Diogo Martins assume direção de marketing da Coca-Cola para Portugal

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  • 27 Fevereiro 2025

Diogo Martins ocupa o lugar deixado vago por João Clemente, que liderava o marketing da Coca-Cola em Portugal desde 2021 e que em setembro passou a senior marketing manager da Fanta a nível europeu.

Diogo Martins é agora responsável pela direção de marketing da Coca-Cola para Portugal, assumindo o desafio de “impulsionar a estratégia de marketing, não só da Coca-Cola, mas de todo o portefólio de marcas da The Coca-Cola Company“.

“Foi com muito orgulho que assumi a função de marketing director da Coca-Cola Portugal. Além da responsabilidade que é gerir uma marca como a Coca-Cola, com uma herança de marketing talvez única no mundo, o que me atraiu foi também ter a oportunidade de contribuir para o crescimento do portfólio da companhia em Portugal, como é exemplo a recente aposta na categoria de chás prontos a beber com o lançamento da marca Fuze Tea”, refere, citado em comunicado.

Diogo Martins preenche assim o lugar deixado vago por João Clemente, que liderava o marketing da Coca-Cola em Portugal desde 2021 e que em setembro passou a senior marketing manager da Fanta a nível europeu.

O agora diretor de marketing da Coca-Cola conta com um percurso profissional de mais de 10 anos que incluiu passagens pelos setores de retalho, bens de consumo e telecomunicações, tendo trabalhado em Portugal, Espanha e Suíça.

É licenciado em Gestão pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, tendo iniciado a sua carreira na área de planeamento estratégico da Sonae. Enveredou depois pela área do marketing na Procter & Gamble, onde desempenhou funções de brand manager em categorias de higiene pessoal e cuidado do lar. Em 2020 integrou a Nos onde ocupou diversos cargos, sendo o mais recente de head of B2B marketing communications.

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Portugal tem sete hubs de startups entre os mais inovadores da Europa

O país tem sete hubs/incubadoras entre os 150 mais inovadores da Europa, segundo o ranking "Europe’s Leading Start-up Hubs", do Financial Times. Saiba quais são.

Portugal tem sete hubs/incubadoras de startups entre 150 hubs de inovação na Europa, mais um do que há um ano, de acordo com a edição do “Europe’s Leading Start-up Hubs”, do Financial Times. A Unicorn Factory (17.º), Startup Braga (31.º) e Instituto Pedro Nunes (42.º) são os melhor posicionados no ranking do jornal britânico. Nesta segunda edição, Portugal deixou de ter representantes no Top 10.

Nesta segunda edição do ranking do FT, um total de mais de 3.000 hubs de 39 países foram analisados, tendo sido ouvidos não só as entidades, antigos alumni, entre outros, sobre temas como mentoria e formação oferecidas; infraestruturas; assistência jurídica; aconselhamento sobre desenvolvimento empresarial; oportunidades de networking; de financiamento e custos/taxas/capitais.

Dessa análise, um total de 150 hubs de inovação foram reconhecidos neste ranking liderado pelo alemão UnternehmerTUM, seguido do francês Station e do alemão Start2 Group.

Portugal coloca sete hubs no ranking

Nesta segunda edição do ranking, Portugal coloca sete hubs/incubadoras entre os 150 mais inovadores, mais um do que no ano passado, mas, em contrapartida, desaparece do Top 10.

Na 17.ª posição, a Unicorn Factory Lisboa é o hub melhor colocado no ranking (há um ano ocupava a 10.ª posição).

“A mudança no ranking deve-se maioritariamente ao crescimento significativo do universo de hubs analisados, passando de dois mil para três mil, tendo a lista final do ranking aumentado de 120 para 150 hubs. Além disso, a entrada de novos players e ecossistemas mais maduros, como a Alemanha, teve um impacto na posição, refletindo a crescente competitividade do setor”, reagiu a Unicorn Factory Lisboa, destacando o facto de o projeto estar entre o Top 20 europeu.

“Resultado global de Portugal também demonstra a importância de se reforçar o papel estratégico da inovação nas políticas públicas, por forma a que se possa continuar a ganhar relevo como país na área mais crítica para o futuro, desenvolver o ecossistema, produzir inovação à escala internacional e não perdermos importância face a outros mercados”, disse ainda.

A Startup Braga surge no 31.º lugar, quando há um ano liderava entre os hubs nacionais na 7.ª posição.

“É importante salientar que este 31.º lugar corresponde, também, ao 4.º lugar na Ibéria e 2.º lugar a nível nacional. Mas, mais relevante, diria, entre 3.000 hubs de inovaçãoum aumento significativo do universo analisado face a 2024“, comenta Luís Rodrigues, diretor da Startup Braga, ao ECO.

“É um reconhecimento, antes de tudo, para a comunidade de empreendedores e startups do ecossistema da Startup Braga, que tanto têm contribuído para afirmar Braga — e a região Norte — como um polo de inovação e competitividade no panorama europeu”, continua o responsável da incubadora a Norte.

Luís Rodrigues destaca ainda o desempenho do ecossistema nacional. “É, igualmente, gratificante verificar a presença de mais seis hubs portugueses neste ranking, contribuindo para elevar o ecossistema nacional. Esperamos, naturalmente, que estes reconhecimentos continuem a contribuir para aumentar a atratividade do nosso ecossistema, e que sejam também um importante farol para melhores e mais eficazes políticas públicas de apoio à inovação e empreendedorismo“, diz.

Quanto à Startup Braga, destaca o responsável, este ano reforçou o “compromisso com programas estratégicos como o Global Health Accelerator, e com a aposta na criação do Bio-MedTech Hub — uma nova infraestrutura tecnológica, anunciada após o prémio ‘Rising Innovative City’, atribuído a Braga pelo European Innovation Council no final de 2024″. Projeto do qual o ECO deu notícia em primeira mão em novembro.

A fechar o top 3 nacional está o Instituto Pedro Nunes (IPN) que sobe duas posições face ao 44.º lugar do ano passado, para a 42.ª posição,

No Top 100 surge ainda a Lispolis (62.ª posição), uma estreia. “É o reconhecimento do trabalho realizado pela Lispolis no apoio ao empreendedorismo e às empresas”, reage Pedro Rebordão, diretor de Promoção e Inovação Lispolis, em declarações ao ECO. “É uma gratificação ser uma das sete entidades que representam Portugal num ranking tão restrito, onde milhares mostram interesse e apenas 150 integram”, diz.

Na lista dos primeiros 100 está ainda o Building Global Innovation (BGI) na 67.ª posição (um recuo face à 25ª posição no ano anterior), bem como a Startup Leiria, que entra para a 68.ª posição.

Uma estreia “impactante” da Startup Leiria no ranking, considera Vítor Ferreira. O CEO da incubadora da região Centro explica porquê. “Para além do reconhecimento da Startup Leiria, a cidade de Leiria é considerada a 44.ª cidade europeia mais relevante no ecossistema de startups. Entre as 68 primeiras classificações do ranking, Leiria é ainda a 12.ª em termos de dimensão, consolidando-se como um centro de referência para o crescimento e inovação empresarial”, elenca. “Este reconhecimento é um reflexo do trabalho incansável que temos desenvolvido para criar um ecossistema favorável ao empreendedorismo em Leiria”, aponta.

“Com este resultado, a Startup Leiria reforça o seu compromisso de continuar a apoiar ideias inovadoras, a fortalecer a comunidade empreendedora local e a posicionar Leiria no mapa europeu das startups. O futuro promete ser ainda mais dinâmico para o ecossistema empreendedor da cidade, que segue a crescer e a ganhar destaque internacional”, refere ainda o CEO.

A fechar a participação nacional está a Casa do Impacto. A incubadora de impacto da Santa Casa da Misericórdia está na 90.ª posição, um recuo face ao 75.º lugar no ranking do ano anterior.

O ranking analisa ainda várias regiões. Na Península Ibérica, Portugal tem sete hubs, de um total de 24 listados, sendo que a Lanzadera, incubadora de Valência, que tem por trás o grupo Mercadona, lidera o ranking, seguido da Unicorn Factory Lisboa.

(notícia atualizada dia 28 com reação da Unicorn Factory)

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Novobanco? Teria que ser uma oportunidade “muito, muito atrativa”, afirma BCP

CFO reforça que o banco está comprometido com o plano estratégico, que prevê a distribuição de mais de 75% dos resultados. Plano de recompra de ações de 200 milhões avança "em breve".

O BCP está comprometido com o seu plano estratégico, focado na criação de valor e na distribuição de mais de 75% dos seus resultados. Questionado sobre o eventual interesse no Novobanco, o administrador financeiro do BCP, Miguel Bragança, diz que a entidade está focada no crescimento orgânico e teria que ser “uma oportunidade muito, muito atrativa” para mudar a estratégia.

“Apresentamos a nossa estratégia focada na criação de valor”, disse o CFO do banco, que fechou o último ano com lucros acima de 900 milhões de euros, apontando que o plano estratégico prevê o crescimento orgânico e a distribuição de mais de 75% dos resultados pelos acionistas. Dito isto, Miguel Bragança admite que “oportunidades podem surgir. Se virmos que gera mais valor, temos que reanalisar a nossa estratégia“, adiantou o responsável numa conference call com investidores.

Miguel Bragança reforçou, porém, que, para o banco alterar a sua estratégia, teria que ser um negócio muito atrativo e no melhor interesse dos acionistas, depois de analisados os custos de oportunidade e o potencial impacto da aquisição. “Temos de estar muito confortáveis que [o negócio] é no melhor interesse dos nossos acionistas”, adiantou.

Sem querer ser mais direto, o administrador financeiro do banco liderado por Miguel Maya reforçou que o plano principal passa por “desenvolver o banco e distribuir mais de 75% dos resultados”.

As declarações do CFO vêm em linha com os comentários feitos pelo CEO no início deste mês, que afirmou que se o Novobanco tiver “um preço adequado, se criar valor para os acionistas e fizer sentido para a economia portuguesa”, o BCP poderia “considerar” a aquisição do concorrente.

Este ano, o banco vai pagar um dividendo de cerca de 450 milhões e já tem autorização do supervisor para recomprar ações num montante de 200 milhões. “Vamos começar em breve o programa”, confirmou o CEO Miguel Maya, numa primeira apresentação dos resultados do ano passado.

O banco quer distribuir 50% dos seus resultados em dividendos e os outros 25% através de um programa de buyback.

Confrontado pelos analistas sobre se o banco tem capacidade para garantir a realização de um programa de recompra de ações todos os anos, Miguel Bragança respondeu: “Se num ano, ano e meio virmos que não conseguimos gerar valor, teremos que regressar ao mercado e rever o nosso plano. Mas não é isso que temos agora“.

“Se não for possível, teremos que recalibrar o plano”, admitiu, argumentando, porém, que o plano foi apresentado em outubro e o banco está a implementá-lo.

Quanto à atividade do banco, o CEO Miguel Maya reiterou que o BCP está a entrar numa nova fase, apresentando bons resultados, um balanço sólido e com um plano de negócios em andamento.

Depois de o ano passado ter fechado com um contributo negativo do Millennium bim em Moçambique, devido “aos impactos decorrentes da situação económico-financeira que o país atravessa, nomeadamente pela descida da notação de rating da dívida soberana”, Miguel Maya deixou uma mensagem positiva, adiantando que está confiante que os moçambicanos vão conseguir dar a volta a esta situação.

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Macron destaca amizade entre Portugal e França e avisa para tempos difíceis na Europa

  • ECO e Lusa
  • 27 Fevereiro 2025

Presidente francês esteve uma hora no Parlamento português, destacou a relação entre os dois países e defendeu que europeus têm de estar mais unidos que nunca e preparar-se para tempos difíceis.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu esta quinta-feira em Lisboa que os europeus devem estar mais unidos do que nunca e preparar-se em matéria tecnológica, industrial e de defesa, num momento em que as velhas alianças são questionadas.

Os europeus, hoje, devem estar convencidos de uma coisa: que é preciso mais do que nunca estar unidos e ser fortes“, acentuou o chefe de Estado francês, na Assembleia da República, no âmbito da visita de Estado que está a efetuar a Portugal. Macron disse que a ligação entre Portugal e a França é um contributo importante para essa Europa mais forte, mostrando-se “muito feliz” pelo tratado de amizade que assinou com o seu “amigo primeiro-ministro” português, Luís Montenegro.

“Devemos absolutamente fazer escolhas muito profundas para ter uma Europa que seja mais unida e mais forte em matéria tecnológica, industrial e em matéria de defesa”, sublinhou, acrescentando que o tratado assinado com Portugal também honrará esse compromisso.

Ao lado do presidente do parlamento português, José Pedro Aguiar-Branco, num plenário do parlamento aberto apenas para a visita, Emmanuel Macron lembrou a importância da visita de Estado de um Presidente francês a Portugal 26 anos depois da última, realizada por Jacques Chirac em 04 de fevereiro de 1999.

Estou muito feliz por esta visita de Estado neste momento que atravessa a Europa e o mundo, quando há muitas incertezas e às vezes as alianças muito antigas são questionadas. Vinte e seis anos depois da última visita de Estado de um Presidente francês, a minha presença hoje diz que as verdadeiras amizades se mantêm”, salientou.

O chefe de Estado francês reiterou que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deverá deslocar-se a Washington na sexta-feira para se encontrar com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “se tudo correr bem”, considerando que será um encontro importante para explicar o que se passa no seu país, invadido pela Rússia há três anos.

A Ucrânia é, para nós, um combate importante, é um combate pelo direito internacional, pela soberania, e depois é um combate pela segurança dos europeus“, declarou.

Macron assinalou ainda “a importância que a ligação transatlântica pode ter” não só para os europeus, mas também para os americanos, reiterando que disse isso mesmo a Donald Trump no encontro que manteve com ele na Casa Branca na segunda-feira.

O Presidente francês esteve no parlamento português durante mais de uma hora, após ter estado com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, na residência oficial. A chuva que marcou o dia continuou a cair enquanto Macron e José Pedro Aguiar-Branco receberam as honras militares e ouviram os hinos de França e Portugal, momento durante o qual partilharam o mesmo guarda-chuva, que seguraram cada um com uma mão.

No salão nobre, primeiro ponto de paragem na Assembleia da República, decorreu a sessão de cumprimentos, na qual participaram os vice-presidentes e secretários da Mesa da Assembleia da República, os líderes parlamentares e a deputada única do PAN, além dos presidentes da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, da Comissão de Assuntos Europeus, e do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal–França.

O único líder parlamentar que não compareceu à sessão de cumprimentos foi o do Chega, Pedro Pinto. Emmanuel Macron assinou o livro de honra da Assembleia da República, onde escreveu: “Feliz por ter estado ao vosso lado com o intuito de celebrar, neste lugar emblemático da democracia portuguesa, a amizade entre França e Portugal e o nosso apego comum à nossa Europa”.

Após um encontro privado no gabinete de Aguiar-Branco, de cerca de 15 minutos, as duas figuras do Estado português e francês dirigiram-se à sala de visitas da presidência, para um momento de conversações entre as duas delegações, que também decorreu à porta fechada. Depois, Macron e Aguiar-Branco deslocaram-se à sala das sessões para tirar a fotografia oficial, primeiro apenas os dois, e depois com os representantes dos partidos portugueses e a comitiva francesa.

Inicialmente esteve prevista a realização de uma sessão solene no parlamento português, com as presenças do Presidente da República e do primeiro-ministro, na qual Emmanuel Macron discursaria, mas acabou por não se realizar, tendo sido substituída por uma cerimónia de boas-vindas.

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Treze cirurgiões vão integrar Amadora-Sintra após o mesmo número de demissões

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2025

O diretor demissionário Paulo Mira explicou que a "grande maioria" provém dos 13 que apresentaram a demissão em 2024, mas "também há cirurgiões novos".

Treze cirurgiões vão integrar o Serviço de Cirurgia Geral da Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra, depois da demissão do mesmo número de especialistas no ano passado, anunciou hoje o diretor demissionário Paulo Mira. “Neste momento, tenho cerca de 13 cirurgiões que já estão praticamente assegurados. Mas há mais pessoas que estão interessadas em ir trabalhar para o Serviço de Cirurgia”, disse aos jornalistas.

O diretor demissionário do Serviço de Cirurgia Geral Paulo Mira falava no Ministério da Saúde, em Lisboa, após ter estado reunido esta tarde com a ministra Ana Paula Martins. Paulo Mira explicou que a “grande maioria” provém dos 13 que apresentaram a demissão em 2024, mas “também há cirurgiões novos”.

A saída dos especialistas deveu-se ao regresso de dois médicos que denunciaram más práticas no serviço, que depois de investigadas não se confirmaram. Questionado sobre a continuidade dos dois cirurgiões que regressaram, o dirigente indicou que cabe ao novo Conselho de Administração decidir.

“Isso tem a ver com as condições que o Conselho de Administração, e especialmente o Ministério, vai criar para que possamos trabalhar na paz que queremos e com as condições que precisamos para servir uma população de 600 mil pessoas”, salientou. Aos jornalistas, o responsável disse ainda que tem “uma esperança muito grande que o assunto se resolva rapidamente”.

“Hoje tivemos uma reunião e as pessoas ouviram as condições que irão ser criadas e agora caberá a cada um decidir nos próximos dias se vai aceitar essas condições ou não”, acrescentou. Ana Paula Martins avançou que pretende “garantir que nas próximas duas a três semanas, o hospital retome a sua normalidade” e que, a partir da próxima quarta-feira, será reconstituído o Serviço de Cirurgia, juntamente com o novo Conselho de Administração.

Na quarta-feira, a ministra da Saúde havia anunciado que já dispunha de um plano para o Hospital Amadora-Sintra, que passava por convencer toda a equipa de cirurgiões que se demitiu em 2024 a regressar ao serviço. O plano, apresentado por Ana Paula Martins, surge um dia depois de Carlos Sá, atual presidente do Hospital da Cruz Vermelha, ter sido nomeado novo presidente do conselho de administração da ULS Amadora-Sintra.

Segundo uma resolução do Conselho de Ministros aprovada na quarta-feira, Carlos Sá vai agora substituir Luís Gouveia. Luís Gouveia apresentou a demissão à ministra da Saúde há 20 dias, alegando que não queria ser “um obstáculo” às “medidas e políticas” que a tutela considere necessário implementar.

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Caixa confirma que está a analisar “hipótese” Novobanco. Macedo “preocupado” se for comprado por espanhóis

Paulo Macedo assume que já tem ideia das condições necessárias para ter "um interesse mais decisivo" no Novobanco e considera que um IPO não será um fator "impeditivo".

O CEO da Caixa Geral de Depósitos (CGD) confirmou que está interessado no Novobanco. “Estamos a analisar essa hipótese”, admitiu Paulo Macedo esta quinta-feira, referindo que ficaria “preocupado” se fosse comprado por um banco espanhol.

“Temos uma ideia das condições que seriam necessárias da nossa parte para haver algum interesse mais decisivo”, revelou o gestor aos jornalistas durante a apresentação dos resultados – a Caixa registou lucros recorde de 1,74 mil milhões de euros no ano passado.

Mais tarde explicou que está a analisar “o que faz um fit e o que faz redundância” numa eventual aquisição do Novobanco, isto depois de questionado sobre se poderia estar interessado numa parte do negócio, nomeadamente no crédito às empresas.

Paulo Macedo frisou que “interessam operações que possam gerar sinergias com a Caixa e gerar valor, e que o total seja o somatório das partes” e insistiu que quer manter o banco público com “relevância” no mercado.

A este propósito, mandou uma farpa à concorrência, nomeadamente espanhola. “Se me preocupa que vá parar a mãos estrangeiras? Ouvi o presidente do Santander a dizer que estaria preocupado que venha parar à Caixa. Fico mais preocupado se a banca espanhola ficar com 45% do mercado”, disse.

“IPO não é impeditivo”

Paulo Macedo considerou ainda que se o Novobanco avançar para a bolsa, através de uma oferta pública inicial (IPO), tal movimento não impede o interesse de outros bancos.

Se entrar em bolsa, não vejo que se torne impeditivo de alguma coisa. Há vários pressupostos. E não me parece que a Lone Star avance para bolsa se não tiver o destino final do comprador”, atirou o gestor.

Recusou comentar as declarações do ministro das Finanças e do governador do Banco de Portugal. Miranda Sarmento havia dito que a gestão da Caixa tinha total autonomia se quiser avançar para o Novobanco.

“Penso que foi claro”, referiu Paulo Macedo. Já Mário Centeno alertou para as implicações sistémicas dessa eventual operação. “Se houvesse alguma coisa a transmitir, transmitiria”, disse.

Novobanco vale 5 mil milhões? “Caixa pode valer 16 mil milhões”

Paulo Macedo também não quis comentar o eventual preço que a Lone Star está a pedir pelo Novobanco, na ordem dos cinco mil milhões de euros.

Mas não perdeu a oportunidade para lançar nova bicada: “Se aplicássemos os múltiplos que tenho visto nos jornais, a Caixa teria um valor entre nove mil milhões e 16 mil milhões de euros“.

Confrontado com o excesso de capital que o banco público dispõe neste momento, com um rácio superior a 20%, Paulo Macedo destacou que “não há muitas aplicações em que o Estado faça melhor do que esta”.

“Com esta alocação em que um terço vai para dividendo e um terço vai para impostos, parece-me que não há uma questão de rentabilidade, mas das melhores alocações”, disse.

(Notícia atualizada às 18h32)

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Fidelidade contrata Natixis para vender posição minoritária na Luz Saúde

Bloomberg avança que a seguradora escolheu o banco francês para iniciar conversas com eventuais interessados. Em entrevista ao ECO, a presidente da Luz Saúde admitiu essa hipótese.

A seguradora Fidelidade contratou o banco de investimento Natixis para dar início a contactos com eventuais interessados em comprar uma posição minoritária no grupo Luz Saúde, avança esta quinta-feira a agência financeira Bloomberg, citada pelo Jornal de Negócios.

Fonte da empresa, que detém a rede de privados com o mesmo nome, adiantou que o plano dessas conversações, para vender uma participação inferior a 50%, é encontrar um parceiro estratégico que possa continuar a expansão de operações.

Em entrevista ao podcast do ECO “À Prova de Futuro, a CEO da Luz Saúde disse que o interesse em abrir o capital se mantinha, mas poderia passar por outras alternativas, como a venda direta de uma participação a investidores.

Questionada sobre se a abertura do capital pode não passar necessariamente por uma venda do capital em bolsa, Isabel Vaz respondeu: “Pode não passar, ainda que nós, equipa de gestão, gostamos disso. O processo do IPO [oferta pública inicial) teve alguma graça, porque quando nós fizemos o intention to float e de repente o Irão mete 300 mísseis em Israel nessa semana. Nós realmente temos uma pontaria…”.

Foi em abril do ano passado que a Fidelidade, maioritariamente detida pelo grupo chinês Fosun, suspendeu os planos de entrada da Luz Saúde na bolsa de Lisboa por via de IPO, admitindo, mais tarde, a possibilidade de retomar o processo.

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Lucro da Benfica SAD mais que duplica para 40 milhões de euros no primeiro semestre

Apesar do aumento do resultado líquido, a Benfica SAD continua a ser deficitária operacionalmente (sem as transações de atletas), ao mesmo tempo que dívida líquida continua a subir.

As contas do primeiro semestre da Benfica SAD revelam um balanço mais sólido do que há seis meses, mas com os mesmos problemas desde que fechou as contas anuais em junho.

Segundo um comunicado, enviado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a SAD benfiquista encerrou o primeiro semestre fiscal (entre julho de dezembro) com um crescimento homólogo de 124% do resultado líquido, que se traduziu em lucros de 40,3 milhões de euros, e com um aumento de 49,9% do capital próprio para 122,8 milhões de euros.

Além de ter sido o segundo ano consecutivo em que a Benfica SAD fechou o primeiro semestre com lucros, foram também os resultados mais elevados alcançados nos primeiros seis meses do ano desde a época 2019/2020, quando a operação fechou com lucros históricos de 104,2 milhões de euros no mesmo período por conta da venda dos direitos do atleta João Félix para o Atlético de Madrid.

No primeiro semestre da presente época desportiva, por cada 10 euros de rendimentos operacionais (sem contar com transações de atletas), a Benfica SAD contabilizou 13,5 custos operacionais. Há um ano, esse rácio era de 13 e há dois anos era de 11,2.

A sustentar o crescimento dos resultados nos primeiros seis meses do atual exercício estão mais de 104 milhões de euros registados com a transação de atletas, com particular enfoque nas alienações dos passes de João Neves, David Neres, Marcos Leonardo e Morato.

Além disso, os resultados da SAD liderada por Rui Costa foram também impactados positivamente com 39,7 milhões de euros de prémios da UEFA pela participação do Benfica na Liga dos Campeões – que mesmo assim registaram uma queda homóloga de 8,5% em função de uma nova estrutura da Liga dos Campeões, que fez com que estas contas não contabilizassem a receita gerada com dois jogos da fase a eliminar realizados em janeiro.

Apesar da mais que duplicação do resultado líquido e do crescimento de 52,4% dos rendimentos de direitos de atletas nos primeiros seis meses deste ano fiscal, as contas da SAD benfiquista continuam a mostrar uma operação deficitária quando não contabilizada as transações de atletas.

Os números apresentados esta quinta-feira ao mercado revelam que os rendimentos operacionais sem transações de atletas tiveram uma correção homóloga de 0,7% – que já inclui a renovação do contrato com a Emirates –, passando de 106,4 milhões de euros no primeiro semestre de 2023 para 105,7 milhões de euros no final do ano passado, enquanto os gastos operacionais aumentaram 2,7% para 142,9 milhões de euros.

Isto significa que, no primeiro semestre da presente época desportiva, por cada 10 euros de rendimentos operacionais (sem contar com transações de atletas), a Benfica SAD contabilizou 13,5 custos operacionais. Há um ano, esse rácio era de 13 e há dois anos era de 11,2.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

A SAD do Benfica refere que para o aumento dos gastos operacionais do primeiro semestre contribui a inclusão do futebol feminino no perímetro da SAD (com um impacto orçamental de cerca de 2,4 milhões de euros), um aumento de 28,1% dos royalties da marca Benfica (6,8 milhões de euros), mas sobretudo um crescimento de 14,2% dos gastos com pessoal para 71,2 milhões de euros.

Nesta rubrica pontifica indemnizações superiores a 10 milhões de euros com as demissões da anterior equipa técnica e jogadores – sem as indemnizações, os gastos operacionais teriam registado uma correção homóloga de 5,2%.

A SAD benfiquista antecipa encerrar este ano fiscal com lucros, depois de no ano passado ter fechado o exercício com prejuízos de 49,4 milhões de euros.

Outro elemento relevante nas contas da Benfica SAD é o comportamento da dívida líquida. Após ter registado um aumento de 43% no último exercício anual (e duplicado nos últimos três anos) para mais de 200 milhões de euros, as contas do primeiro semestre revelam uma dívida líquida ligeiramente acima dos 196 milhões de euros no final do ano passado.

Apesar de traduzir-se num aumento homólogo de 2,6% face aos números da dívida registados em dezembro de 2023, trata-se de uma correção de 2,8% face às últimas contas anuais (apresentadas em junho de 2024).

A gestão mais prudente da dívida, juntamente com o crescimento dos rendimentos operacionais nos primeiros seis meses do ano, espelha um sinal positivo na gestão financeira da SAD num histórico pouco animador. Isto porque, pela primeira vez desde a época 2020/2021, os rendimentos operacionais da Benfica SAD nos primeiros seis meses do exercício situaram-se acima da dívida líquida. Isto significa que, nos últimos quatro anos, esta foi a primeira vez que a operação da SAD foi capaz de gerar fluxos de caixa suficientes para cobrir as suas obrigações financeiras sem ter a necessidade de recorrer a novos empréstimos ou à venda de ativos.

Porém, não é displicente o facto de, mais uma vez, o passivo ter aumentado (6,8%) mais que o ativo (3,7%), com a Benfica SAD a terminar os primeiros seis meses com um passivo de 472,3 milhões de euros face a um ativo de 594,5 milhões de euros. Este diferencial sublinha a necessidade de uma gestão ainda mais cuidadosa do balanço financeiro da SAD nos próximos períodos.

Sabendo-se que os resultados do segundo semestre das sociedades anónimas desportivas costumam ser menos positivos que o primeiro, em função da natureza do seu negócio, o ECO sabe que a SAD benfiquista antecipa encerrar este ano fiscal com lucros, depois de no ano passado ter fechado o exercício com prejuízos de 49,4 milhões de euros.

A contribuir para essa expectativa estará a receita da UEFA pela participação na Liga dos Campeões – que até ao momento se traduz em receitas de 71,8 milhões de euros – e também a receita gerada pela participação da equipa de futebol no Mundial de Clubes, que só como prémio de participação deverá encaixar entre 15 milhões a 18 milhões de dólares.

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Estado dá “prenda” de 40 milhões aos municípios com entrega de mais 22 imóveis para reabilitação

Passar de Hospital Pediátrico a centro de artes num investimento municipal de 33 milhões de euros é um modo de dar vida a património público abandonado. Estado já "ofereceu" 49 edifícios às câmaras.

Albufeira, Alfândega da Fé, Alvaiázere, Arcos de Valdevez, Coimbra, Coruche, Guarda, Manteigas, Montalegre, Penedono, Portimão e Tomar. São estes os 12 municípios que, esta quinta-feira, assumiram a gestão de 22 imóveis, que se encontram sem utilização ou devolutos, avaliados em 40 milhões de euros. As autarquias vão reabilitar os edifícios com o objetivo de reforçarem os seus serviços públicos e setores artísticos, culturais e turísticos, e criarem instalações educativas e de saúde.

Desde outubro de 2024, o Governo já transferiu praticamente meia centena de imóveis para um total de 29 autarquias. Este património, destinado a reabilitação, está avaliado em 50 milhões de euros, calcula o Ministério das Finanças. “Considerando as transferências efetuadas em outubro e estas que agora foram assinadas, em menos de um ano, este Executivo já celebrou 33 acordos com 29 municípios, tendo sido transferidos 49 imóveis para reabilitação, cujo valor de investimento total é de cerca de 50 milhões de euros”, detalha o Ministério das Finanças num comunicado.

Os autarcas conhecem em profundidade o território e as comunidades que servem, pelo que estão na primeira linha para, em conjunto com a administração Central, encontrarem as melhores soluções, tendo em vista uma gestão mais eficiente e sustentável do património.

João Silva Lopes

Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças

Durante uma cerimónia no auditório da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, o secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, João Silva Lopes, destacou o empenho e compromisso do Governo para com o reforço da coesão territorial e social do país. E apelou à participação dos municípios na gestão dos ativos imobiliários do Estado que se encontram sem utilização, reforçando uma mensagem deixada na apresentação do projeto, em outubro de 2024, quando entregou 27 edifícios.

Na altura, António Furtado, presidente do Conselho de Administração da Estamo, sociedade da Parpública dinamizadora desta revitalização de património estatal, afirmou ao ECO/Local Online que “aquilo que verdadeiramente se pretende — com os municípios como parceiro privilegiado — é que o património do Estado possa ser indutor de desenvolvimento”.

Na ocasião, o gestor público disse que a transferência de competências para os municípios é “um meio para evitar a degradação, fomentar a recuperação, suportar a reutilização”, além de “valorizar os recursos públicos e alavancar os processos de transformação a nível local”.

Durante a cerimónia desta quinta-feira, o secretário de Estado do Tesouro e das Finanças salientou, por sua vez, que “os autarcas conhecem em profundidade o território e as comunidades que servem, pelo que estão na primeira linha para, em conjunto com a administração Central, encontrarem as melhores soluções, tendo em vista uma gestão mais eficiente e sustentável do património”.

Estes edifícios serão reabilitados para terem uma nova vida com fins artísticos e culturais, assim como para a criação de equipamentos educativos. Destinam-se ainda às áreas da saúde e do turismo, além do reforço de serviços públicos municipais.

Assinatura do acordo de transferência da gestão do antigo Hospital Pediátrico de Coimbra para o município local.27 fevereiro, 2025

Um dos edifícios esta quinta-feira transferidos pelo Estado foi o antigo Hospital Pediátrico de Coimbra. A Câmara Municipal passa, assim, a assumir a gestão, avançando com a reabilitação deste imóvel com vista à instalação da Casa das Comunidades – Centro Transdisciplinar de Apoio à Criação Artística, num investimento avaliado em mais de 33 milhões de euros.

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, referiu, durante a cerimónia, que o futuro espaço que, terá um prazo de execução de três anos, “será um polo de cultura”, podendo ainda servir de cenário para a Bienal de Arte Contemporânea. O autarca definiu como prioritário o desenvolvimento do projeto, para depois candidatar a financiamento comunitário.

O futuro polo cultural “permitirá colmatar a inexistência de um espaço na cidade que reúna as condições necessárias para o apoio à criação artística, nas suas etapas iniciais e nas várias linguagens e formatos”, refere o município de Coimbra num comunicado.

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Leroy Merlin investe 220 milhões de euros em Portugal nos próximos três anos

Durante a visita de Macron a Portugal, a empresa francesa anuncia que pretende investir 105 milhões de euros na expansão e modernização de infraestruturas e 115 milhões em desenvolvimento tecnológico.

A Leroy Merlin anunciou esta quinta-feira que irá investir 220 milhões de euros nos próximos três anos em Portugal, divididos entre a aposta em infraestruturas e em tecnologia. O anúncio da empresa detida pelo grupo francês Adeo ocorre no dia em que o Presidente francês, Emmanuel Macron, iniciou a visita de Estado de dois dias ao território nacional.

Em comunicado, aquela que é uma das 1.200 empresas francesas presente em Portugal detalha que dos 220 milhões de euros, 105 milhões de euros serão destinados à expansão e modernização de infraestruturas e 115 milhões de euros ao desenvolvimento de tecnologia.

“Portugal é um mercado estratégico para a Leroy Merlin e estamos entusiasmados em continuar a nossa trajetória de crescimento e inovação no país. Este investimento reforça a nossa vontade de consolidar parcerias, impulsionar a transformação digital e contribuir para um futuro mais sustentável, sempre com o objetivo de melhor servir os nossos clientes – a nossa prioridade desde o primeiro dia”, afirma Sébastien Bruchet, diretor geral da Leroy Merlin em Portugal, citado em comunicado.

A empresa destaca que, além do investimento financeiro, “coloca as pessoas no centro da sua estratégia, continuando a apostar no desenvolvimento e valorização do capital humano”.

“Atualmente, a empresa conta com 6.245 colaboradores em Portugal, refletindo o seu compromisso com a criação de emprego e o crescimento das equipas. Através de programas de formação contínua, oportunidades de progressão interna e um ambiente de trabalho colaborativo, a Leroy Merlin reforça o seu investimento nas pessoas, garantindo equipas preparadas para enfrentar os desafios do futuro e impulsionar a inovação no setor”, refere.

Emmanuel Macron foi recebido e condecorado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, almoçou com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e esteve presente no Parlamento. “Muito feliz e orgulhoso de realizar esta visita de Estado a Portugal, a primeira de um presidente francês em 26 anos. Tantos laços nos unem! Com Portugal, reforçamos nossas parcerias em inovação, defesa, infraestruturas, transição energética e proteção dos oceanos. Ao serviço de uma agenda europeia de soberania”, escreveu o Chefe de Estado francês numa publicação na rede social X.

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Acionistas da Cofina aprovam saída de bolsa. Investidores vão receber 10,99 euros por ação

As ações da antiga dona do Correio da Manhã e Negócios já não voltam a negociar, após a aprovação da dissolução da sociedade e a partilha imediata do capital. Exclusão deverá ocorrer dia 3 de março.

A proposta de dissolução e consequente saída de bolsa da Cofina foi aprovada, esta quinta-feira, em assembleia geral de acionistas, na qual esteve representado 71,25% do capital. As ações já não voltam a negociar, nem dentro nem fora do mercado, e deverão ser excluídas de bolsa no dia 3 de março. Os acionistas vão receber 10,99 euros por cada ação da antiga dona do Correio da Manhã e do Negócios.

“Na sequência da aprovação da dissolução da sociedade por parte dos acionistas, as ações da Cofina, SGPS, S.A. ficarão suspensas de negociação na Euronext Lisbon a partir da presente data até à data de exclusão de negociação que ocorrerá previsivelmente no dia 3 de março de 2025″, refere a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O mesmo comunicado refere que, no dia 4 de março de 2025, data até à qual têm que ser liquidadas todas as transações feitas até hoje, dia 27 de fevereiro, “o ISIN das ações da Cofina, SGPS, S.A. será bloqueado pela Interbolsa após as liquidações das transações efetuadas em bolsa até 27 de fevereiro de 2025 serem concluídas“.

A partir do próximo dia 5 de março de 2025 e até 31 de março de 2025, encontra-se a pagamento aos acionistas, com base nas respetivas participações no capital social da Cofina, SGPS, S.A., excluindo as 382 ações próprias, os haveres sociais da sociedade, à data da dissolução, ou seja 27 de fevereiro de 2025 (incluindo as transações realizadas até esta data) no montante de 2.249.872 Euros, o que corresponde a um valor por ação de 10,9883858363 Euros, sendo o agente pagador o Caixa – Banco de Investimento, S.A”, informa a empresa.

No dia 5 de março ocorrerá o cancelamento definitivo de todas as ações da Cofina, que se despediram do mercado com uma cotação de 10,35 euros, esta quinta-feira.

A proposta de dissolução da sociedade foi aprovada com 80,47% dos votos a favor e 19,52% abstenções. A aprovação da dissolução da sociedade já estava garantida, uma vez que era necessário que dois terços dos acionistas votassem a favor e a proposta contava com os votos do núcleo duro de acionistas da empresa, formado pelo empresário Paulo Fernandes, João e Pedro Borges de Oliveira, Domingos Vieira de Matos e Ana Mendonça, que junto controlam cerca de 71% do capital social e dos direitos de voto.

O comunicado explica ainda que, ao longo de 2025, o CaixaBI “deverá receber o ativo superveniente de que a Sociedade venha a ser titular nos termos da linha 2 do Projeto de Partilha, no montante de 224.173 euros, bem como outro eventual ativo superveniente de que a Sociedade possa vir a ser titular, e proceder à partilha desse eventual ativo aos acionistas da Sociedade à data da dissolução (incluindo as transações realizadas até 27 de fevereiro de 2025), através dos Intermediários Financeiros junto dos quais se encontrem depositadas as suas ações nesta data, realizando todos os acertos que se revelem necessários, tudo com a maior celeridade possível e sempre no decurso do corrente ano de 2025″.

A empresa comunicou ao mercado no final de janeiro que levaria à sua AG a proposta de dissolução de sociedade e saída de bolsa, justificando a proposta com o facto de “até à data, o Conselho de Administração não logrou encontrar alternativas de investimento para a sociedade e não tem qualquer perspetiva de que venha a surgir uma oportunidade nesse sentido”, depois de ter vendido a Cofina Media, a “única participação social material e relevante detida pela sociedade”, à Expressão Livre, que inclui atuais e antigos quadros da empresa e Cristiano Ronaldo.

A venda da Cofina Media, que tem os títulos Correio da Manhã, CMTV, Record, Sábado e Jornal de Negócios, foi concretizada no passado dia 8 de novembro, por 56,8 milhões de euros, gerando uma mais-valia de oito milhões para o grupo. Já no ano passado, a Cofina vendeu os 50% que detinha na Vasp ao Grupo Bel de Marco Galinha, num negócio de 4,5 milhões de euros.

Ao longo do último ano, a empresa realizou duas amortizações de ações com redução do capital social, para distribuir reservas livres pelos acionistas. A primeira operação foi concretizada em julho e a segunda no final do ano. Em ambas as operações, os acionistas receberam 40 cêntimos por ação e 11,3 euros de reservas livres.

Confirmada a dissolução da sociedade, este é o último dia que os títulos negoceiam em bolsa. Segundo adiantou a Cofina, em comunicado à CMVM, a partir de 27 de fevereiro de 2025, “após o fecho do mercado, as ações representativas do capital social da sociedade deixarão de poder ser transacionadas, dentro e fora de mercado regulamentado”.

“Após esta data, ou seja, a partir de 28 de fevereiro de 2025, a negociação das ações ficará suspensa até que as mesmas sejam definitivamente excluídas de negociação pela Euronext Lisbon em resultado da dissolução da sociedade”, informou a empresa, no passado dia 11 de fevereiro.

Todo o processo deverá ser rápido. O mesmo comunicado refere que “a sociedade apresentará a registo a deliberação de dissolução com partilha imediata junto da Conservatória do Registo Comercial, pelo que, assim que o registo se encontre lavrado (o que se espera que venha a acontecer no prazo máximo de 48 horas após a apresentação do registo), a matrícula da sociedade será cancelada e a sociedade deixará de existir para todos os efeitos legais”.

De holding a grupo de media

A Cofina atravessou várias transformações ao longo das últimas décadas. Ao contrário do que se possa pensar, não era um grupo de media, mas sim a holding para comprar ativos do núcleo de acionistas Paulo Fernandes, João e Pedro Borges de Oliveira, Domingos Vieira de Matos e Ana Mendonça, que juntos fazem negócios há três décadas.

Através da Cofina – sociedade que contava agora apenas com a liquidez gerada pela venda dos ativos de media –, os cinco sócios realizaram muitos negócios ao longo dos últimos anos, passando por várias áreas de negócio. Fundada em 1990, a Cofina detinha participações em empresas de media, pasta de papel, aços, entre outros. Foi apenas em 2005 que foi realizado o spin off das participações fora do setor de media (Altri), ficando a Cofina, exclusivamente, com os ativos de imprensa.

Com a saída da Cofina, a bolsa despede-se de mais uma empresa histórica do mercado português. A empresa estreou-se no mercado em novembro de 1998 e foi promovida (e despromovida) ao PSI-20 por várias vezes. A última vez que negociou no principal índice nacional foi em setembro de 2012, tendo saído em março de 2014 para dar lugar à Impresa, que detém a SIC e o Expresso.

(Notícia atualizada às 17h26)

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Novos prédios com garagem vão ter de estar preparados para carregar automóveis elétricos

Edifícios que vierem a ser construídos, com lugares de estacionamento, têm de incluir uma infraestrutura adequada para abastecer este tipo de veículos, segundo o decreto-lei aprovado pelo Governo.

Os novos prédios com lugares de estacionamento vão ter de estar preparados para instalar postos de carregamento de veículos elétricos, segundo o decreto-lei do Governo que aprova o novo regime jurídico de mobilidade elétrica consultado pelo ECO.

“As operações urbanísticas de construção de edifícios em regime de propriedade horizontal, ou de outros imóveis que disponham de locais de estacionamento de veículos, devem incluir uma infraestrutura elétrica adequada para o carregamento elétrico de veículos, conceito que não inclui pontos de carregamento ou tomadas, que cumpra os requisitos e regras técnicas sobre o desempenho energético dos edifícios, em cumprimento do Direito da União Europeia”, estabelece o mesmo diploma que, esta quinta-feira, foi colocado em consulta pública durante um período de 30 dias.

Para estes imóveis estarem aptos a carregar veículos elétricos, “deve ser assegurada uma potência adequada para o carregamento elétrico de veículos, não podendo essa potência ser inferior ao valor a aprovar em portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da administração local, do ordenamento do território, da habitação e da energia”, de acordo com o texto legal.

De igual modo, “as normas técnicas para as instalações de carregamento elétrico de veículos são definidas pela portaria”, acrescenta.

Senhorios e inquilinos podem instalar pontos de carregamento

No caso dos prédios já existentes, não existe a obrigação de estar preparado para instalar um sistema de abastecimento de viaturas elétricas. No entanto, “é admitida a instalação, por qualquer condómino, arrendatário ou ocupante legal, a expensas do próprio, de pontos de carregamento que cumpram os requisitos técnicos definidos pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) para o efeito de carregamento elétrico de veículos destinados a uso exclusivo ou partilhado, nos locais de estacionamento de veículos dos edifícios já existentes”, determina o decreto-lei.

A “instalação de ponto de carregamento ou de tomada elétrica” em parte comum do edifício carece, porém, de “comunicação escrita prévia dirigida à administração do condomínio e, quando aplicável, ao proprietário, com uma antecedência de, pelo menos, 30 dias sobre a data pretendida para a instalação”.

E a administração do condomínio só se pode opor se assegurar os mesmos serviços de carregamento de carros elétricos dos seus potenciais utilizadores, quando o imóvel já disponha de um sistema de abastecimento ou de tomada elétrica, no caso do equipamento em causa colocar em risco a segurança de pessoas ou bens ou se o ponto de carregamento dificultar o acesso aos espaços comuns.

O novo regime jurídico da mobilidade elétrica aprovado esta quarta-feira pelo Governo visa cumprir o regulamento 2023/1804 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de setembro de 2023, relativo à criação de uma infraestrutura para combustíveis alternativos.

O decreto-lei em causa procede a uma “verdadeira simplificação e liberalização” do carregamento de carros elétricos, acabando assim com “a réstia que ainda existe na lei do monopólio antigo”, afirmou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, no final do Conselho de Ministros desta quarta-feira. Os preços vão baixar com o fim da figura de “comercializador de mobilidade elétrica”, isto é, de “intermediário”, garantiu.

O objetivo é que seja “tão fácil carregar um veículo elétrico como abastecer numa bomba de gasolina”, afirmou. Para isso, o Conselho de Ministro aprovou algumas alterações “como deixar de ser necessário” que um utilizador tenha “um contrato com um fornecedor de energia para veículos elétricos” e ser possível que carregar “em qualquer posto e pagar com os meios eletrónicos normais de pagamento”, exemplificou.

As mudanças agora aprovadas visam ainda “uma uniformização das unidades de contagem para que os preços sejam comparáveis e estender essas obrigações de transparência e concorrência as espaços onde os postos são concessionados, como é o caso das autoestradas”, indicou o governante.

Outra das alterações passa pela “emissão de títulos de carbono individuais, quando o carregamento é feito com eletricidade integralmente verde”, referiu António Leitão Amaro.

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