Petróleo recupera e segue a valorizar 4% para mais de 113 dólares

Após vários dias de oscilações, tendo mesmo afundado mais de 17%, o barril de ouro negro chega ao final da semana a cotar nos 113 dólares.

Os preços do petróleo estão a subir esta sexta-feira, recuperando da forte queda de mais de 13% observada na quarta-feira. Têm sido dias de oscilações para esta matéria-prima, numa altura de elevada incerteza no mercado, com os produtores a avaliarem a possibilidade de se reforçar a produção para compensar a falha provocada pelas sanções à Rússia. O barril de ouro negro está agora a valer cerca de 113 dólares.

Em Londres, o contrato de Brent que expira a 22 de maio está a valorizar 3,64% para 113,31 dólares, recuperando das perdas observadas nas últimas duas sessões. O preço da matéria-prima afundou mais de 13% na quarta-feira, naquele que foi o pior desempenho desde abril de 2020, e esta quinta-feira, apesar de ter aliviado essa descida, ainda encerrou a desvalorizar 1,63% para 109,33 dólares.

Já em Nova Iorque, o contrato de WTI que expira a 22 de abril sobe 3,65% para 109,89 dólares por barril, recuperando também da queda de 12% de quarta-feira — a maior desde novembro.

Esta oscilação nos preços do petróleo reflete a elevada incerteza que paira sobre os mercados desde a invasão da Rússia à Ucrânia, e que levou os Estados Unidos a sancionarem a energia russa esta semana, enquanto muitas companhias petrolíferas estão também a embargar o petróleo russo. Ainda esta semana, a própria Rússia ameaçou cortar o fornecimento de petróleo à União Europeia.

O embaixador dos Emirados Árabes Unidos nos Estados Unidos admitiu que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) poderá aumentar a produção de matéria-prima para responder ao desequilíbrio provocado pela guerra e, de alguma forma, substituir a Rússia, que é o segundo maior exportador mundial.

Contudo, poucas horas depois, o ministro da Energia dos Emirados adiantou no Twitter que o país estava comprometido com o atual acordo no seio da OPEP+ (que junta a Rússia) para aumentar a produção em 400 mil barris diários a cada mês, enviando sinais contraditórios aos investidores. É neste cenário de elevada incerteza que as previsões dos analistas vão dos 100 dólares aos 200 dólares por barril.

Os líderes da UE concluem esta sexta-feira uma cimeira informal de dois dias em Versalhes, França, sendo que um dos temas em cima da mesa será o petróleo, nomeadamente encontrar formas de reduzir a dependência do Bloco à matéria-prima que vem da Rússia.

(Notícia atualizada às 10h56 com novas cotações)

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