Comércio agrícola na UE aumenta para 347 mil milhões de euros em 2021

O comércio agrícola na União Europeia (UE) atingiu os 347 mil milhões de euros em 2021, isto é, mais 20,7 mil milhões face ao registado em 2020, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat. A balança comercial continua a ser positiva, tendo sido registado um superávite de 49,9 mil milhões de euros.

No ano passado, o valor comercial de produtos agrícolas na UE atingiu, aproximadamente, 347 mil milhões de euros, dos quais 196,9 mil milhões diziam respeito a exportações e 150 mil milhões a importações. Trata-se, portanto, de um aumento de 20,7 mil milhões face aos 326,3 mil milhões registados no período homólogo.

Tal como acontece desde 2002, a balança comercial continua a ser positiva, com as exportações de bens agrícolas no bloco comunitário a superarem as importações. Em 2021, foi registado um superávite de 46,9 mil milhões de euros, contra os 44,2 mil milhões registados no período homólogo.

No que toca às exportações, o Reino Unido foi o principal parceiro comercial da UE, com uma quota de mercado de 21% (equivalente a 42,1 mil milhões de euros), seguido pelos Estados Unidos (12%, num montante global de 24,4 mil milhões), China (8%, num montante global de 16,5 mil milhões), Suíça (5%, num montante global 10,1 mil milhões) e Japão (4%, num montante global de 7,3 mil milhões).

O Eurostat destaca ainda a Rússia, que representou apenas 4% das exportações de bens agrícolas da UE, principalmente de produtos vegetais e alimentos, totalizando 7,1 mil milhões de euros.

Por outro lado, no que toca às importações, o Brasil foi o principal parceiro comercial de bens agrícolas da UE, com uma quota de mercado de 9%, totalizando 13,4 mil milhões de euros. Segue-se o Reino Unido (9%), Estados Unidos (6%), Noruega (5%) e Ucrânia (5%, para 6,9 mil milhões de euros), sendo que a maioria dos produtos importados pelo bloco comunitário foram vegetais e óleos.

Entre 2002 e 2021, o comércio de produtos agrícolas da UE mais do que duplicou, o que equivale a um crescimento médio anual de quase 4,8%. Neste período, as exportações (5,4%) cresceram mais rapidamente que as importações (4,2%).