Sanções aplicadas à Rússia deverão incluir criptomoedas
Existirá consenso entre os líderes da União Europeia para incluir as criptomoedas nas sanções contra a Rússia, segundo o ministro das Finanças francês.
Várias potências mundiais estão a avançar com sanções contra a Rússia, devido à invasão da Ucrânia, que começou na semana passada. Governantes envolvidos no assunto sinalizam que estas medidas também deverão incluir criptomoedas e ativos digitais, meios que poderão ser usados para fugir às sanções.
O ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, saudou as últimas sanções da União Europeia (UE) contra a Rússia e defendeu que essas também incluiriam medidas sobre criptomoedas, em declarações citadas pela Reuters. O responsável salientou também que existe um amplo acordo entre os líderes da UE de que as criptomoedas não devem ser negligenciadas nas sanções russas.
A UE já chegou a acordo para excluir sete bancos russos do sistema bancário SWIFT, e avançou também com uma “lista negra” de indivíduos e empresas russas a quem serão aplicadas sanções.
Já Christian Lindner, ministro das Finanças alemão, apontou mesmo que também deveriam ser dados passos para impedir que indivíduos e instituições listadas nas sanções mudem para ativos digitais que não estão regulamentados.
O presidente da Reserva Federal norte-americana também se debruçou sobre este assunto, reiterando que a invasão da Ucrânia pela Rússia pode enfatizar a necessidade de regulamentação de criptomoedas, para impedir que indivíduos sancionados usem criptomoedas para fugir às sanções.
“[O conflito Ucrânia-Rússia] sublinhou a necessidade de ação do Congresso sobre finanças digitais, incluindo criptomoedas”, disse Jerome Powell, esta quarta-feira. “Temos essa indústria emergente que tem muitas partes, e não existe o tipo de estrutura regulatória que tem de existir”, acrescentou.
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