Navios elétricos para a Transtejo chegam este ano e vão custar mais 13 milhões de euros
A reprogramação da despesa é justificada com os valores das candidaturas num concurso público aberto pela Transtejo para os postos de carregamento. O primeiro navio chega este ano.
O Conselho de Ministros reprogramou a despesa relativa à renovação da frota da Transtejo, que contempla a aquisição de 10 navios elétricos, num investimento agora de cerca de 70,6 milhões de euros.
A resolução de Conselho de Ministros foi publicada esta sexta-feira em Diário da República e autoriza a Transtejo a assumir os encargos plurianuais e a realizar a despesa necessária à concretização do Plano de Renovação da Frota até ao montante global de 70.545.497 euros, referentes à componente de investimento, e até 28.800.505 euros, referentes à componente de manutenção.
O Plano de Renovação da Frota da Transtejo contempla a aquisição de 10 novos navios, a aquisição e construção dos postos de carregamento e a respetiva manutenção dos navios e postos no período de 2022 a 2036, mais um ano que anteriormente previsto.
Em 2019, o Conselho de Ministros tinha autorizado a despesa relativa àquele plano até ao montante global de 57 milhões de euros para investimento e de 32,946 milhões de euros para manutenção, no período de 2020 a 2035.
Dois anos depois, em 2021, os valores do investimento seriam atualizados para cerca de 62 milhões de euros.
Agora, a reprogramação da despesa é justificada com os valores das candidaturas apresentadas na sequência de um concurso público aberto pela Transtejo para a aquisição e construção dos postos de carregamento.
“No âmbito dos procedimentos concursais levados a cabo pela Transtejo, S. A., para a aquisição e construção dos postos de carregamento, verificou-se terem sido apresentadas apenas candidaturas acima do preço-base, em virtude das características de inovação específicas deste projeto e dos impactes que a pandemia da doença Covid-19 teve no fornecimento de matérias-primas no mercado internacional”, lê-se no Diário da República.
O Governo considera que o “interesse público e a urgência da concretização do Plano requerem que a empresa lance, de imediato, um novo concurso público para a aquisição e construção dos postos de carregamento ao abrigo da despesa autorizada, por forma a não comprometer o prazo final para a conclusão do Plano”.
“Tendo em conta a aceleração da execução na fase final do atual período de programação e a disponibilidade financeira do ‘Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos’, é possível prever o aumento da comparticipação deste programa operacional”, acrescenta.
A Transtejo tinha recebido há um ano o visto prévio do Tribunal de Contas relativo à aquisição dos 10 navios.
A empresa fica assim “com uma frota de navios ambientalmente sustentável, movida por sistema de propulsão 100% elétrico, com consumos energéticos inferiores às dos navios atuais e sem emissões de GEE [em 2019, o consumo de gasóleo foi de cerca de 5,249 milhões de litros, correspondente à emissão de 13.122 toneladas de CO2]”, indo ao encontro das políticas para a descarbonização, frisou na altura a Transtejo.
Os estaleiros espanhóis Gondán venceram o concurso, estando prevista ainda para este ano a entrega do primeiro navio.
Esses navios vão operar nas ligações fluviais de Cacilhas, Montijo e Seixal, no distrito de Setúbal.
A Transtejo assegura as ligações fluviais a Lisboa a partir de Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão.
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