualizada às 11h28 com mais informação)
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