O calor chega com estilo: descubra a nova coleção Rosa&Teixeira

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 26 Março 2025

Os dias alongam-se, as noites aquecem, e a nova coleção da Rosa&Teixeira veste essa mudança. Linhos leves, tons suaves e cortes impecáveis traduzem a elegância descontraída do verão que se anuncia.

O toque fresco do linho, a suavidade do algodão premium, a harmonia dos tons neutros que evocam dias luminosos e noites amenas. A nova coleção Primavera/Verão da Rosa&Teixeira é um tributo à alfaiataria refinada, uma mensagem de sofisticação natural, onde cada peça se molda ao corpo com fluidez e leveza.

Inspirada no requinte intemporal que define a marca, esta coleção abraça uma estética depurada, onde o bege, a areia e o marfim desenham uma paleta cromática serena e elegante. Os cortes impecáveis e os acabamentos meticulosos refletem o savoir-faire da casa, traduzindo-se em peças que deslizam suavemente entre o quotidiano e os momentos de celebração.

“Esta coleção presta homenagem ao estilo intemporal que sempre caracterizou a Rosa&Teixeira. Optámos por cores neutras e tecidos sofisticados que se adaptam perfeitamente ao ritmo da vida moderna. Cada peça foi desenhada para proporcionar conforto e distinção, mantendo a identidade e elegância da marca”, revela a casa, num compromisso com a excelência que se sente ao vestir.

Disponível na emblemática loja da Avenida da Liberdade e no website oficial, esta coleção não se limita a vestir: transporta consigo a essência da alfaiataria clássica reinterpretada para o homem contemporâneo – aquele que encontra no detalhe a verdadeira expressão do estilo.

Rosa&Teixeira
Av. da Liberdade 204, Lisboa
Tel.: 21 311 0350

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Chefe da NATO ameaça Putin com resposta “devastadora” se atacar Polónia

  • Lusa e ECO
  • 26 Março 2025

Mark Rutte avisa Moscovo para "aliança feroz". Suécia anuncia 28 mil milhões suplementares para investir em defesa e Espanha vai apresentar dentro de semanas um plano para desenvolver essa indústria.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, advertiu esta quarta-feira o presidente russo, Vladimir Putin, de que a resposta da aliança de defesa ocidental a um ataque à Polónia ou a qualquer outro aliado será “devastadora”.

“Se alguém cometer um erro e pensar que pode escapar com um ataque à Polónia ou a qualquer outro aliado, será confrontado com toda a força desta aliança feroz”, afirmou Rutte, ao lado do primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.

Numa declaração aos jornalistas durante a visita que está a efetuar à Polónia, Rutte insistiu que a reação NATO “será devastadora” se for atacada e fez questão de mencionar o nome do Presidente da Rússia.

“Isto tem de ser muito claro para Vladimir Vladimirovich Putin e para qualquer pessoa que nos queira atacar”, afirmou, segundo as agências espanhola Europa Press e francesa AFP.

Suécia anuncia 28 mil milhões extra para Defesa

Também esta quarta-feira, o Governo da Suécia anunciou que vai aumentar as despesas com a Defesa em 300.000 milhões de coroas (cerca de 28.000 milhões de euros) nos próximos 10 anos. O objetivo é, segundo Estocolmo, atingir 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2030, contra os atuais 2,4%.

O investimento será financiado por empréstimos e representa “o maior rearmamento desde a Guerra Fria”, declarou o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, numa conferência de imprensa, sublinhando que o orçamento segue, assim, o caminho dos novos objetivos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

“Estamos numa situação de segurança completamente nova e as inseguranças serão grandes durante muito tempo”, disse Kristersson, que falou do “maior rearmamento desde a Guerra Fria”, referindo-se ao investimento hoje anunciado.

A medida é o resultado de um acordo entre o governo de direita, liderado pelo conservador Kristersson, e o partido de extrema-direita Democratas da Suécia, de Jimmie Åkesson, que se perfila como nacionalista de extrema-direita, social-conservador, contra a imigração e contra a União Europeia, mas que garante aos conservadores suecos uma maioria no parlamento.

Durante a apresentação, o Governo anunciou também um pacote de 96 milhões de coroas suecas (quase nove milhões de euros) para a luta contra as ameaças híbridas. “A rutura do cabo no Mar Báltico mostrou como é importante ter uma presença marítima numa zona cinzenta entre a paz e a guerra”, disse, por sua vez, a ministra da Energia sueca, Ebba Busch.

Vários cabos de comunicação foram danificados nos últimos meses no Báltico, motivando investigações na Suécia, Finlândia, Lituânia e Letónia.

Após décadas de neutralidade, a Suécia decidiu candidatar-se à NATO depois da invasão russa da Ucrânia. Tornou-se membro da Aliança Atlântico em março de 2024.

Espanha prepara plano para desenvolver indústria de defesa

Entretanto, esta manhã também o Governo espanhol referiu que vai apresentar “antes do verão” um “plano nacional” para desenvolver a indústria e a tecnologia de defesa e segurança do país, anunciou hoje o primeiro-ministro, Pedro Sánchez.

“Concentrará o grosso do investimento adicional exigido para cumprir com os nossos sócios europeus. E vai canalizá-lo através de programas de colaboração público-privados para criar um novo salto tecnológico e industrial em Espanha”, afirmou, numa intervenção no parlamento espanhol, em Madrid, sem dar mais detalhes.

O primeiro-ministro reiterou ainda que Espanha vai aumentar os gastos em defesa até aos 2% do Produto Interno Bruto (PIB), tal como se comprometeu fazer no seio da NATO (a aliança de defesa de países europeus e norte-americanos), remetendo detalhes sobre a forma como pretende alcançar esse objetivo para as próximas semanas, depois de serem conhecidos os novos mecanismos europeus de financiamento para esta área.

Espanha é o país da NATO que está mais longe de alcançar o objetivo dos 2% até 2029: segundo dados da própria organização, investiu 1,2% do PIB em defesa em 2023.

Pedro Sánchez está no parlamento a defender o aumento dos gastos com a defesa, num momento em que lidera um Governo de coligação dividido sobre este tema.

Por outro lado, o executivo, formado pelo Partido Socialista (PSOE) e pela plataforma de esquerda Somar, governa sem maioria absoluta e depende de uma ‘geringonça’ de oito partidos de sensibilidades diferentes representados no parlamento para viabilizar leis como o Orçamento do Estado.

Por causa das dificuldades de negociação parlamentar, Espanha não tem Orçamento do Estado novo há dois anos, sendo este uma dos constrangimentos para aumentar mais as despesas com a defesa, segundo dirigentes políticos e analistas.

“O imperialismo russo e a viragem dos Estados Unidos obrigam a Europa a dar passos em frente e a ser corajosa”, disse hoje Sánchez aos deputados, para defender mais gastos com a defesa e a segurança.

O primeiro-ministro espanhol considerou que está em causa também uma oportunidade para “um novo salto tecnológico industrial em Espanha” e insistiu na necessidade de atualizar os recursos das forças armadas, de modernizar sistemas de proteção do espaço aéreo e das fronteiras ou de desenvolver novas capacidades para responder e evitar ataques cibernéticos ou campanhas de desinformação.

Sánchez defendeu ainda que este é também um investimento em “bem-estar” e na preservação do “modo de vida” europeu e espanhol, que não só não prejudicará “em um cêntimo” as despesas com as políticas sociais, como as complementará, numa mensagem que tem repetido nas últimas semanas e que é dirigida aos parceiros do Governo e a outros partidos da ‘geringonça’ parlamentar.

O líder do Governo espanhol disse ainda que a UE vive um “momento muito semelhante ao momento covid” e deve responder da mesma forma, ou seja, unida e com solidariedade entre todos os Estados-membros.

Sánchez defendeu a criação de uma “política de segurança e defesa comum”, com instrumentos financeiros únicos e “compras conjuntas”, tal como aconteceu com as vacinas da covid-19, assim como indústrias pan-europeias de defesa e a formação de um exército europeu.

Na resposta, o líder do Partido Popular (PP, direita) e da oposição, Alberto Núñez Feijóo, acusou Sánchez de “falta de claridade” e precisão, perguntando por calendários, montantes e origem dos fundos e como é que o Governo pretende avançar sem um novo Orçamento do Estado ou o apoio dos próprios parceiros no executivo e no parlamento.

Pelo Somar, a deputada Verónica Martínez Barbero reiterou as reticências do partido, que Governa Espanha com os socialistas, em relação ao aumento dos gastos com a defesa.

“Espanha não deve aceitar [a ideia de] que mais despesa equivale a mais segurança”, afirmou, num discurso em que considerou que a NATO é “um zombie”.

“Não se trata só de quanto investimos, mas de como o fazemos e com que objetivos estratégicos. A Europa já gasta mais do que a Rússia em defesa, mas esse investimento não se traduz em mais capacidade operativa nem numa capacidade dissuasória efetiva”, acrescentou.

A deputada reconheceu que houve uma mudança no contexto internacional e que “a Europa não pode permanecer impassível perante esta realidade”, mas defendeu que reduzir a autonomia estratégica da Europa a uma corrida ao gasto em armamento seria um erro histórico”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Public assume comunicação do grupo hoteleiro PortoBay Hotels & Resorts

  • + M
  • 26 Março 2025

A agência vai trabalhar as áreas de relações públicas e influencer marketing, procurando aumentar a notoriedade da marca PortoBay Hotels e envolver os seus públicos-alvo.

A Public conta agora com o grupo hoteleiro PortoBay Hotels & Resorts no seu portefólio de clientes. A colaboração tem como objetivo “reforçar a presença dos hotéis PortoBay e de toda a sua oferta, nomeadamente gastronómica, no mercado nacional.

A agência de comunicação especializada em estratégias integradas foi escolhida para apoiar o grupo hoteleiro na “comunicação da sua visão e dos seus projetos”, visando “aumentar a notoriedade da marca, promover os seus destinos de eleição e as suas ofertas, consolidando a sua posição como referência no setor hoteleiro“.

As iniciativas conjuntas serão trabalhadas nas áreas de relações públicas e influencer marketing, procurando “envolver os públicos-alvo da marca e destacar as experiências únicas que os hotéis PortoBay proporcionam”.

“É uma honra trabalhar com uma marca tão prestigiada como o Grupo PortoBay. Estamos entusiasmados para explorar o potencial desta parceria e contribuir para o fortalecimento da presença do grupo e de toda a sua oferta, mantendo o compromisso com a excelência que tanto o caracteriza“, diz Júlia Almeida, head of PR da Public, citada em comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Papa Johns vai investir até 2,8 milhões em 10 pizarias na região de Lisboa

Cadeia norte-americana de pizzas já tem sete lojas no país. Depois da região da capital, onde prevê criar mais 150 postos de trabalho, tem planos de expansão para novas localizações.

Depois de abrir a sua sétima pizaria em Portugal, a cadeia Papa Johns quer abrir mais 10 lojas ainda este ano na zona de Lisboa, num investimento que poderá atingir os 2,8 milhões de euros e criar até 150 postos de trabalho.

A cadeia acaba de abrir no Barreiro, a primeira loja fora de Lisboa, mas nos planos, além da abertura de mais 10 lojas na zona de Lisboa, está “poder expandir para outras cidades estratégicas em Portugal”, diz Nacho González Barrajón, diretor-geral da Ibéria da Papa John. Quais? “Ainda estão a ser avaliadas”, diz ao ECO fonte oficial da cadeia.

O plano para expansão para este ano implica um investimento até 2,8 milhões de euros. “O investimento estimado é entre 250 mil e 280 mil por loja. Estimando a abertura de 10 novas em 2025 em Portugal”, avança a mesma fonte ao ECO.

“Será um misto entre lojas próprias e franchising. Dependendo da dimensão da loja serão entre 10 e 15 empregados por loja”, ou seja, entre 100 e 150 trabalhadores, refere ainda, quando questionada sobre os postos de trabalho a serem criados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Provedora do Telespectador da RTP recebe mais de mil queixas relacionadas com entrevista ao PCP

  • Lusa e + M
  • 26 Março 2025

Ana Sousa Dias disse ter recebido "mais de 1.000 queixas", que está a analisar. A ERC já tinha adiantado que recebeu "meia centena de participações" sobre a entrevista do líder do PCP à RTP.

A Provedora do Telespectador disse esta quarta-feira que recebeu mais de 1.000 queixas sobre a entrevista conduzida pelo jornalista da RTP José Rodrigues dos Santos ao secretário-geral do PCP, na segunda-feira.

Contactada sobre o tema, Ana Sousa Dias disse que tinha recebido “mais de 1.000 queixas” e que se encontrava a analisar o assunto, bem como a série de entrevistas onde se enquadra a que foi dada por Paulo Raimundo à RTP.

Fonte oficial da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) adiantou também na terça-feira à Lusa que tinha recebido até aquela data “meia centena de participações sobre a entrevista do secretário-geral do PC no Telejornal de 24 de março.

As participações “serão apreciadas pelos serviços da entidade, nos termos previstos nos seus Estatutos”, adiantou a mesma fonte, referindo que “quando houver uma decisão a respeito das mesmas, a ERC procederá, como habitualmente, à divulgação pública no seu sítio eletrónico”.

O PCP detalhou na terça-feira que iria apresentar queixas junto da ERC, da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) devido à condução da entrevista na RTP ao secretário-geral do partido.

Na segunda-feira, o Partido Comunista tinha avançado que iria acionar “todos os meios legais” contra a RTP, denunciando que foi alvo de provocação durante uma entrevista da estação pública ao secretário-geral do partido, segundo uma publicação na rede social X.

O secretário-geral do PCP foi entrevistado na segunda-feira à noite no Telejornal, no âmbito das eleições legislativas antecipadas, que vão decorrer em maio. Durante a entrevista, Paulo Raimundo foi questionado várias vezes sobre a posição do PCP sobre a invasão da Rússia à Ucrânia, tendo sido este o tema ao longo dos cerca de dez minutos da entrevista.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou que as eleições legislativas antecipadas vão realizar-se em 18 de maio, na sequência da crise política que levou à demissão do Governo AD, que viu a sua moção de confiança chumbada no parlamento.

As televisões já propuseram que os debates televisivos entre os candidatos arranquem a 8 de abril e terminem a 28 de abril, com o frente a frente entre os líderes do PSD e do PS, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos.

As três televisões em sinal aberto – RTP, SIC e TVI – propuseram um total de 28 debates, o mesmo modelo adotado nas eleições legislativas de 2024. Já a Aliança Democrática propôs que o líder do PSD seja substituído pelo líder do CDS-PP nos debates contra o Bloco de Esquerda, Livre e PAN, mas as negociações ainda estão em curso.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor inverte tendência e sobe a três meses

  • Lusa
  • 26 Março 2025

A Euribor inverteu a tendência das últimas 10 sessões e subiu hoje a três meses, e desceu a seis e a 12 meses em relação a terça-feira.

A Euribor, usada no cálculo da prestação da casa, inverteu a tendência das últimas dez sessões e subiu hoje a três meses, e desceu a seis e a 12 meses em relação a terça-feira.

Com as alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,369%, ficou abaixo da taxa a seis meses (2,375%) e acima da taxa a 12 meses (2,346%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje, ao ser fixada em 2,375%, menos 0,011 pontos.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou para 2,346%, menos 0,008 pontos.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março, avançou hoje, ao ser fixada em 2,369%, mais 0,004 pontos, e depois de ter descido em 10 sessões consecutivas.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%.

A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada de novo em 2,500% em março de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em fevereiro voltou a descer a três e a seis meses.

A Euribor a 12 meses, que tinha subido em janeiro pela primeira vez depois de nove meses a cair, também desceu em fevereiro.

Assim, a média da Euribor a três, seis e a 12 meses em fevereiro desceu 0,177 pontos para 2,525% a três meses, 0,154 pontos para 2,460% a seis meses e 0,118 pontos para 2,407% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o BCE decidiu em março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Carga fiscal pesa mais sobre os contribuintes. Subiu para 35,7% do PIB em 2024

Trata-se de um agravamento de uma décima face há um ano e traduz um aumento das receitas fiscais e contributivas a um ritmo mais elevado do que a evolução nominal do PIB.

A carga fiscal aumentou para 35,7% do PIB em 2024, mais uma décima em comparação com o ano anterior, de acordo com a primeira notificação por Procedimento dos Défices Excessivos de 2025 do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgada esta quinta-feira.

“O indicador de carga fiscal, correspondente ao rácio entre as receitas fiscais e o PIB, fixou-se em 35,7% (35,6% no ano anterior)”, lê-se no mesmo relatório.

Como o crescimento nominal da receita fiscal e contributiva (6,7%) foi superior ao do PIB (6,4%), a carga fiscal em percentagem do PIB aumentou 0,1 pontos percentuais, para 35,7% em 2024 (35,6% no ano anterior).

Em 2024, as receitas fiscais das Administrações Públicas fixaram-se em 101,8 mil milhões de euros, aumentando cerca de 6,4 mil milhões de euros relativamente a 2023, o que corresponde a um agravamento de 6,7%, em termos nominais. Esta evolução reflete o crescimento da atividade económica, tendo o PIB nominal aumentado 6,4%, isto é, menos três décimas face à subida da arrecadação e impostos e contribuições sociais.

No conjunto das Administrações Públicas, a receita total teve um incremento de 124 mil milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 6,3% entre 2023 e 2024 e a mais mais 7,4 mil milhões de euros que entraram nos cofres do Estado. Esta evolução foi impulsionada em grande medida pelo aumento da receita corrente: subiu 7%, correspondendo a mais 7,9 mil milhões de euros.

O incremento da receita corrente “deveu-se à subida significativa das suas três grandes componentes, especialmente as contribuições sociais”, que aumentaram 9,3%, o que representa mais 3.067 milhões de euros, e impostos sobre o rendimento e o património, que se traduziram num incremento de 3,5%, correspondente a mais 1.002 milhões de euros, de acordo com o INE.

Este “comportamento continuou a refletir o crescimento da atividade económica e do mercado de trabalho bem como o aumento dos preços, no caso dos impostos sobre a produção e a importação”, justifica o gabinete de estatísticas.

A primeira notificação por Procedimento dos Défices Excessivos de 2025 do INE reviu em alta o excedente das contas públicas de 2024, que se fixou em 0,7% do PIB, face à estimativa de 0,4% do PIB do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).

Também o rácio da dívida pública melhorou, caindo para 94,9% do PIB. O OE2024 estimava 95,9%, mas dados do Banco de Portugal (BdP) de fevereiro já previam uma redução para 95,3%, abaixo dos 97,7% do ano anterior e o valor mais baixo desde junho de 2010 (93,6%), isto é, em 14 anos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pedro Nuno propõe parte dos lucros da CGD para autarquias construírem casas

  • Lusa
  • 26 Março 2025

O secretário-geral do PS propôs que parte dos dividendos da Caixa sejam canalizados para uma conta corrente estatal que permita financiar autarquias na construção de habitação.

O secretário-geral do PS propôs esta quarta-feira que parte dos dividendos da Caixa Geral de Depósitos sejam canalizados para uma conta corrente estatal que permita financiar autarquias na construção de habitação, que considerou ser “o principal problema nacional”.

Pedro Nuno Santos defendeu esta ideia na abertura da sessão setorial sobre habitação que marca, esta manhã, o arranque do processo para a atualização do programa eleitoral com a construção do Manifesto Legislativas 2025, com que o partido se apresentará às eleições antecipadas de 18 de maio.

“Nós achamos que é uma boa ideia que uma parte dos dividendos da Caixa Geral de Depósitos alimente uma conta corrente no Estado que permita às nossas autarquias recorrer a financiamento para avançar com projetos de habitação”, propôs.

Segundo o líder do PS, “o Estado tem essa capacidade, o país tem essa necessidade” e há autarquias em Portugal “com uma grande capacidade, dinamismo e iniciativa” para, com recursos, “poderem construir habitação para a população de rendimentos intermédios”.

Pedro Nuno Santos referiu que, na sequência dos resultados do banco público de 2024, a Caixa distribuiu ao estado 50% do seu resultado líquido, num ano em que teve um lucro de cerca de 1.600 milhões de euros, grande parte dos quais rendimento com a habitação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Exportações de alumínio da UE para EUA aumentaram para 2,6 mil milhões em 2024

EUA são o segundo maior mercado de exportação de alumínio do bloco europeu, que viu o défice comercial destes produtos subir para um recorde, em 2024. Desde 2019, importações dispararam quase 30%.

A União Europeia fechou 2024 com um défice da balança comercial no alumínio de 11,1 mil milhões de euros, o que representa um novo recorde. Em cinco anos, as importações de alumínio dispararam 29,9%, enquanto as exportações só cresceram 21,3%. Os EUA, que já têm em vigor as novas tarifas de 25% sobre estes produtos, são o segundo maior mercado europeu de alumínio, com vendas de 2,6 mil milhões de euros.

As importações de alumínio para a União Europeia atingiram 29,5 mil milhões de euros em 2024, enquanto as exportações se fixaram em 18,4 mil milhões de euros, o que representa um défice comercial de 11,1 mil milhões de euros, revelou o Eurostat esta quarta-feira.

Desde 2019, as importações dispararam 29,9%, ou 6,8 mil milhões de euros e as exportações subiram 21,3%, ou 3,2 mil milhões de euros. O gabinete de estatísticas europeu refere, no entanto, que “estes aumentos monetários ocorreram apesar de uma diminuição do peso físico das exportações em 1,7% e das importações em 6,2%, sugerindo que o aumento do valor foi impulsionado principalmente pelo aumento dos preços“.

No que diz respeito às importações, a Noruega e o Reino Unido foram os maiores parceiros comerciais de alumínio para a UE em 2024, representando 15% das importações da região, ou 4,4 mil milhões de euros, e 13,1%, ou 3,9 mil milhões de euros, respetivamente.

Já a Turquia vendeu 2,8 mil milhões de euros em alumínio ao bloco europeu, seguindo-se a Islândia, com 2,1 mil milhões e a Suíça, com 1,7 mil milhões.

Entre os cinco maiores vendedores de alumínio para a UE, a Islândia mais que duplicou o valor das importações face a 2019, enquanto a Turquia viu o valor das importações na região saltarem 95,4%

Tarifas ameaçam exportações de 2,6 mil milhões

No que diz respeito às exportações, o Reino Unido é o principal mercado europeu de exportação de alumínio, com exportações avaliadas em 3,7 mil milhões de euros, o que equivale a 19,9% do total, seguido pelos EUA (,26 mil milhões de euros) e pela Suíça (2,4 mil milhões).

Segundo o Eurostat, a UE exportou para os EUA 14,1% do total das vendas de alumínio para o exterior. É sobre este valor que vão incidir as novas tarifas de Donald Trump, que estão em vigor desde dia 12 de março.

As novas taxas aduaneiras sobre o aço e o alumínio incidem essencialmente sobre a matéria-prima, podendo incluir alguns produtos semiacabados ou acabados.

Para ajudar as empresas da região, a Comissão Europeia anunciou na semana passada que quer reforçar a indústria siderúrgica dos países da União Europeia (UE) garantindo que conseguem um abastecimento de energia acessível, permitindo aos Estados-membros flexibilizar e reduzir as tarifas da rede elétrica para “aliviar a volatilidade dos preços” que as empresas pagam.

A Comissão Europeia irá conceder 150 milhões de euros através do Fundo de Investigação do Carvão e do Aço em 2026-27, com um montante adicional de 600 milhões de euros através do Horizonte Europa dedicado ao Pacto Industrial Limpo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Economia cresceu 2,9% no último trimestre de 2024

Na comparação em cadeia, ou seja, relativamente aos três meses anteriores, o PIB registou um salto de 0,4% no terceiro trimestre de 2024 para 1,5% nos últimos três meses do ano passado.

A economia nacional cresceu 2,9% no último trimestre de 2024, em termos homólogos, revela o Instituto Nacional de Estatística, o que representa uma aceleração face aos 2% registados nos três meses anteriores e uma revisão em alta face aos 2,8% estimados inicialmente pelo gabinete de estatística. A economia nacional registou, assim, uma progressão por quatro trimestres consecutivos face a 2023.

na comparação em cadeia, ou seja, relativamente aos três meses anteriores, o PIB registou um salto de 0,4% no terceiro trimestre de 2024 para 1,5% nos últimos três meses do ano passado. Um valor que já era conhecido e que resulta do bom desempenho da procura externa líquida, que no final do ano voltou a ser positiva, depois de ter estado no vermelho nos dois trimestres anteriores, explicou o INE. Isto é, as exportações aumentaram mais do que as importações.

“Os resultados apresentados correspondem à versão preliminar das Contas Trimestrais por Setor Institucional (CTSI) para o quarto trimestre de 2024”, alerta o INE, explicando que “resultados agora apresentados incorporam nova informação com as consequentes revisões das estimativas anteriores de alguns agregados”.

No Orçamento do Estado para 2025, o Governo inscreveu uma estimativa de crescimento de 1,8% em 2024. Mas os dados preliminares do INE apontam para uma progressão de 1,9% que não é mencionada no destaque desta quarta-feira.

No “Boletim Económico de março”, divulgado a semana passada, o Banco de Portugal sublinhou que o consumo privado (líquido de conteúdo importado) contribuiu 1,1 pontos percentuais (pp.) para o crescimento de 1,9% da economia. E que o contributo das exportações desceu para 0,6 pp., devido ao menor dinamismo dos serviços, “expectável com o desvanecimento do impulso pós-pandémico do turismo internacional”. Para este ano, a instituição liderada por Mário Centeno aponta para um crescimento de 2,3% que abrandará para 2,1% no ano seguinte. No Orçamento do Estado, a previsão é que a economia cresça 2,1% este ano.

Poupança das famílias aumenta

As contas nacionais trimestrais revelam ainda que as famílias portuguesas continuam a poupar. A capacidade de financiamento das famílias fixou-se em 4,7% do PIB no quarto trimestre de 2024, o que representa um aumento de 0,8 pontos percentuais face ao trimestre anterior. Este desempenho resultou do “aumento de 13,2% da poupança das famílias”

A taxa de poupança das famílias atingiu os 12,2%, mais 1,1 pontos percentuais do que no trimestre anterior “consequência do aumento de 3,1% do Rendimento Disponível Bruto (2,2% no trimestre anterior), superior ao crescimento de 1,9% do consumo privado. A taxa de poupança está a melhorar de forma consecutiva há cinco trimestres, mas aquém do máximo de 14,2% do rendimento disponível, no primeiro trimestre de 2021.

O INE destaca a importância da “redução do IRS pago devido à aplicação de novas tabelas de retenção na fonte” para o crescimento de 0,6 p.p. do Rendimento Disponível das Famílias (RDB).

“A despesa de consumo final” das famílias “cresceu 1,9% (1,5% no trimestre precedente), determinando o aumento da taxa de poupança para 12,2%
(11,1% no trimestre anterior), o que conduziu a uma capacidade de financiamento de 4,7% do PIB (3,9% no terceiro trimestre)”. “Em termos reais, o RDB ajustado per capita das famílias aumentou 2% no quarto trimestre de 2024 (crescimento de 1,3% no terceiro trimestre)”.

(Notícia atualizada com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Defesa nacional emprega 40 mil pessoas. Investimentos podem chegar aos mil milhões

  • ECO
  • 26 Março 2025

Os especialistas antecipam crescimento, em linha com a Europa, mas veem poucas vantagens financeiras em recorrer aos empréstimos da União Europeia.

A indústria da defesa, um segmento de atividade económica diversificado que engloba 40 setores, conta com 380 empresas em Portugal, que empregam cerca de 40 mil trabalhadores, revela esta quarta-feira o Diário de Notícias (DN). Os especialistas antecipam crescimento, em linha com a Europa, mas veem poucas vantagens financeiras em recorrer aos empréstimos da União Europeia (UE).

Em causa está o facto de abranger não só armas, veículos militares e submarinos, mas também construção, rações de combate, entre outras áreas. Em 2019, a defesa gerou vendas acumuladas de 4,75 mil milhões de euros, de acordo com os dados oficiais mais recentes.

O presidente da IdD Portugal Defence, a holding que gere as participações públicas nas empresas da Defesa, considera que os investimentos anuais podem aumentar, dos atuais 300 milhões de euros programados, para perto de mil milhões até 2029 “sem pôr em causa as contas públicas”.

“Nos vários ramos, temos solicitações e compromissos, principalmente ao nível da NATO, que temos de satisfazer”, justificou Ricardo Pinheiro Alves, em entrevista ao Jornal de Negócios, na qual alerta também que há países europeus que “ignoram” as regras do mercado único na Defesa, “compram claramente aos seus fabricantes e pagam multas se for preciso”.

Questionado sobre o possível desfecho da Cimeira da Nato em junho, na qual as metas podem avançar para 3,5% do PIB, sendo que Portugal estabeleceu chegar a 2029 com 2% do PIB em Defesa, o presidente da IdD disse que “gastar em armas é necessário”, porque “quando estamos a investir na Defesa, há um triplo retorno”.

“Havia a intenção deste Governo de, em 2029, se atingir 2%. Eventualmente esse objetivo vai ser revisto agora em Haia. Ainda não se sabe muito bem. Fala-se nos 3%, 3,5%. O que aconteceu em Portugal, desde o início da democracia, é que se desinvestiu em Defesa ou não se investiu”, defende, em declarações ao matutino económico.

O problema é que, como escreve o jornal Público, as taxas de juros a que Portugal se financia atualmente nos mercados, próximas daquelas a que a Comissão Europeia está a conseguir emprestar dinheiro aos Estados-membros, os empréstimos da UE para a defesa tornam-se menos atrativos.

O país fica com poucas benesses para recorrer ao fundo proposto por Bruxelas para financiar o reforço da despesa europeia. O programa SAFE – Security Action for Europe é uma linha de crédito que pode chegar até 150 mil milhões de euros com maturidades longas de 45 anos.

Do ponto de vista puramente financeiro, não vejo grande vantagem [em Portugal recorrer aos empréstimos do SAFE], porque a diferença de taxas de juro neste momento é muito reduzida e o país até perde flexibilidade na gestão da sua dívida pública”, diz João Moreira Rato, ex-presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, à mesma publicação.

A opinião foi partilhada por Filipe Garcia, presidente da IMF – Informação de Mercados Financeiros, que considera que “a decisão não deve ser só financeira”, embora diga que “Portugal está neste momento com um spread muito parecido ao da UE”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Miranda Sarmento apresenta brilharete nas contas públicas. Excedente atinge 0,7%

O INE reviu em alta o saldo das contas públicas do ano passado. É três décimas mais elevado do que as estimativas do Ministério das Finanças. A dívida pública recuou mais e caiu para 94,9% do PIB.

O excedente das contas públicas de 2024 fixou-se em 0,7% do PIB, uma revisão em alta face ao 0,4% do PIB estimado no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), de acordo com a primeira notificação por Procedimento dos Défices Excessivos de 2025 do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgada esta quinta-feira.

O ministro das Finanças, que reage daqui a umas horas aos resultados das contas nacionais, já tinha projetado um superávite melhor do que o estimado no OE2025, em torno dos 0,5%. Mas as conclusões do INE apontam agora para um saldo, em contabilidade nacional, aquele que conta para Bruxelas, bem mais favorável para Portugal.

Também o rácio da dívida pública melhorou, caindo para 94,9% do PIB. O OE2025 estimava 95,9%, mas dados do Banco de Portugal (BdP) de fevereiro já previam uma redução para 95,3%, abaixo dos 97,7% do ano anterior e o valor mais baixo desde junho de 2010 (93,6%), isto é, em 14 anos.

“De acordo com os resultados provisórios obtidos neste exercício, as Administrações Públicas (AP) tiveram um saldo positivo de 1.994,2 milhões de euros em 2024, o que correspondeu a 0,7% do PIB (1,2% em 2023). A dívida bruta das AP terá diminuído para 94,9% do PIB (97,7% no ano anterior)”, segundo a mesma nota estatística. O INE lembra que, “nos termos dos Regulamentos da União Europeia”, o instituto “envia ao Eurostat, até ao final do mês corrente, a primeira notificação de 2025 relativa ao Procedimento dos Défices Excessivos (PDE)”.

Esta evolução decorre do aumento da receita total das Administrações Públicas, que ascendeu a 124 mil milhões de euros, um incremento de 6,3% entre 2023 e 2024, o que significa mais 7,4 mil milhões de euros, impulsionada em grande medida pelo aumento da receita corrente, que subiu 7%, correspondendo a mais 7,9 mil milhões de euros.

O incremento da receita corrente “deveu-se à subida significativa das suas três grandes componentes, especialmente as contribuições sociais”, que aumentaram 9,3%, o que representa mais 3.067 milhões de euros, e impostos sobre o rendimento e o património, que se traduziram num incremento de 3,5%, correspondente a mais 1.002 milhões de euros, de acordo com o INE.

Este “comportamento continuou a refletir o crescimento da atividade económica e do mercado de trabalho bem como o aumento dos preços, no caso dos impostos sobre a produção e a importação”, justifica o gabinete de estatísticas.

Em sentido inverso, “a receita de capital teve uma redução face a 2023 (variação de -20,9% e 1.529 milhões de euros), associada a uma diminuição das receitas de Fundos da União Europeia, exceto a receita do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que aumentou 26%”. O INE explica “que esta receita é registada em Contabilidade Nacional no mesmo momento em que ocorre a despesa de capital, garantindo a neutralidade dos fundos europeus no saldo das AP”.

A despesa total das Administrações Púbicas também registou um aumento de 7,6% em 2024 para 122 mil milhões de euros, o que se traduz numa subida dos encargos em 8,6 mil milhões de euros. A contribuir para este resultado, destaque para a despesa corrente que aumentou 9,3 mil milhões de euros (9,1%) em consequência do crescimento das remunerações dos empregados (variação de 8,5%) e da despesa com juros (variação de 6,3%)”, segundo o INE.

Em detalhe, o aumento dos encargos com salários reflete “a atualização generalizada das remunerações dos trabalhadores com vínculo de emprego público e, com menor impacto, do regime especial de aceleração do desenvolvimento das carreiras na Administração Pública (saúde e educação)”.

“No caso das prestações sociais, exceto transferências sociais em espécie, o aumento foi de 4.341 milhões de euros, correspondendo a uma taxa de crescimento de 10,3%, refletindo as atualizações das pensões enquadradas no regime geral da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações, bem como o aumento no número de pensionistas. Relevam ainda os acréscimos nas outras prestações sociais suportadas pela Segurança Social, em particular o abono de família e os apoios às instituições sem fins lucrativos”, salienta o INE.

Também a despesa com juros aumentou. Registou-se uma variação de 6,3% ou 349 milhões de euros, “evidenciando o acréscimo dos juros de Certificados de Aforro e do Tesouro, associados à subida das taxas de juro de referência, bem como ao impacto do pagamento de prémios de permanência das séries de Certificados de Aforro”, indica o o gabinete de estatística.

Na despesa de capital destaca-se um aumento do investimento de 11% impulsionado pela aplicação dos fundos europeus do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). No entanto, a redução global deste tipo de encargos em 7,2%, o que representa menos 742 milhões de euros de despesa, está fortemente associada a uma diminuição da rubrica transferências de capital que, em 2023, incluiu um conjunto significativo de operações extraordinárias que totalizaram 1.427 milhões de euros: reprivatização da EFACEC, perdas adicionais de créditos não passíveis de recuperação detidos pela Parvalorem S.A., conversão de ativos por impostos diferidos (DTA) do Novo Banco em crédito tributário reembolsável e ainda o registo de uma sentença do Supremo Tribunal Administrativo, que determinou a devolução do montante pago em 2009 pelos direitos de exploração da concessão da barragem
do Fridão, cuja construção não ocorreu.

(Notícia atualizada às 11h34)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.