“Lisboa será um dos polos de gestão do grupo Altice a nível internacional”

Venda da Altice Portugal é "um não tema", afiança Alexandre Fonseca, a partir de abril co-CEO da Altice Europa.

“Lisboa será um dos polos de gestão do grupo Altice a nível internacional”, afiança Alexandre Fonseca, que partir de 2 de abril, com sede em Lisboa irá assumir como co-CEO da Altice Europa, durante a conferência de imprensa em que foram anunciadas as alterações na liderança de topo da Altice Europa e da Altice Portugal.

O até aqui CEO da dona do Meo assume como chairman da Altice Portugal, mas como frisa, “sem quaisquer funções executivas ou operacionais” — nesse campo a liderança será assegurada por Ana Figueiredo que terá “toda a autonomia para implementar a sua estratégia” —, sendo a partir do início do próximo o mês o foco a coliderança da Altice Europa, entidade que agrega todas as operações do grupo, com a exceção da Altice US, empresa cotada em Bolsa e que tem Patrick Drahi, fundador do grupo, como principal acionista.

Alexandre Fonseca admite a possibilidade de haver sinergias com a operação americana, ao nível de aconselhamento e troca de know-how, mas reforça: “É uma gestão separada”.

Teeds (operação de publicidade), Intelcia, Geodesia (construção de redes), Altice Technical Services e as operações de telecom na Europa, Israel e República Dominicana ficam sob a alçada de Alexandre Fonseca que irá agir como co-CEO, com responsabilidade sobre as operações, juntamente com Malo Corbin, co-CEO responsável pelas Finanças e M&A e, David Drahi, co-CEO responsável pelo desenvolvimento e tecnologia. “Uma estrutura ligeira (de gestão de topo) decidida pelos acionistas.”

Venda da Altice Portugal é um “não assunto”

Num momento em que no mercado europeu se discute movimentos de consolidação no setor das telecomunicações — em Espanha, por exemplo, a Más Movil e a Orange preparam uma joint-venture — Alexandre Fonseca classifica como “evidente” a “consolidação do setor das telecomunicações na Europa” nos próximos meses.

Portugal nesse campo é “mau exemplo”, considera o gestor, numa crítica à entrada de novos operadores no mercado através do concurso de 5G, que, quando questionado sobre a potencial venda da dona do Meo classifica o tema como “um não assunto”. “Sobre o não tema da venda (da Altice Portugal, Drahi já disse várias vezes que a operação não está à venda”, lembrou.

Nos movimentos de consolidação na Europa, Alexandre Fonseca admite que o grupo Altice tem “condições para ser um player“, mas quando questionado pelo ECO sobre se já tinha uma lista de compras responde: “Esse é um assunto de decisão do acionista, à equipa de gestão cabe garantir que entrega resultados.”

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