Estas são as empresas com maior exposição ao mercado russo
De petrolíferas, a fabricantes aeronáuticas, a empresas do setor alimentar. Estas são as empresas europeias e asiáticas com maior exposição ao mercado russo, após a ofensiva militar contra a Ucrânia.
Após vários pacotes de sanções internacionais em condenação da ofensiva militar de Moscovo contra a Ucrânia, as empresas preparam-se agora para as consequências económicas da sua exposição a este mercado. Estas são as empresas com maior capital em risco na Rússia, conforme divulgado esta sexta-feira pela Reuters (acesso condicionado / conteúdo em inglês).
Empresas Europeias
BASF
A fabricante alemã de produtos químicos é proprietária da Wintershall Dea, uma das acionistas do, agora suspenso, gasoduto Nord Stream 2. A Basf controla a Wintershall Dea ao lado do grupo de investimento do multimilionário russo Mikhail Fridman, sendo que a empresa admite também gerar 1% das vendas do grupo na Rússia.
BP
A petrolífera britânica é a maior acionista estrangeira no mercado russo, com uma participação de 19,75% na petrolífera nacional Rosneft, além de deter participações em diversos outros projetos de petróleo e gás na Rússia.
Coca Cola HBC
A empresa sediada na Suíça produz, vende e distribui Coca-Cola para a Rússia, Ucrânia e grande parte da Europa Central e Oriental. A Rússia representa um dos seus maiores mercados e a empresa detém 7000 funcionários no país.
Danone
A multinacional alimentar francesa é proprietária da marca russa de laticínios Prostokvanhino e obtém 6% do seu volume total de vendas no país.
Engie
A fornecedora de gás francesa é uma das cinco acionistas do gasoduto Nord Stream 2.
Equinor
A energética norueguesa envolvida na exploração e produção de petróleo e gás tem participações minoritárias em três poços petrolíferos russos.
Generali
A seguradora italiana controla participações minoritárias na seguradora russa Ingosstrakh.
Heidelbergcement
A fabricante alemã de material de construção controla três fábricas na Rússia e já divulgou que as mesmas não exportam para fora do país.
Metro
Metro AG é um grupo alemão retalhista e de serviços alimentar, presente em 35 países europeus e asiáticos. No mercado russo o grupo emprega 10.000 funcionários e serve 2,5 milhões de clientes, operando ainda 26 lojas na Ucrânia.
NESTE
A Neste Oyj é uma empresa finlandesa que atua na refinaria e comercialização de petróleo e derivados. A empresa depende da Rússia para o abastecimento de dois terços do seu petróleo, embora alegue que uma parte significativa das suas compras de crude seja proveniente de mercados spot, o mercado de compra e venda “na hora”, por oposição ao mercado de futuros.
Nestlé
A gigante alimentar suíça tinha seis fábricas na Rússia em 2020 para a produção de confeitaria e bebidas, segundo o seu site. Em 2020 as vendas no mercado russo atingiram 1,7 mil milhões de dólares, ou 1,5 mil milhões de euros ao câmbio atual.
Nokian Tyres
A produtora finlandesa de pneus possui uma fábrica e um armazém na Rússia.
OMV
A companhia petrolífera e de gás austríaca é uma das cinco acionistas do gasoduto Nord Stream 2, é a principal importadora de gás russo na Áustria, e possui ainda uma participação de 24,99% no depósito de gás Juschno-Russkoje.
Renault
A fabricante automóvel francesa tem uma participação de 69% na joint ventura russa Avtovaz, por detrás de marcas como a Lada que vende 90% da sua produção no país.
Rolls-Royce
Rolls-Royce Holdings plc é uma empresa de engenharia britânica envolvida no setor aeronáutico, a qual dispões de 20% do seu titânio, usado em motores a jato, proveniente da Rússia. Contudo, a empresa diz que o país contribui menos de 2% para o seu total de receitas.
Safran
A fabricante aeronáutica francesa tem como principal fornecedora de titânio a russa VSMPO-AVISMA, embora a fabricante sublinhe que a Rússia fornece menos de metade dos materiais necessários.
Shell
A petrolífera anglo-holandesa controla 27,5% do projeto de gás natural liquefeito (GNL) Sakhali-2, com capacidade de produção anual de 10,9 milhões de toneladas GNL, operado pela energética nacional russa Gazprom. A Shell é ainda uma das cinco acionistas do gasoduto Nord Stream 2.
Totalenergies
A petrolífera francesa é um dos maiores investidores na Rússia com uma participação de 19,4% na Novatek, 20% na joint venture Yamal LNG, 21,6% na Artic LNG 2, 20% no poço de petróleo de Kharyaga, além de diversas outras participações na área das energias renováveis e refinarias no país.
Uniper
A empresa de utilities alemã é uma das acionistas do gasoduto Nord Stream 2, sendo que a mesma tem uma exposição de mil milhão de dólares, ou 892 milhões de euros a câmbio atual. Além deste investimento, a empresa tem ainda participações em cinco centrais nucleares russas, com uma capacidade combinada de 11,2 gigawatts, ou 5% das necessidades energéticas russas. Juntamente com o seu acionista Fortrum, as empresas controlam 12 centrais nucleares russas, e empregam 7000 pessoas.
Volkswagen
A fabricante automóvel alemã tem duas fábricas na Rússia, e cerca de 4.000 funcionários.
Empresas asiáticas
Japan Tobacco
A tabaqueira japonesa emprega cerca de 4.000 funcionários nas suas fábricas russas, e os impostos pagos pela empresa corresponderam a 1,4% do orçamento do Estado do país. A tabaqueira obtém cerca de um quinto dos seus lucros de países como a Rússia e a Bielorrússia.
Marubeni Corp
O grupo japonês dispõe de quatro escritórios na Rússia, onde vende pneus para equipamento de mineração, e gere um centro médico.
Mitsubishi Corp
O grupo automóvel distribui veículos através de 141 concessionárias russas, e tem ainda uma participação no projeto petrolífero e de gás Sakhalin 2, da Gazprom. O projeto em questão abastece o Japão com GNL, e vende carvão, alumínio, níquel, metanol, plásticos e outros materiais, além de abastecer com equipamentos as centrais nucleares na Rússia.
SBI Holdings
O banco SBI presta serviços a empresas, bem como empréstimos a companhias japonesas em expansão de negócios na Rússia.
Toyota
A fábrica de São Petersburgo, na Rússia, da fabricante automóvel é responsável pelos modelos Camry e RAV4, sendo que a marca controla ainda uma concessionária em Moscovo. A Toyota emprega cerca de 2600 funcionários nas cidades em questão.
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