“Era o momento certo” para a expulsão dos funcionários russos, diz Gomes Cravinho
Dez funcionários da missão diplomática russa em Lisboa declarados "persona non grata" pelo Governo estavam já identificados. Portugal vai enviar mais material de guerra para a Ucrânia.
Os dez funcionários da Embaixada da Federação Russa em Lisboa, que o Governo português declarou “persona non grata” na terça-feira, estavam já identificados e tinham acreditação diplomática – apesar de não serem diplomatas de carreira -, revelou esta quarta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros. “Este era o momento certo para dizer que deviam sair do país”, considerou João Gomes Cravinho.
“Estavam a trabalhar de uma forma que punha em causa interesses de segurança nacional e, portanto, naturalmente que tomámos a decisão adequada, que era dizer que tinham de sair do país“, reiterou o chefe da diplomacia portuguesa, em declarações à entrada para uma reunião com os seus homólogos da NATO, em Bruxelas.
Sublinhando que estes dez elementos estavam a desenvolver atividades que eram também “contraditórias com o seu estatuto diplomático”, Gomes Cravinho não comentou se essas atividades consistiam em espionagem. Os dez funcionários da Rússia têm agora duas semanas para abandonar o território nacional.
O Executivo liderado por António Costa segue, assim, a decisão adotada pela União Europeia e por vários dos seus Estados-membros nos últimos dias, como França, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Bélgica, Países Baixos e Espanha, que expulsaram dezenas de diplomatas russos na sequência da divulgação de vídeos que mostram centenas de civis mortos na cidade ucraniana de Bucha, nas imediações de Kiev.
Sobre o apoio à Ucrânia, o ministro dos Negócios Estrangeiros disse que Portugal já enviou “mais de 60/70 toneladas de material de guerra” e que “enviará mais no futuro próximo”. O material em causa é defensivo, de proteção, mas também ofensivo, como armas e munições.
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