Consumidores já reclamam tanto no online como em lojas físicas

  • + M
  • 7 Abril 2025

Esta realidade "reflete a consolidação das compras digitais no hábito de consumo dos portugueses, bem como alguma fragilidade em fazer valer os direitos dos consumidores nas compras à distância".

As reclamações relativas a compras em lojas online já são “tão predominantes” como as das compras em lojas físicas, indica a Direção-Geral do Consumidor (DGC), na análise que fez ao total de 7.040 pedidos de informação e reclamações que recebeu no ano passado.

Este dado “reflete a consolidação das compras digitais no hábito de consumo dos portugueses, bem como alguma fragilidade em fazer valer os direitos dos consumidores nas compras à distância“, aponta a DGC em comunicado.

Entre os setores com mais exposições encontram-se os serviços de comunicações eletrónicas, seguindo-se os aparelhos de uso doméstico e os serviços bancários e financeiros, embora todos tenham registado um decréscimo em comparação com 2023.

Por outro lado, a DGC registou um aumento significativo nas reclamações relativas à compra e venda de veículos automóveis. Em linha com anos anteriores, destacam-se também os setores do mobiliário e acessórios para casa e jardim, vestuário, calçado e produtos correlacionados, assim como os serviços de manutenção e melhoria da habitação em termos de reclamações.

Já nos setores da energia (eletricidade e gás) e dos transportes verificou-se uma redução das reclamações.

Entre os principais motivos das reclamações apontados pelos consumidores estão o fornecimento de bens ou a prestação dos serviços, a qualidade dos bens ou serviços, os contratos, a faturação e cobrança de dívidas, e as garantias legais e comerciais.

Em termos geográficos, a maioria dos consumidores que recorreram ao apoio da DGC reside na região de Lisboa e Vale do Tejo, com maior incidência nos concelhos de Lisboa, Sintra, Cascais, Oeiras, Loures e Amadora. No centro do país, destacam-se Coimbra, Leiria e Aveiro, enquanto no Norte, os concelhos com maior número de pedidos são Porto, Braga e Maia.

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Ações americanas a uma queda de 3,1% de entrarem em “bear market”

O índice S&P 500 está a um passo de entrar no terreno dos "ursos", com quedas acumuladas acima de 20% desde o pico registado em fevereiro, por conta da política comercial agressiva de Trump.

Os mercados iniciaram a semana sob forte pressão, com os índices asiáticos a caírem a pique, com destaque para o mergulho de 13,2% do índice de Hong Kong, e os índices europeus a negociarem atualmente com perdas acima dos 4%. Os índices norte-americanos vão seguir o mesmo caminho, com os contratos de futuros sobre o S&P 500, Nasdaq e Dow a anteciparem para uma abertura em queda de mais de 2%, acerca de 30 minutos do arranque da sessão.

O dia poderá mesmo ser marcado pela entrada do índice S&P 500 em terreno de “bear market”, bastando para isso que registe uma desvalorização de 3,1% face à cotação de fecho de sexta-feira, contabilizando assim uma queda acumulada de 20% desde o seu pico mais recente, registado a 19 de fevereiro deste ano, nos 6.144,15 pontos.

Atualmente, os futuros do S&P 500 apontam para uma abertura em queda de 2,7%, com o índice a negociar já abaixo dos 5.000 pontos, algo que não acontece desde 19 de abril do ano passado. Os contratos de futuros do Dow estão a negociar com uma queda de 2,6% e os futuros do Nasdaq caem 3%.

Nos EUA, o tecnológico Nasdaq Composite já está em “bear market”, ao acumular na sexta-feira uma queda superior a 22% desde o seu recorde histórico. O S&P 500 segue próximo desse marco psicológico negativo e poderá confirmá-lo caso as quedas previstas para hoje se concretizem.

Entre as empresas em destaque esta segunda-feira em Wall Street está a Tesla, que negoceia com uma queda de 5,3% no pré-mercado após terem derrapado 10% na sexta-feira, e no seguimento de um corte de 43% do preço-alvo para as ações da empresa de Elon Musk por parte da Wedbush Securities, segundo uma nota de research enviada no domingo aos investidores.

Destaque ainda para a queda de quase 7% das ações da Stellantis na bolsa de Nova Iorque, após terem resvalado 4,8% na sessão de sexta-feira, e para o tombo de 7% dos American Depositary Receipt (ADR) da Alibaba, após as ações da empresa chinesa terem mergulhado quase 18% esta segunda-feira na bolsa de Hong Kong.

O cenário atual é marcado por uma elevada volatilidade e incerteza nos mercados de todo o mundo. Historicamente, períodos de “bear market” têm sido seguidos por recuperações no longo prazo, mas, no curto prazo, os investidores enfrentam desafios significativos devido às tensões comerciais e ao impacto económico das tarifas.

Esta segunda-feira, numa nota de research, os analistas do Goldman Sachs reviram em alta a probabilidade dos EUA entrarem em recessão nos próximos 12 meses. Citando a incerteza política, os boicotes de consumidores estrangeiros e condições financeiras mais apertadas, apontam agora para uma probabilidade entre 35% a 45% de a maioria economia do mundo ficar doente.

Também esta manhã, numa nota enviada aos seus clientes, os analistas do Bank of America (BofA) revelam que as tarifas impostas pelos EUA poderão reduzir os lucros deste ano das empresas do S&P 500 em até 10%. Este impacto reflete-se especialmente nas empresas com maior exposição ao comércio internacional ou dependência de cadeias de fornecimento globais. A falta de progresso nas negociações comerciais durante o fim de semana agravou os receios dos investidores.

E caso o S&P 500 confirme hoje a entrada em “bear market” com uma queda adicional superior a 3,1%, será um marco psicológico importante que poderá intensificar ainda mais a aversão ao risco por parte dos investidores.

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Portugal quer duplicar ritmo de atração de investimento e das exportações para o Japão

Para aumentar esta notoriedade económica de Portugal no Japão, a exposição de Osaka conta com um programa económico. Turismo de Portugal vai alargar rede externa com escritórios em Seul e Austrália.

Portugal quer duplicar o ritmo de atração do investimento direto estrangeiro (IDE) nipónico e das exportações de bens. Este é um dos objetivos traçados pelo presidente da Aicep, alavancado na exposição de Osaka, que abre portas a 13 de abril.

“O objetivo é potenciar o crescimento do IDE, que na última década cresceu a um ritmo de 10% ao ano”, explicou Ricardo Arroja, num encontro com jornalistas para apresentar a Expo de Osaka que teve no domingo a sua pré-inauguração. “Em vez de estar em 20º lugar, esperamos que o Japão possa entrar no top 10, a médio prazo, dos maiores investidores estrangeiros em Portugal”, explicou o responsável.

“Também o comércio internacional de bens teve um crescimento de 10% ao ano, nos últimos dez anos”, acrescentou o presidente da Aicep, sublinhando que o Japão é o 32.º cliente de Portugal. “Se duplicássemos estes ritmos de crescimento seria extraordinário”, diz Ricardo Arroja.

O presidente da Aicep garante que no pipeline dos investimentos em negociação existem projetos nipónicos, mas não quis levantar a ponta do véu sobre os mesmos.

Usando mensagens como a “projeção de energia positiva” e “evidenciar as vantagens compradas da economia nacional”, a Aicep espera obter resultados na sua função dual: promover as exportações e atrair investimento. O objetivo é aproveitar o “posicionamento de Portugal como plataforma de comércio”.

Ricardo Arroja sublinha que “Portugal está no centro geográfico do mundo, com boas relações com vários países e infraestruturas que lhe dão condições ímpares para ser plataforma global e a partir de Portugal os agentes económicos poderem desenvolver a sua atividade”. O presidente da Aicep sublinha ainda que Portugal “tem uma qualidade enquanto povo que é a bonomia”, que ajuda a atrair investidores. “Somos um polo agregador”, afirma.

– Mil empresas exportam para o Japão
– Em 2024, o Japão foi o 31.º cliente de bens de Portugal e o 30.º fornecedor
– Balança comercial é deficitária para Portugal em 210 milhões de euros
– Trocas de bens assentam em mais de 97% em produtos industriais transformados. Destaque para automóveis e metais comuns
– A segunda maior exportação de Portugal para o Japão são tomates em conserva. Foram exportados 62,7 milhões.

Para aumentar esta notoriedade económica de Portugal no Japão, a exposição de Osaka conta com um programa económico no qual serão realizados quatro seminários: a 22 de maio dedicado à transição energética com foco na mobilidade; a 1 de julho dedicado às ciências da vida, um dos setores que tem registado níveis de crescimento significativos nos últimos anos, a 8 de agosto para apresentar as competências nacionais na área da Defesa, nomeadamente da aeronáutica e no espaço, e a 24 de setembro sobre a economia azul, destacando o facto de Portugal ter uma vasta zona económica exclusiva (ZEE), sendo pioneiro na proteção e exploração sustentável dos recursos marinhos.

Haverá ainda uma missão de startups e scaleups portuguesas para aproveitar a visibilidade e as oportunidades da Expo 2025 Osaka para expandir negócios para o mercado japonês e asiático. A missão passará por três cidades estratégicas: Tóquio (18 de junho), Nagoya (19 de junho) e Osaka (20 de junho), onde as startups terão a oportunidade de participar em eventos da Expo 2025 Osaka. As inscrições estão abertas até 13 de abril.

O turismo também quer aproveita a Expo de Osaka para vender o destino Portugal. Cientes que o Japão é o 17.º emissor de turistas para todo o mundo e tem com uma permanência média no estrangeiros de mais de 12 dias por viagem, o presidente do Turismo de Portugal reconhece que a “Expo Osaka é um oportunidade de reforçar a oferta turística e reforçar e fazer novas parcerias com o Japão”.

Carlos Abade revela que Tóquio e Osaka são o 34.º mercado emissor de turistas e que têm “vindo a crescer desde os tempo da Covid”. “Mas ainda estamos abaixo dos valores de 2019”, por isso, há potencial para recuperar.

O responsável avançou que o escritório de Tóquio, que presentemente trata o mercado nipónico e o mercado sul-coreano, vai ser ser dividido em dois, sendo criado um escritório autonomizado em cada mercado, até para aproveitar a linha aérea direta Lisboa-Seul.

Por outro lado, a rede externa será reforçada com um terceiro na Austrália, num esforço para apostar nos mercados asiáticos. E na segunda quinzena de setembro será feito um road-show de empresas e agências de promoção turística em Osaka e Seul para “reforçar a presença de Portugal nos dois países”.

E nada como ver e provar os produtos nacionais para promover um “turismo de autenticidade”. Na loja do pavilhão haverá 243 produtos nacionais de 25 empresas e um espaço de restauração dedicado à promoção da gastronomia nacional. Haverá um chefe português em permanência, mas depois serão convidados chefs portugueses para um programa partilhado com um chef japonês. O primeiro será com Diogo Rocha, o chef da Mesa de Lemos, em Viseu, e que conta com uma estrela Michelin.

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Empresas podem simular apólices com novo comparador da Crédito y Caución

  • ECO Seguros
  • 7 Abril 2025

Após a recolha de dados sobre a empresa, a ferramenta apresenta apólices e serviços personalizados. O potencial cliente pode chegar a esperar “menos de um minuto” para ter as propostas disponíveis.

A seguradora Crédito y Caución anunciou em comunicado o lançamento de um comparador de seguros para fornecer às empresas coberturas que respondam às necessidades de proteção do negócio.

Enrique Díaz, diretor de Marketing e Comunicação da Crédito y Caución:“O nosso objetivo é simplificar o processo de escolha de seguros de crédito e caução para qualquer empresa, através de uma interface intuitiva e fácil de usar”.LinkedIn

Empresários que queiram conhecer a oferta da seguradora indicam o setor de atividade, volume de faturação, percentagem de exportações, atuação como fornecedor de organismos públicos e necessidades de financiamento de faturas.

Após a recolha dos dados, a ferramenta apresenta apólices e serviços personalizados a cada empresa. O potencial cliente pode chegar a esperar “menos de um minuto” para ter as propostas disponíveis.

“O nosso objetivo é simplificar o processo de escolha de seguros de crédito e caução para qualquer empresa, através de uma interface intuitiva e fácil de usar, proporcionando uma experiência otimizada ao utilizador”, afirma Enrique Díaz, diretor de Marketing e Comunicação da Crédito y Caución.

Apesar da contratação do seguro de crédito e ou caução não ser feita diretamente no comparador, a ferramenta permite acelerar o processo ao fornecer informação relevante para uma decisão informada. As empresas interessadas em avançar com o processo são contactadas por um agente da Crédito y Caución, garantindo um acompanhamento personalizado e ajustado às necessidades específicas de cada negócio.

Em causa estão os seguros de crédito e caução. Os primeiros garantem que o segurado é compensado nos termos acordados caso o devedor não cumpra com as suas obrigações financeiras, como proteger contra perdas decorrentes de insolvência ou atraso no pagamento por parte dos clientes.

Já o seguro de caução é uma garantia contratual que assegura o cumprimento das obrigações contratadas entre o seu cliente e terceiros. Ou seja, caso o tomador do seguro não cumpra com as suas obrigações financeiras, a seguradora indemniza os danos patrimoniais ao beneficiário até o limite do capital segurado.

Parte do GCO – Grupo Catalana Occidente – a seguradora Crédito y Caución faz seguro de crédito interno e de exportação em Portugal, detendo uma quota de mercado de 24%. A marca também está presente em Espanha e no Brasil. No resto do mundo opera como Atradius, estando presente em mais de 50 países.

Para consultar o comparador, aqui.

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Candidaturas à direção da APROSE terminam em 18 de abril

  • ECO Seguros
  • 7 Abril 2025

Sendo 18 de abril feriado de sexta-feira Santa, o dia 17 de abril será o mais adequado como limite para apresentação das listas candidatas a liderar associação dos mediadores de seguros.

Os corpos sociais da APROSE para o triénio 2025-2027 serão eleitos no próximo dia 8 de maio em assembleia geral ordinária a realizar na Figueira da Foz, confirmou a ECOseguros António Vasconcelos, atual presidente da Assembleia Geral da APROSE.

A apresentação das listas concorrentes para os diferentes cargos associativos deverá concretizada por um mínimo de vinte associados eleitores ou pela direção, e deverá ser entregue ou dirigida ao presidente da Mesa da Assembleia Geral até 18 de abril.

Qualquer apresentação de candidaturas às eleições gerais deverá ser feita por forma a cobrir completa e integralmente todos os cargos a preencher: Mesa da Assembleia Geral, Direção e Conselho Fiscal.

Sendo 18 de abril feriado de sexta-feira Santa, a receção das candidaturas deverá acontecer até ao dia imediatamente anterior, salvo indicação diferente dada pelo presidente da mesa da assembleia geral.

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Novobanco mantém plano de IPO. “Momento exato depende de condições de mercado”

Ao ECO, o banco liderado por Mark Bourke diz que está a "monitorizar de perto os desenvolvimentos do mercado para avaliar o momento mais apropriado".

O Novobanco mantém o plano de avançar com uma Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês), informou fonte oficial do banco ao ECO, sublinhando que a definição do exato momento continua “a depender das condições de mercado“.

“Independentemente disso, o nosso foco mantém-se em estar totalmente preparado e em cumprir o plano estratégico trimestre a trimestre”, afirmou o banco.

“Como sempre, estamos a monitorizar de perto os desenvolvimentos do mercado para avaliar o momento mais apropriado para qualquer opção estratégica”, adiantou ainda.

Numa mensagem enviada aos trabalhadores a 13 de fevereiro, Mark Bourke diz que a entrada em bolsa do Novobanco poderia ocorrer “no final do segundo trimestre ou no final do terceiro”.

Entretanto, a 21 de março, os acionistas do Novobanco aprovaram em Assembleia Geral a distribuição de 224,6 milhões de euros em dividendos relativos ao exercício de 2024, representando 60% do lucro líquido do segundo semestre do ano, um rácio que o banco pretende aplicar daqui para a frente em relação aos resultados anuais.

Este poderá ser mais um capítulo do processo de venda que poderá concretizar-se em maio através de uma operação em mercado, nomeadamente uma entrada em bolsa poderá avaliar o banco em até 6,2 mil milhões de euros, segundo a última análise da JB Capital.

Não está descartada, porém, a compra do banco por um rival nacional ou estrangeiro, tendo vários CEO do setor comentado a possibilidade durante a época de resultados.

(Notícia atualizada às 14h53)

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Facebook e Instagram sem verificação de factos a partir desta segunda-feira nos EUA

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

O programa de verificação de factos da Meta encerra esta segunda. No novo modelo, os utilizadores são responsáveis por adicionar contexto informativo às publicações que consideram erradas ou falsas.

A Meta anunciou que a partir desta segunda-feira vai acabar com o programa de verificação de factos nas suas plataformas nos Estados Unidos, iniciando a integração gradual das notas da comunidade, enquanto nova opção de verificação de conteúdos.

A empresa dona de plataformas como o Facebook, Instagram e Threads, anunciou em janeiro que iria terminar com o seu programa de verificação de factos e passar a utilizar um sistema de notas comunitárias em todas as suas redes, modelo semelhante ao que é atualmente utilizado na rede social X.

Agora, a empresa anunciou que o programa deixará de estar disponível a partir desta segunda-feira nos Estados Unidos, com as redes sociais a começarem a implementar o ‘Community Notes’ como a sua nova opção de verificação de conteúdos.

O diretor de assuntos globais da empresa, Joel Kaplan, citado pela agência de notícias espanhola Europa Press, refere que depois de terminar oficialmente “não haverá novas verificações ou verificadores”, sendo que as sanções impostas pelo programa de verificação quando eram identificados conteúdos enganosos também serão eliminadas.

Lançado em 2016, este programa baseava-se na verificação por organizações especializadas independentes, que forneciam aos utilizadores mais informações sobre o que estavam a ver online, para que tivessem mais contexto e pudessem combater a desinformação nestas plataformas.

O novo modelo começou a ser testado em março e a partir desta segunda-feira começa a substituir gradualmente o programa anterior no Facebook, Instagram e Threads para os utilizadores dos EUA.

Neste novo modelo, os utilizadores são responsáveis por adicionar contexto informativo às publicações que consideram erradas ou falsas, incluindo informações gerais, conselhos ou “uma ideia que as pessoas possam achar útil”, mas para que um nota de torne visível precisa de “um número suficiente de colaboradores” para garantir a sua utilidade.

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Trump responde aos mercados: “Petróleo, juros e preços dos alimentos estão a cair. Não há inflação”

Donald Trump também comentou a previsão de que a "lenta" Fed deverá cortar os juros. “Os EUA estão a trazer milhares de milhões de dólares por semana dos países abusadores", garante.

O presidente dos Estados Unidos decretou esta segunda-feira que a inflação terminou, argumentando que os preços do cabaz alimentar, as taxas de juros e as cotações do petróleo estão a descer devido ao impacto das taxas aduaneiras no comércio mundial.

“Os preços do petróleo estão em baixa, as taxas de juro estão em baixa (a lenta Fed deve cortar as taxas), os preços dos alimentos estão em baixa, não há inflação”, escreveu Donald Trump na rede social Truth Social, enquanto o mercado começa a antecipar novos cortes da taxa de juro diretora pela Reserva Federal. Os analistas preveem uma hipótese de 48% de uma descida de 25 pontos base na próxima reunião do comité de política monetária.

Apesar da retaliação da China, que atirou as bolsas mundiais para perdas históricas, o chefe de Estado norte-americano reiterou os argumentos para a aplicação de tarifas aos bens importados pelos Estados Unidos de que a maior economia do mundo tem sofrido “abusos” por parte de outras nações.

“Os Estados Unidos, há muito tempo abusados, estão a trazer milhares de milhões de dólares por semana dos países abusadores das tarifas que já estão em vigor”, escreveu Donald Trump na rede social por si criada para fazer frente ao antigo Twitter.

Para Donald Trump, Pequim é “o maior abusador de todos” e vive um “crash dos mercados” após ter aumentado para 34% as tarifas para os produtos norte-americanos. “Ridiculamente elevadas (mais), não reconhecendo o meu aviso para os países abusadores para não retaliarem”, assinalou, na mesma publicação online.

Bolsas em queda “não são do interesse” nem da UE nem dos EUA

Entretanto, a Comissão Europeia assinalou esta manhã não ser “do interesse da economia em geral” nem da União Europeia ver as bolsas de valores, nomeadamente comunitárias, com quedas superiores a 5%, em pânico pela aplicação de tarifas dos Estados Unidos.

“Penso que todos concordam que não queremos ver os mercados e as bolsas a afundarem-se. Não é do interesse da economia em geral, nem da economia europeia, e é tudo o que podemos dizer por agora”, reagiu a porta-voz principal do executivo comunitário, Paula Pinho, na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas, citada pela agência Lusa.

Questionada sobre a ambição europeia de tentar negociar com os Estados Unidos, Paula Pinho insistiu que esta “é a abordagem preferida da União Europeia [UE]”, apontando que, hoje, “as modalidades destas discussões estão a ser discutidas com precisão e debatidas em mais pormenor com todos os Estados-membros” no Conselho de Comércio, no Luxemburgo.

Os ministros do Comércio da UE debatem esta segunda-feira as atuais tensões comerciais, num dia em que as principais bolsas europeias abriram da mesma forma que encerraram na semana passada, com quedas acentuadas pelo receio das consequências da aplicação das tarifas impostas pelo presidente norte-americano.

O mercado continua a ser afetado pela entrada em vigor das tarifas impostas por Donald Trump aos parceiros comerciais dos Estados Unidos e pelas medidas de retaliação anunciadas pela China, que podem ser seguidas pelas de outras grandes economias, como a da UE.

À chegada ao encontro no Luxemburgo, o comissário europeu do Comércio, Maroš Šefčovič, criticou a “mudança de paradigma” no comércio mundial com a nova política dos Estados Unidos, marcada pela imposição de novas tarifas, defendendo preparação na UE para os próximos passos. Portugal está representado na reunião, no Luxemburgo, pelo secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira.

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O que Trump dá, Trump tira. Bitcoin apaga ganhos desde as eleições americanas

Resistiu à pressão das tarifas na semana passada, mas foi apanhada pela maré vermelha esta segunda-feira. A bitcoin esteve a valer menos de 74 mil dólares e já caiu 30% desde último máximo histórico.

O tsunami que inundou os mercados financeiros nos últimos dias alastrou-se esta segunda-feira aos criptoativos, e não está a poupar vítimas. A bitcoin já esteve a negociar abaixo dos 75 mil dólares, eliminando toda a valorização registada desde que Donald Trump foi eleito Presidente dos EUA em novembro.

Ao final da manhã desta segunda-feira, 7 de abril, a maior criptomoeda em valor de mercado já tinha recuperado de parte dessa queda, mas seguia com uma desvalorização de 6,66% relativamente ao dia anterior e a negociar por menos de 77.300 dólares, de acordo com dados da plataforma de preços CoinMarketCap.

O cenário era ainda pior para o Ethereum (ver gráfico). À mesma hora, esta criptomoeda alternativa registava uma queda superior a 16%, cotando a menos de 1.500 dólares a unidade e negociando no valor mais baixo desde março de 2023, segundo a mesma fonte. São fortes sinais de que os investidores estão mesmo a fugir ao risco, e não apenas a vender ações.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Estas quedas resultam do pânico que se instalou nos investidores após o anúncio das “tarifas recíprocas” por Donald Trump, num discurso no roseiral da Casa Branca que ficará para a história. A decisão de taxar as importações oriundas de alguns dos seus principais parceiros comerciais, e a retaliação anunciada pela China, já fez evaporar vários biliões de dólares do mercado, no pior momento para as bolsas desde o início da pandemia em 2020.

No final da semana passada, enquanto os mercados de ações colapsavam, a bitcoin manteve-se relativamente estável, negociando entre os 82 mil e os 84 mil dólares e fechando a semana com ganhos acumulados. Também o Ethereum concluiu a semana com uma subida marginal face à semana anterior. No entanto, à medida que as bolsas continuam em trajetória descendente esta segunda-feira de manhã, os criptoativos juntam-se à maré vermelha.

“Por um momento, parecia que as criptomoedas poderiam manter-se estáveis, mas, com os mercados de criptoativos a funcionarem 24/7, os investidores acordaram no domingo em pleno ‘modo de vender'”, escreveu Charlie Sherry, analista de criptomoedas da BTC Markets, numa nota de research citada pela Bloomberg.

Para os entusiastas mais fervorosos das criptomoedas, estas quedas têm um sabor particularmente amargo. No final do ano passado, a eleição de Trump para a Casa Branca deu um novo elã aos mercados financeiros, incluindo aos criptoativos, levando a bitcoin a superar a fasquia psicológica dos 100 mil dólares.

Foram muitas as promessas do republicano para apelar ao voto da comunidade ‘cripto’ e, durante algumas semanas, parecia difícil perder dinheiro a investir em bitcoin. Mas a cotação da criptomoeda já caiu cerca de 30% desde o máximo histórico de 109.114,88 dólares alcançado a 20 de janeiro, dia em que o atual Presidente dos EUA tomou posse.

Enquanto isso, o valor de mercado do conjunto de todas as criptomoedas ronda agora os 2,43 biliões de dólares, praticamente em linha com o registado em novembro, na altura das Presidenciais americanas, e longe do máximo de 3,72 biliões. Com as bolsas em queda livre e os fundos alavancados a terem de liquidar posições, os investidores arriscam mais turbulência no horizonte.

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IL discorda de proposta do PS para o IVA por “desviar recursos” do crescimento económico

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

Líder dos liberais considera que proposta socialista "é focada nos interesses de curto prazo” e "desvia recursos daquilo que devia ser a nossa aposta, que é o crescimento económico”.

Rui Rocha, presidente da Iniciativa LiberalLusa

O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, discordou esta segunda-feira da abordagem fiscal do programa eleitoral do PS, garantindo que o partido não vai propor qualquer descida do IVA nesta altura e defendendo que essa proposta “desvia recursos” do crescimento económico.

Em declarações aos jornalistas no Palácio da Justiça, em Lisboa, depois de ter entregado a lista da IL pelo círculo eleitoral da capital, encabeçada por Mariana Leitão, Rui Rocha ressalvou que discorda das críticas feitas pelo PSD ao programa dos socialistas, por considerar que não há “um drama” nas propostas, mas sim um “enquadramento errado da política económica”.

“Eu percebo que, no momento em que os portugueses enfrentam muitas dificuldades, isso [IVA zero permanente em alguns bens essenciais] pode parecer uma proposta que pode ter algum interesse. O que é que acontece? Por um lado, ela é focada nos interesses de curto prazo e, por outro lado, desvia recursos daquilo que devia ser a nossa aposta, que é o crescimento económico“, argumentou o líder da IL.

O PS propõe no programa eleitoral o IVA zero permanente num cabaz de bens alimentares, tal como foi aplicado temporariamente pelo Governo de António Costa devido à inflação, e reduzir esse imposto para 6% na eletricidade até 6,9 kVA.

Rui Rocha garantiu que o partido “não optará por propor qualquer descida do IVA nesta altura”, focando o alívio fiscal nas descidas do IRS e do IRC por entender que “o problema fundamental do país, neste momento, é criar riqueza” e que essa riqueza não se cria com descidas no IVA.

A IL quer abrir o país a investimento estrangeiro para “trazer riqueza para o país” e defende uma descida do IRS “porque dá liberdade às pessoas de depois escolherem em que é que investem esse dinheiro a mais que ficará no seu bolso no final do mês”.

“E não afunilar isso num conjunto de produtos alimentares, que para uns terá muito interesse, para outros terá menos. As pessoas devem ser livres de fazer aquilo que entendem com o dinheiro que têm. E nós queremos que haja mais dinheiro no bolso dos portugueses”, acrescentou Rui Rocha.

Sobre as expectativas do partido para estas legislativas, Rui Rocha mostrou-se confiante mas não quis colocar metas concretas, assegurando apenas que “todo o crescimento que puder vir é bom e será bem-vindo”.

“Não limitamos essa possibilidade nesta altura. Todo o crescimento que for possível é aquele que nós desejamos. E não é uma questão de crescer por crescer (…), porque consideramos que as transformações necessárias no país, está demonstrado, só acontecem com um partido que tenha, ao mesmo tempo, sentido de responsabilidade, capacidade e impulso reformista”, acrescentou.

Segundo o líder da IL, o partido tem feito uma “trajetória de responsabilidade” e encontra-se “sempre do lado dos interesses dos portugueses” e conta que os eleitores reconheçam “a capacidade da Iniciativa Liberal” de trazer a “mudança necessária ao país”.

Questionado sobre a sua presença na entrega das listas em Lisboa, uma vez que é cabeça de lista por Braga, Rui Rocha explicou que esta é uma altura em que o partido tem de “estar concentrado nas mensagens e na capacidade de as comunicar” e que a sua “responsabilidade nacional” no partido justifica a sua presença na capital.

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Montenegro volta a afastar entendimentos com o Chega e só governa se ganhar as eleições

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

"Nós queremos a legitimação do voto popular para podermos executar o nosso programa, nós queremos ter a maioria dos votos dos eleitores, não queremos nenhum acerto", assegura Montenegro.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, afastou esta segunda-feira qualquer solução de Governo com o PS ou com o Chega, adiantou que irá lutar por conseguir uma maioria e reiterou que só será primeiro-ministro se vencer.

Montenegro, juntamente com outros candidatos, entregou esta segunda-feira no Tribunal de Aveiro, a lista da AD – Coligação PSD/CDS pelo círculo eleitoral deste distrito às eleições legislativas antecipadas de 18 de maio.

O cabeça de lista da AD por Aveiro reiterou as balizas que tinha estabelecido em 2024, afirmando que só reassumirá as funções de primeiro-ministro se vencer as eleições, e adiantando que vai lutar para ter a maioria dos votos dos portugueses, mas sem falar numa maioria absoluta.

“É um ponto de honra desta candidatura. Nós queremos a legitimação do voto popular para podermos executar o nosso programa, nós queremos ter a maioria dos votos dos eleitores, não queremos nenhum acerto, nenhum esquema de, nas costas dos portugueses, encontrar soluções de governo, nós queremos governar tendo mais votos que os outros”, afirmou.

O líder dos sociais-democratas afastou qualquer cenário de solução de Governo com o PS, considerando que isso não seria bom para o país, admitindo no entanto, a possibilidade de entendimentos setoriais.

“A nossa proposta passa por, com essa legitimação, não ter nenhuma solução de governo com o PS – acho que isso se percebe, até porque as nossas propostas são, de facto, alternativas, não há aqui nenhuma ideia de bloco central, de aproximação, nem o país precisa, nem é bom para o país, nem nós temos, de facto, propostas que sejam convergentes, independentemente de depois podermos, setorialmente, ter um ou outro entendimento que é bom para o país”, afirmou.

Montenegro afastou de igual modo um possível entendimento com o Chega para formar Governo, afirmando que se trata de um partido que “não tem nem postura, nem maturidade para assumir essa responsabilidade”.

“Eu quero que os portugueses saibam as balizas nas quais nós nos fundamos para nos apresentarmos para governar o país nos próximos quatro anos e meio, são estas. As propostas são, no essencial, aquelas que nós vimos concretizando, que agora serão naturalmente atualizadas e apresentadas nos próximos dias”, concluiu.

Novas críticas às promessas do PS

O cabeça de lista enfatizou ainda o que considera ser a grande diferença entre a proposta da AD e as propostas apresentadas no sábado pelo PS.

“Nós temos o objetivo de criar mais riqueza para poder depois redistribuí-la de forma equitativa, de forma justa, para que todos possam ter mais oportunidades de concretizar os seus sonhos. A proposta do PS é distribuir sem criar, o que quer dizer que é o caminho para o empobrecimento”, disse Montenegro.

O líder dos sociais-democratas referiu que a proposta socialista é uma resposta que já tivemos no passado e que trouxe dificuldades, mais imigração, a partida dos jovens para o exterior e voltou a defender a baixa do IRC para que as empresas possam ser mais competitivas, possam criar mais riqueza e com isso pagam mais impostos e pagam mais salários.

“É que, às vezes, baixar a taxa do imposto significa arrecadar mais receita. O PS devia saber isso. Há dez anos, em 2014, o PSD, com o apoio do PS, baixou o IRC em Portugal 2%. No final desse ano, a receita do IRC cresceu. Ora, o PS tem uma visão errada do que é criar a riqueza para a poder distribuir”, afirmou.

Montenegro insistiu ainda que a proposta do PS leva ao empobrecimento, enquanto a proposta da AD leva à criação de riqueza e, portanto, à criação de condições para as pessoas terem melhores salários, melhores pensões, melhor acesso a serviços públicos essenciais, nomeadamente na saúde, na educação, na habitação, na mobilidade.

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Wall Street pressiona Washington com críticas sobre tarifas de Trump

Jamie Dimon, Bill Ackman e Stan Druckenmiller são alguns dos muitos investidores que têm criticado as tarifas de Trump, alertando para um cenário negro na economia dos EUA.

As tarifas comerciais impostas pela Administração de Trump estão a gerar uma onda de críticas em Wall Street, com investidores e várias referências do mundo financeiro a alertarem para os potenciais impactos negativos na economia norte-americana.

Entre as vozes mais influentes, destaca-se Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, que, na sua carta anual aos acionistas publicada esta segunda-feira, afirma que as tarifas “provavelmente aumentarão a inflação” e “podem levar muitos a considerar uma maior probabilidade de recessão”. Dimon também sublinhou que “a economia está a enfrentar uma turbulência considerável” devido às medidas protecionistas.

A política comercial agressiva de Trump, que inclui aumentos significativos das tarifas sobre bens importados, está a ser descrita como um erro estratégico por vários investidores. Bill Ackman, gestor do fundo Pershing Square, alertou que estas tarifas representam “um inverno económico autoinduzido” e apelou a uma pausa de 90 dias para negociações comerciais.

Segundo Ackman, outrora apelidado de “Baby Buffett” pela capacidade de gerar retornos significativos aos seus investidores, “estamos no processo de destruir a confiança no nosso país como parceiro comercial e mercado para investimento de capital”, escreve Ackman na sua conta da rede social “X”, pedindo inclusive uma pausa de 90 dias para a introdução das novas tarifas. “O Presidente tem a oportunidade de pedir uma pausa de 90 dias, negociar e resolver acordos pautais assimétricos injustos e induzir triliões de dólares de novos investimentos no nosso país.”

Stan Druckenmiller, outro investidor de renome, também se manifestou contra as tarifas de Trump, fazendo um raro post na sua conta do X, sublinhando ser contra as tarifas acima dos 10%, enquanto Howard Marks, co-presidente da Oaktree Capital, numa entrevista à Bloomber TV na sexta-feira, criticou o afastamento dos princípios do livre comércio por parte da Administração de Trump. Marks afirmou que os EUA estão a caminhar para um sistema restritivo que promove o isolamento económico.

Jamie Dimon foi ainda mais longe ao descrever os potenciais efeitos das tarifas a longo prazo. “Os efeitos negativos aumentam cumulativamente ao longo do tempo e serão difíceis de reverter. No curto prazo, vejo isto como mais uma carga adicional no já sobrecarregado camelo”, lê-se na carta anual aos investidores. Além disso, alertou para o impacto nas alianças económicas dos EUA e nos fluxos de investimento global.

Desde o anúncio das tarifas em 2 de abril que os mercados têm registado quedas acentuada. A incerteza gerada pelas tarifas também está a influenciar as expectativas sobre as taxas de juro. Embora a Reserva Federal (Fed) tenha mantido as taxas inalteradas nas suas reuniões mais recentes, os mercados antecipam até cinco cortes nas taxas dos Fed Funds até ao final do ano.

Os líderes financeiros estão unânimes num ponto: quanto mais rápido esta questão for resolvida, melhor será para a economia global. Jamie Dimon resumiu o sentimento geral ao afirmar que “a resolução rápida deste problema é essencial para evitar danos económicos duradouros”.

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