Guerra na Ucrânia põe Wall Street a cair mais de 2%

A ofensiva militar da Rússia na Ucrânia desencadeada esta quinta-feira está a provocar turbulência nos mercados financeiros. Wall Street abriu esta quinta-feira a cair mais de 2%.

Com a guerra a começar em território ucraniano, os mercados financeiros abalaram esta quinta-feira, principalmente a bolsa de Moscovo, mas também as bolsas europeias. Após cair mais de 1% na sessão anterior, Wall Street abriu com uma desvalorização superior a 2%, numa altura em que se somam os ataques russos na Ucrânia.

O Dow Jones — que está a 12% do seu anterior máximo — desce 2,34% para os 32.357,61 pontos, o S&P 500 — que está 14% abaixo do recorde anterior — cede 2,43% para os 4.127,42 pontos e o Nasdaq desvaloriza 2,89% para os 12.661,02 pontos. O Nasdaq, o índice tecnológico, já está em bear market, ou seja, regista uma queda superior a 20% face ao seu anterior máximo em novembro de 2021.

Nas últimas horas intensificou-se o movimento dos investidores para os ativos de refúgio, como o ouro e as obrigações soberanas, e o aumento da cotação de bens energéticos (em que a Rússia é um dos fornecedores) como o petróleo e o gás natural. O receio do que significará este início da guerra na Europa está a dominar os mercados financeiros.

Depois de várias semanas de tensão na fronteira, foi durante esta madrugada que Moscovo lançou uma ofensiva militar sobre a Ucrânia, com explosões e vários mísseis em diferentes locais, incluindo a capital Kiev. A reação do Ocidente foi imediata com a ameaça de sanções económicas “massivas” por parte da União Europeia e do Reino Unido.

Nos principais índices norte-americanos, as quedas são transversais aos diferentes setores da economia. A tecnológica Apple desce 4%, os bancos Bank of America e JPMorgan Chase desvalorizam mais de 4,5% e a fabricante de automóveis Tesla perde 5%. Há, no entanto, algumas exceções, como é o caso das cotadas do setor da energia e do setor militar: a Exxon Mobil sobe ligeiramente e a Lockheed Martin e a Raytheon Technologies valorizam mais de 1%.

Também no mercado dos criptoativos há um sentimento negativo. A bitcoin, o criptoativo mais popular, está a desvalorizar mais de 6%, na casa dos 35 mil dólares.

Este conflito militar vem trazer ainda mais volatilidade aos mercados financeiros numa altura em que os investidores já especulavam sobre a mudança da política monetária nos Estados Unidos e na Zona Euro por causa da rápida aceleração da taxa de inflação no pós-pandemia.

(Notícia atualizada às 14h56 com mais informação)

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