PS vai abster-se na moção de censura ao Governo

Pedro Nuno Santos já tinha anunciado que não iria viabilizar a iniciativa do PCP, mas agora os socialistas clarificam o sentido de voto. A abstenção é suficiente para fazer cair a moção.

O PS vai abster-se na moção censura ao Governo do PCP, que é votada esta quarta-feira no Parlamento, confirmou fonte oficial do partido ao ECO. Trata-se de uma clarificação e não de uma mudança de sentido de voto, uma vez que o líder socialista, Pedro Nuno Santos, apenas tinha anunciado que não iria viabilizar a iniciativa dos comunistas, sem indicar o chumbo ou a abstenção, esclareceu o gabinete do secretário-geral.

Mas à moção de censura do Chega, o grupo parlamentar optou pela rejeição. A abstenção ainda assim é suficiente para segurar o Governo juntamente com os votos contra de PSD e CDS.

O Parlamento debate esta quarta-feira a moção de censura ao Governo apresentada pelo PCP. Com chumbo garantido, a atenção irá recair nas explicações que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, dará sobre a polémica empresa familiar Spinumviva. O tom do debate marcará os próximos passos e poderá dar pistas sobre se o Executivo avança ou não com uma moção de confiança, que à partida ditará a sua queda.

Após uma reunião com figuras próximas do PSD e de um Conselho de Ministros extraordinário, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou ao país no sábado que a empresa familiar passaria a ser detida exclusivamente pelos filhos e desafiou os partidos da oposição a apresentarem uma moção de censura.

“Em termos políticos e governativos, insto daqui os partidos políticos, representados na Assembleia da República, a declarar sem tibiezas se consideram, depois de tudo o que já foi dito e conhecido, que o Governo dispõe de condições para continuar a executar o programa do Governo, como resultou há uma semana da votação da moção de censura”, afirmou, numa declaração lida na residência oficial do primeiro-ministro, acompanhado na sala por todos os ministros, numa mostra simbólica de união.

Poucos minutos depois, o PCP satisfazia o pedido de Luís Montenegro e anunciava que iria entregar uma moção de censura ao Governo. Logo nessa noite conheceu-se o desfecho da votação que terá lugar esta tarde na Assembleia da República, com o PS a indicar que não iria viabilizar a iniciativa.

“Não viabilizaremos a moção de censura”, anunciou Pedro Nuno Santos no sábado passado. No entanto, sublinhou que “o estrago está feito”. “Quebrou-se aqui uma relação de confiança com o povo português, sabemos todos que o senhor primeiro-ministro não esteve em exclusividade nos últimos dez meses”, criticou.

Por outro lado, garantiu que, se o Governo avançar com uma moção de confiança, o PS votará contra, o que levaria à queda do Executivo: “Não viabilizaremos nunca nenhuma moção de confiança.”

Entretanto o PS anunciou que vai avançar com o agendamento potestativo de uma comissão de inquérito ao caso Montenegro para avaliar uma eventual violação do dever de exclusividade do primeiro-ministro e possível nas suas obrigações declarativas, designadamente sobre incompatibilidades e impedimentos.

Na segunda-feira, Montenegro anunciou, em comunicado, a intenção de “dirigir um requerimento à Entidade para a Transparência para que se possa auditar a conformidade das declarações e respetiva evolução”. E a mesma entidade já adiantou que está a verificar os documentos que foram entregues pelo chefe do Executivo.

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Macedo Vitorino lança desk dedicada ao mercado norte-americano

Com a U.S. Desk, a Macedo Vitorino pretende promover e reforçar a oferta de serviços jurídicos da firma junto de clientes oriundos dos Estados Unidos.

O escritório de advogados Macedo Vitorino lançou a U.S. Desk dedicada ao mercado norte-americano. O objetivo é promover e reforçar a oferta de serviços jurídicos da firma junto de clientes oriundos dos Estados Unidos.

“A U.S. Desk oferecerá uma gama completa de serviços especializados que assegurem aos seus clientes norte-americanos uma assessoria de elevada qualidade. As áreas de especialização, especificamente desenvolvidas para os nossos clientes com origem nos EUA incluem o direito societário, direito fiscal, direito laboral, propriedade intelectual, tecnologia e inteligência artificial, bem como no domínio do ESG”, revelam em comunicado.

Segundo o sócio Guilherme Dray, esta desk foi concebida para desenvolver oportunidades de negócio e investimento entre empresas dos dois lados do Atlântico. “Ofereceremos serviços de assessoria jurídica estratégico personalizada aos nossos clientes americanos, dando-lhes os meios para desenvolver negócios em Portugal com confiança”, sublinha.

“Portugal é, por mérito próprio, um destino atrativo para as empresas e investidores norte-americanos. Acreditamos firmemente que este novo tempo nos traz desafios e oportunidades únicas nas áreas da energia, inteligência artificial, biotecnologia, indústria farmacêutica, entre muitas outras. A nossa U.S. Desk tem como objetivo oferecer às empresas americanas o know how jurídico e estratégico necessário para investir em Portugal e crescer na Europa”, disse o sócio administrador António Macedo Vitorino.

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Joana Varela é a nova diretora jurídica do Grupo Brisa

A nova diretora jurídica vai assumir a coordenação jurídica da atividade nacional e internacional das diversas empresas do Grupo Brisa.

O Grupo Brisa tem uma nova responsável do departamento Jurídico: Joana Varela. A jurista vai assumir a coordenação jurídica da atividade nacional e internacional das diversas empresas do Grupo.

“A nova diretora jurídica vai liderar uma equipa que integra profissionais com uma vasta experiência e com grande conhecimento do grupo bem como novos talentos com experiências diversificadas e competências que acrescentam dinamismo e inovação à área jurídica do Grupo Brisa”, explica a empresa em comunicado.

Joana Varela é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e pós-graduada em Direito Comercial pela Faculdade de Direito da Universidade Católica de Lisboa onde concluiu igualmente o curso de Desenvolvimento em Liderança (2020). Atualmente, encontra-se a terminar o Programa de Alta Direção de Empresas na AESE Business School.

Desde 2021 é diretora no Grupo Brisa, responsável pela área de assessoria jurídica ao investimento e M&A. No seu percurso profissional incluem-se passagens pelas firmas PLMJ, CS’Associados e RRP Advogados, bem como pelos CTT – Correios de Portugal. Foi, ainda, chefe de Gabinete do secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade no XIX Governo Constitucional.

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Tribunal de Contas pede mais transparência na avaliação da sustentabilidade da Segurança Social

A presidente do Tribunal de Contas defende uma visão holística e transparente da Segurança Social. Filipa Calvão pede inclusão de sistemas não contributivos e CGA nos relatórios de sustentabilidade.

Filipa Urbano Calvão, presidente do Tribunal de Contas (TdC), defendeu esta quarta-feira no Parlamento, na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, a necessidade de melhorar a análise da sustentabilidade da Segurança Social, através de uma visão mais abrangente dos sistemas públicos de proteção social.

O argumento da juíza conselheira vem no seguimento do relatório de auditoria realizado pelo TdC aos relatórios sobre a sustentabilidade da Segurança Social que acompanharam as propostas dos Orçamentos do Estado entre 2018 e 2024, que sinalizou um défice de 228 mil milhões de euros no sistema de proteção social contributiva em Portugal, além de apontar para falhas significativas na forma como a sustentabilidade do sistema de Segurança Social tem sido avaliada e projetada.

Na sua intervenção aos deputados, Filipa Calvão esclareceu que o objeto da auditoria do TdC foi o próprio “Relatório da sustentabilidade da Segurança Social” e não fazer uma avaliação à saúde da Segurança Social.

O TdC não auditou e, por isso, não se pronunciou sobre a sustentabilidade da Segurança Social. Limitou-se a verificar e apreciar se a informação contida naquele relatório é suficiente e se a metodologia que lhe serviu de suporte é, à luz das normas e boas práticas atuariais nesta área, adequada à sua finalidade”, afirmou a presidente do TdC.

Segundo Filipa Calvão, o TdC identificou aspetos na metodologia e no conteúdo do relatório que devem ser melhorados. Entre as recomendações, destaca-se a necessidade de uma “maior densificação da análise da sustentabilidade da Segurança Social, por ponderação de fatores de incerteza e com a apresentação de outros indicadores relevantes, como sejam os relativos a riscos decorrentes das alterações demográficas e económicas”, referiu a juíza conselheira.

O que o Tribunal [de Contas] entende é que deve haver uma análise completa sobre a sustentabilidade dos sistemas públicos de proteção social, que seja transparente e assim garanta a confiança das pessoas e garanta a sustentabilidade dos sistemas contra diferentes riscos.

Filipa Galvão

Presidente do Tribunal de Contas na na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão de 5 de março

Filipa Calvão sublinhou que a análise da sustentabilidade da Segurança Social não pode limitar-se apenas à vertente financeira, devendo abranger também a vertente social. Além disso, lembrou que o TdC recomendou que o relatório que se debruça anualmente sobre a sustentabilidade da Segurança Social que acompanha a proposta do Orçamento do Estado não se deve restringir a analisar o Sistema Previdencial, mas inclua também os sistemas não contributivos da Segurança Social, como a Caixa Geral de Aposentações.

“O que o Tribunal entende, e esse entendimento ficou claramente expresso no seu relatório, é que deve haver uma análise completa sobre a sustentabilidade dos sistemas públicos de proteção social, que seja transparente e assim garanta a confiança das pessoas e garanta a sustentabilidade dos sistemas contra diferentes riscos”, explicou.

Filipa Calvão ressalvou que esta perspetiva não é nova, citando o Livro Verde para a sustentabilidade do Sistema Previdencial e as informações que o próprio Governo envia à Comissão Europeia para o “Ageing Report”.

A presidente do TdC também abordou a questão da transparência do sistema de proteção social convergente, gerido pela Caixa Geral de Aposentações (CGA). Segundo Filipa Calvão, não havia, à data da aprovação do relatório do TdC, projeções atualizadas a longo prazo sobre a sustentabilidade da CGA, notando que os últimos dados conhecidos remontam a 2019, “e esses dados nem sequer são públicos”, disse.

Filipa Calvão fez questão de esclarecer que o TdC “não ajuíza, nem tem opinião sobre opções políticas relativas à sustentabilidade dos sistemas de proteção social”, sublinhando que o objetivo do TdC com este relatório de auditoria foi de contribuir para a melhoria da informação apresentada para suporte das decisões a tomar pelos órgãos políticos.

A presidente do TdC concluiu reforçando a necessidade de melhorar a “transparência e densificação dos indicadores de sustentabilidade e de equidade intergeracional”, considerando diversos fatores e permitindo uma análise global da sustentabilidade dos sistemas públicos de proteção social.

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Governo apresenta Estatuto do Pessoal Militarizado da Marinha até ao verão

O Ministério da Defesa está a ultimar uma proposta final sobre o estatuto de quadros de pessoal da Marinha, esperando concluir o processo até ao verão.

O Governo está a preparar o Estatuto do Pessoal Militarizado da Marinha, de forma a estabelecer as suas competências profissionais, processo que pretende ter concluído até ao verão, depois de ouvir as associações socioprofissionais.

“O Governo, reconhecendo a necessidade de aprovar o Estatuto do Pessoal Militarizado da Marinha, está atualmente a ultimar uma proposta final sobre o tema em questão”, informa o Ministério da Defesa, em resposta a perguntas endereçadas pelo grupo parlamentar do PSD.

Os sociais-democratas quiserem saber se após a criação do Quadro do Pessoal Militarizado da Marinha (QPMM), na qual foram criados seis grupos (polícia marítima, polícia dos estabelecimentos de Marinha, cabos-de-mar, troço do mar, práticos da Costa do Algarve e faroleiros), o Executivo iria avançar com o estatuto que define “as aspirações e necessidades” deste pessoal.

O Ministério tutelado por Nuno Melo adianta que “trabalhou com a Marinha numa redação do diploma, estando os últimos detalhes a serem concluídos”.

Posteriormente, o Ministério da Defesa Nacional irá convocar, nos termos da lei, as associações socioprofissionais desses grupos “para apresentar e ouvir o parecer sobre a versão final do diploma“.

Esperamos concluir este processo até ao final do primeiro semestre do ano“, indica.

O deputado do PSD/Açores na Assembleia da República Paulo Moniz defendeu recentemente a criação deste Estatuto, destacando que também deverá beneficiar a região autónoma, “com algumas das necessidades a serem cobertas com esta nova realidade e com a criação do respetivo Estatuto”.

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PRA abre novo escritório em Viseu

A ex-deputada Márcia Passos fica responsável pela PRA Viseu, destacando que este novo escritório "vai traduzir-se em ótimos resultados para a sociedade e numa confiança acrescida para empresários"

A PRA – Rapsoso, Sá Miranda & Associados abriu um novo escritório em Viseu, que fica sob a responsabilidade da ex-deputada Márcia Passos. A sociedade de advogados passa assim a contar com oito escritórios no país.

“Esta etapa marca um passo importante na estratégia de expansão da sociedade, permitindo estar mais próxima dos seus clientes da região, mantendo o acompanhamento personalizado a empresas e empreendedores locais e reforçando a sua presença no território nacional”, refere a firma em comunicado.

Já Márcia Passos destaca que o novo escritório “vai traduzir-se em ótimos resultados para a sociedade e numa confiança acrescida para empresários e investidores da região“. A equipa de Viseu é constituída pelos advogados Pedro Carvalho Ruas e António Regadas.

“O nosso objetivo é apoiar estas empresas nos desafios jurídicos do dia-a-dia, garantindo soluções ágeis e eficazes que impulsionem o crescimento sustentável dos nossos clientes”, garante o managing partner Miguel Miranda.

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Maria Teresa Horta e Obra Social das Irmãs Oblatas recebem Prémio Elina Guimarães 2025 da Ordem dos Advogados

A OA vai atribuir o Prémio Elina Guimarães 2025 à escritora Maria Teresa Horta e à Obra Social das Irmãs Oblatas. Este prémio distingue quem se tenham destacado na defesa dos direitos das mulheres.

A Ordem dos Advogados (OA) vai atribuir o Prémio Elina Guimarães 2025 à escritora Maria Teresa Horta e à Obra Social das Irmãs Oblatas em Portugal. Este prémio visa distinguir personalidades e entidades nacionais que se tenham destacado especificamente na defesa dos direitos das mulheres e na defesa da igualdade de género. A entrega do prémio ocorrerá no próximo dia 10 de março, no Salão Nobre da OA, pelas 17h30, no seguimento das comemorações do Dia Internacional da Mulher.

Em comunicado, a OA afirma que na deliberação do Conselho Geral de atribuição do prémio é destacado o papel de Maria Teresa Horta na defesa dos direitos das mulheres e a “coragem que demonstrou em desafiar a ditadura e o sistema judicial que oprimia as mulheres escritoras, em particular, durante o Estado Novo”.

“Assim como o facto de ter sido uma lutadora incansável pelos direitos das mulheres e um exemplo como feminista cuja obra enquanto escritora, poetisa e jornalista contribuiu para a consolidação dos direitos civis das mulheres e influenciou as gerações seguintes“, lê-se.

Já sobre a distinção da Obra Social das Irmãs Oblatas em Portugal, a OA destaca a sua ação na luta pela inclusão e direitos das mulheres que exercem ou já exerceram prostituição ou são vítimas de tráfico de seres humanos para fins de exploração sexual e o seu papel como instituição de “referência” no apoio a esta população, quer através do Centro de Acolhimento e Orientação à Mulher das Irmãs Oblatas, quer através da ação das Equipas de Rua.

“De salientar, ainda, que ao longo dos 37 anos de intervenção em Lisboa, a Obra Social das Irmãs Oblatas tem estabelecido uma relação privilegiada, de proximidade e confiança, com as mulheres que exercem prostituição contribuindo assim para a defesa dos seus direitos”, referem.

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Candidaturas ao apoio para veículos elétricos reabrem na próxima semana

A ministra do Ambiente informou ainda que a dotação da medida foi revista em alta para 13,5 milhões de euros, sendo que a verba não executada em 2024 vai somar-se ao apoio previsto para 2025.

A ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, indica que o Governo vai reforçar as verbas para o apoio à aquisição de veículos elétricos, e que as candidaturas abrem na próxima semana.

Maria da Graça Carvalho falava na Assembleia da República, em audição regimental. Foi nesta sede que avançou que as candidaturas para o apoio à compra de carros elétricos reabrem para a semana. No âmbito deste apoio, os particulares têm direito a 4.000 euros na aquisição de um veículo ligeiro de passageiros 100% elétrico, desde que o valor da compra não ultrapasse os 38.500 euros.

A ministra informou ainda que a dotação da medida foi revista em alta para 13,5 milhões de euros, sendo que a verba não executada em 2024 vai somar-se ao apoio previsto para 2025.

As regras que guiam estes apoios foram publicadas em Diário da República no passado mês de outubro. O documento esclarecia que os veículos têm de ter mais de dez anos para ir para abate de forma a receber o benefício relativo aos carros elétricos.

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Spinumviva anuncia doação de quotas aos filhos de Montenegro e mudança de sede

  • Lusa
  • 5 Março 2025

“Não foram distribuídos quaisquer dividendos como consequência da doação, nem quaisquer créditos a que os doadores tivessem direito", informou a empresa, cuja sede era em Espinho.

A empresa Spinumviva anunciou esta quarta-feira que a doação de quotas da mulher do primeiro-ministro para os seus filhos foi consumada, mudando-se igualmente a sede para o Porto, conforme tinha sido anunciado por Luís Montenegro no sábado.

“Dá-se conhecimento público que está consumada a transmissão por doação de quotas e todos os ativos (incluindo reservas, suprimentos, ou quaisquer créditos) da Sociedade SPINUMVIVA, Lda, para os sócios Hugo e Diogo Montenegro, que deliberaram também a mudança da sede da empresa para o Porto”, anunciou a empresa em comunicado.

De acordo com o comunicado, “a doação foi feita com todos os correspondentes direitos e obrigações”.

“Não foram distribuídos quaisquer dividendos como consequência da doação, nem quaisquer créditos a que os doadores tivessem direito. Os doadores mantiveram o mesmo princípio em vigor desde 2021, não retirando quaisquer quantias da sociedade a título de lucros e dividendos e preservando a autonomia do património da sociedade”, acrescenta a nota.

No sábado, o primeiro-ministro anunciou, numa comunicação ao país, após uma reunião do Conselho de Ministros extraordinário, que a empresa familiar Spinumviva passaria a ser “totalmente detida e gerida pelos filhos”, deixando a mulher de ser sócia gerente, e iria mudar de sede.

O primeiro-ministro disse ainda que “sempre que houver qualquer conflito de interesses por razões pessoais e profissionais” relacionados com a sua empresa familiar não participará nos processos decisórios do Governo, tal como outros membros do executivo.

“Portugueses, nunca cedi a nenhum interesse particular face ao interesse público e geral e assim vai continuar a ser”, assegurou.

Montenegro justificou a decisão de não extinguir a empresa por considerar não ter “o direito de privar” os filhos da sua atividade profissional devido às suas funções políticos.

“Sinceramente, creio que se o nosso sistema político não aceita nem controla a conciliação entre a vida familiar e a vida política, nós vamos de uma assentada ter políticos sem passado e ter políticos sem futuro profissional”, disse.

No dia 30 de junho de 2022, pouco mais de um mês depois de ter sido eleito presidente do PSD, Luís Montenegro renunciou à gerência da empresa que fundou em 2021 e transferiu 92% da sua participação para a mulher e os restantes 8% da sua posição foram distribuídos de forma igual pelos dois filhos.

Com essa operação, a mulher passou a deter 92% do capital da empresa e os filhos 4% cada. No entanto, alguns juristas defendem que transmissão de quota à mulher pode ser considerada nula, uma vez que o primeiro-ministro é casado em comunhão de adquiridos.

Sobre as notícias que têm sido divulgadas na imprensa sobre a empresa desde há cerca de duas semanas, Montenegro considerou que “ninguém descobriu nada” e tudo já constava das suas declarações de interesse.

A convocação de um Conselho de Ministros extraordinário e de uma comunicação ao país para anunciar as suas “decisões pessoais e políticas” foi feita por Luís Montenegro após ter sido noticiado pelo semanário Expresso que a empresa detida pela sua mulher e filhos recebe uma avença mensal de 4.500 euros do grupo Solverde.

Na sexta-feira, a Spinumviva divulgou os nomes dos seus clientes permanentes, os ramos de atividade e os nomes dos seus trabalhadores e revelou que os serviços que prestou variaram entre 1.000 e 4.500 euros.

Notícia atualizada às 13h05 com mais informação

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TAP paga 4,467% para emitir 200 milhões em dívida a quatro anos

Companhia aérea salienta que taxa de juro baixou na emissão adicional face aos 5,125% na colocação inicial de 400 milhões de euros em outubro. "Reforça a confiança dos investidores na TAP", diz CFO.

A TAP colocou 200 milhões de euros em dívida com maturidade em 2029, tendo pago uma taxa de juro até ao vencimento de 4,467%, informou a empresa em comunicado. Adiantou que as obrigações são adicionais à emissão que foi lançada em outubro do ano passado, quando emitiu 400 milhões de euros a uma taxa de 5,125%.

As receitas ilíquidas da oferta das Obrigações Adicionais serão utilizadas para fins societários gerais e pagar determinadas comissões, custos e despesas associados à oferta particular, adiantou a TAP

Gonçalo Pires, chief financial officer da Transportes Aéreos Portugueses, S.A., afirmou no comunicado, emitido na segunda-feira, que o sucesso desta transação “confirma o forte compromisso dos atuais e novos investidores na TAP, permitindo-nos emitir, numa oferta privada e com um número reduzido de investidores, metade do montante emitido em outubro do ano passado”.

“Adicionalmente, a diminuição significativa da taxa de juro até ao vencimento em comparação com a emissão inicial, diminuição ainda mais acentuada face à emissão de 2019, reforça a confiança dos investidores na TAP”, adiantou, sublinhando que a empresa conseguiu diminuir o spread para o benchmark de
288 pontos base em outubro do ano passado para 227 pontos base, “confirmando uma forte criação de valor de crédito, especialmente considerando o spread de 634 pontos base em relação ao benchmark de 2019″.

Prevê-se que a emissão das Obrigações Adicionais ocorra a 7 de março de 2025, sujeita à concretização das condições habituais de liquidação, informou a empresa.

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Bancos já pagam menos de 2% pelos depósitos

Remuneração dos depósitos a prazo baixou pelo 13.º mês consecutivo, para o valor mais baixo desde agosto de 2023. Portugal é o quinto país da Zona Euro com as piores remunerações.

Após 13 meses consecutivos em queda, a taxa de juro média paga nos novos depósitos a prazo de particulares baixou para menos de 2% em janeiro. Trata-se do valor mais baixo desde agosto de 2023, com Portugal a continuar a comparar mal no ranking das remunerações pagas pelos bancos entre os países da Zona Euro, apresentando-se como o quinto país que paga pior pelos depósitos dos clientes.

O juro médio pago pelos novos depósitos a prazo baixou para 1,98% em janeiro, face aos 2,16% pagos em dezembro. Os bancos têm vindo a reduzir o valor pago nestas aplicações, a refletir a descida das taxas de juro na Zona Euro, cuja taxa de referência está agora em 2,75%. Ainda assim, à semelhança do que aconteceu no passado, os bancos portugueses têm sido mais rápidos a descer juros e mais lentos a refletir as subidas.

Juro dos novos depósitos a prazo dos particulares:

Fonte: Banco de Portugal

O montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares aumentou 1.416 milhões de euros em janeiro, totalizando 13.087 milhões de euros. Trata-se da primeira subida em três meses.

Nos novos depósitos com prazo até 1 ano, a taxa de juro média diminuiu 0,19 pontos percentuais, para 1,99%. O supervisor explica que esta continuou a ser a classe de prazo com a remuneração média mais elevada e representou 97% dos novos depósitos em janeiro.

Já nos prazos a 1 e 2 anos, a remuneração média dos novos depósitos baixou 0,13 pp, fixando-se em 1,63%. Em sentido oposto, a taxa média dos novos depósitos a mais de 2 anos aumentou 0,21 pp, para 1,46%.

Portugal continua a ser um dos países onde os depósitos são mais mal remunerados. Segundo o Banco de Portugal, a taxa de juro média dos novos depósitos do conjunto dos países da área do euro reduziu-se 0,11 pp, para 2,34%, com Portugal a descer um lugar entre os países da Zona Euro, sendo agora o país com a quinta taxa mais baixa.

Já a remuneração média dos novos depósitos a prazo de empresas passou de 2,66%, em dezembro, para 2,44% em janeiro. Estas novas operações de depósitos totalizaram 9.175 milhões de euros, menos 825 milhões do que em dezembro, diz o supervisor.

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Novo crédito para a compra de casa trava no arranque do ano

Montante das novas operações baixou 567 milhões face a dezembro. Empréstimos pedidos por mutuários até 35 anos, que beneficiam da garantia pública para jovens, representam 45% das novas operações.

As novas operações de crédito à habitação atingiram os 1.522 milhões de euros em janeiro, revelou o Banco de Portugal. O montante financiado no arranque do ano representa uma descida de 567 milhões de euros face ao valor emprestado em dezembro, sendo que o crédito concedido a jovens com menos de 35 anos representou 45% do total.

Apesar da quebra registada face aos mais de 2.089 milhões financiados em crédito para a compra de casa, no último mês de 2024, o montante financiado para novos contratos de habitação ficou 313 milhões de euros acima dos 1.209 milhões emprestados em créditos para a mesma finalidade, em janeiro de 2024, mostram os dados divulgados esta quarta-feira pela Banco de Portugal.

Montante de novos contratos de empréstimos à habitação

Fonte: Banco de Portugal

Segundo o regulador, o crédito concedido a mutuários com menos de 35 anos representou 45% do montante de novos contratos para habitação própria permanente concedidos em janeiro, um peso semelhante ao observado para o mês de dezembro.

Os jovens até aos 35 anos que comprem casa beneficiam, desde o início do ano, da garantia pública para o crédito à habitação jovem.

Apesar do ritmo de pedidos de financiamento para a compra de casa ter abrandado no primeiro mês do ano face aos montantes concedidos em dezembro, o valor dos novos empréstimos mantém-se em níveis elevados, sustentando o crescimento do “stock” de crédito que existe nos balanços dos bancos. O montante total de crédito à habitação em Portugal cresceu, em janeiro, 4,1%, pelo 13.º mês.

Em termos globais, as novas operações de empréstimos aos particulares, que incluem contratos renegociados, totalizaram 2.779 milhões de euros em janeiro, menos 635 milhões do que em dezembro.

Sem contabilizar renegociações, os novos contratos de empréstimos a particulares diminuíram 648 milhões de euros, para 2.263 milhões.

Os novos contratos nas finalidades consumo e outros fins diminuiram 13 e 68 milhões de euros, para 532 e 209 milhões de euros, respetivamente.

As renegociações de crédito aumentaram 13 milhões de euros, para 517 milhões de euros. “Este aumento foi transversal a todas as finalidades”, explica o supervisor.

A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação praticamente não se alterou relativamente ao mês anterior, fixando-se em 3,22% (3,21% em dezembro). A estabilização desta taxa acontece após 14 meses consecutivos de redução, refere o Banco de Portugal.

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