Hoje nas notícias: pensões, CSI e helicópteros do INEM

  • ECO
  • 8 Julho 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Até 2050, as pensões nacionais exigirão quatro em cada dez euros de receita fiscal e contributiva. A despesa com a gratuidade de medicamentos prescritos a beneficiários do Complemento Solidário para Idosos (CSI) aumentou 68% entre junho do ano passado, quando a medida entrou em vigor, e março deste ano. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Pensões em Portugal são das que mais vão consumir receita

Com a redução da população ativa associada ao envelhecimento e a perspetiva de estabilização na carga fiscal, Portugal estará, dentro de duas décadas e meia, no topo da lista dos países da União Europeia cujas finanças públicas vão enfrentar maior pressão com os custos de pensões, apenas atrás de Espanha. De acordo com o mais recente relatório anual sobre fiscalidade da Comissão Europeia, o pagamento de pensões deverá consumir, em 2050, um pouco mais do que 40% da receita fiscal e contributiva do país, ou seja, quatro em cada dez euros recebidos pelo Fisco e pela Segurança Social, representando um agravamento significativo face aos dados de partida no estudo, ainda de 2022.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Despesa com medicamentos gratuitos para beneficiários do CSI cresce 68%

A gratuidade de medicamentos prescritos a beneficiários do Complemento Solidário para Idosos (CSI), que entrou em vigor em junho do ano passado, está a ter um custo bastante superior ao anunciado. De acordo com os dados da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), o custo desta medida aumentou 68%, de 1,9 milhões de euros contabilizados em junho de 2024 para 3,2 milhões de euros em março deste ano. No mesmo período, o número de utentes distintos com dispensa de embalagens cresceu 53,6%, de 91.500 em junho do ano passado para 141.500 em março deste ano. Esta despesa, que pode subir ainda mais devido ao aumento do número de beneficiários do CSI, ultrapassa em muito o que foi noticiado quando o Governo anunciou o aumento da comparticipação dos medicamentos prescritos a beneficiários do complemento.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso indisponível)

Helicópteros de emergência custam 42 mil euros por dia até 2030

Os quatro helicópteros de emergência médica ao serviço do INEM vão custar mais de 42 mil euros por dia até 30 de junho de 2030. O contrato para os aparelhos, que devia vigorar entre 1 de julho deste ano e 30 de junho de 2030 — mas que não está a ser cumprido pela empresa vencedora do concurso, a Gulf Med — tem um custo de 77.475.160 euros, para 1.826 dias. Os helicópteros já deviam estar ao serviço do INEM, mas atualmente só dois estão disponíveis — um em Loulé e outro em Macedo de Cavaleiros, mas nenhum ao abrigo do contrato –, estando o INEM a pagar, por ajuste direto, a utilização de ambos, precisamente à Gulf Med.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Fim das portagens nas Scut tira 25 mil carros por dia das estradas nacionais

O fim do pagamento de portagens em sete ex-Scut, em vigor desde 1 de janeiro, fez disparar o volume de tráfego automóvel na maior parte dessas autoestradas e, consequentemente, aliviou as estradas nacionais. Nos primeiros três meses do ano, uma média de 130.694 veículos por dia percorreram as vias em causa, o que representa um aumento de 24% face ao período homólogo. Segundo o Relatório de Tráfego da Rede Nacional de Autoestradas do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), os maiores aumentos registaram-se na A13-1 e na A13 (Pinhal Interior) — com uma subida de 51% e de 49,44%, respetivamente –, assim como no troço entre Neiva e Darque (Viana do Castelo) da A28 — com mais 35,5% de tráfego.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Empresas pedem medidas para acelerar aposta da indústria no gás renovável

O secretário-geral da APPB – Associação Portuguesa de Produtores de Bioenergia, Jaime Braga, está preocupado com a dificuldade de várias empresas de fazer um conjunto de projetos de biometano sair do papel. “Há claramente um atraso em decisões que são da responsabilidade do Governo. Não definimos quem é a entidade licenciadora e os projetos estão todos na gaveta”, alerta o responsável. Por isso, Jaime Braga solicitou uma reunião com o secretário de Estado da Energia, Jean Barroca, que deverá decorrer esta terça-feira, lembrando que são várias as indefinições que podem atrasar a aposta do país nos gases renováveis, como por exemplo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) ainda não ter alterado os regulamentos de acesso às redes de gás.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

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Mais próxima e digital. Esta é a nova imagem da Repsol

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  • 8 Julho 2025

A Repsol apresenta uma nova identidade visual, lança a app MyRepsol e reforça o seu papel como empresa multienergética próxima, digital e focada nas necessidades do dia a dia dos portugueses.

A Repsol apresentou uma nova campanha e identidade visual, cujo objetivo é reforçar o seu posicionamento como uma emprese multienergética, próxima e centrada nas pessoas.

Com o lema “Com toda a energia”, a marca evolui a sua imagem — mais fluida, tridimensional e com o laranja em destaque — para refletir o compromisso de oferecer soluções energéticas integradas, simples e personalizadas, para o lar e para a mobilidade.

Esta identidade será implementada progressivamente em Portugal ao longo dos próximos anos, abrangendo postos de abastecimento, complexos industriais e escritórios.

“A nova identidade visual representa uma evolução natural da marca e reforça o compromisso da Repsol de estar cada vez mais próxima dos seus clientes. É uma aposta clara na melhoria contínua da experiência do consumidor, respondendo às exigências do presente e antecipando as necessidades do futuro”, afirma Beatriz Giacomini, Diretora de Comunicação da Repsol em Portugal.

Esta mudança chega acompanhada de uma nova campanha publicitária que mostra a Repsol como um parceiro presente no dia a dia dos portugueses, através de três grandes eixos: calor, luz e motor — ou seja, gás, eletricidade e combustíveis (tradicionais ou renováveis). O objetivo é claro: mais conforto, mais poupança e mais sustentabilidade.

A app que concentra toda a energia num só lugar

Mais do que uma plataforma digiral, a nova app MyRepsol é também um programa de fidelização que reúne, num único espaço, todos os produtos e serviços da marca, desde o abastecimento ao gás e à eletricidade.

Os utilizadores podem gerir os seus consumos, contratos e faturas, contratar planos personalizados e, ao mesmo tempo, acumular benefícios reais. A lógica é simples: quanto mais energia tiver com a Repsol, mais vantagens recebe. Entre descontos imediatos, promoções personalizadas e saldo acumulado, o programa oferece soluções que facilitam a vida e ajudam a poupar.

Além disso, há vantagens associadas a uma vasta rede de parceiros, com destaque para:

  • Até 20 cênt./litro em combustíveis;
  • Até 3% de desconto em eletricidade e gás natural;
  • Até 20% em carregamentos de veículos elétricos;
  • Até 3% na compra de garrafas de gás, tanto online como nos postos.

A empresa já conta com mais de 525 estações de serviço, 120 mil clientes de eletricidade e gás e meio milhão de utilizadores digitais.

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Banco polaco do BCP constitui provisões de 134 milhões

"A combinação dos resultados empresariais e financeiros implicam um nível de lucro líquido para o grupo/banco acima do reportado no trimestre precedente", diz o BCP em comunicado.

O BCP anunciou ao mercado que o seu banco polaco, o Bank Millennium, constituiu, no segundo trimestre, provisões de 509 milhões de zlótis (cerca de 119 milhões de euros) para fazer face aos riscos legais relacionados com a carteira de créditos hipotecários em francos suíços. A que se somam mais cerca de 15 milhões de euros, num total de 134 milhões

“A estimativa preliminar de constituição de provisões para risco legal, no segundo trimestre de 2025, relacionadas com empréstimos hipotecários em moeda estrangeira originados pelo Bank Millennium ascende a 509 milhões de zlótis”, lê-se no comunicado publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) na noite de segunda-feira.

Além disso, o banco decidiu também constituir provisões de 64 milhões de zlótis (cerca de 15 milhões de euros) para acautelar os riscos legais relacionados com a carteira de crédito originada pelo Euro Bank. No entanto, esta fatia das provisões não tem impacto nos resultados líquidos.

“Apesar do nível mais elevado de provisões para o risco legal face ao trimestre anterior, a combinação dos resultados empresariais e financeiros implicam um nível de lucro líquido para o grupo/banco acima do reportado no trimestre precedente, assumindo que não haverá acontecimentos extraordinários até à data de divulgação”, garante o banco liderado por Miguel Maya.

Recorde-se que, no primeiro trimestre, o Bank Millennium constituiu provisões de 411 milhões de zlotys (aproximadamente 96 milhões de euros) para riscos legais relacionados com empréstimos hipotecários em moeda estrangeira.

Na Polónia era prática comum conceder créditos em francos suíços, no entanto o Millennium Bank já não os comercializa desde 2008. No entanto, trimestre após trimestre é preciso constituir provisões para lidar com a perda de valor dos empréstimos e com os custos da conversão dos empréstimos para zlotys. Uma opção que passou a ser possível após decisão do Tribunal de Justiça Europeus que considerou ter havido comercialização irregular destes créditos junto dos clientes, através de cláusulas consideradas abusivas.

Os valores finais das provisões do segundo trimestre serão divulgados com os resultados do banco polaco do primeiro semestre, agendados para 29 de julho, revela o mesmo comunicado. Já os resultados do BCP serão divulgados dois dias depois, a 31 de julho.

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Euronext quer liderar mercado de 11 biliões de euros de repos na Europa

A Euronext aposta no mercado de "repurchase agreements" (repos), expandindo a oferta para obrigações de Espanha, Portugal e Irlanda, desafiando gigantes instalados e antecipando mudanças regulatórias.

A Euronext está decidida a marcar posição no crescente mercado europeu de repos. A bolsa pan-europeia lançou uma ofensiva para expandir os seus serviços de clearing destes instrumentos financeiros para lá das tradicionais operações com dívida italiana, apostando numa plataforma que já esta semana começará a oferecer repos sobre obrigações soberanas de Espanha, Portugal e Irlanda.

“O lançamento da Repo Foundation é um importante passo em frente na concretização da estratégia Innovate for Growth 2027 da Euronext”, refere Anthony Attia, diretor global de derivados e pós-negociação da Euronext, em comunicado.

A estratégia da Euronext surge num momento em que o mercado europeu de repos — instrumentos que permitem às instituições obter financiamento de curto prazo através da venda temporária de títulos de dívida que têm em carteira com compromisso de recompra — atravessa uma fase de transformação.

Segundo o mais recente inquérito da Associação Internacional dos Mercados de Capitais (ICMA) publicado em abril, o mercado europeu de repos fechou 2024 com a primeira contração desde 2020, com o valor de negociação a recuar 2,3% para 10,8 biliões de euros, depois de em junho ter alcançado um montante recorde de 11,11 biliões de euros.

A relevância dos repos é tal que constituem uma fonte crucial de financiamento para grandes instituições financeiras, como o Banco Central Europeu que recorre a estes produtos como principal instrumento da transmissão das operações da política monetária.

Os repos, abreviatura de “repurchase agreements” (acordos de recompra), são operações financeiras fundamentais para o funcionamento dos mercados monetários. Na prática, funcionam como empréstimos de curto prazo garantidos por títulos: uma parte vende temporariamente valores mobiliários (normalmente obrigações do Estado) a outra parte, comprometendo-se simultaneamente a recomprá-los numa data futura a um preço ligeiramente superior. A diferença entre o preço de venda e de recompra constitui os juros pagos pelo mutuário, servindo assim dois propósitos essenciais:

  • Por um lado, permitem que investidores com excesso de liquidez, como fundos de investimento, seguradoras ou mesmo bancos centrais, obtenham rendimento sobre os seus fundos disponíveis.
  • Por outro, oferecem às instituições que detêm carteiras de títulos uma forma eficiente de obter financiamento de curto prazo, utilizando esses mesmos títulos como garantia.

Os repos são maioritariamente utilizados por bancos e sociedades gestoras de fundos de investimento, que os usam tanto para aplicar temporariamente excedentes de liquidez como para obter financiamento garantido. Em Portugal, o IGCP também é um participante ativo neste mercado, sendo que a agência responsável pela gestão da dívida nacional utiliza operações de reporte (repos) para satisfazer necessidades pontuais de tesouraria do Estado português.

A relevância destes instrumentos é tal que constituem uma fonte crucial de financiamento para grandes instituições financeiras, com o Banco Central Europeu a utilizá-los como principal instrumento das suas operações de política monetária. Estima-se que, globalmente, cerca de um bilião de dólares seja transacionado diariamente nos mercados de repos.

É com estes potenciais clientes em mente que a Euronext pretende alavancar o seu negócio através da Repo Foundation. No entanto, a expansão da Euronext no clearing de repos representa um desafio direto aos players dominantes do mercado europeu.

A Euronext está a apostar que o futuro do mercado europeu de repos passará por uma maior centralização e padronização – uma visão que poderá revelar-se vencedora se os reguladores europeus seguirem o exemplo americano.

A principal concorrência vem da LCH RepoClear, a maior câmara de compensação europeia para repos, que desde 1999 oferece serviços de clearing para obrigações do Estado francês, tendo depois expandido para os mercados italiano, espanhol, alemão e belga. Em 2019, a LCH estendeu os seus serviços a oito mercados adicionais, incluindo dívida austríaca, holandesa, finlandesa, irlandesa, portuguesa, eslovaca, eslovena e supranacionais.

Outro concorrente significativo é a Eurex Repo, oferecida pela Eurex Repo GmbH, que se posiciona como uma das principais fornecedoras europeias de financiamento garantido no mercado monetário. O seu segmento GC Pooling é considerado a referência europeia para financiamento garantido padronizado com clearing central. Curiosamente, a Comissão Europeia aderiu em outubro ao segmento de repos da Eurex, tornando-se o 165.º participante.

A Euronext tem pela frente um desafio considerável, mas também vantagens competitivas. Durante mais de 25 anos, foi “a casa de confiança” do clearing de repos italianos, facilitando transações de dívida pública italiana através da plataforma de negociação MTS.

Esta experiência consolidada, aliada ao facto de ser uma das maiores câmaras de compensação da Europa em termos de valor compensado, constitui uma base sólida para a expansão. “Começamos agora a divulgar a plataforma. Ainda não fizemos a apresentação a todos os potenciais clientes que venham a ter interesse neste produto”, refere Isabel Ucha, CEO da Euronext Lisboa, ao ECO, mas prevendo que “poderá haver algum interesse”.

Talk "Fusões e Aquisições" - 21JUN23
Isabel Ucha, CEO da Euronext Lisboa, acredita que o mercado de repos através da Repo Foundation da Euronext terá uma boa adesão junto dos investidores nacionais, mas não avança com qualquer meta em termos de volume de negociação nem números de intervenientes.Hugo Amaral/ECO

O desafio regulatório e a antecipação europeia

Um dos aspetos mais significativos desta estratégia de expansão prende-se com as expectativas regulamentares futuras. Yama Darriet, responsável pelos mercados fora de bolsa (OTC) e Repo Expansion do grupo Euronext, afirma que a empresa está “a antecipar uma situação semelhante ao que sucede nos EUA na Europa para que o repo seja obrigatório pelo regulador europeu”.

Esta declaração ganha particular relevância observando os desenvolvimentos regulamentares nos EUA. Em dezembro de 2023, o regulador norte-americano — Securities and Exchange Commission (SEC) — aprovou uma nova regulamentação que tornará obrigatório o clearing central da maioria das transações do mercado de Treasuries americanos. O clearing de títulos do Tesouro americano tornar-se-á obrigatório até dezembro de 2026, enquanto as operações de repo deverão ser compensadas centralmente a partir de junho de 2027.

Na Europa, embora ainda não exista um mandato semelhante especificamente para repos, o Regulamento EMIR (European Market Infrastructure Regulation) já obriga ao clearing central de derivados OTC padronizados e líquidos. Recentemente, o Conselho da União Europeia adotou novas regras que reveem o EMIR, para tornar o panorama de clearing da União Europeia mais atrativo e resiliente.

A possibilidade de uma regulamentação semelhante à americana emergir na Europa representaria uma oportunidade significativa para câmaras de compensação bem posicionadas como a Euronext. Num mercado onde se estima que apenas uma fração das operações de repo seja atualmente compensada centralmente, um mandato obrigatório poderia transformar radicalmente a paisagem competitiva.

A iniciativa da Euronext de expandir o clearing de repos representa assim uma resposta estratégica a um mercado em evolução, posicionando-se para capturar oportunidades num setor que, apesar dos desafios atuais, mantém dimensões impressionantes.

Com mais de 50 membros internacionais de clearing e processando diariamente mais de 6 mil operações, incluindo negociação eletrónica e OTC, a Euronext está a apostar que o futuro do mercado europeu de repos passará por uma maior centralização e padronização — uma visão que poderá revelar-se vencedora se os reguladores europeus seguirem o exemplo americano.

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Angelini Pharma e Banco Farmacéutico lutam contra a pobreza farmacêutica no dia anual do voluntariado

  • Servimedia
  • 8 Julho 2025

Angelini Pharma realizou a sua sexta Jornada de Voluntariado em conjunto com o Banco Farmacéutico, um encontro dedicado a levar recursos de saúde a pessoas em situação de vulnerabilidade.

Este evento anual contou com a participação de cerca de 30 voluntários em Barcelona, Madrid, Múrcia e Albacete, que se juntaram à entrega solidária de produtos de parafarmácia e OTC a doze organizações sociais. Durante o dia, as equipas de voluntários participaram em atividades como a organização de espaços, a logística de doações, o acompanhamento de idosos, a distribuição de produtos básicos, workshops com famílias, apoio em refeitórios sociais e gestão de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade.

O diretor do departamento de Assuntos Médicos da Angelini Pharma Espanha, Daniel Pérez, afirmou que “na Angelini Pharma estamos empenhados em cuidar da saúde das pessoas todos os dias. É por isso que, há mais de 13 anos, colaboramos com o Banco Farmacéutico para levar medicamentos essenciais e recursos aos grupos mais vulneráveis. Este dia é o reflexo do empenho e da energia solidária da nossa equipa, que se junta para apoiar e estar perto de quem mais precisa”.

Por seu lado, o presidente do Banco Farmacêutico, Àlex Brenchat, declarou que “a Angelini Pharma permitiu ao Banco Farmacêutico crescer e adaptar-se às mudanças. O atual modelo de colaboração com o laboratório é exemplar, incluindo, entre outras, ações de sensibilização, voluntariado empresarial, doação de produtos e campanhas de comunicação”.

A aliança entre a Angelini Pharma España e o Banco Farmacéutico permitiu a criação de uma rede de mais de 325 farmácias, financiando mais de 13.500 planos de medicação para doentes crónicos e melhorando a qualidade de vida de mais de 9.000 pessoas em situação de vulnerabilidade.

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Câmara de Alcanena entrega construção de parque empresarial por 6,7 milhões de euros

Na terça-feira, junto ao nó da A1 e da A23, a câmara ribatejana entrega a construção por um total de 6,7 milhões de euros. Conclusão prevista para o início de 2027.

Parque Empresarial Alcanena
O Parque Empresarial de Alcanena terá uma primeira fase com 40 hectares junto ao nó da A1 e da A23Luís Ribeiro

A Câmara de Alcanena, no distrito de Santarém, assina nesta terça-feira o auto de consignação das infraestruturas do parque empresarial que projetou para junto da principal autoestrada do país. A obra do Parque Empresarial de Alcanena terá um valor total de 6,66 milhões de euros. “A alienação dos lotes começará no final deste ano“, revela o presidente da autarquia ao ECO/Local Online. O seu Executivo camarário está, explica o autarca, a trabalhar com Torres Novas para aumentar a escala do projeto.

A empreitada desta primeira fase, com 40 hectares, tem um prazo de execução de 540 dias e, segundo a autarquia, incluirá a construção dos arruamentos, das redes de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais e pluviais. A empresa Desarfate, responsável pela obra, terá ainda a seu cargo a infraestrutura elétrica e de telecomunicações, rede de abastecimento de gás e iluminação pública, pavimentações, sinalização e promoção da mobilidade suave.

O projeto do parque empresarial, revelado ao ECO/Local Online pelo presidente da autarquia, Rui Anastácio, em setembro, será construído em duas fases. Na primeira, com 40 hectares, há lugar para um hotel, que poderá beneficiar também da proximidade às autoestradas A1 e A23. A infraestrutura estará vocacionada para indústria, logística, comércio e serviços. Saúde e tecnologia de ponta na área de eletrónica e indústria automóvel são as áreas que estão em equação, diz agora o autarca.

“Temos tido muitas reuniões. Dentro de poucos anos, o parque empresarial será pequeno“, perspetiva Rui Anastácio, reiterando agora o que tinha referido em setembro: “nos 40 hectares não haverá logística. Para nós está claro”.

Para os 100 hectares da segunda fase, que estão previstos pela autarquia, mas cujos terrenos pertencem a particulares, “há privados interessados em fazer o desenvolvimento”, diz. Já decorreram reuniões que envolveram a AICEP e a autarquia já levou o projeto a feiras europeias.

Em setembro, o autarca social-democrata tinha revelado: “Em cima da mesa está um grande investimento âncora, e isso agrada-nos. Mas também nos agrada muitos pequenos bons investimentos. Não vamos fechar para já porta a nenhum desses cenários. Queremos empresas de elevado valor acrescentado que possam pagar bons salários aos jovens que cá estão e aos que queiram vir para cá”, salienta.

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Três chaves para desbloquear o potencial dos contabilistas nas empresas

Reformular a imagem do contabilista, tornar a profissão mais atrativa para os mais jovens e usar a IA para alavancar o trabalho são três chaves para desbloquear o potencial desta função.

A Federação Internacional de Contabilistas (IFAC, na sigla em inglês) considera que a profissão de contabilista certificado fica “aquém do seu potencial”, numa altura em que o papel destes profissionais é cada vez mais relevante junto das empresas num cenário de grande tensão geopolítica, guerra comercial e crescente disrupção tecnológica.

São vários os desafios, mas há formas de os contornar. A IFAC aponta três chaves para desbloquear o potencial dos contabilistas certificados. São essenciais para que estes profissionais passem a ser vistos como um parceiro estratégico do tecido empresarial, ajudando-o a navegar neste ambiente complexo e de incerteza.

1. Reformular a identidade e valor da profissão

“A ideia ultrapassada dos contabilistas enquanto pessoas que apenas introduzem os números no sistema não reflete os vários papéis relevantes que desempenham em parcerias comerciais e estratégicas das empresas”, refere a IFAC, depois de uma reunião realizada em Tóquio para se refletir sobre o papel do contabilista nas empresas.

Nesse sentido, defende, é preciso haver um “reposicionamento radical em todas as jurisdições que atribua funções modernas aos contabilistas, melhoradas pela Inteligência Artificial (IA) e viradas para a criação de valor”.

Para isso, “é preciso mudar a imagem do contabilista (se pedir ao ChatGPT para lhe dar a imagem de um contabilista provavelmente mostrará um homem de fato e gravata, de óculos e com uma calculadora), incluindo os cargos e as carreiras que podem seguir”.

2. Usar a IA para liderar

A IA está a mudar a forma como as empresas e os contabilistas certificados trabalham, alavancando a criação de valor e de conhecimento. “A profissão tem de parar de reagir à evolução da IA e passar a liderar esta tecnologia. A IA representa uma mudança sistémica que já está a transformar todas as funções e os contabilistas estão a usar a IA de diversas formas para fornecer insights que elevam – e não substituem – a sua avaliação profissional”, indica a IFAC.

“Para continuarem relevantes, os contabilistas precisam de desenvolver não apenas conhecimento em IA, mas também fluência [na sua utilização]. Isto significa aprender a utilizar ferramentas de IA com o objetivo de melhorar a tomada de decisão, criar impacto e reforçar a confiança. O contabilista que está pronto para o futuro não espera pela mudança, está a desenhá-la“, reforça a federação.

3. Maior flexibilidade na profissão

“As gerações mais jovens procuram cada vez mais profissões com um objetivo, flexibilidade e inovação”, realça a IFAC, relembrando um estudo recente divulgado pela ACCA, uma das maiores representantes dos contabilistas certificados a nível mundial, que revela que há um “interesse crescente por carreiras ligadas à sustentabilidade, maior foco no empreendedorismo e uma cultura de ter outros trabalhos além da profissão principal”.

“Como resposta a estas tendências, a profissão [de contabilista certificado] precisa de explorar opções mais flexíveis”, indica a federação, permitindo-se, por exemplo, que “os alunos se especializem em sustentabilidade ou consultoria empresarial sem os obrigar à aprendizagem de todas as disciplinas tradicionais, como impostos ou auditoria, a menos que sejam relevantes para a sua função”.

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Papel do contabilista nas empresas é crucial, mas continua “aquém do potencial”

A Federação Internacional de Contabilistas diz que o papel do contabilista, apesar de relevante, está "subutilizado". É preciso "resgatar a sua identidade" enquanto parceiro estratégico das empresas.

Tensões geopolíticas, uma guerra comercial, a revolução da inteligência artificial (IA) e as exigências de sustentabilidade fazem hoje parte do dia-a-dia das empresas. É neste cenário com muitas incertezas que o papel do contabilista certificado enquanto parceiro estratégico se torna ainda mais relevante. Uma função que, apesar da sua importância, continua a ficar aquém do seu potencial, considera a Federação Internacional de Contabilistas (IFAC, na sigla em inglês), sendo necessário “resgatar a sua identidade” enquanto agente de confiança.

“Num mundo marcado por volatilidade, complexidade e um crescente défice de confiança, a necessidade de uma liderança ousada, ética e virada para o futuro nunca foi tão grande. A profissão de contabilista — apesar do seu papel crítico nas empresas, serviços públicos e sistema financeiro — continua subutilizada, é frequentemente incompreendida e enfrenta disrupções ao nível do seu modelo de negócios, identidade e atratividade”, refere a IFAC.

O tema esteve em cima da mesa numa reunião realizada pela IFAC no Instituto Japonês de Contabilistas Públicos Certificados (JICPA, na sigla em inglês) em Tóquio. Um encontro que reuniu vários membros e convidados de várias partes do mundo onde foi discutida a forma os contabilistas podem ajudar a moldar o futuro das empresas.

Para a IFAC, “a profissão deve resgatar sua identidade” enquanto agente de confiança e de apoio às empresas “para gerar criação de valor a longo prazo”, num mundo que está em rápida transformação, tanto a nível geopolítico como de inovação.

“Esta é uma oportunidade que tem de ser aproveitada”, refere esta entidade. “Naquela que é uma nova ordem mundial, marcada por crescentes tensões geopolíticas, mudanças nas políticas comerciais, aceleração da disrupção tecnológica e crescentes pressões climáticas e de sustentabilidade, as empresas estão a lidar com uma complexidade sem precedentes“, aponta.

É neste cenário que o tecido empresarial precisa mais do que nunca de apoio para navegar pela incerteza e para tomar as melhores decisões estratégicas. “Num mundo cada vez mais fragmentado, a profissão de contabilistas tem um papel chave na manutenção da conectividade global e é vital para moldar organizações e economias sustentáveis, inclusivas e resilientes“, refere a IFAC.

Estes profissionais devem, por isso, “guiar as empresas pela incerteza com uma visão estratégica, planeamento de cenários, adaptabilidade e um conhecimento profundo das dinâmicas regionais e globais”, remata, apontando para a necessidade de se reformular a identidade e o valor da profissão, usar a IA para alavancar o seu papel, tornar a profissão mais atrativa e estar mais perto da gestão das empresas.

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Setor do vinho antecipa “vindima mais negra de sempre”. Governo prepara medidas

Governo assegura que está a preparar soluções para o Douro, uma das regiões mais afetadas. Empresários lamentam que “nada tenha sido feito” perante um crise anunciada.

O setor do vinho antecipa a “vindima mais negra de sempre”. Excesso de stock, uvas sem destino, aumento dos custos, baixa remuneração aos viticultores, alterações dos padrões de consumo são encarados como indícios de uma “tempestade perfeita”.

“A vindima de 2024 foi uma das mais dramáticas da história da vitivinicultura portuguesa”, começa por dizer a Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas (Anceve), lembrando que “muitos viticultores deixaram as uvas por colher, ou por não conseguirem encontrar compradores ou pelo facto de o preço que lhes foi oferecido implicar um prejuízo demasiado avultado e não compensar o seu trabalho, após um ano de investimento nas vinhas”.

A vindima de 2025 será muito provavelmente ainda mais dramática do que a do ano passado, tal como as notificações aos viticultores por parte de compradores tradicionais, anunciando que não lhes ficarão este ano com as uvas, antecipam desde já.

Paulo Amorim

Presidente da Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas

Este ano a crise vai continuar, com a associação liderada por Paulo Amorim a antecipar que a “vindima de 2025 será muito provavelmente ainda mais dramática do que a do ano passado, tal como as notificações aos viticultores por parte de compradores tradicionais, anunciando que não lhes ficarão este ano com as uvas, antecipam desde já”.

Frederico Falcão, presidente na ViniPortugal, corrobora a ideia e realça ao ECO que, especificamente, “a região do Douro vai ter uma vindima muito difícil”, justificando que “há muitos stocks e, por isso, uma parte das uvas, que poderá ser significativa, não deverá ter destino”.

A região do Douro vai ter uma vindima muito difícil. Há muitos stocks e, por isso, uma parte das uvas, que poderá ser significativa, não deverá ter destino.

Frederico Falcão

presidente na ViniPortugal

Embora compre “poucas uvas”, por ter 220 hectares de vinha própria, a Quinta do Crasto vai “manter-se fiel aos produtores que vendem as uvas sem alterar os preços“, destacando que “é provável que não precisem de todas as uvas que vão comprar, mas que é uma obrigação manter as relações”.

Tomás Roquette, líder desta empresa que produz 1,3 milhões de garrafas ao ano, emprega cem pessoas e fatura 10,5 milhões de euros, prevê que ainda este ano ou após esta vindima, os viticultores “abandonem as vinhas” e “deitem a toalha ao chão”.

No ano passado, os produtores de vinho enfrentaram uma “tempestade perfeita” antes das vindimas. Tomás Roquette lamenta que um ano depois “nada tenha sido feito” e questiona o que “mudou para que este ano não seja ainda mais grave”.

Tomas Roquette, administrador da Quinta do CrastoHugo Amaral/ECO

O administrador da histórica empresa do Douro realça que o Governo deve apostar na promoção dos vinhos portugueses. “Para resolver uma grande parte do problema, a região tem que vender muito mais do que vende, com melhor preço (…) Portugal tem que roubar quota a outros produtores mundiais”, sublinha.

A região tem que vender muito mais do que vende, com melhor preço (…) Portugal tem que roubar quota a outros produtores mundiais.

Tomás Roquette

Administrador da Quinta do Crasto

À semelhança da Quinta do Crasto, a Sogrape, que compra uvas e vinho a cerca de 2.100 viticultores portugueses, “compromete-se a adquirir este ano uma quantidade equivalente à do ano anterior”. O administrador executivo responsável pelas operações em Portugal, Miguel Pessanha, garante ao ECO que “não irá despedir nenhum lavrador na vindima deste ano, reafirmando assim o seu compromisso com os viticultores”.

A dona das marcas Mateus Rosé, Barca Velha, Esteva, Sandeman ou Porto Ferreira, afirma ainda que “a Sogrape reforça a sua posição de continuidade, sustentada na força das suas marcas e, sobretudo, na relação de confiança e longo prazo com os seus parceiros vitivinícolas”.

Apesar de considerar que o setor vitivinícola “atravessa um momento particularmente desafiante, marcado por desequilíbrios em algumas regiões e por uma conjuntura económica exigente, a Sogrape, que emprega 800 pessoas em Portugal e fatura 356 milhões de euros, realça que é “prematuro classificá-la como a mais negra de sempre, uma vez que a realidade é complexa e o impacto varia significativamente entre regiões e categorias de vinho”.

A Sogrape reconhece que o setor vitivinícola atravessa um momento particularmente desafiante, marcado por desequilíbrios em algumas regiões e por uma conjuntura económica exigente. No entanto, consideramos prematuro classificá-la como a “mais negra de sempre”, uma vez que a realidade é complexa e o impacto varia significativamente entre regiões e categorias de vinho.

Miguel Pessanha

Administrador executivo da Sogrape

Com as vendas de Vinho do Porto a decrescer cerca de 20% nos últimos 20 anos, o líder da ViniPortugal constata que a “necessidade de compra de uvas para produzir Vinho do Porto tem vindo a reduzir-se”. Apesar da subida de vendas dos vinhos Douro, Frederico Falcão assegura que “não compensam a quebra de Porto”.

Em 2024, os estabelecimentos turísticos em Portugal receberam mais de 31 milhões de hóspedes e registaram mais de 80 milhões de dormidas. O líder do Crasto não sabe como o país não aproveita estes números para potenciar o vinho do Porto.

“Somos a única região do mundo a produzir vinho do Porto. Como é possível que um turista vá a um restaurante no Porto e não seja presenteado com um cálice de vinho do Porto?“, indaga Roquette, destacando que é uma forma de dar a provar o que é nosso e estimular as vendas.

Apesar desta crise, no ano passado, a Região Demarcada do Douro comercializou vinhos no valor de 624 milhões de euros. Mais nove milhões de euros do que em 2023, de acordo com dados do Instituto dos Vinhos do Porto e Douro (IVDP).

Para o líder do Crasto, este “crescimento face ao problema que a região tem pela frente é residual”. E insiste que “deve existir uma verdadeira estratégia de divulgação e promoção dos vinhos portugueses lá fora para mostrar que Portugal tem potencial para produzir grandes vinhos, a um ótimo preço”. Roquette assegura que esse “crescimento seria bastante superior se Portugal apostasse na promoção dos vinhos”.

O líder da ViniPortugal recorda que os “problemas são transversais ao resto do país, mas em menor dimensão”. Frederico Falcão recorda que a “região do Alentejo também enfrenta alguns problemas, embora o problema social seja menor”. Entre os problemas estão o “excesso de uva para as vendas atuais”, alertando que “há muitos vinhos no mercado que consumidores acham que são do Alentejo e são vinhos importados – está escrito na rotulagem, mas por vezes consumidores são confundidos sobre origem”.

No ano passado, as exportações dos vinhos portugueses cresceram 4,46% para 965,8 milhões de euros, apesar do decréscimo do preço médio por litro, que desceu 3,88%, fixando-se nos 2,78 euros. Mesmo com as exportações a crescer, o líder da ViniPortugal disse não se lembrar de um ano com tanta turbulência, disse Frederico Falcão.

Governo prepara soluções para o Douro

A Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas solicitou uma reunião com caráter de urgência com a Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas, a fim de debater a situação atual do setor do vinho, as perspetivas dramáticas para a vindima que se avizinha e as medidas necessárias que é imperioso adotar.

A apresentar à lista de problemas, a Anceve, em comunicado divulgado esta segunda-feira, denunciou que o “Instituto da Vinha e do Vinho, uma instituição fundamental para a fileira vitivinícola, se encontra numa situação de indefinição e paralisia, em consequência da exoneração verbal do conselho diretivo em janeiro passado”. No entanto, o Governo garantiu ao ECO que presidente do Instituto da Vinha e do Vinho está “na plenitude de funções”.

O Ministério da Agricultura e Mar assegurou há dias estar a preparar soluções estruturais para “assegurar a sustentabilidade económica, social e ambiental” da região demarcada do Douro, dirigidas sobretudo aos pequenos produtores, no mesmo dia que se realizou um protesto dos viticultores do Douro, no Peso da Régua.

O Governo compromete-se a apresentar soluções em “breve”, destacando que “reconhece as legítimas preocupações manifestadas pelos viticultores da região, num contexto particularmente desafiante para o setor vitivinícola mundial, derivado da diminuição do consumo”, assumindo “o compromisso com a valorização do trabalho dos viticultores e da construção de soluções estruturais”.

O plano para o Douro está a ser estruturado em articulação com os diversos organismos do ministério liderado por José Manuel Fernandes e com o envolvimento de agentes da região e da Comissão Europeia, lê-se no comunicado. O Governo reforçou o montante destinado à promoção do vinho português em países terceiros, em 14,2 milhões de euros, para os anos de 2025 a 2027. “Não podemos desistir da promoção de um produto único no mundo”, disse José Manuel Fernandes.

Na 28.ª Feira do Alvarinho de Monção, no distrito de Viana do Castelo, o ministro da Agricultura destacou necessidade de “adequar a oferta à procura” de vinho, nomeadamente no Douro, porque “não podemos estar sempre a destruir vinho”, sendo necessárias “soluções para os agricultores que vão ver a produção diminuída”.

A Sogrape, maior empresa portuguesa do setor, acredita que com “medidas estruturais – como o ajustamento da oferta à procura e o reforço da promoção dos vinhos portugueses –, o setor poderá ultrapassar este momento com equilíbrio, confiança e foco em soluções sustentáveis para o futuro do setor”.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 8 de julho

  • ECO
  • 8 Julho 2025

Ao longo desta terça-feira, 8 de julho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Ciemat junta-se ao ecossistema de investigação da Fundación Jiménez Díaz para reforçar a sua liderança na ciência translacional

  • Servimedia
  • 8 Julho 2025

A Dra. Carmen Ayuso, diretora do IIS-FJD, congratulou-se com a expansão da rede como uma oportunidade para continuar a melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas.

O Centro de Investigaciones Energéticas, Medioambientales y Tecnológicas (Ciemat), uma organização pública de investigação ligada ao Ministério da Ciência, Inovação e Universidades, formalizou a sua incorporação no acordo-quadro do Instituto de Investigación Sanitaria de la Fundación Jiménez Díaz (IIS-FJD), através dos seus grupos de investigação em Terapias Avançadas e em Medicina Regenerativa e Bioengenharia de Tecidos.

Esta adesão reforça uma aliança estratégica iniciada em 2021 pela Fundación Jiménez Díaz, a Universidad Autónoma de Madrid (UAM) e a Fundación de Investigación del IIS-FJD (FIIS-FJD), e alargada em 2022 com a entrada dos Hospitais Universitários Rey Juan Carlos, Infanta Elena e General de Villalba. Com ele, o IIS-FJD consolida a sua dimensão multidisciplinar e incorpora novas capacidades científicas à sua atividade de investigação.

Parceiros itinerantes como o CIEMAT e a UAM“, disse a Dra. Carmen Ayuso, diretora do IIS-FJD, ”tornam possível que a nossa atividade de investigação multidisciplinar e translacional, orientada para a investigação básica, clínica, epidemiológica e de serviços de saúde, contribua para melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas”.

A assinatura do acordo teve lugar num evento institucional realizado no Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz, com a participação de representantes de todas as entidades signatárias. Entre eles, Yolanda Benito, Diretora Geral do Ciemat, sublinhou que “esta nova aliança permitir-nos-á avançar em linhas de trabalho conjuntas com uma elevada projeção social, para além das nossas áreas tradicionais como a energia ou o ambiente”. Por seu lado, a reitora da UAM, Amaya Mendikoetxea, sublinhou a importância de expandir o ecossistema comum de investigação num quadro de excelência e colaboração.

Uma visão partilhada pelo Dr. Javier Arcos, diretor do hospital e presidente do Conselho de Administração do IIS-FJD, que recordou que “graças à adesão de cada vez mais instituições ao ambicioso desafio que iniciámos há anos, o IIS-FJD é hoje um dos mais importantes institutos de investigação em saúde em Espanha”. Na mesma linha, Marta del Olmo, diretora territorial dos hospitais públicos de Quirónsalud em Madrid, acrescentou que esta incorporação “reforça o trabalho em rede que temos vindo a desenvolver nos centros, também no âmbito da investigação”.

Com esta nova incorporação, o IIS-FJD reforça o seu compromisso com um modelo colaborativo de excelência, centrado na geração de conhecimento científico com um impacto real no sistema de saúde.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 8 Julho 2025

No dia em que se discute grupo de trabalho sobre apagão, UE decide cláusula de escape para defesa. Portugal assina EEA Grants, CFP revela contas das autarquias e INE divulga dados da indústria.

A Comissão de Energia discute a criação de um grupo de trabalho para investigar o apagão, no mesmo dia em que os ministros da Economia e Finanças da UE vão decidir se aprovam o uso da cláusula de escape, permitindo mais despesa com a defesa. Portugal assina memorando dos EEA Grants, a CFP divulga contas das autarquias e o INE, dados da indústria.

Parlamento vota criação de grupo de trabalho sobre apagão

A Comissão do Ambiente e Energia vai debater e votar o requerimento apresentado pelo Partido Socialista para a criação de um grupo de trabalho para discutir os eventos relativos ao apagão ocorrido a 28 de abril deste ano. O apagão que afetou Portugal e Espanha foi um dos maiores apagões na Europa nas últimas décadas.

CFP divulga contas das autarquias

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) prepara-se para divulgar dados sobre a evolução orçamental da administração local em 2024. Em 2023, a administração local apresentou um excedente orçamental de apenas 24 milhões de euros, uma queda de 93% face aos 353 milhões registados em 2022.

Ecofin decide se ativa cláusula de escape para reforço da defesa

O Conselho dos Assuntos Económicos e Financeiros da União Europeia (Ecofin) deverá aprovar a ativação da cláusula de escape ao abrigo do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) para os Estados-Membros que a solicitem, como é o caso de Portugal, com o objetivo de facilitar a transição para um aumento da despesa com a defesa a nível nacional, assegurando, ao mesmo tempo, a sustentabilidade da dívida.

Portugal assina memorando para receber 126 milhões dos EEA Grants

Está marcada para esta terça-feira a assinatura do memorando de entendimento do novo ciclo financeiro dos EEA Grants – o Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu. Portugal vai receber 126 milhões de euros até 2028, verba destinada a programas nas áreas da Economia Azul, Ambiente, Cultura, Combate à Violência Doméstica e de Género, bem como ao reforço da Sociedade Civil.

Como evoluiu o setor industrial em maio?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta terça-feira o Índice de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas na Indústria relativo a maio. Em abril, o volume de negócios na indústria registou uma queda de 3,4% em termos homólogos. Excluindo o setor da energia, o volume de negócios cresceu 0,4%.

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