Petróleo sobe 3,5% e Brent volta a superar os 100 dólares
Os investidores esperam por mais pormenores sobre as negociações entre os dois países, após o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy ter dito que as posições de ambos tornaram-se mais realistas.
Após ter negociado abaixo dos 100 dólares pela primeira vez desde o final de fevereiro, a cotação do “ouro negro” nos mercados internacionais volta a agravar-se esta quarta-feira, revertendo parcialmente o alívio dos últimos dois dias. A invasão russa em território ucraniano continua a estimular a volatilidade da negociação, aguardando-se detalhes sobre as negociações de cessar fogo entre a Rússia e a Ucrânia.
Neste momento, o Brent, que é cotado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, está a subir 3,46% para os 103,37 dólares, fixando-se novamente acima dos 100 dólares, um patamar que tinha deixado na sessão anterior. Já o WTI, que é cotado em Nova Iorque, está a subir 2,59% para os 98,94 dólares, mantendo-se abaixo dos 100 dólares.
Evolução do preço do Brent:
Os analistas referem que os investidores esperam neste momento mais pormenores sobre as negociações entre os dois países, após o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy ter dito que as posições de ambos tornaram-se mais realistas, ainda que fosse necessário mais tempo para as conversações.
A força do dólar também está a contribuir para a subida dos preços do petróleo uma vez que os mercados esperam que a Reserva Federal norte-americana suba os juros esta quarta-feira, adotando uma posição de aperto monetário para controlar a taxa de inflação nos Estados Unidos.
Foi a 7 de março que os preços do petróleo atingiram um máximo de 14 anos, mas desde então o Brent já encolheu 40 dólares e o WTI baixou 34 dólares. Estas quedas podem aliviar, em certa medida, as preocupações dos consumidores em torno dos preços altos da gasolina e do gasóleo, mas a refletir-se nos postos de combustíveis será só na próxima segunda-feira.
Um dos fatores que ajudou a cotação a cair esta semana foi a previsão de uma travagem da procura na China por causa dos confinamentos decretados para controlar a propagação da Ómicron. Porém, o número de casos diários terá reduzido para metade, segundo as autoridades chinesas, e é expectável que os confinamentos cessem em breve.
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