Irmãos Karmali espalham 3.000 oleões de Gaia por 150 cidades portuguesas
Fundada por Karim e Salim Karmali no âmbito de um programa de empreendedorismo do IEFP, a gaiense Hardlevel prossegue a expansão nacional e já prepara a entrada em Espanha e França.
A Hardlevel, que reclama o estatuto de principal operador ibérico no mercado de recolha e gestão de óleos alimentares usados (OAU), conta chegar ao final deste ano com mais de 3.000 oleões inteligentes instalados em 150 municípios portugueses.
Com sede em Vila Nova de Gaia e centros logísticos noutros pontos do país, na Holanda e na Malásia, a empresa fundada pelos irmãos Karim e Salim Karmali tem capacidade para o pré-tratamento de 50 mil toneladas anuais de OAU e 4.500 metros cúbicos de armazenagem instantânea nos polos operacionais de Avanca e Palmela.
Enquanto prepara a internacionalização deste modelo de gestão inteligente de OAU em Espanha e França, a rede nacional já abrange uma centena de municípios. É o caso de Lisboa, onde já tem instalados mais de 200 Oleões Smart S+. Sardoal, Porto de Mós, Chaves e Entroncamento foram os últimos a integrarem este circuito e assegura ter “várias dezenas em contratualização”.
Em comunicado, a Hardlevel contabiliza que o parque de recolha serve atualmente perto de 3,5 milhões de pessoas de forma direta, mas “acaba por servir toda a população nacional” através das parcerias que tem com supermercados, hipermercados e retalhistas de combustíveis, onde estão instalados cerca de 200 equipamentos.
Em Portugal, as estimativas apontam para uma quantidade anual de até 65 mil toneladas de OAU, sendo o segmento doméstico responsável por cerca de 60% do total. Estes desperdícios nocivos ao ambiente – entopem canalizações e contaminam os solos e as águas – são transformados e valorizados como biocombustíveis.
A Hardlevel foi fundada em novembro de 2006 pelos irmãos de ascendência indiana Karim e Salim Karmali, na altura com 25 e 21 anos, respetivamente, no âmbito de um programa de apoio ao empreendedorismo do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), que contou com um incentivo público a fundo perdido de perto de 40 mil euros.
Equipados com dispositivos IoT (Internet of Things), estes oleões de última geração detetam o nível de enchimento em tempo real, prevenindo derrames na via pública e assegurando “eficiência logística e energética”. Através de uma app, podem ainda ser rastreados os depósitos de OAU feitos pelos utilizadores, é indicada a sua localização, partilhada informação sobre a capacidade disponível nos pontos de recolha, contabilizada a quantidade depositada por cada pessoas e ainda são atribuídos pontos (greenpoints) convertíveis em prémios.
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