Cavaco acredita no milagre económico. Marcelo nem por isso
Em 2013, Cavaco achou que foi "uma inspiração de Nossa Senhora de Fátima" quando Portugal superou o sétimo exame da troika. Marcelo é menos crente no que diz respeito aos assuntos económicos.
Inspiração divina ou então apenas o resultado daquilo “que saiu do pelo” dos portugueses. Cavaco Silva foi crente quando, em maio de 2013, atribuiu a Nossa Senhora de Fátima o resultado positivo no sétimo exame da troika. “Penso que foi uma inspiração da Nossa Senhora de Fátima”, disse o antigo Presidente da República na altura. A crença divina não é, no entanto, partilhada pelo novo Presidente. Pelo menos no que toca a assuntos económicos.
Marcelo Rebelo de Sousa comentou esta quinta-feira o “milagre” que Teodora Cardoso, do Conselho de Finanças Públicas, atribuiu ao facto de o défice ter ficado aquém dos 2,1% em 2016. E foi claro: “Milagre este ano em Portugal só vamos celebrar um, que é o de Fátima – para os crentes, como eu – com a presença do Papa”.
“Tudo o resto não é milagre: saiu do pelo, do trabalho dos portugueses desde 2011“, declarou ainda Marcelo aos jornalistas à saída de uma visita à escola Rodrigues de Freitas no Porto.
"Milagre este ano em Portugal só vamos celebrar um, que é o de Fátima – para os crentes, como eu – com a presença do Papa. Tudo o resto não é milagre: saiu do pelo, do trabalho dos portugueses desde 2011.”
Num tempo não muito distante, quando o país cumpria o rigoroso programa da troika, na sequência do resgate internacional de 78 mil milhões de euros, Cavaco sentiu o apelo divino. Foi exatamente a 14 de maio de 2013, depois de o país ter superado novo teste da troika. Uma nota positiva que resultou da “inspiração de Nossa Senhora de Fátima”, disse o antigo Presidente. “É o que a minha mulher diz”, acrescentou.
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