Espanhola Incus fecha compra da antiga sede do ex-Popular por mais de 50 milhões

Negócio fechado. A antiga sede do ex-Popular, em Lisboa, foi vendida aos espanhóis da Incus Capital. Já há empresas estrangeiras interessadas em arrendar aqueles escritórios.

O Santander fechou a venda da antiga sede do ex-Popular, em Lisboa, aos espanhóis da Incus Capital, confirmando a notícia que tinha sido avançada pelo ECO em janeiro. Ao que o ECO apurou, a operação foi fechada por cerca de 50 milhões de euros e já há várias empresas interessadas em ocupar aqueles escritórios, todas internacionais, incluindo norte-americanas.

O número 51 da Rua Ramalho Ortigão, na Praça de Espanha, pertence agora à Incus Capital, a empresa de investimentos pan-europeia com sede em Madrid, e que chegou a Portugal em 2012 com 600 milhões de euros para investir no mercado português, como referiu em fevereiro de 2020 Tiago Brandão, responsável pela empresa em território nacional, em entrevista ao ECO.

Antiga sede do ex-Popular, na Praça de Espanha, em Lisboa.Google Maps

O edifício foi durante vários anos a sede do Banco Popular Portugal, adquirido pelo Santander em 2017, refere a Worx, que assessorou o banco, em comunicado enviado esta quinta-feira. O imóvel foi remodelado em 2019 e tem mais de 24 mil metros quadrados, distribuídos por um edifício principal e dois blocos independentes. O edifício principal conta com dez pisos acima do solo (11.657 metros quadrados) e três subterrâneos.

O valor da operação não foi revelado mas, tal como noticiou o ECO em janeiro, rondou os 50 milhões de euros, sendo que o preço base tinha sido fixado em 40 milhões de euros. Esta venda foi “um processo competitivo que atraiu diversos investidores nacionais e internacionais”, diz a Worx, tendo o ECO apurado que na corrida estavam empresas como a Square Asset Management, Finsolutia e Grupo Violas.

Em declarações ao ECO, após a conclusão do negócio, Tiago Brandão, diretor-geral da Incus Capital em Portugal, disse que a empresa está “muito entusiasmada” com este investimento, que representa o quinto no país. “Este é, sem dúvida, dos melhores ativos da zona e o investimento mais importante que fizemos, Enquadra-se completamente na nossa estratégia de oferecer e melhorar a oferta de escritórios em Lisboa e no Porto”, frisou o responsável esta quinta-feira.

Tiago Brandão adianta ainda que o Santander desocupará totalmente o edifício em junho e, nessa altura, serão feitas pequenas obras “para se adequar aos novos inquilinos”. Até ao momento já se conta cerca de uma dezena de empresas interessadas, todas internacionais, incluindo norte-americanas.

“É com grande orgulho que a Worx concretizou mais uma operação atuando como entidade que assessorou a transação deste edifício emblemático, sendo este um ativo de referência”, diz Pedro Rutkowski, CEO da Worx Real Estate Consultants, citado em comunicado.

Do lado da Incus, o assessor jurídico foi a PLMJ, com uma equipa coordenada pelo sócio co-coordenador da área de Imobiliário, Francisco Lino Dias e que integrou os advogados Sérgio Antunes Teixeira e Eduardo Crespo.

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