BCE diz que está pronto para o que for necessário face ao impacto da guerra na Ucrânia
Christine Lagarde assegura que o banco central está preparado para todas as medidas que forem necessárias para a estabilidade dos preços e financeira da Zona Euro face ao impacto da guerra na Ucrânia.
O Banco Central Europeu (BCE) está preparado para fazer o que for necessário para “assegurar a estabilidade dos preços e a estabilidade financeira na área do euro” face ao impacto da guerra na Ucrânia, disse a presidente Christine Lagarde esta sexta-feira.
“O BCE está pronto a tomar as medidas necessárias para cumprir as suas responsabilidades de assegurar a estabilidade dos preços e a estabilidade financeira na área do euro”, referiu a francesa numa curta mensagem onde começa por expressar a solidariedade do conselho do BCE com o povo ucraniano “num momento sombrio para a Europa”.
Lagarde diz que a instituição “está a acompanhar de perto a evolução da situação” e que vai realizar “uma avaliação abrangente das perspetivas económicas, incluindo já estes últimos desenvolvimentos, e que constituirá a base da sua reunião de política de 10 de março”, data da próxima reunião de política monetária.
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Com o desenrolar do conflito no Leste da Europa, depois da incursão militar russa na Ucrânia, os preços da energia dispararam, com o Brent a subir para mais de 100 dólares por barril e o gás natural a disparar para mais de 100 dólares por MWh. Também dos preços de outras matérias-primas, desde metais (o alumínio atingiu máximos históricos) a bens agrícolas (a Ucrânia e a Rússia estão entre os maiores produtores mundiais de cereais), subiram significativamente.
Esta escalada vai ter um impacto generalizado nos preços ao consumidor, num momento em que a taxa de inflação regista valores históricos na região, mas também deverá atrasar a retoma da economia após a crise pandémica, criando um dilema no seio da instituição de Frankfurt quanto ao rumo e ritmo dos juros e dos estímulos nos próximos meses.
Para já, Lagarde diz que o BCE vai garantir “condições de liquidez suaves e acesso dos cidadãos ao dinheiro” e também que “vai implementar todas as sanções que foram decididas pela União Europeia e pelos Governos europeus”.
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