“Não tenho intenção de o despedir”, diz Trump sobre Powell

“Gostaria de o ver ser um pouco mais ativo em termos da sua ideia de baixar as taxas de juro”, sublinhou o presidente dos EUA sobre o presidente da Reserva Federal.

Donald Trump afirmou esta terça-feira que não tem planos de demitir o presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, mas sublinhou que quer que as taxas de juros sejam mais baixas.

“Não tenho intenção de o despedir”, disse o presidente dos Estados Unidos aos jornalistas, na Sala Oval, citado pela agência Reuters.

“Gostaria de o ver ser um pouco mais ativo em termos da sua ideia de baixar as taxas de juro”, acrescentou.

O presidente da Fed disse recentemente que as tarifas anunciadas por Trump são “significativamente maiores do que o esperado” e que irão acelerar a inflação e travar a economia, criando incerteza sobre o rumo das taxas de juro. “É demasiado cedo para dizer qual será o caminho apropriado para a política monetária”, avisou Powell.

A postura do banco central norte-americano não tem agradado a Trump, que avisou Powell diversas vezes para cortar juros e disse mesmo que não vê a hora para o seu mandato terminar, adiantando mesmo que poderia despedir Powell, afirmações que aceleraram um sell-off nos mercados, com os investidores a recearem que esteja em causa a independência da Fed.

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OMS anuncia reorganização e despedimentos devido a redução de financiamento dos EUA

  • Lusa
  • 22 Abril 2025

“A recusa dos EUA em pagar as suas contribuições para 2024 e 2025" deixou um défice "entre 560 e 650 milhões de dólares" nas contas da organização internacional, avança o diretor-geral.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou esta terça-feira que os cortes orçamentais dos EUA estão a deixar as contas da agência da ONU no vermelho, obrigando-a a reduzir operações e a despedir pessoal.

A recusa dos EUA em pagar as suas contribuições para 2024 e 2025, combinada com os cortes na ajuda pública ao desenvolvimento de alguns outros países, significa que enfrentamos um défice na folha de pagamentos para o biénio 2026-2027 entre 560 e 650 milhões de dólares”, disse Tedros Ghebreyesus aos Estados-membros, de acordo com uma transcrição do seu discurso.

A agência de saúde das Nações Unidas prepara-se há já algum tempo para a retirada total dos Estados Unidos, historicamente de longe o seu maior doador, em janeiro próximo. Entretanto, a administração do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também se recusou a pagar as quotas acordadas para 2024 e 2025, congelando praticamente toda a ajuda externa dos EUA, incluindo um apoio considerável a projetos de saúde em todo o mundo.

Vários outros países reduziram igualmente as suas despesas de ajuda ao desenvolvimento. Perante esta situação, a OMS começou a refletir sobre a sua nova organização, que o seu diretor-geral apresentou ao pessoal e aos Estados-membros. O défice da massa salarial “representa atualmente cerca de 25% dos custos com o pessoal”, afirmou, sublinhando, no entanto, que “isto não significa necessariamente uma redução de 25% do número de postos de trabalho”.

Não disse quantos postos de trabalho seriam cortados, mas afirmou que o maior impacto seria esperado na sede da Organização em Genebra. “Estamos a começar com cortes na gestão, embora estas sejam decisões muito dolorosas para nós”, acrescentou. “Estamos a reduzir a equipa de gestão da sede de 12 para sete membros e o número de departamentos passará de 76 para 34, uma redução de mais de metade”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Os Estados Unidos cortaram 83% dos programas da agência de desenvolvimento norte-americana, a USAID, que era responsável por 42% da ajuda humanitária desembolsada em todo o mundo. Em 10 de abril a OMS alertou para perturbações nos serviços de saúde em 70% das delegações nacionais inquiridas, “resultado das suspensões e reduções súbitas da ajuda pública ao desenvolvimento para a saúde”.

A OMS fez saber nessa comunicação no início do mês que as avaliações feitas “suscitam a preocupação de efeitos potencialmente mais profundos e prolongados nos sistemas e serviços de saúde em todo o mundo, especialmente em contextos vulneráveis e frágeis” e apelam a uma “ação urgente”, bem como uma “resposta internacional”.

Nesse balanço realizado entre março e abril deste ano que envolveu 108 representações da OMS em vários países, sobretudo em países de rendimento baixo e médio-baixo, demonstra que os países estão a realocar financiamento proveniente de fontes internas e externas.

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Câmara de Sintra aprova contrato com PSP para 144 câmaras de videovigilância

  • Lusa
  • 22 Abril 2025

O projeto, submetido pela Direção Nacional da PSP e pelo município para aprovação, "previa a instalação de 144 câmaras de vídeo, em pontos identificados pela PSP como necessários.

O executivo municipal de Sintra aprovou esta terça-feira o contrato de cooperação com a PSP para o sistema de videovigilância urbana em várias freguesias do concelho, mas a instalação das 144 câmaras depende do concurso público para a sua aquisição.

Segundo uma proposta do vice-presidente da câmara, Bruno Parreira (PSD), foi aprovada por unanimidade a minuta do contrato interadministrativo de cooperação com a PSP que visa “regular a utilização dos equipamentos afetos ao sistema de videovigilância”, destinado à proteção “de pessoas e bens públicos e privados, no concelho de Sintra”, bem como o “acordo de subcontratação de dados pessoais”.

O município de Sintra e a PSP identificaram os locais onde se justifica a instalação de câmaras de videovigilância, “tendo por intuito prevenir e reprimir a criminalidade de combater o sentimento de insegurança vivido em algumas freguesias do concelho”, refere-se na minuta de contrato interadministrativo, a que a Lusa teve acesso.

De acordo com a Lei de Segurança Interna, os sistemas de videovigilância apenas podem ser usados “para proteção da segurança das pessoas, animais e bens, em locais públicos ou de acesso público, e a prevenção da prática de factos qualificados pela lei como crimes, em locais em que exista razoável risco da sua ocorrência”.

O projeto, submetido pela Direção Nacional da PSP e pelo município para aprovação, “previa a instalação de 144 câmaras de vídeo, em pontos identificados pela PSP como necessários, tendo em consideração o número de incidentes criminógenos” em cada um dos locais, lê-se no documento.

A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD), em parecer de junho de 2024, pronunciou-se pela “conformidade do sistema proposto com os requisitos técnicos do equipamento” previsto, assim como quanto “ao cumprimento dos princípios de utilização das câmaras”.

No âmbito do contrato, o município instala todo o sistema de videovigilância, mediante a aquisição da rede privada de fibra ótica a utilizar pela Rede Nacional de Segurança Interna, e das câmaras de vídeo, enquanto nas instalações da PSP é criado um centro de gestão e controlo, para gravação e visualização das imagens recolhidas.

O sistema aprovado tem autorização de funcionamento durante três anos, contados desde a entrada efetiva em operação, altura em que entra em vigor o contrato entre o município e a PSP. Na reunião de câmara, o vereador social-democrata Luís Patrício congratulou-se por se dar “mais um passo”, numa proposta apresentada “logo no início do mandato” pelo PSD, que demorou, mas “está a andar”.

O vereador Maurício Rodrigues (CDS-PP) também se manifestou contente com a proposta, apesar de o presidente da autarquia e o executivo socialista nunca terem considerado “de grande importância a videovigilância”, criticando o facto de ter estado “parada no gabinete” do vice-presidente desde final de 2024.

O vice-presidente da câmara admitiu que o PSD se tem batido ao longo dos anos “pela vídeo proteção”, mas salientou que a PSP reconheceu que, no processo de Sintra, tiveram que “andar de telefone na mão à procura de interlocutor”. Além disso, prosseguiu, “não foi fácil” concluir um protocolo que juridicamente “tem de ser visto e revisto”, pois das obras da central de visionamento à instalação dos equipamentos, “tudo e mais alguma coisa é da responsabilidade do município”.

Em termos políticos, Bruno Parreira alertou para o risco de se dar a entender que algumas situações “não aconteceriam se houvesse um sistema de vídeo proteção”, no que será o “pior dos caminhos”, pois estar-se-á “a enganar as pessoas”.

“As câmaras não vão estar nem todas as ruas nem em todas as esquinas”, apontou o autarca socialista, recusando que, obviamente, se passe “a viver numa espécie de um ‘Big Brother'”.

Para Bruno Parreira, a videovigilância “pode ajudar a resolver problemas” e os contratos locais de segurança já a previam, mas não se pode esquecer as medidas de “integração social” e “apoio às forças de segurança”, com a criação de condições para os agentes, meios à sua disposição e “salubridade das esquadras”.

“É um caminho que hoje dá mais um passo, mas que deve ser dado este passo não abrindo flanco nenhum ao populismo e à demagogia”, advogou, considerando que “uma câmara não substitui nunca a presença de um ser humano” e “não pode nunca dar uma sensação errada de que estamos todos a ser observados a todo o momento”.

O presidente da câmara, Basílio Horta (PS), referiu que, na Área Metropolitana de Lisboa, “tendo em conta a área de Sintra e a população”, o município é “número um em termos de segurança, com uma exceção” que “deve envergonhar, que é a violência doméstica”, em que não é “dos piores”, mas não é “o melhor”.

“Não sou fã, como sabem, da vigilância eletrónica”, que “é útil em sítios onde há uma alta criminalidade”, admitiu o autarca, defendo que é mais uma medida a juntar às forças de segurança, mas que, quando “dispensa a polícia e as forças de segurança, às vezes, não só não é útil como até é prejudicial”.

A instalação das câmaras avançará após a conclusão do concurso público para a sua aquisição, ficando assim para o próximo executivo camarário.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 63 milhões de euros

  • ECO
  • 22 Abril 2025

O jackpot desta terça-feira é de 63 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 63 milhões de euros, decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot subiu depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 22 de abril:

Números: 7, 28, 33, 37 e 47

Estrelas: 9 e 12

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Admiral Group vende negócio de seguros automóvel dos EUA à J.C. Flowers

  • ECO Seguros
  • 22 Abril 2025

O grupo segurador indica que a transação faz parte da estratégia da Admiral Group de focar-se nas suas atividades no Reino Unido e na Europa Ocidental.

A Admiral Group anunciou esta terça-feira ter acordado vender o seu negócio de seguros automóvel nos Estados Unidos à empresa de investimentos privados J.C. Flowers & Co. A transação ainda está sujeita à aprovação regulamentar e espera-se que seja concluída no quarto trimestre deste ano.

Costantino Moretti, Head of International Insurance da Admiral Group: “Esta transação permitir-nos-á concentrarmo-nos nas oportunidades que vemos para proporcionar um crescimento sustentável a longo prazo nas nossas atividades no Reino Unido e na Europa continental”,.

Segundo o comunicado do grupo segurador britânico, o acordo contempla a venda da seguradora Elephant Insurance Company e da respetiva marca, Elephant nos EUA. O valor da aquisição não foi revelado, mas avançam que representa aproximadamente o valor líquido dos ativos da Elephant.

O anúncio destaca que a transação faz parte da estratégia da Admiral Group de focar-se nas suas atividades no Reino Unido e na Europa Ocidental. “Esta transação permitir-nos-á concentrarmo-nos nas oportunidades que vemos para proporcionar um crescimento sustentável a longo prazo nas nossas atividades no Reino Unido e na Europa continental”, afirma Costantino Moretti, Head of International Insurance da Admiral Group.

Sediada na Virgínia, a Elephant é conhecida pela sua abordagem digital-first, oferecendo uma experiência online para a cotação, contração, gestão de apólices e atendimento ao cliente.

“Estamos muito entusiasmados por estarmos a unir forças com a J.C. Flowers. Esta parceria permitir-nos-á beneficiar da sua vasta experiência, que desempenhará um papel fundamental na próxima fase da nossa estratégia de crescimento e acrescentará valor aos nossos clientes, mantendo ao mesmo tempo a nossa cultura distintiva”, afirma Alberto Schiavon, CEO da Elephant Insurance.

Por sua vez, Eric Rahe, managing director e co-president da J.C. Flowers, afirmou que “a J.C. Flowers tem um longo e distinto historial de investimento no setor dos seguros, e vamos aproveitar a nossa experiência para ajudar a Elephant Insurance a gerar novas oportunidades como empresa autónoma”

O Admiral Group é um grupo internacional de seguros e serviços financeiros fundado em 1993 no Reino Unido, com sede no País de Gales, que atua principalmente nos segmentos de seguros automóveis, residenciais, de viagem e empréstimos pessoais, atendendo mais de 11 milhões de clientes em países como Reino Unido, França, Itália, Espanha e EUA. É a única empresa do País de Gales no principal índice da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE 100. No ano passado registou um lucro antes de impostos de 839 milhões de libras esterlinas (978 milhões de euros), um aumento de 90% em relação ao ano anterior, impulsionado pelo desempenho do seguro automóvel britânico e expansão em outras linhas de negócio.

A J.C. Flowers & Co. é uma gestora norte-americana fundada em 1998 pelo seu CEO J. Christopher Flowers, com sede em Nova Iorque, especializada em investimentos no setor de serviços financeiros, incluindo bancos, seguradoras e instituições de crédito, tendo investido mais de 18 mil milhões de dólares (mais de 15 mil milhões de euros) em cerca de 68 empresas.

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Fundación Mapfre tem 160 mil euros em prémios para distinguir impacto social e inovação

  • ECO Seguros
  • 22 Abril 2025

As candidaturas estão abertas até às 22h59 dia 31 de maio. Cada prémio tem a dotação de 40 mil euros e a cerimónia de entrega está prevista para o último trimestre do ano.

A Fundación Mapfre anunciou a edição de 2025 dos Prémios Sociais Fundación Mapfre, uma iniciativa que reconhece e celebra o compromisso social de pessoas e instituições que se dedicam à melhoria da vida em sociedade.

Com um valor total de 120 mil euros, os Prémios Sociais Fundación Mapfre distribuem-se por três categorias, cada uma com uma dotação de 40 mil euros. As candidaturas estão abertas até às 22h59 dia 31 de maio de 2025.

Entre as distinções atribuídas está o Prémio a toda uma vida social José Manuel Martínez Martínez, que homenageia uma carreira profissional dedicada a apoiar causas. A nomeação para esta categoria é feita exclusivamente por antigos vencedores, membros dos júris desta edição, membros dos principais órgãos diretivos da Fundación Mapfre e outras personalidades ou instituições convidadas.

A fundação distingue ainda a Melhor Instituição pela sua Trajetória Social, reconhecendo organizações que se destaquem pelo impacto duradouro e significativo em áreas como a cultura, saúde, segurança rodoviária ou prevenção de acidentes.

Já o Prémio para o Melhor Projeto ou Iniciativa pelo seu Impacto Social destina-se a destacar projetos inovadores que apresentem resultados concretos na melhoria da qualidade de vida das pessoas e comunidades onde atuam.

Além destes, esta edição incluí o XII Prémio Internacional de Seguros Julio Castelo Matrán, criado em homenagem ao antigo presidente da Mapfre. Com periodicidade bienal e também no valor de 40 mil euros, este prémio distingue trabalhos científicos — inéditos ou publicados nos últimos três anos — que contribuam para o desenvolvimento do setor segurador e para a promoção da estabilidade económica e da solidariedade social.

A entrega dos prémios está prevista para o último trimestre do ano, numa cerimónia que reunirá os vencedores e representantes de entidades de referência do setor social. As candidaturas devem ser submetidas dentro do prazo estabelecido e respeitar os critérios definidos no regulamento oficial. Para mais informações, aqui.

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Sessão do 25 de Abril, durante luto nacional, respeita legado de Francisco, diz Aguiar-Branco

  • Lusa
  • 22 Abril 2025

O facto de haver luto nacional na próxima sexta-feira não colide com a realização da sessão solene comemorativa da revolução de 25 de Abril de 1974, de acordo o presidente da Assembleia da República.

O presidente da Assembleia da República considerou esta terça-feira que a manutenção da sessão solene do 25 de Abril no parlamento, mesmo em pleno luto nacional, respeita o legado deixado pelo Papa Francisco em defesa do pluralismo democrático. Esta posição foi defendida por José Pedro Aguiar-Branco em declarações aos jornalistas à porta da Nunciatura Apostólica da Santa Sé, em Lisboa, onde assinou o livro de condolências pela morte do Papa.

Perante os jornalistas, o presidente da Assembleia da República confirmou que estará no sábado, no Vaticano, no funeral do Papa Francisco, juntamente com o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel. E confirmou também a decisão de manter a sessão solene comemorativa do 25 de Abril de 1974, no parlamento, apesar de sexta-feira ser o segundo de três dias de luto nacional.

“Na sessão solene do 25 de abril haverá um momento de tributo ao Papa Francisco, através de um voto que eu próprio irei apresentar. Deste modo, num momento que é tão solene para Portugal e para o povo português – o dia 25 de Abril – numa sessão tão importante para Portugal, esse voto significa também a particular gratidão e o particular apreço que o povo português tinha para por este Papa”, sustentou o presidente do parlamento.

De acordo com o presidente da Assembleia da República, o facto de haver luto nacional na próxima sexta-feira não colide do ponto de vista jurídico com a realização da sessão solene comemorativa da revolução de 25 de Abril de 1974.

“Creio até que vai ao encontro do sentido do legado do Papa Francisco – um legado caracterizado por estar sempre disponível pela via do diálogo, pela via do respeito pela diferença, pela via do confronto de ideias e não do confronto das armas. Na casa da democracia, a casa da palavra – espaço maior de respeito pela diferença e de respeito pelas ideias dos outros –, vamos prestar uma homenagem ao legado de um pontificado marcado pela palavra”, advogou.

José Pedro Aguiar-Branco adiantou também que o cerimonial tradicional inerente à sessão solene do 25 de Abril vai manter-se, designadamente os momentos de hino nacional.

É um cerimonial de honraria, e nesta situação é em si também um registo de homenagem, porque é o nosso hino nacional. Esta é a sessão por excelência da democracia portuguesa, em que tributamos também a nossa democracia, o nosso direito à diferença, a força da palavra para resolver os problemas, a força daquilo que é a troca de opiniões numa sociedade que, sendo plural, deve tentar os consensos para chegar às soluções. Isto é o legado do Papa Francisco, do ponto de vista daquilo que foi a sua arma principal ao longo do seu pontificado: a palavra”, insistiu.

O presidente da Assembleia da República fez ainda questão de salientar que o voto de pesar pela morte do Papa Francisco é um voto dos representantes do povo português. “Vamos fazer uma sessão que dignifica também a própria situação e, de modo algum, põe em causa o luto que o país sente e que também os deputados sentem em relação a este momento”, acrescentou.

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Governo deixou o SNS “pior do que a maioria absoluta” do PS, diz Mariana Mortágua

  • Lusa
  • 22 Abril 2025

"Chegados ao fim dos 11 meses em que só conseguiram piorar o serviço [SNS], a única solução que têm para apresentar é passar valências para o privado", diz a coordenadora do BE.

A coordenadora do BE considerou esta terça-feira que o Governo deixou o Serviço Nacional de Saúde (SNS) pior do que a maioria absoluta do PS e que a única solução que apresenta “é passar valências para o privado”.

“O Governo do PSD fez pior do que a maioria absoluta do PS no SNS”, afirmou Mariana Mortágua, em declarações aos jornalistas, no final de uma reunião com a administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Almada-Seixal. À porta do hospital Garcia de Orta, a coordenadora do BE afirmou que aquele é um exemplo de como os problemas do SNS decorrem, em grande parte, da falta de profissionais de saúde.

“A manta é pequena demais. Na margem sul, em obstetrícia em particular, há serviços que quando o Garcia de Orta não presta, porque estão encerrados, mais nenhum hospital presta. Não se trata de um serviço em rede, trata-se de um serviço que é deficiente na capacidade de abarcar todo o território e dar uma resposta”, sublinhou.

O Garcia de Orta é um dos cinco hospitais públicos que o Governo pretende que passem a ser geridos por Parcerias Público-Privadas a partir de 2026, uma opção criticada pelo BE, que acusa o executivo de não ter respostas para o SNS. “Chegados ao fim dos 11 meses em que só conseguiram piorar o serviço, a única solução que têm para apresentar é passar valências para o privado, entregar ao privado aquilo que o SNS precisa de conseguir fazer”, afirmou Mariana Mortágua.

Por outro lado, a bloquista lamentou também o que considerou ser o desinvestimento nas carreiras dos profissionais de saúde e o recurso a médicos tarefeiros para assegurar resposta aos utentes. É uma “fonte de despesa e ineficiência do SNS”, considerou Mariana Mortágua, defendendo que a alternativa exige investimento, mas um investimento que “no final do dia, é mais barato (…) do que um SNS em retalhos que depende dos serviços privados”.

“Também tem a ver com os modelos de gestão”, acrescentou, defendendo o reforço da autonomia das unidades de saúde para tomarem decisões que permitam fixar os profissionais de saúde.

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IL aposta todas as fichas na redução do IRS e IRC e desafia AD a ir mais longe. Só assim é possível “criar riqueza”

Rui Rocha está disponível para dar a mão a um Governo de Montenegro para que a legislatura dure quatro anos, mas exige maior ambição na descida dos impostos sobre o trabalho e as empresas.

“A descida de impostos deve ser feita nas áreas que são capazes de criar riqueza no país. A aposta deve ser na redução dos impostos sobre o trabalho e sobre as empresas”. Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal (IL), quer que “todas as fichas” sejam colocadas na baixa do IRS e IRC e desafia a AD, coligação formado por PSD e CDS, a ir mais longe no alívio fiscal, afirmou esta terça-feira, durante a 9.ª edição da Fábrica 2030, uma conferência promovida pelo ECO no Centro Cultura de Belém em Lisboa, dedicada ao tema “A economia no dia seguinte às eleições”.

“Há uma diferença de ambição, estou a falar da AD e da Iniciativa Liberal, de capacidade de fazer uma redução mais ou menos pronunciada“, constatou o líder dos liberais, referindo-se aos programas com que ambas as forças políticas concorrem às eleições legislativas de 18 de maio.

Enquanto a AD defende uma redução da taxa do IRC, de 20% para 17%, até 2029, ao ritmo de um ponto percentual ao ano. A IL repescou a proposta anterior de Luís Montenegro que estabelecia uma descida mais ambiciosa, de dois pontos anuais, para 15%.

Em relação ao IRS, o programa da AD refere apenas que o objetivo é dar um alívio fiscal, ao longo da legislatura, de dois mil milhões de euros, dos quais 500 milhões com efeito já em 2025, sem indicar, contudo, de que forma o imposto irá baixar.

Em entrevista ao ECO, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, indicou que a redução será por via do corte nas taxas dos escalões, mas não detalhou mais. Já os Liberais defendem a criação de dois escalões: um de 15% para rendimentos entre o salário mínimo nacional e os 26.768 mil euros de matéria coletável e outro, com uma taxa de 28%, para ganhos superiores.

Há uma diferença de ambição, estou a falar da AD e da Iniciativa Liberal, de capacidade de fazer uma redução mais ou menos pronunciada.

Rui Rocha

Presidente da IL

Rocha ainda saudou o IVA zero a um conjunto de bens alimentares essenciais, proposta pelo PS, porque se trata de uma redução de impostos. No entanto, considerou a “estratégia errada”, porque “desconsidera completamente a necessidade de criar riqueza, a necessidade de captar investimento estrangeiro”.

“É absolutamente ineficaz para que as pequenas e médias empresas portuguesas possam crescer, que as médias possam ser grandes, que as grandes possam ser multinacionais”, reforçou. Não é possível “criar riqueza e reter talento com uma carga fiscal punitiva para as pessoas”. Neste âmbito, Rui Rocha considera que o foco deve ser na redução da “progressividade” do IRS sobre os salários, que “é alta”.

“Todos sabemos que a vantagem de uma promoção, de um aumento, é muitas vezes comida por aquilo que se paga a mais”, exemplificou.

Em relação às empresas, para além da descida do IRC, a IL reclama o fim da derrama estadual: “Não podemos ter uma fiscalidade progressiva sobre o crescimento e o sucesso das empresas. Temos de ter o contrário. Não faz sentido que a derrama exista como existe, que tenha uma nota tão acentuada de progressividade na tributação das empresas portuguesas”.

Para além disso, defende um alívio nas tributações autónomas, as quais, critica, “assentam num princípio de desconfiança do Estado sobre as empresas”.

“A solução não é desconfiar das empresas, é desagravar a tributação do trabalho. Se há empresas fantasma que não trazem atividade, que são meros veículos para reduzir a tributação, ataque-se do lado certo”, defende.

Rui Rocha, Presidente da Iniciativa Liberal na chegada à conferência Fábrica 2030Hugo Amaral/ECO

Bloqueios da máquina do Estado ao crescimento das empresas

A simplificação e desburocratização da máquina do Estado é outra das condições, elencadas por Rui Rocha, para impulsionar o crescimento de Portugal. E, neste ponto, o líder da IL assumiu “algumas embirrações de base”.

“Algumas entidades públicas são verdadeiras fórmulas de atrasar o desenvolvimento, como o IPAMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, que não cumpre a sua missão. Podia ser um ponta de lança fundamental par as PME que exportam, mas não cumpre a sua missão”, aponta.

Algumas entidades públicas são verdadeiras fórmulas de atrasar o desenvolvimento, como o IPAMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, que não cumpre a sua missão.

Rui Rocha

Presidente da IL

Para além disso, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) “é fundamentalista na aplicação das suas regras”, critica. “Não podemos demorar dois ou três anos a licenciar atividades. Isto é um verdadeiro martírio, verdadeiro inferno. Não podemos dizer aos empresários que estejam quietos”, sublinha. Por isso, defende “uma refundação” das instituições.

Os atrasos nos tribunais administrativos é outra das “embirrações” de Rui Rocha. “Temos praticamente o dobro do tempo da decisão em primeira instância nos tribunais administrativos e isto gera incerteza e insegurança junto dos cidadãos e também das empresas”, sinalizou. “A Inteligência Artificial e a automação devem ser apostas do Estado para desburocratizar e simplificar”, defende.

Rui Rocha, Presidente da Iniciativa Liberal, na conferência Fábrica 2030Hugo Amaral/ECO

IL disponível para dar a mão a um Governo minoritário de Montenegro

Face a um possível cenário de instabilidade político pós-eleições, os Liberais estão disponíveis a apoiar um Governo minoritário da AD, liderado por Luís Montenegro. “No dia seguinte [às eleições] vamos ser um fator de estabilidade para o país”, prometeu Rui Rocha, cujo número de deputados que vier a eleger poderá ser determinante para uma solução de estabilidade governativa.

“O sentido de responsabilidade em todo este processo é o mesmo que teremos para uma solução de governabilidade do país. Não desejo que esta instabilidade e continue e espero que a próxima legislatura dure quatro anos”, sublinhou.

No dia seguinte [às eleições] vamos ser um fator de estabilidade para o país.

Rui Rocha

Presidente da IL

Rui Rocha recusou, no entanto, ir mais longe na definição do futuro. “Este é o momento de apresentar as propostas, seria pouco sensato contaminar a discussão das propostas com as contas parlamentares do dia seguinte”, às eleições.

De lembrar que a IL foi o único partido que, ao lado da AD, votou favoravelmente a moção de confiança apresentada pelo atual Executivo demissionário de Montenegro.

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TC declara inconstitucionais algumas normas do diploma da eutanásia

  • Lusa
  • 22 Abril 2025

O Tribunal Constitucional declarou inconstitucionais algumas das normas da lei que regula a morte medicamente assistida, mas sublinha que a maioria do diploma cumpre a lei fundamental.

O Tribunal Constitucional (TC) declarou esta terça-feira inconstitucionais algumas das normas da lei que regula a morte medicamente assistida, mas sublinha que a maioria do diploma cumpre a lei fundamental.

Em comunicado, o TC declara inconstitucionais seis normas, dizendo responder a dois pedidos de fiscalização sucessiva: de um grupo de deputados do PSD e da provedora de Justiça.

As demais normas cuja apreciação da constitucionalidade foi requerida — quase todas as que integram o diploma — não foram declaradas inconstitucionais“, lê-se no comunicado.

Em concreto, os juízes consideram violarem a Constituição o artigo que refere que o médico orientador combina com o doente o método a utilizar para a prática da morte medicamente assistida; a alínea em que se permite ao doente a decisão sobre o método de morte medicamente assistida e uma outra em que, no decurso do procedimento clínico, este pode escolher “de forma esclarecida e consciente” a forma de pôr fim à vida.

Foram também declarados inconstitucionais o artigo segundo o qual não é exigido que o doente seja examinado pelo médico especialista, e, em consequência, é também contra a Constituição o artigo, mais geral, “que legaliza, em determinadas condições, a morte assistida”.

Nesse artigo da lei (nº1 do artigo 3.º), “considera-se morte medicamente assistida não punível a que ocorre por decisão da própria pessoa, maior, cuja vontade seja atual e reiterada, séria, livre e esclarecida, em situação de sofrimento de grande intensidade, com lesão definitiva de gravidade extrema ou doença grave e incurável, quando praticada ou ajudada por profissionais de saúde”.

Os juízes do Palácio Ratton dizem ainda ser inconstitucional parte do artigo em que se impõe ao profissional de saúde que recusa praticar ou ajudar o ato de morte medicamente assistida que especifique “a natureza das razões motivantes”.

O parlamento confirmou em 12 de maio o decreto sobre a morte medicamente assistida, que tinha sido vetado pelo Presidente da República, com um total de 129 votos a favor, 81 contra e uma abstenção, o que obrigou à sua promulgação por Marcelo Rebelo de Sousa. Votaram a favor a esmagadora maioria dos deputados das bancadas do PS, IL, BE, e os representantes do PAN e Livre.

Votaram contra o diploma a grande maioria da bancada do PSD, os grupos parlamentares do Chega e do PCP, bem como quatro deputados do PS: João Azevedo, Cristina Sousa, Joaquim Barreto e Sobrinho Teixeira. No entanto, o diploma não entrou ainda em vigor por falta de regulamentação. A Assembleia da República encontra-se dissolvida, pelo que não será possível qualquer tentativa de expurgar estas inconstitucionalidades até à próxima legislatura.

No acórdão, os juízes invocam para fundamentar a decisão de várias inconstitucionalidades, entre outros, o artigo 2.º da Constituição, segundo o qual “a República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efetivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes”.

Outro dos vários artigos invocados para fundamentar algumas inconstitucionalidades – mas não da lei como um todo – é o número 1 do artigo 24, segundo o qual “a vida humana é inviolável”. O acórdão foi votado por todos os juízes do TC, embora 12 deles se tenham declarado parcialmente vencidos em algumas alíneas ou artigos. Apenas o presidente do TC, José João Arantes, votou o texto sem objeções.

“O Tribunal reafirma, uma vez mais, a não inconstitucionalidade dum regime jurídico regulador da morte medicamente assistida, face ao parâmetro do artigo 24.º, n.º 1, da Constituição isoladamente considerado. A Constituição outorga ao legislador uma margem de conformação nesta matéria, para poder encontrar soluções que realizem a necessária concordância prática entre direitos fundamentais e valores jurídico-constitucionais em tensão”, resume o presidente deste órgão.

José João Arantes considera que o exercício da eutanásia tem “de ser controlado com rigor e exigência extrema, porque se trata de uma decisão irreversível tomada por pessoas em situação de grande fragilidade”, reiterando as inconstitucionalidades apontadas pelo TC no diploma aprovado pelo parlamento.

“Onde deveria haver rigor e exigência extrema, o que há é, antes, um défice de garantias procedimentais, apto a gerar dúvidas onde elas não podem existir”, refere.

(Notícia atualizada às 19h38 com mais informação)

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Xpeng dá nome à área VIP e é a viatura oficial do Coala Festival

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  • 22 Abril 2025

A Xpeng marca presença com os seus veículos elétricos durante os dois dias do Coala Festival, em Cascais. É a primeira vez que a marca de automóveis chinesa se associa a um evento musical em Portugal.

Djodje (artista confirmado), Pedro Neto (sócio do Coala Festival Portugal), Carlos Carreiras (presidente da Câmara Municipal de Cascais), Gabriel Andrade (curador e sócio fundador do Coala Festival) e Fernanda Pereira (head e sócia do Coala Festival).

A Xpeng é agora parceira do Coala Festival, evento musical que realiza a sua segunda edição em Portugal a 31 de maio e 1 de junho, em Cascais. A marca chinesa de automóveis elétricos é naming sponsor da área VIP do evento, bem como a viatura oficial do festival.

Esta é a primeira vez que a Xpeng Portugal se associa a um evento musical, numa ação que se insere no objetivo da marca se querer “alinhar com as tendências culturais contemporâneas“. Presente no Coala Festival com os seus veículos 100% elétricos, a Xpeng vai dar a conhecer a marca e os seus avanços tecnológicos, “mostrando aos festivaleiros como a inteligência artificial está a conduzir a mobilidade do futuro”.

“Como marca de veículos focada na inteligência artificial, a Xpeng tem apostado na modernidade e isso passa também por estar alinhada com as tendências culturais contemporâneas. Ao juntarmo-nos ao Coala Festival, aliamo-nos a uma marca que também está focada na inovação e na sustentabilidade e fomentamos a ligação emocional com o público, ajudando a aumentar a notoriedade da Xpeng em Portugal“, diz Rafael Monteiro, chief operating officer (COO) da marca em Portugal, citado em comunicado.

Já a head e sócia do Coala Festival, Fernanda Pereira, começa por sublinhar que o festival é uma “marca consolidada” no Brasil e que a sua chegada a Portugal “reflete o desejo de expandir essa ligação cultural”, com a segunda edição no país a “reafirmar a força deste movimento”.

“O trabalho que realizámos na estreia permitiu que novas marcas reconhecessem o valor desta associação. Ter a Xpeng como parceira este ano reforça este percurso, unindo a nossa autenticidade e ligação ao público a uma marca que, tal como o Coala, procura inovação e uma presença significativa no mercado português. O nosso objetivo é construir algo duradouro e de valor para ambos“, acrescenta.

Criado há mais de uma década no Brasil, o Coala Festival chegou a Portugal em 2024, funcionando como “ponto de encontro entre a música brasileira, portuguesa das comunidades afro-lusófonas, promovendo o intercâmbio cultural e artístico”. A edição deste ano decorre nos dias 31 de maio e 1 de junho, em Cascais, e conta com nomes como Ney Matogrosso, António Zambujo, Lena D’água e Liniker.

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AdC e cinco autoridades da concorrência contra alívio das regras para fusões e aquisições na UE

As autoridades de concorrência de Portugal, Áustria, Bélgica, Irlanda, Países Baixos e República Checa, em carta aberta, avisam Bruxelas que regras mais brandas em M&A podem prejudicar consumidores.

A Autoridade da Concorrência (AdC) em Portugal e mais cinco reguladores da concorrência de outros países da União Europeia (UE) alertaram esta terça-feira que a flexibilização das regras das fusões e aquisições (M&A) pode prejudicar consumidores, inovação e investimento, sobretudo no setor das comunicações eletrónicas.

As entidades da concorrência de Portugal, Áustria, Bélgica, Irlanda, Países Baixos e República Checa criticam a implementação de regras mais brandas de consolidação empresarial, num momento que algumas operadoras de telecomunicações estudam comprar rivais para ganhar dimensão.

“A ideia de que a fragmentação no setor das comunicações eletrónicas, comprometendo o investimento e a inovação, é alegadamente causada por regras de concorrência excessivamente rigorosas é incorreta. Na verdade, flexibilizar o controlo de concentrações, para além de poder comprometer diretamente o bem-estar do consumidor, pode também comprometer o investimento e a inovação”, criticam as instituições, numa carta aberta publicada online.

É preciso “que sejam tomadas decisões ponderadas no que respeita ao desenho das medidas políticas subjacentes” para concretizar as ambições da UE expressas na Bússola para a Competitividade, defendem as seis autoridades da concorrência.

Há inúmeras provas empíricas da importância do controlo rigoroso de concentrações para a prevenção de alterações da estrutura do mercado que são nocivas para a economia.

Por outro lado, há claras evidências de que a entrada sustentável de novos agentes originou descidas consideráveis de preços, melhoria da qualidade e aumento geral dos investimentos”, argumentam as autoridades da concorrência, sem mencionar nomes de novos players.

As telcos europeias têm estado esperançosas de que o relatório Draghi sobre a competitividade europeia e a política da vice-presidente da Comissão responsável pela concorrência tragam uma lufada de ar fresco ao M&A e reduzam a cautela que tem caracterizado a UE nesta indústria. Segundo o jornal Financial Times (FT), a norueguesa Telenor está a estudar aquisições, após a espanhola Telefónica, admitir publicamente que está aberta a “qualquer opção” de consolidação em países como Espanha, Alemanha e Reino Unido.

“A concorrência é um motor essencial da competitividade. Isto significa que o cumprimento e a aplicação do direito da concorrência são decisivos para o funcionamento eficaz e eficiente dos mercados”, lê-se na missiva assinada pela AdC, a neerlandesa ACM – Authority for Consumers & Markets, a irlandesa CCPC – Competition and Consumer Protection Commission, a Belgian Competition Authority, a AFCA – Austrian Federal Competition Authority e a checa UOHS – Office for the Protection of Competition.

Além dos alertas sobre a flexibilização das regras de fusões, a AdC e as suas homólogas voltaram a defender a remoção de “barreiras desnecessárias” à entrada e expansão que “inibam a integração do mercado e o crescimento económico”.

Numa entrevista ao FT, a comissária europeia Teresa Ribera admitiu que iria ter em conta a inovação e critérios ESG (ambientais e sociais) nas decisões de M&A, embora não tenha dado mais detalhes sobre os seus planos. Porém, quando iniciou o mandato na Comissão Europeia, ficou encarregue de rever as orientações de controlo das fusões horizontais, além de garantir o cumprimento do Regulamento dos Mercados Digitais. O objetivo é enfrentar as maiores economias do mundo, os Estados Unidos e a China.

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