“Era o momento certo” para a expulsão dos funcionários russos, diz Gomes Cravinho

  • Joana Abrantes Gomes
  • 6 Abril 2022

Dez funcionários da missão diplomática russa em Lisboa declarados "persona non grata" pelo Governo estavam já identificados. Portugal vai enviar mais material de guerra para a Ucrânia.

Os dez funcionários da Embaixada da Federação Russa em Lisboa, que o Governo português declarou “persona non grata” na terça-feira, estavam já identificados e tinham acreditação diplomática – apesar de não serem diplomatas de carreira -, revelou esta quarta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros. “Este era o momento certo para dizer que deviam sair do país”, considerou João Gomes Cravinho.

“Estavam a trabalhar de uma forma que punha em causa interesses de segurança nacional e, portanto, naturalmente que tomámos a decisão adequada, que era dizer que tinham de sair do país“, reiterou o chefe da diplomacia portuguesa, em declarações à entrada para uma reunião com os seus homólogos da NATO, em Bruxelas.

Sublinhando que estes dez elementos estavam a desenvolver atividades que eram também “contraditórias com o seu estatuto diplomático”, Gomes Cravinho não comentou se essas atividades consistiam em espionagem. Os dez funcionários da Rússia têm agora duas semanas para abandonar o território nacional.

O Executivo liderado por António Costa segue, assim, a decisão adotada pela União Europeia e por vários dos seus Estados-membros nos últimos dias, como França, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Bélgica, Países Baixos e Espanha, que expulsaram dezenas de diplomatas russos na sequência da divulgação de vídeos que mostram centenas de civis mortos na cidade ucraniana de Bucha, nas imediações de Kiev.

Sobre o apoio à Ucrânia, o ministro dos Negócios Estrangeiros disse que Portugal já enviou “mais de 60/70 toneladas de material de guerra” e que “enviará mais no futuro próximo”. O material em causa é defensivo, de proteção, mas também ofensivo, como armas e munições.

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