Novas sanções à Rússia mantêm preços do petróleo em alta
Apesar dos sinais de enfraquecimento da procura, com o aumento de stocks nos EUA e o confinamento em Shanghai, preços do barril avançam à espera das sanções contra Moscovo.
Os preços do petróleo estão em alta ligeira esta quarta-feira, recuperando das quedas da última sessão, com a possibilidade de novas sanções contra a Rússia a levantar preocupações quanto ao fornecimento de barris ao mercado.
Esta terça, o barril desvalorizou quase 1%, perante os sinais de enfraquecimento da procura, depois de os EUA terem revelado um aumento dos stocks (sinalizando menor consumo) e de a China ter alargado o confinamento em Xanghai para combater a subida do número de casos de Covid-19.
A recuperar dessa queda, o Brent, referência para as importações nacionais, avança agora 0,44% para 107,11 dólares por barril em Londres, e o crude também valoriza 0,29% para 102,31 dólares por barril em Nova Iorque.
Preços sobem ligeiramente
A Europa e os EUA preparam-se para mais sanções contra Moscovo, na sequência da matança de civis no norte da Ucrânia, no que o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky considerou tratar de crimes de guerra. O Kremlin rejeitou ter matado os civis.
Em cima da mesa, do lado da União Europeia, está a proibição de importação de carvão russo e a proibição de entrada nos portos comunitários de barcos russos. O Reino Unido pediu ao G7 e NATO para acordar um calendário com vista ao fim das importações do petróleo e gás da Rússia.
Por outro lado, o aumento dos inventários de crude na semana passada ajudou a aliviar a pressão sobre os preços. Os stocks aumentaram em 1,1 milhões de barris na semana que terminou a 1 de abril, quando os analistas esperavam uma queda de 2,1 milhões de barris. O aumento dos stocks sinaliza menor consumo.
Além disso, as autoridades chinesas alargaram o confinamento em Shanghai para o centro da cidade financeira com 26 milhões de pessoas.
“Um dólar forte, uma subida dos stocks de crude nos EUA e receios de menor procura na China devido ao confinamento em Xanghai adicionam pressão nos preços”, disse Hiroyuki Kikukawa, da Nissan Securities, citado pela Reuters.
“Os preços deverão manter-se à volta dos 100 dólares por barril durante algum tempo devido aos receios no lado da oferta e à expectativa de não haver conflitos no Médio Oriente durante o Ramadão, mas deverão voltar a subir depois disso”, acrescentou.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Novas sanções à Rússia mantêm preços do petróleo em alta
{{ noCommentsLabel }}