Petróleo recupera após queda de 5% com libertação de reservas

Preços do "ouro negro" estão a recuperar da queda de mais de 5% registada esta quarta, depois de vários países terem anunciado a libertação de 60 milhões de barris das suas reservas estratégicas.

Os preços do petróleo recuperam esta quinta-feira da queda de mais de 5% da sessão anterior, quando atingiram mínimos de três semanas, na sequência do anúncio da libertação de reservas estratégicas de um conjunto de países consumidores.

Em Londres, o barril de Brent, que serve de referência para as importações nacionais, valoriza 1,86% para 102,95 dólares. O crude WTI também avança 1,79% para 97,95 dólares por barril em Nova Iorque. Ambos estão a corrigir em alta depois de terem recuado mais de 5% na última sessão para mínimos desde 16 de março.

Petróleo recupera após cair 5%

Os países membros da Agência Internacional de Energia (IEA) chegaram a um acordo para libertar 60 milhões de barris, isto além dos 180 milhões de barris que os EUA anunciaram que vão libertar, num esforço para injetar petróleo no mercado e assim aliviar os preços. A cotação do “ouro negro” tem estado a ser impulsionada por receios de disrupções no lado da oferta, por causa da guerra da Rússia na Ucrânia e das sanções.

Contudo, os analistas consideram que o mercado continuará apertado mesmo com este grande anúncio, o que significa que o preço do barril deverá permanecer elevado.

“A libertação de petróleo dos membros da IEA reflete a forte determinação política contra o petróleo russo por causa da sua invasão na Ucrânia, mas não é suficiente para preencher a insuficiente do mercado”, referiu um trader de Xanghai à Reuters.

Stephen Innes disse que além da “enorme libertação de reservas globais”, fatores como a “destruição da procura e a recessão” são atualmente os únicos mecanismos que podem levar a redução dos preços do petróleo num “mundo sem almofadas de reserva”.

Por outro lado, continuam num impasse as negociações para reavivar o acordo nuclear do Irão, que permitiria que os iranianos pudessem voltar a vender o seu petróleo.

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