Além do Governo, também Fisco, reguladores e grandes empresas mostraram interesse em ir para a sede da Caixa

CEO da Caixa, Paulo Macedo, admitiu que o banco público pode mudar de instalações, mas só depois de 2026.

Governo, Autoridade Tributária, reguladores e grandes empresas mostraram interesse em ir para a sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD), revelou o CEO Paulo Macedo esta sexta-feira. Há algum tempo que o banco público estuda ceder e arrendar parte do seu quartel-general no Campo Pequeno, em Lisboa, a outras entidades.

Macedo confirmou que houve conversas com o primeiro-ministro “sobre o interesse, sobre os timings e forma” de o Governo ou ministérios (que António Costa está agora a formar, depois da vitória nas eleições) se instalarem dentro da Caixa. “Está tudo em aberto”, admitiu o presidente executivo do banco durante a conferência de resultados anuais. Já é antiga a possibilidade de a sede do banco do Estado receber ministérios.

“Numa primeira fase poderemos libertar um piso, um piso e meio. Podemos fazer isso no espaço deste ano”, indicou ainda sobre a possibilidade de ter o Governo como seu “vizinho”. “Se temos algo contra a vizinhança do Governo, não”, brincou Paulo Macedo.

“O que temos de fazer é: primeiro, fazer a reorganização dos serviços completa para entregar os metros quadrados que ficarão disponíveis; depois, tratar de acessibilidades, segurança, privacidade e separação entre as entidades”, explicou aos jornalistas.

Além do Governo, a Caixa também teve conversas com outras entidades, designadamente grandes empresas portuguesas e reguladores, “entidades que mostraram interesse” em ir para a sede do banco. Macedo deu conta de que a Autoridade Tributária era outra das entidades interessadas e em relação à qual também não tinha “o mesmo estado de alma” de recear a proximidade física.

“Se for esse o interesse, podemos vir a trabalhar para mais metros quadrados, passar os dos 20 mil para os 30 mil metros quadrados ou mais”, adiantou.

Macedo também abriu a porta a uma mudança de instalações do próprio banco daquele edifício. “A Caixa, em princípio, vai continuar neste edifício, mas também admite mudar de instalações. A acontecer qualquer coisa, a Caixa sair deste edifício nunca acontecerá antes de 2026 ou 2027”, disse.

A Caixa registou lucros de 583 milhões de euros em 2021, uma subida de 18,7% em relação ao ano anterior.

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