UE estuda emissão massiva de dívida para financiar despesa com energia e defesa
Comissão Europeia poderá emitir mais dívida conjunta para financiar despesa dos Estados membros com investimentos nas áreas da energia e da defesa, na sequência da guerra na Ucrânia.
A União Europeia deverá revelar um plano ainda esta semana para emitir dívida conjunta em grande escala para financiar a despesa no setor energético, mas também da defesa, avança a agência Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês).
A proposta, cujos detalhes ainda estão a ser negociados, nomeadamente o montante do financiamento, poderá ser apresentada depois de os líderes europeus realizarem uma cimeira de urgência em Versailles, França, que decorre a 10 e 11 de março.
A nova emissão surgirá depois de a UE ter emitido dívida conjunta pela primeira vez no valor de 1,8 biliões de euros para financiar o pacote de recuperação das economias europeias, na sequência da pandemia.
Bruxelas quer reformular a sua infraestrutura militar e energética, na sequência do ataque da Rússia à Ucrânia, pelo que as necessidades de financiamento vão aumentar significativamente. A Comissão vai apresentar esta terça-feira uma proposta para reduzir a independência da energia russa, a qual vai passar por uma diversificação do abastecimento da energia e também por uma maior aposta nas renováveis.
“Precisamos de novas ferramentas para responder a novas questões que esta crise levantou”, disse o comissário da Economia, Paolo Gentiloni, no Parlamento Europeu esta semana.
O plano deverá envolver a Comissão Europeia, o executivo comunitário, que emitirá as obrigações e depois canalizar o dinheiro para os Estados membros sob a forma de empréstimos com condições para financiar gastos com defesa e energia, de acordo com fontes citadas pela agência.
Uma das opções em cima da mesa é estruturar este plano em moldes semelhantes ao programa SURE, um esquema que foi usado para financiar medidas de apoio ao emprego durante a pandemia.
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