Aumento de custos baixa lucros da Air France – KLM para 824 milhões no terceiro trimestre

Jogos Olímpicos e aumento de custos com pessoal ditaram uma queda de 122 milhões de euros no resultado líquido do grupo franco-neerlandês.

A Air France – KLM registou lucros de 824 milhões de euros no terceiro trimestre, menos 122 milhões do que o mesmo período do ano passado. Grupo justifica quebra com aumento dos custos e o impacto negativo dos Jogos Olímpicos.

“O terceiro trimestre revelou tendências mistas para o Grupo Air France-KLM. As receitas continuaram a aumentar, impulsionadas pelo aumento da capacidade e pela forte procura subjacente. No entanto, o resultado operacional foi significativamente afetado pelos Jogos Olímpicos de Paris, com impacto na Air France, conforme já anunciado”, afirma o CEO, Benjamin Smith, citado em comunicado.

“Na KLM, os desafios persistentes de custos aumentaram mais do que o previsto, pressionando partes do seu modelo de negócio e reforçando a necessidade de melhorias estruturais mais concretas”, acrescentou.

A companhia franco-neerlandesa aumentou a capacidade em 3,6% e transportou mais 3,5% de passageiros entre julho e setembro, tendo registado um crescimento de 3,7% nas vendas, que totalizaram 8.979 milhões de euros. “O menor tráfego internacional para Paris e menos viagens a partir de França, como consequência dos Jogos Olímpicos, resultaram numa diminuição de 160 milhões de euros na receita unitária de passageiros”, observa a Air France – KLM.

Aquela perda de receita contribuiu para uma redução de 162 milhões no resultado operacional, que se fixou em 1.180 milhões de euros. Além dos Jogos Olímpicos, esta rubrica foi ainda penalizada pelo aumento dos custos exceto combustível.

No conjunto dos primeiros nove meses do ano, a Air France – KLM conseguiu 23.582 milhões de euros em receitas, mais 4,3% do que no mesmo período de 2023. O resultado operacional recuou 469 milhões, para 1.204 milhões, e o resultado líquido caiu 711 milhões para 510 milhões.

O grupo registou um aumento do endividamento superior a 1,6 mil milhões desde o início do ano, para 6.698 milhões de euros, o equivalente a 1,7 vezes o EBITDA.

Perspetivando o resto do ano, a Air France – KLM indica um nível de reservas “promissor” para o quarto trimestre, ligeiramente acima de 2023, e espera custos com combustíveis abaixo do ano passado, apesar do aumento da capacidade.

O Orçamento do Estado francês para 2025 inclui um aumento da taxa cobradas nos voos a partir do país que, segundo o grupo, terão um impacto negativo entre 90 a 170 milhões no resultado operacional do próximo ano, face ao de 2014.

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Câmaras vão poder afetar mais terrenos à construção

Governo vai rever, em 2025, a Lei das Finanças locais para entrar em vigor em 2026. Territórios que não sejam de baixa densidade deixam de ter apoios a fundo perdido de 50%. Limite é 30%.

O Governo vai mudar a lei dos instrumentos de gestão territorial para que as câmaras possam afetar mais terrenos à construção e assim baixar os preços, anunciou o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, na Comissão de Orçamento e Finanças, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado na especialidade.

“Vai ser mudada a lei dos instrumentos de gestão territorial para dar mais capacidade às autarquias para que elas próprias e as assembleias municipais possam afetar terrenos que não estão disponíveis para construção à construção de habitações para habitação a preços acessíveis”, disse Manuel Castro Almeida. Esta alteração vai dispensar, por exemplo, a revisão do PDM, mas estarão elencadas as zonas excecionadas como por exemplo o leito de cheias.

Objetivo da medida é baixar o preço dos terrenos para habitação”, explicou o ministro.

Na sequência desta revisão os municípios vão ser “libertados da carga de tempo que os serviços levam para dar uma decisão de ordenamento”. Não há expectativa do tempo que vai demorar”, lamenta o responsável, e por isso o Executivo pretende “tomar medidas para tornar mais previsível e razoável este tempo de espera”, disse Castro Almeida.

O ministro revelou ainda que as câmaras vão ser incentivadas a adotar estratégicas de desenvolvimento de base local. “Há medidas nacionais e medidas locais que o poder público pode usar para estimular a criação de riqueza e o desenvolvimento económico e social. Este é o papel que as autarquias devem passar a desempenhar também e “não apenas como provedoras de infraestruturas e serviços públicos”. O Estado deve apoiar as autarquias que tiverem um plano estratégicas de desenvolvimento de base local porque são aquelas que sabem qual o tipo de especialização querem fazer. “É isso que vamos apoiar e estimular”, sublinhou.

“A principal amarra das populações ao interior é o emprego. A aposta principal passa por atrair mais emprego para o interior e os instrumentos que o Estado tem para captar emprego para o interior são os fundos europeus. A nossa grande marca tem de ser diferenciar o investimento no interior do restante território”, sublinhou Castro Almeida, recusado contudo a necessidade de elencar setores a apoiar. “Tudo o que se traduza em inovação merece ser apoiado”, disse.

Mas, “se acrescentar inovação num território de baixa densidade merece apoio reforçado do Estado”. Por isso, o Executo vai introduzir, pela primeira vez uma alteração do sistema de incentivos que obriga a que 40% dos fundos disponíveis no sistema de incentivos sejam exclusivamente dedicados a territórios de baixa densidade. Uma segunda norma, que será aprovada, determina que os territórios que não encaixam esta categoria deixam de ter apoios a fundo perdido de 50% e passa a ser de apenas 30%.

Percentagens que deram origem a uma troca de interpelações à mesa, com o PS a desmentir o Governo, dizendo que estas majorações já existem e o Executivo a contestar as afirmações da ancada socialista, um pleno abuso da figura regimental, como sublinhou o presidente da comissão.

Castro Almeida sublinha não se pode “estar sempre a mudar os mapas da baixa densidade, mas estes terão de ser adequadas às realidades, sem que necessariamente as regras mudem”. O entanto, o responsável admite ser “possível ter outra malha para territórios de muito baixa densidade”. “não vejo nenhuma razão para que não consideremos essa realidade”, disse.

Lei das Finanças Locais vai ser revista

A Lei das Finanças Locais vai ter de ser alterada, disse o ministro Casto Almeida. A revisão será feita “em 2025, para entrar em vigor em 2026″. “Resta saber em que mês de 2026, o ritmo dos trabalhos o ditará”, explicou.

Nessa revisão será alterada a metodologia, por exemplo, para transferir as verbas para as refeições escolares. “Será substituído um conjunto de provas de faturas por um valor agregado que as câmaras recebem para refeições escolas, independentemente de quanto gastam com cada uma, exemplificou o responsável.

“Pôr mais dinheiro nos municípios e distribuí-lo da mesma forma não resolve nenhum problema”, frisou. “Para alguns municípios só iria aumentar as suas colossais contas bancárias. O princípio é fazer uma mais equitativa distribuição”, explicou.

“Hoje há municípios sem qualquer constrangimento financeiro na gestão e outros que não têm dinheiro para coisas elementares”, lamentou. Mas admitiu que este não é o melhor ano para se pedir um reforço de veras já que as transferências para os municípios aumentaram 12,3%, “o que é um valor significativo já que a previsão de inflação” e para as freguesias é 13,9%, passando de 348 milhões para 396 milhões, sendo que nenhuma pode ter um crescimento inferior a 5%”, sublinhou Castro Almeida.

O ministro reconheceu que estes valores decorrem do cumprimento da Lei das Finanças Locais e que o cálculo é feito considerando a totalidade dos 5% de participação do IRS, ainda que a este valor seja deduzido a percentagem que as câmaras disponibilizam os seus cidadãos, mas essa é uma decisão de cada edil.

(Atualizada com mais informação)

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Conheça as melhores firmas de advogados para 2025

  • Conteúdo Patrocinado
  • 7 Novembro 2024

A Leaders League divulgou, em parceria com o ECO/Advocatus, o ranking que destaca as melhores firmas de advogados para 2025.

As melhores sociedades de advogados de Portugal foram, mais uma vez, destacadas no ranking da Leaders League, desta vez para 2025, divulgado em parceria com o ECO/Advocatus.

Todas as firmas presentes no ranking destacam-se em duas áreas distintas – Corporate/M&A e Corporate Tax. Além disso, a classificação está dividida em cinco níveis. São eles: “Leading”, “Excellent”, “Highly Recommended”, “Recommended” e “Valuable Practice”.

Os resultados dos rankings do diretório internacional baseiam-se nos questionários aos clientes, entidades externas e aos respetivos pares – advogados – de cada jurisdição.

Ranking Leaders League: melhores firmas de advogados 2025

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Jorg Kukies será o novo ministro das Finanças da Alemanha

  • Lusa e ECO
  • 7 Novembro 2024

Fonte do Governo alemão avançou nome de Kukies, conselheiro próximo do chanceler, como o substituto de Lindner. Líder da oposição pede que seja convocada moção de confiança até à próxima semana.

Jorg Kukies será o próximo ministro das Finanças da AlemanhaLusa

Jorg Kukies, conselheiro próximo do chanceler Olaf Scholz, é o novo ministro das Finanças alemão, disse esta quinta-feira à Agência France Presse fonte governamental de Berlim.

Especialista em questões económicas, Kukies, 56 anos, assume a pasta das Finanças num Governo em crise, que já não tem maioria no Parlamento de Berlim e no qual apenas restam representantes dos partidos Social-Democrata (SPD) e Verdes.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, demitiu na quarta-feira o ministro das Finanças, Christian Lindner, do Partido Democrático Liberal, após uma série de reuniões. O líder do Governo alemão acusou Lindner de ter quebrado a confiança e de ter apelado publicamente a uma política económica diferente, incluindo o que Scholz disse que seriam “reduções de impostos no valor de milhares de milhões para alguns dos que ganham mais” e, ao mesmo tempo, cortar as pensões de todos os reformados.

Já os três outros ministros do Partido Democrático Liberal (FDP) apresentaram a demissão ao fim da noite de quarta-feira, provocando uma crise na coligação governamental alemã.

Entretanto, Volker Wissing, o ministro dos Transportes, retirou a demissão e disse aos jornalistas na manhã desta quinta-feira, em Berlim, que, depois de falar com Scholz, tinha decidido continuar como ministro, abandonando o partido. Os outros dois ministros do FDP que se demitiram podem vir a ser substituídos, indicou na manhã desta quinta-feira a agência noticiosa alemã DPA.

Ainda na quarta-feira, Scholz anunciou que vai pedir um voto de confiança no dia 15 de janeiro, o que pode provocar a eleições antecipadas já em março de 2025.

No entanto, o líder do maior partido da oposição, Friedrich Merz (CDU – União Democrata-Cristã), instou esta quinta-feira o primeiro-ministro alemão a antecipar a moção de confiança para “o mais tardar” até à próxima semana.

Citado pela agência espanhola EFE, Merz disse que “não há razão para esperar até janeiro do próximo ano para pedir um voto de confiança”, sublinhando que o Governo de coligação “já não tem maioria” no Parlamento.

O líder da CDU adiantou ainda que, na reunião agendada para o meio-dia com Scholz, vai pedir-lhe que “abra caminho”para a realização de eleições e que vai apresentar os seus argumentos num encontro posterior com o Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier.

Por sua vez, também esta quinta-feira, o vice-chanceler e ministro da Economia, Robert Habeck (Verdes), apoiou a decisão de Olaf Scholz de demitir o ministro das Finanças, insistindo que a Alemanha é capaz de funcionar apesar do colapso da coligação governativa.

Christian Lindner não foi capaz de concluir a tarefa fundamental de elaborar um orçamento e perdeu o respeito dos outros membros do Governo, disse Habeck, em declarações à emissora alemã Deutschlandfunk. “A este respeito, a decisão do chanceler foi lógica. Foi coerente e necessária nesta altura”, acrescentou.

Acordo com oposição alemã é “praticamente impossível”

O politólogo Oscar Gabriel acredita que um acordo entre o Partido Social Democrata (SPD), do chanceler Olaf Scholz, e a União Democrata-cristã (CDU) para salvar o atual governo minoritário, na Alemanha, é praticamente impossível.

“Não há qualquer razão para um acordo entre o SPD e a CDU. A comunicação com a oposição nunca foi guiada por respeito e cooperação. Como Scholz nunca precisou da oposição, nunca tentou alcançar nenhum acordo com eles, por isso não vejo nenhum motivo para que os conservadores os ajudem a sair da crise”, apontou Gabriel, em declarações à agência Lusa.

Para o politólogo Oscar Gabriel, o mais provável é que uma moção de confiança, solicitada pelo chanceler ao parlamento, não consiga a maioria e precipite eleições antecipadas no início do ano. “Podemos ter um governo minoritário que dure algumas semanas ou meses. E eu excluiria a hipótese de um acordo, qualquer que seja, com a CDU”, frisou.

“É uma situação bastante semelhante à que vivemos em 1982, quando o governo de Helmut Schmidt acabou depois de severos desentendimentos entre os liberais e os social-democratas. Nessa altura, Schmidt livrou-se dos ministros liberais, o que levou à perda de maioria no parlamento. Agora temos as mesmas opções para lidar com esta situação”, recordou o cientista político.

(Notícia atualizada às 12h35)

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Fiat 500 desfila em Giorgio Armani – e já chegou a Portugal

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 7 Novembro 2024

O Fiat 500e Giorgio Armani Collector’s Edition é fruto de um casamento de celebrações: 125 anos da Fiat e 90 do estilista italiano. 100% elétrico, ele é a real encarnação do design Made In Italy.

Compacto mas muito chique, este automóvel é uma variante do recente restyling da gama 500, que representa uma fatia de leão nas vendas da companhia. A colaboração envolveu um trabalho exaustivo entre Armani e a equipa da Fiat ao longo de vários meses, com o objetivo de encapsular a essência de ambas as marcas numa única obra-prima. O resultado é um veículo criado com a mesma atenção meticulosa aos detalhes e dedicação à qualidade que se espera de uma coleção de alta-costura.

Nesta que é já a segunda colaboração entre as marcas Fiat e Armani – o primeiro 500e tinha sido apresentado em 2020 –, destacam-se as duas cores exclusivas: o verde escuro e o ‘greige’, um misto de cinzento com bege patenteado por Giorgio Armani. A silhueta elegante deste 500e é reforçada pelos frisos especiais das jantes, que representam o logotipo “GA” estilizado. Os interiores são igualmente sofisticados, com recurso a uma excecional qualidade artesanal e incluem novos padrões aplicados nas inserções centrais dos bancos, numa abordagem que evoca a arte da alfaiataria. Os toques inovadores incluem uma inserção no painel de instrumentos feita de madeira cortada a laser, que oferece uma suavidade semelhante à de um tecido luxuoso e com a assinatura do próprio Armani no painel de instrumentos, no interior das portas e no vidro traseiro. Entre outros detalhes estão também o sistema de audio JBL premium e o tejadilho em vidro. O carro é propulsionado por um motor elétrico com 87 kW/118 cv, proporcionando uma autonomia de até 320 km.

Armani

A campanha “Ovation” mostra uma viagem noturna do novo Fiat 500e Giorgio Armani Collector’s Edition pelas ruas desertas de Milão, passando pelo Hotel e a Boutique Armani, desembocando na icónica Via Montenapoleone transformada numa passerelle. O público, ansioso, aguarda a chegada do carro e, quando este faz finalmente a sua grande entrada, a atmosfera irrompe numa emotiva ovação. Toda a cidade parece celebrar este novo modelo, enquanto surge o slogan “Don’t drive it, wear it”.

O Fiat 500e Giorgio Armani Collector’s Edition já está disponível para encomenda em Portugal por 40.150€ e as primeiras unidades chegarão em Janeiro de 2025.

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Acelerar a transição nos resíduos para colocar Portugal na linha da frente da reciclagem de embalagens

  • ECO
  • 7 Novembro 2024

A primeira paragem do ECO Cidade aconteceu esta terça-feira em Mafra, onde se debateram caminhos para que o país atinja as metas europeias. Incumprimento em 2025 é uma possibilidade, avisam peritos.

“Não há soluções iguais para territórios diferentes”, começou por avisar a presidente da Sociedade Ponto Verde (SPV) durante a primeira paragem do projeto ECO Cidade, que aconteceu na manhã desta terça-feira, dia 5, em Mafra.

No lançamento da iniciativa que vai percorrer várias cidades do país para refletir sobre sustentabilidade, Ana Trigo Morais, presidente da SPV, defendeu a necessidade de se criarem mais projetos de sensibilização e promoção da reciclagem para que Portugal possa cumprir as metas definidas em contexto europeu. O risco de incumprimento é real, avisam os peritos.

“Nos últimos três anos, desenvolvemos o programa Re_Source em que já tivemos a oportunidade de contar com parceiros de 49 países, trabalhamos com 149 parceiros, e é um gosto ser um acelerador da inovação nos resíduos”, afiançou. A responsável lembrou ainda que, além de ser importante “financiar ideias novas”, é fundamental apostar na “monitorização e recolha de dados” para conseguir melhorar a gestão. Neste sentido, a SPV tem vindo a sugerir a criação de um “observatório nacional de resíduos” que “seria fundamental para aumentar a transparência na cadeia de valor”. E apontou que, “numa era em que a inteligência artificial está aí”, não é possível ainda ter dados atualizados em tempo real sobre o setor – algo que tem de mudar para facilitar o cumprimento das metas.

"Não há boa gestão sem boa informação e não há boa informação se não tivermos capacidade de a recolher e tratar”

Ana Trigo Morais, presidente da Sociedade Ponto Verde

A concretizar-se, este projeto permitiria, acredita, que a sociedade tivesse dados em tempo real sobre o destino que é dado aos resíduos urbanos, facilitando a adoção de medidas para potenciar a separação de materiais. “Não há boa gestão sem boa informação e não há boa informação se não tivermos capacidade de a recolher e tratar”, apontou.

Ana Trigo Morais, presidente da Sociedade Ponto Verde

A sessão, que decorreu no Torreão Sul do Palácio Nacional de Mafra, contou ainda com o líder da autarquia local, Hugo Moreira Luís, que sublinhou o papel das políticas públicas na aceleração do caminho da sustentabilidade. “Temos muito para andar, temos muito para inovar e transformar. Em Mafra, estamos mesmo muito comprometidos e muito disponíveis para fazer esse caminho”, assegurou.

O presidente alertou ainda para o que considera ser uma preocupação que, diz, deve merecer reflexão da sociedade: o custo da recolha e tratamento de resíduos. “O município de Mafra, e provavelmente nos outros não é diferente, não consegue repercutir no cliente todos os gastos que tem com a recolha [de resíduos]. Os cerca de 15% que ficam a faltar são compensados pelos impostos”, explicou Moreira Luís. É preciso, por isso, envolver mais a comunidade na “valorização do resíduo” que “tem sempre um valor económico” que não deve ser desperdiçado.

Recompensar as boas práticas

De acordo com os mais recentes dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Portugal produziu, em 2022, mais de cinco milhões de toneladas de resíduos urbanos – é o equivalente a 507 quilos de resíduos anuais por habitante. No mesmo período, mais de metade (57%) dos resíduos produzidos no continente acabaram em aterros.

"À velocidade atual, serão necessários três planetas em 2050”

Ana Cristina Carrola, vogal do Conselho Diretivo da APA

Ainda assim, há números que mostram o caminho que o país fez ao longo das últimas décadas na separação e valorização de materiais: em 2021, a taxa de reciclagem de baterias portáteis foi de 73%, ultrapassando a meta fixada de 65%, e a dos pneus usados foi de 69%, mais do que o objetivo estabelecido (65%).

Ana Cristina Carrola, vogal do Conselho Diretivo da APA, esteve em Mafra para alertar para a importância do cumprimento das metas de reciclagem a que Portugal está obrigado para 2025 e para lamentar os atuais níveis de consumo. À velocidade atual, “serão necessários três planetas em 2050”. A responsável realçou ainda os resultados positivos alcançados com a redução da produção de sacos e garrafas de plástico, que é preciso aprofundar. “Um bom desempenho em matéria de resíduos é fundamental para a economia circular”, disse.

Ana Cristina defende que o país deve aproveitar mais materiais, até pela possibilidade da sua valorização, e trabalhar toda a cadeia de gestão de resíduos, de forma a permitir um melhor “desempenho nacional”.

No painel dedicado às “Boas práticas de reciclagem”, moderado pelo jornalista e editor do Local Online Alexandre Batista, os participantes procuraram refletir sobre como podem os cidadãos ser mais envolvidos nos objetivos europeus para a gestão de resíduos. Ana Trigo Morais acredita que a resposta está em “premiar o cidadão” pela separação de materiais e dar-lhes benefícios que incentivem a adoção de comportamentos mais sustentáveis. “As políticas públicas são fundamentais para acompanhar as ambições do país”, acrescentou, lembrando o bom exemplo do município de Mafra.

“São distribuídos sacos às pessoas gratuitamente e é-lhes dito como é que devem separar os resíduos orgânicos. O sistema é simples do ponto de vista do utilizador e tem esta vantagem de não precisar de investimento por parte dos municípios”, explicou Nuno Soares.

Desde o início do ano que a recolha seletiva de biorresíduos passou a ser obrigatória em Portugal, mas a Tratolixo – responsável pela recolha nos concelhos de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra – começou a trabalhar o tema ainda em 2019. Nesse ano, a empresa criou um projeto piloto para “testar um modelo inovador” que abrangeu 5500 fogos para testar o conceito.

"O país está claramente muito atrás na cobertura dos resíduos orgânicos”

Nuno Soares, presidente da Tratolixo

“São distribuídos sacos às pessoas gratuitamente e é-lhes dito como é que devem separar os resíduos orgânicos. O sistema é simples do ponto de vista do utilizador e tem esta vantagem de não precisar de investimento por parte dos municípios”, explicou Nuno Soares.

O presidente da Tratolixo adiantou ainda que foi concluída, no final do ano passado, a construção de uma “nova central mecânica para tratar 300 mil toneladas” e separar, de forma automática, os sacos de biorresíduos. “O país está claramente muito atrás na cobertura dos resíduos orgânicos”, lamentou.

Fruto de um programa de inovação da SPV e da Beta-i, o município de Mafra implementou, em setembro, um piloto para testar a aplicação de um sistema de incentivos à reciclagem. A tecnologia na boca dos ecopontos permite registar o depósito de embalagens e recompensar o utilizador, via cartão, com pontos que depois podem ser trocados por descontos no comércio local. “Achamos que podemos escalar esta prática a nível municipal. Pode ser um bom instrumento para atingirmos as metas”, afirmou Lúcia Bonifácio, vereadora da autarquia.

Lúcia Bonifácio, vereadora da Câmara Municipal de Mafra

Do lado do vidro, a Associação dos Industriais de Vidro de Embalagem (AIVE) tem procurado contribuir para o aumento da separação deste material com a implementação de um projeto dirigido ao canal Horeca, onde os níveis de reciclagem são baixos. “É um canal onde existem grandes perdas de vidro. Os resultados [destes projetos piloto] são muito bons”, confirmou Beatriz Freitas, secretária-geral da AIVE. Recorde-se que, neste campo, basta que cada português recicle mais duas garrafas de vidro por mês para que o país consiga cumprir a meta de reciclagem definida.

"Temos um projeto para dotar os municípios de contentores para os grandes produtores do canal Horeca”

Beatriz Freitas, secretária-geral da AIVE

Entre os pilotos, destaque para o projeto que junta a AIVE à SPV, que junta os Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos, a Reninorte, Lipor, Algar e a Cascais Ambiente em áreas de concentração de estabelecimentos Horeca. “Temos um projeto para dotar os municípios de contentores para os grandes produtores do canal Horeca”, explicou Beatriz Freitas.

A ideia é que, através da colocação de contentores de vidrão de basculamento assistido, os restaurantes e cafés possam ter acesso a um depósito único para todos as suas embalagens de vidro. “Os resultados deste projeto piloto são muito bons”, confirmou a responsável da AIVE, que adiantou que a iniciativa foi replicada na Marinha Grande e que irá arrancar agora na Figueira da Foz.

Aumentar a valorização dos materiais

O encerramento da sessão de lançamento do projeto ECO Cidade, em Mafra, contou com a presença do vice-presidente da CCDR – Lisboa e Vale do Tejo, que defendeu uma “alteração de paradigma” para aumentar, cada vez mais, a transformação do “resíduo em matéria-prima” com valor.

José Alho destacou os elevados níveis de incorporação de resíduos na cadeia de produção, nomeadamente nos óleos alimentares (42%), mas lembrou que é preciso melhorar os resultados na incorporação de óleos minerais (7%), madeiras (4%) e cinzas (2%). Esta é uma “oportunidade para criar riqueza”, enquanto se persegue o cumprimento das metas europeias na separação e valorização de materiais.

Há uma questão que é fundamental: reduzir, reduzir, reduzir. Esta foi sempre a primeira prioridade. Não conseguiremos resolver este problema se não apostarmos na redução”, rematou.

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Lisboa Cidade da Aprendizagem: descubra o que pode aprender na capital

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  • 7 Novembro 2024

Da arte à tecnologia, a iniciativa Lisboa Cidade da Aprendizagem é um mapa digital que reúne diversas experiências de aprendizagem.

Se anda à procura de aprender algo novo ou de ter uma experiência numa área específica só tem de aceder ao site Lisboa Cidade da Aprendizagem e começar a explorar as atividades que lhe interessam. Da arte à tecnologia, do voluntariado ao empreendedorismo, este mapa digital agrega diferentes experiências de aprendizagem, disponibilizadas pelas mais de 100 entidades parceiras da Rede Lisboa Cidade da Aprendizagem.

Esta iniciativa desenvolvida pela Câmara Municipal Lisboa, integra uma Rede Internacional de mais de 50 cidades, regiões e ilhas de aprendizagem, presentes em três continentes e pretende promover o desenvolvimento pessoal e profissional dos cidadãos ao criar um ambiente propício para a aprendizagem contínua e acessível a todos.

 

Este “passaporte” para o conhecimento foi desenhado para democratizar o acesso à aprendizagem, permitindo aos utilizadores descobrir e explorar novas áreas e competências que contribuam para a sua qualificação e conquista de microcertificados – as medalhas digitais openbadge –, uma solução tecnológica que inclui metadados sobre a aprendizagem, e que pode ser partilhada nas redes sociais, no Curriculum Vitae ou exibida no portfólio online do utilizador.

Além disso, várias microcertificações podem ser associadas e constituir uma playlist ou percurso de aprendizagem, que possibilita a obtenção de uma microcertificação final (como vários módulos de um curso ou várias atividades de um módulo).

Até outubro, a plataforma já promoveu mais de 900 oportunidades de aprendizagem, que decorreram online ou presencialmente, gratuitas ou pagas, para diversos públicos-alvo, e foram emitidas 2.093 medalhas.

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Hoje nas notícias: inteligência artificial, DCIAP e apoio judiciário

  • ECO
  • 7 Novembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O antigo economista-chefe do FMI, Kenneth Rogoff, defende “regulação pesada” para a inteligência artificial. Rui Cardoso vai ser o novo diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal. E o Governo vai alargar o apoio judiciário aos meios de resolução alternativa de litígios. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

“Gostava que houvesse um botão de pausa” na inteligência artificial

O economista norte-americano Kenneth Rogoff defende “regulação pesada” para a inteligência artificial (IA), depois do “grande erro” dos EUA ao não regulamentar as redes sociais. Em entrevista, o antigo economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) antecipa que a IA não vá ser boa para o emprego e que “pode criar muito mais populismo, tensões e problemas”, mas, por outro lado, considera que “pode aumentar o crescimento [económico]”. “Estou otimista em relação à tecnologia. Estou pessimista sobre como a humanidade vai usá-la”, afirma, apontando que “gostava que houvesse alguma maneira de carregar num botão de pausa para que a sociedade evolua”.

Leia a entrevista completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Rui Cardoso é o novo diretor do DCIAP

O nome do procurador-geral adjunto Rui Cardoso foi aprovado, em reunião plenária do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) na quarta-feira, para ser o novo diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP). A decisão não foi unânime, tendo havido alguns votos em branco e um voto contra entre os 16 membros presentes. Perto de fazer 54 anos, Rui Cardoso substitui Francisco Narciso, que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), “pôs o lugar à disposição logo após a tomada de posse” de Amadeu Guerra e, até haver uma vaga no Supremo Tribunal de Justiça, será procurador em representação da PGR no Tribunal Constitucional.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Governo alarga apoio judiciário aos meios alternativos de resolução de litígios

A secretária de Estado da Justiça, Maria José Barros, revelou esta quarta-feira que o apoio judiciário vai passar a contemplar os meios de resolução alternativa de litígios, no âmbito da revisão da tabela de honorários dos advogados oficiosos que ficará pronta até ao final deste ano. “Não faz sentido o Estado só disponibilizar um advogado oficioso apenas se o litígio correr num tribunal”, defendeu, numa conferência organizada pelo Centro de Arbitragem Administrativa (CAAD) e pelo Jornal Económico. Essa expansão da atuação do centro requer, segundo a governante, que “entidades públicas de outras áreas governativas se registem como entidades pré-vinculadas junto do CAAD”.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Quase 900 mil casas sem ligação à rede pública de água

Há mais de 874 mil casas sem água potável em Portugal Continental, segundo um estudo da Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA). Em cerca de 605 mil destes casos é por opção dos proprietários, um cenário mais comum no Norte (19,8%) e no Centro (14,7%). No entanto, as restantes cerca de 272 mil casas não têm acesso ao serviço, sendo o défice de cobertura mais elevado no Alentejo (9,4%) e no Algarve (9,5%). Existem ainda mais de um milhão de casas que não têm saneamento, estando 800 mil alojamentos sem acesso à rede.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Cardeal Américo Aguiar quer acelerar indemnizações a vítimas de abuso da Igreja

O cardeal Américo Aguiar considera que é “obrigação” da Igreja Católica agilizar o processo de indemnizações às vítimas de abusos sexuais. Em entrevista, o bispo de Setúbal diz esperar que a reunião plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que decorre entre 11 e 14 de novembro, possa “continuar este caminho”. “Não vamos pedir às vítimas que percorram novamente o túnel do horror”, frisou Américo Aguiar, apontando 2025 como “um ano jubilar [em que] seria particularmente simbólico que os processos se encerrassem”.

Leia a entrevista completa na Renascença (acesso livre)

 

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ONU Turismo reafirma o seu empenho na IA como motor do turismo no Mercado Mundial de Viagens em Londres

  • Servimedia
  • 7 Novembro 2024

Reafirmou a importância crescente da Inteligência Artificial (IA) no contexto da indústria do turismo, comprometendo-se a impulsionar a sua utilização para revigorar o setor.

A cimeira contou com a presença de ministros do turismo de mais de 20 países, todos eles destinos turísticos populares. Em representação do setor privado, os líderes de empresas como a Expedia, o HBX Group, a JTB Corp e a SITA, entre outras, também intervieram, salientando a importância das empresas e das parcerias público-privadas.

A diretora executiva do Turismo da ONU, Natalia Bayona, referiu ao evento “a necessidade de a indústria estar preparada para tomar melhores decisões com a ajuda da inteligência artificial generativa. O turismo tem a capacidade de criar histórias únicas, pelo que a utilização da tecnologia para a promoção de destinos, as infra-estruturas públicas digitais e a educação são cruciais. A hiper-personalização das viagens pode ser o nosso maior trunfo”. “Acima de tudo, a inteligência artificial precisa da inteligência humana para brilhar”, concluiu Bayona.

Julia Simpson, presidente e CEO do Conselho Mundial de Viagens e Turismo, destacou que “embora tenhamos de abordar questões globais como as alterações climáticas e a necessidade de práticas sustentáveis, também temos oportunidades incríveis à nossa frente”. “Em 2023, o nosso setor contribuiu com quase 10 mil milhões de dólares para a economia global, gerando até 330 milhões de empregos. Este ano, estamos prontos para bater recordes novamente. Trabalhando lado a lado, podemos garantir que as viagens e o turismo continuem a prosperar. Neste sentido, temos de aproveitar a IA e outras tecnologias para criar um futuro resiliente, sustentável e inclusivo”, acrescentou.

Durante o evento, Natalia Bayona apresentou a visão da ONU Turismo para o futuro do setor, que está consubstanciada no “Plano Estratégico: IA Definitiva para o Turismo”. Este plano tem como objetivo fornecer um quadro para o debate ministerial, bem como apresentar o trabalho que a UN Tourism tem vindo a desenvolver. O seu objetivo é transformar o setor através da rápida emergência e adoção de novas tecnologias de Inteligência Artificial. A ONU Turismo está a liderar a investigação sobre o papel da IA no turismo. A sua última análise, publicada em colaboração com a Saxion University of Applied Sciences, membro afiliado da ONU Turismo, “Adoção da Inteligência Artificial no Turismo”, apresenta as principais considerações a este respeito. Ao longo de 2025, a UN Tourism publicará também uma análise aprofundada realizada nos Estados-Membros para revelar a adoção da IA, os desafios e as recomendações estratégicas.

Com a IA a alterar o panorama do emprego, prevê-se a criação de novos postos de trabalho, processos de reconversão profissional e uma atualização substancial das aptidões e competências profissionais. Em consonância com esta questão, os ministros tiveram a oportunidade de debater as formas como a tecnologia pode contribuir para a criação de emprego e ajudar os trabalhadores do turismo a adquirir as competências necessárias para prosperar num futuro digitalizado.

Em consonância com este objetivo, a UN Tourism está a otimizar a sua academia de turismo em linha com 10 novos cursos que integram ferramentas avançadas de IA. Estas adições irão equipar os profissionais do turismo com recursos e competências essenciais para prosperar num setor que já incorpora uma forte componente tecnológica.

Entre outros temas, os debates na cimeira sublinharam a necessidade de investimento contínuo em IA e inovação. A ONU Turismo está a alargar a sua abordagem para incluir investimentos não tradicionais nas suas orientações nacionais, salientando o papel dos modelos de financiamento alternativos no reforço do ecossistema empresarial. Isto inclui explorar a forma como as ideias impulsionadas pela IA podem orientar e melhorar as estratégias de investimento, em especial para as empresas de turismo em fase de arranque.

Durante a cimeira, a UN Tourism apresentou o seu plano para apoiar os empresários na adoção de IA e de outras tecnologias avançadas. Foram organizados workshops práticos específicos para capacitar as empresas em fase de arranque e as empresas, ajudando-as a familiarizarem-se com as ferramentas fundamentais para prosperar num futuro claramente orientado para a tecnologia.

Uma parte fundamental do plano estratégico é a criação de um novo grupo de trabalho global sobre uma nomenclatura universal para as IA no turismo. Esta iniciativa será o primeiro esforço de colaboração para normalizar a terminologia da IA com peritos de todas as regiões do Turismo da ONU ao longo da cadeia de valor, garantindo clareza e coerência para as partes interessadas.

O Secretário-Geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, afirmou: “O Turismo da ONU orgulha-se de liderar a transformação e de se preparar para o futuro do setor. O rápido surgimento da Inteligência Artificial traz muitas oportunidades para empresas, destinos e trabalhadores. Combinando as competências dos setores público e privado, podemos garantir que a IA realiza o seu enorme potencial”, afirmou.

Ao longo da cimeira, a ONU Turismo salientou repetidamente a importância de garantir que a adoção da IA seja inclusiva, permitindo que todas as partes interessadas, incluindo as pequenas e médias empresas e os destinos emergentes, beneficiem.

A ONU Turismo anunciou também o lançamento do “Desafio da Inteligência Artificial”. O convite tem como objetivo gerar soluções baseadas em IA que irão moldar o futuro do turismo. Irá centrar-se na marca, promoção e marketing, destinos inteligentes, educação e operações eficientes. Lançará também concursos regionais e iniciativas de reforço das capacidades, que serão organizadas com parceiros importantes como a CAF, o Banco de Desenvolvimento da América Latina e das Caraíbas.

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Universidade Alfonso X el Sabio chega a Málaga com uma aliança estratégica com a Taça Davis

  • Servimedia
  • 7 Novembro 2024

Para “reforçar” a sua presença na capital da Costa do Sol, onde prepara a sua chegada com a UAX Mare Nostrum, colocando o foco da sua atividade nos estudantes “e na empregabilidade de qualidade”.

Indicou que, com esta aliança, a Taça Davis compromete-se com os futuros alunos da UAX Mare Nostrum das licenciaturas na área da Saúde e do Desporto, lançando um programa de bolsas de estudo de excelência para o próximo ano letivo 25-26. Os campos de treino da Taça Davis estarão localizados nos terrenos da Universidade Alfonso X el Sabio, em Málaga, onde em setembro de 2025 o novo campus da UAX Mare Nostrum abrirá as suas portas com uma proposta educativa em áreas de grande procura: saúde, desporto, negócios, tecnologia e design.

Durante a Final 8 da Taça Davis, os alunos da UAX Rafa Nadal School of Sport, a escola universitária promovida em conjunto com a equipa de Rafa Nadal, realizarão estágios e viverão a organização do evento por dentro.

“Este acordo permite-nos colaborar com um evento de referência internacional e transformá-lo numa plataforma para o desenvolvimento académico e profissional dos nossos alunos. Reforça também a nossa missão de oferecer uma educação de qualidade e de criar laços fortes com os setores empresarial e desportivo para aumentar a empregabilidade dos nossos estudantes”, afirmou Luis Couceiro, Reitor da Universidade Alfonso X el Sabio Mare Nostrum.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 7 de novembro

  • ECO
  • 7 Novembro 2024

Ao longo desta quinta-feira, 7 de novembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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O futebol profissional associa-se ao Dia Internacional contra a Violência e o Bullying nas escolas

  • Servimedia
  • 7 Novembro 2024

A LALIGA informou que, através da sua plataforma LALIGA VS, promove este compromisso do desporto contra qualquer forma de ódio, centrando-se nesta ocasião no problema do bullying.

O futebol, enquanto desporto coletivo com valores universais, foi apresentado neste dia 7 de novembro, Dia Internacional Contra a Violência e o Bullying, como um aliado na luta contra o bullying e os clubes, jogadores e profissionais do futebol indicaram que reforçam o seu compromisso com esta causa, destacando o papel do desporto na educação dos mais jovens e na promoção de valores como a união e o companheirismo para combater o bullying em ambiente escolar.

A iniciativa visa sensibilizar e capacitar os jovens, incentivando-os a tomar medidas contra o bullying nas suas escolas. Um problema, muitas vezes silenciado, que, de acordo com a Associação Espanhola para a Prevenção do Bullying Escolar (AEPAE), afeta 1 em cada 4 estudantes em Espanha.

Sob o lema “Uma equipa não deixa ninguém sozinho”, esta campanha pretende inspirar as crianças e os jovens a não serem observadores passivos, mas a assumirem um papel ativo na erradicação do bullying. Desta forma, a LALIGA procura posicionar o desporto como um veículo de união entre os jovens, promovendo os valores positivos do futebol na sala de aula. Além disso, por ocasião deste dia, figuras proeminentes do futebol, como Lamine Yamal, Iñaki Williams, Antoine Griezmann, Brais Méndez e Míchel, bem como jornalistas desportivos de renome, juntaram-se à campanha contra o bullying (https://www.youtube.com/watch?v=nGLVsAeYBcU).

A LALIGA indicou que, desde a sua criação, a LALIGA VS se tornou uma plataforma fundamental na luta contra o ódio e a discriminação, tanto dentro como fora dos estádios. Esta iniciativa da LALIGA procura erradicar os comportamentos que minam o respeito e a convivência, apoiando-se nos valores do desporto para promover uma sociedade inclusiva e solidária. Em colaboração com clubes e personalidades do futebol, a LALIGA VS promove campanhas de sensibilização e workshops educativos dirigidos aos jovens, integrando toda a comunidade futebolística nos seus esforços para criar ambientes mais seguros e respeitosos.

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