Inflação na Zona Euro desacelera uma décima em junho para 2,5%. Serviços lideram subida

Estimativa rápida do Eurostat revela que a taxa de inflação na Zona Euro desacelerou para 2,5% em junho.

A inflação homóloga da Zona Euro desacelerou para os 2,5% em junho, avançou esta terça-feira o Eurostat, menos uma décima face ao mês anterior. Os serviços terão sido, novamente, a componente com a taxa de inflação mais elevada, segundo a estimativa rápida do gabinete de estatísticas europeu.

Olhando para os principais componentes da inflação na Zona Euro, o Eurostat antecipa que “os serviços apresentem a taxa anual mais elevada em junho (4,1%, o mesmo valor face a maio), seguidos pelos produtos alimentares [e] álcool e tabaco (2,5%, face a 2,6% em maio)”. A estimativa rápida aponta ainda que os “bens industriais não energéticos se mantiveram estáveis nos 0,7%.

Já os preços da energia desaceleraram uma décima face a maio, ficando nos 0,2%.

Entre os dados já disponíveis, a inflação anual desacelerou em 12 Estados-membros face a maio, manteve-se estável num e acelerou em sete.

Em Portugal, a variação homóloga do índice harmonizado de preços no consumidor — o indicador utilizado para fazer a comparação com os restantes países europeus — em junho foi de 3,1%, uma desaceleração face aos 3,9% de maio. A segunda maior descida face ao mês anterior — à boleia da introdução do “IVA zero” em maio de 2023, que ajudou a controlar a espiral inflacionista no país. Ainda assim, Portugal tinha em junho a quinta taxa de inflação mais elevada da Zona Euro, em ex-aequo com o Chipre.

No conjunto da Zona Euro, continua a ser a Bélgica que tem o pior desempenho, com uma taxa de inflação de 5,5%, um agravamento face aos 4,9% de maio, seguida de Espanha (3,5% vs 3,8%) e da Croácia e Holanda, ambas com uma taxa de inflação de 3,2%. Mas a primeira teve o maior abrandamento da área do euro (0,9 pontos percentuais) e a segunda teve uma aceleração de 0,7 pontos percentuais.

Embora o BCE tenha antecipado que a inflação oscilará em torno destes níveis durante o resto do ano, os economistas tentam escrutinar as tendências subjacentes dos preços para perceber se o BCE consegue, de facto, trazer a inflação para o objetivo de 2% no próximo ano.

A inflação subjacente manteve-se estável em 2,9%, superando as expectativas de desaceleração para 2,8%, principalmente devido ao desempenho dos preços dos serviços.

Os analistas, citados pela Reuters, consideram que é pouco provável que os números tragam muita clareza ao BCE sobre a direção dos preços. Por isso, a presidente, Christine Lagarde, insiste na necessidade de mais tempo para se ter certeza, pelo que não deve haver pressa em flexibilizar ainda mais a política monetária.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Lisboa abriu 41 hotéis nas zonas de contenção ao Alojamento Local

  • ECO
  • 2 Julho 2024

Nas zonas de contenção para alojamento local em Lisboa, criadas em 2019, abriram 41 hotéis que representam quase dois mil quartos para acomodar mais de três mil turistas.

Embora a Câmara de Lisboa tenha fechado as portas a novos alojamentos locais, ao implementar, em 2019, zonas de contenção absoluta, deixou aberta a porta ao setor hoteleiro, que, nos quatro anos seguintes, abriu 41 hotéis nessas freguesias, revela a Rádio Renascença (acesso livre). Estes estabelecimentos, de acordo com os dados do Turismo de Portugal, equivalem a 1.979 quartos para alojar 3.248 turistas.

O fenómeno é mais visível nas freguesias de Santa Maria Maior e de Santo António, onde, entre 2020 e 2023, nasceram 21 e 11 hotéis, respetivamente. No mesmo período, registaram-se 36 unidades de alojamento local na zona de contenção absoluta, que, no seu total, têm capacidade para alojar 315 pessoas. Significa isto que, desde 2019, as novas unidades hoteleiras valem dez vezes mais do que os alojamentos locais em termos de capacidade em sítios que se consideravam saturados de turismo.

O regulamento da autarquia da capital passou a enquadrar os novos constrangimentos ao alojamento local em novembro de 2019, quando Fernando Medina ainda era presidente da Câmara. Com a “crescente procura imobiliária, [que] determinou uma subida acentuada das rendas e a precariedade do alojamento”, tornou-se “necessária a implementação de um conjunto de políticas públicas urbanísticas, com vista, nomeadamente, a defender o stock de habitação permanente, limitar a instalação de novos estabelecimentos turísticos nos bairros onde a sua presença já tem um peso excessivo em relação à residência total disponível”, justificava-se então.

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“Acreditamos que conseguimos triplicar o número de lojas”, diz André Silva, diretor de comunicação da Mercadona

Cinco anos após a abertura em Portugal, a Mercadona tem como objetivo chegar às 150 lojas. André Silva explica a estratégia de comunicação de uma marca que não faz publicidade nem promoções.

 

André Silva, diretor de comunicação Portugal da Mercadona

 

“Há um caminho a percorrer, estamos a celebrar um bom começo, mas temos orgulho do que temos construído e estou certo de que podemos afirmar que já somos o supermercado de confiança de muitos portugueses”, comenta em jeito de balanço André Silva, diretor de comunicação da Mercadona Portugal, insígnia que abriu a primeira loja em Portugal há cinco anos e que tem como objetivo chegar às 150.

A atuar num setor altamente concorrencial, no qual o esforço de comunicação dos principiais concorrentes os coloca-o mês após mês no ranking dos maiores anunciantes do país, a opção da Mercadona é praticamente não fazer publicidade nem promoções. “Em Portugal, apesar de ser uma forma diferente de atuar da restante concorrência, temos tido um feedback bastante positivo, porque viemos descomplicar a compra, além de, “democratizar” o acesso aos produtos“, defende o responsável.

Ao não aplicarmos estratégias promocionais, estamos a incentivar o consumo consciente, evitando o desperdício alimentar“, prossegue.

Em Portugal há cinco anos, o trabalho de comunicação começou antes. “A confiança foi sendo construída ao longo dos últimos oito anos, em que partilhámos o que somos enquanto empresa, o nosso modelo de gestão, partilhámos o nosso plano de expansão e, em paralelo, fomos desenvolvendo, em colaboração com o “Chefe” português, um sortido adaptado ao país, para garantir a máxima qualidade”, recorda André Silva. O “Chefe”, como chamam os clientes, são os “publicitários” da marca.

Desde a abertura da primeira loja, resume a cadeia, foram investidos um total de mil milhões de euros em Portugal e abertas 50 lojas, que acumulam vendas superiores a 2.770 milhões de euros e geraram 6.000 novos empregos.

Os cinco anos, assinalados com a campanha “Cinco anos, um bom começo”, dão os mote para cinco perguntas a André Silva.

No dia 2 de julho de 2019, em Canidelo, Vila Nova de Gaia, abriu o primeiro Mercadona em Portugal. Foi também o primeiro projeto de internacionalização da empresa. Cinco anos depois, já anunciaram que vão abrir 11 novas lojas, chegando às 60. Até onde pode chegar a expansão da Mercadona em Portugal?

Queremos continuar a investir no país e a expandir a presença da Mercadona em todo o território nacional. Em cinco anos contamos já com 50 lojas e uma equipa de 6.000 pessoas, um bom começo. Em 2024, teremos certamente 60 lojas em Portugal e, no próximo ano, planeamos continuar a nossa expansão focando-nos nos distritos onde já temos presença, mantendo a média de 10 lojas por ano. A forma como temos desenvolvido o nosso projeto e a aceitação dos portugueses fazem-nos acreditar que há espaço para continuar a crescer, e o melhor sinal disso é que os portugueses manifestam o desejo de ter uma loja Mercadona por perto. É por isso que acreditamos que conseguimos triplicar o número de lojas que temos atualmente em Portugal.

Supermercados de confiança é a assinatura da marca. Como é que, em termos de comunicação, esta confiança se constrói?

Garantir a confiança do consumidor é desde sempre uma prioridade para a Mercadona. E essa confiança constrói-se sendo transparentes e mantendo um diálogo constante com o “Chefe”, como chamamos aos nossos clientes. Quando em 2016 iniciamos o projeto, não tínhamos lojas em Portugal, logo não podíamos falar em produto – o lado tangível que os portugueses conheciam das suas idas Espanha -, por isso fomos partilhando com os portugueses passo a passo do nosso projeto de expansão criando assim, ao longo de 3 anos, uma relação de diálogo e transparência com os nossos, na altura, potenciais clientes.

A expectativa era alta e fizemos um trabalho de adaptação brutal para conseguirmos ser o supermercado que os portugueses preferem, e, para estarmos no dia-a-dia dos portugueses, sabíamos que era importante uma adaptação ao mercado nacional.

Fomos alimentando esse desejo e aguçando a curiosidade do que seria a Mercadona em Portugal até que em 2019 começámos a abrir as primeiras lojas e os portugueses foram aderindo muito bem à nossa chegada.

Portanto, em Portugal, a confiança foi sendo construída ao longo dos últimos 8 anos em que partilhámos o que somos enquanto empresa, o nosso Modelo de gestão, partilhámos o nosso plano de expansão e, em paralelo, fomos desenvolvendo, em colaboração com o “Chefe” português, um sortido adaptado ao país, para garantir a máxima qualidade.

Há um caminho a percorrer, estamos a celebrar um bom começo, mas temos orgulho do que temos construído e estou certo de que podemos afirmar que já somos o supermercado de confiança de muitos portugueses.

Através dos vossos quatro centros de inovação procuraram ajustar o cabaz ao gosto dos portugueses. E na comunicação, como estão a fazer essa ‘localização’ ao consumidor nacional?

A comunicação da Mercadona em Portugal trazia vários desafios, mas acima de tudo trazia a herança de uma marca altamente enraizada na cultura espanhola, líder no setor da distribuição, para um novo país altamente concorrencial e com um modelo bastante diferente do da Mercadona.

A adaptação ao consumidor nacional está relacionada, essencialmente, ao nível do conhecimento que o cliente português tem da empresa que, como é obvio, não é igual ao do espanhol. Dando um exemplo, em Espanha se falarmos de “Hacendado”, diria que grande parte da população sabe que é uma marca própria da Mercadona, aqui ainda é necessário fazer este trabalho de dar a conhecer as marcas próprias, procurando fazer um trabalho, diria, mais explicativo e dando a conhecer o que trazemos de novo para o mercado nacional.

Embora sejamos conscientes que existia um conhecimento prévio dos produtos que vendíamos em Espanha, porque muitos portugueses cruzavam a fronteira para comprar na Mercadona, sabíamos que isso só gera conhecimento do produto e uma empresa é muito mais do que o produto que vende.

Daí que, essa adaptação exigiu também a construção da reputação da marca e em dar respostas às necessidades do projeto de expansão diferentes das de Espanha. Aqui ainda comunicamos sempre que abre um novo supermercado para darmos a conhecer, além da localização, que um supermercado mais do que um espaço físico, representa a criação de postos de trabalho, eficiência energética, colaborações com instituições solidariedade, etc.

Movimentam-se num setor altamente concorrencial e que investe fortemente em publicidade e em promoções. A vossa estratégia é a oposta, praticamente não fazem publicidade nem promoções. Porquê estas opções?

Temos ótimos publicitários: os nossos “Chefes”. São os melhores a transmitir a nossa mensagem. É muito reconfortante quando num jantar recomendam os nossos produtos ou até mesmo quando ouvimos nos corredores do supermercado clientes a recomendar produtos a outros clientes.

Mas para que isto suceda é fundamental garantir a qualidade de todos os nossos produtos, é neste sentido que direcionamos os nossos esforços, em desenvolver um sortido eficaz com a máxima qualidade. É a nossa melhor forma de publicidade.

A nossa estratégia comercial SPB – Sempre Preços Baixos assenta em garantir um preço imbatível e constante sem oscilações, procurando facilitar a experiência do “Chefe”, que, quando vai a uma loja Mercadona, sabe que pode contar sempre com um sortido da melhor qualidade ao melhor preço, sem promoções.

Em Portugal, apesar de ser uma forma diferente de atuar da restante concorrência, temos tido um feedback bastante positivo, porque viemos descomplicar a compra, além de, “democratizar” o acesso aos produtos, ou seja, o cliente pode comprar o iogurte com o sabor que mais gosta e não comprar só aquele sabor que está em promoção.

Deste modo, com o modelo da Mercadona pode ter no seu frigorífico os produtos que realmente gosta e não os produtos que estão em promoção.

Foi algo que constatámos quando preparávamos a entrada em Portugal, sempre que fazíamos visitas a casas de portugueses verificávamos que, por exemplo, o sabor da gelatina que mais gostavam não era o sabor que estava dentro do frigorífico, e a maioria das justificações era “porque estava em promoção”.

Assim, ao não aplicarmos estratégias promocionais, estamos a incentivar o consumo consciente, evitando o desperdício alimentar, já que a maior parte do desperdício alimentar acontece em casa dos consumidores. Por isso, entre outras estratégias promocionais, não incentivamos as compras por impulso nem em packs promocionais. Desta forma, o cliente compra unicamente o que precisa.

Este é o Modelo da Mercadona que tem permitido manter a liderança em Espanha e que nos tem permitido dar grandes passos em Portugal, graças à aceitação e à confiança dos clientes mas também tendo como parceiros grandes fornecedores nacionais, que nos permitem desenvolver um projeto de crescimento sustentável e no qual queremos que os portugueses sintam orgulho.

Até aqui têm apostado sobretudo numa estratégia de comunicação assente em relações públicas e comunicação direta com consumidor por via das vossas plataformas. Face à atual mancha de cobertura da cadeia no país, em algum momento pensam alterar essa aposta?

A nossa estratégia é a de comunicar com proximidade à sociedade e aos “Chefes”, ouvindo as suas necessidades e adaptando-nos, sempre que necessário. Para a Mercadona, a comunicação é fundamental no desenvolvimento da sua atividade, motivo pelo qual mantém uma atitude de diálogo e transparência com os “Chefes”, aos quais disponibiliza informação de interesse sobre a empresa, deteta possíveis contingências e oferece soluções ágeis e eficazes.

Para atingir estes objetivos, a empresa dispõe de um serviço de apoio ao cliente (SAC) gratuito, tanto em Portugal como em Espanha, no qual trabalham 94 pessoas (13 em Portugal e 81 em Espanha, onde a empresa tem mais de 1660 supermercados) para reforçar a satisfação dos clientes.

A dedicação do SAC da Mercadona permite atender e canalizar todas as dúvidas e questões levantadas, que são transmitidas aos responsáveis envolvidos para que as estudem individualmente e procurem a melhor solução para “O Chefe”.

A título de curiosidade, em 2023, o Serviço de Apoio ao Cliente da Mercadona geriu todas as consultas recebidas, num total de 256.440 das quais 22.940 em Portugal e 233.500 foram em Espanha.

Atualmente, a empresa dispõe de perfis no Facebook, X, Instagram, YouTube e LinkedIn. Através destas redes sociais, a Mercadona manteve, em 2023, um total de 598.700 conversas com os clientes, concretamente 122.700 em Portugal e 476.000 em Espanha, dados que confirmam a relevância destas como canal de comunicação.

Até agora, a nossa estratégia tem resultado, porque parte de uma base de confiança, em que os portugueses vão à Mercadona porque confiam nos produtos e sabem que encontrarão sempre a melhor qualidade.

Atualmente este é o modelo de atuação da Mercadona, mas estamos naturalmente atentos ao mercado e às suas necessidades e, se for necessário alterar alguma das nossas estratégias para nos adaptarmos estaremos disponíveis para o fazer, como sempre fizemos. Como dizemos na Mercadona: “o único que não muda é a mudança”.

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Nova direção da Associação Portuguesa de Capital de Risco quer mais investimento privado

Adequar os instrumentos públicos às melhores práticas internacionais e estreitar as relações com a CMVM para melhorar a indústria são outras das prioridades.

“Tirar Portugal do fundo da tabela dos países europeus com menos aplicação de capital privado nas empresas em função do PIB tem de ser um desígnio nacional”. Quem o diz é Stephan de Moraes, o novo presidente da Associação Portuguesa de Capital de Risco (APCRI). A criação de mecanismos que promovam a aposta de investidores institucionais portugueses ou estrangeiros na indústria de capital de risco nacional é outro dos objetivos da nova direção.

“Nada justifica que hoje em Portugal o investimento de capital de risco em percentagem do PIB seja 13 vezes inferior ao da Espanha, o país vizinho, e 19 vezes inferior à média dos países da União Europeia”, considera Stephan de Moraes, citado em comunicado.

Um dos objetivos da nova direção, eleita no final de junho para o biénio de 2024-2025, é, de resto, aumentar o investimento nacional privado em private equity e venture capital contribuindo com isso para a dinamização da economia portuguesa. “O private equity e o venture capital servem precisamente para capitalizar empresas, sejam elas PME com necessidades de restruturação, startups a precisar de capital para arrancar, ou empresas sólidas que precisam de mais capital e de balanço para crescerem em exportações e em contratos internacionais”, diz Stephan de Moraes.

“Para além do capital, a indústria de capital de risco tem uma capacidade fortíssima para melhorar a qualidade da gestão, o que é notório em todos os estudos sobre o setor”, acrescenta.

Outras prioridades são adequar os instrumentos públicos às melhores práticas internacionais e estreitar as relações com a CMVM para melhorar a indústria. “É muito importante melhorar a informação transmitida aos investidores privados sobre os resultados muito positivos obtidos pela indústria nos últimos anos, o que implica, entre outras medidas, estreitar a relação com o Banco Português de Fomento e CMVM com vista a melhorar a indústria”, defende Stephan de Moraes.

“Temos que eliminar as razões pelas quais os investidores institucionais não colocam, na indústria de capital de risco, uma percentagem, mesmo que pequena, dos seus ativos”, afirma ainda o também líder da Indico Capital Partners, defendendo a criação de mecanismos — em sede de Orçamento de Estado ou noutros âmbitos — de incentivo ao investimento de investidores institucionais portugueses ou estrangeiros na indústria nacional de capital de risco.

Além do novo presidente, Stephan de Moraes, foram eleitos para o biénio 2024 e 2025 os vogais Martim Avillez Figueiredo (Core Capital), Luís Santos Carvalho (Vallis Capital), David Calém Ferreira (Crest Capital) e Pedro Ribeiro Santos (Armilar Venture Partners), representando os diferentes ramos da indústria dedicados ao private equity, ao venture capital e aos Fundos de Reestruturação.

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“Temos de ser prudentes com as taxas de juro”, alerta Centeno

O governador do Banco de Portugal mostra-se confiante no controlo da inflação pelo BCE, mas pede prudência na gestão das taxas de juro, numa altura em que espera novos cortes das taxas ainda este ano.

O governador do Banco de Portugal continua a mostrar-se confiante relativamente ao controlo da inflação por parte do Banco Central Europeu (BCE) na Zona Euro, destacando que “o cenário base se revelou bastante sólido” e que “a inflação está muito bem ancorada.”

No arranque do segundo dia do Fórum anual do BCE, que decorre até amanhã em Sintra, Mário Centeno referiu que “há confiança de que a inflação atinja os 2% em 2025.” Em maio, o Índice Harmonizado de Preços do Consumidor apresentou uma taxa homóloga de 2,7% no espaço do euro, 0,1 pontos percentuais acima dos valores registados no mês anterior.

No entanto, o governador do Banco de Portugal destacou a necessidade de o BCE e o Conselho do BCE — órgão que agrega os governadores de todos os bancos centrais da Zona Euro — manterem o caminho que está a ser feito em matéria de política monetária.

“Temos de ser prudentes com as taxas de juro”, referiu Centeno em declarações à CNBC, sublinhando ainda que, “à medida que a confiança aumenta, o BCE pode analisar [futuras decisões] a cada reunião.”

Na última reunião do Conselho do BCE, realizado a 6 de junho, a autoridade monetária da zona euro anunciou o primeiro corte das taxas de diretoras em quase cinco anos, colocando a taxa de juro de facilidade permanente de depósito nos 3,75%, a taxa de juro de refinanciamento nos 4,25% e a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez nos 4,5%.

Para Centeno, este terá sido apenas o primeiro corte de taxas que o BCE realizará este ano. “Espero mais alguns cortes de taxas do BCE este ano”, ressalvou o governador do Banco de Portugal.

Inspirado no simpósio de Jackson Hole nos EUA, o Fórum do BCE reúne anualmente governadores de bancos centrais, académicos e especialistas do mercado financeiro para discutir os desafios mais prementes da economia global. Este ano, na celebração do seu 11.º aniversário, tem como tema central a “Política monetária numa era de transformação”.

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Tirar portagens das Scut obriga a renegociar contratos

  • ECO
  • 2 Julho 2024

Segundo os especialistas, a negociação deve arrancar em setembro, caso o objetivo seja abolir as portagens no início do próximo ano.

Está previsto que as portagens nas antigas Scut do Interior e Algarve sejam eliminadas a partir de 2025, mas advogados em direito público, ouvidos pelo Jornal de Negócios (acesso pago), asseguram que o processo é “bastante mais complexo”, porque obriga a uma renegociação dos contratos de concessão existentes.

Segundo os especialistas, o Estado irá receber pedidos de reposição do equilíbrio económico-financeiro e, sem acordo, as concessionárias recorrerão à arbitragem. Embora a perda de receitas das portagens seja o efeito mais visível da medida, há outros “custos e externalidades associados”.

Quando a decisão do Executivo, no passado, foi introduzir portagens nas Scut, os contratos com as concessionárias tiveram de ser renegociados. Agora para as retirar terão de ser novamente. E a tradição é de grande litigância porque, tradicionalmente, as concessionárias apresentam valores que não são aceites pelo Estado, o que exige que seja provada “a receita a menos ou os custos a mais”. Segundo os especialistas, a negociação deve arrancar em setembro, caso o objetivo seja abolir as portagens no início do próximo ano.

 

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Hoje nas notícias: Scuts, alojamento local e forças de seguranças

  • ECO
  • 2 Julho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Especialistas alertam que eliminação das portagens nas antigas Scut vai obrigar o Estado a renegociar os contratos de concessão existentes. Em Lisboa, nas zonas de contenção para alojamento local, nas quais praticamente não houve novos licenciamentos, foram construídos 41 novos hotéis. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Tirar portagens das Scut obriga a renegociar contratos

Está previsto que as portagens nas antigas Scut do Interior e Algarve sejam eliminadas a partir de 2025, mas advogados em direito público asseguram que o processo é “bastante mais complexo”, porque obriga a uma renegociação dos contratos de concessão existentes. Segundo os especialistas, o Estado irá receber pedidos de reposição do equilíbrio económico-financeiro e, sem acordo, as concessionárias recorrerão à arbitragem. Embora a perda de receitas das portagens seja o efeito mais visível da medida, há outros “custos e externalidades associados”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Lisboa fechou o centro ao AL, mas abre porta a 41 novos hotéis

Em 2019, a Câmara de Lisboa aprovou um regulamento que criou zonas de contenção para alojamento local e quase pôs a zeros os números de novos licenciamentos, mas no mesmo período foram construídos, naquelas freguesias da cidade, 41 hotéis que equivalem a 1.979 quartos que podem acomodar 3.248 turistas, segundo dados de registos do Turismo de Portugal. Os locais em que este fenómeno é mais visível são as freguesias de Santa Maria Maior e de Santo António, que, entre 2020 e 2023, viram nascer 21 hotéis e 11 hotéis, respetivamente.

Leia a notícia completa na Renascença (acesso livre)

PSP e GNR demarcam-se do Chega e mantêm diálogo com o Governo

Os sindicatos dos polícias demarcam-se do apelo de André Ventura para que protestem junto ao Parlamento em 4 de julho, dia em que está marcado o debate sobre a proposta do Chega sobre o valor do subsídio de risco das forças de segurança. Embora não afastem a possibilidade de haver agentes, a título individual, que queiram estar presentes durante a discussão, dizem que não deliberaram qualquer manifestação.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Governo afastou presidente do Instituto de Informática da Segurança Social

O Governo afastou Paula Barrocas Salgado da presidência do Instituto de Informática da Segurança Social, cargo que ocupava em comissão de serviço desde 2016, nomeando para o lugar Sérgio Bruno de Carvalho, que trabalhava na Deloitte Tecnhology. A tutela fundamenta a decisão com a “necessidade de imprimir nova orientação à gestão dos serviços”. Note-se que a lei quadro dos institutos públicos prevê uma indemnização — que corresponde à “remuneração base ou equivalente vincenda até ao termo do mandato, com o limite máximo de 12 meses” — se o dirigente já estiver no cargo há mais de um ano e se o motivo do afastamento for a necessidade de “imprimir nova orientação à gestão”.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

Galiza e Norte unidos em defesa do TGV

Norte e Galiza unem esforços e exigem que o TGV entre as duas regiões comece a circular em 2032, tal como foi prometido pelo ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz. A ligação de alta velocidade entre Porto e Vigo foi uma das prioridades estabelecidas na Cimeira Luso-Espanhola de 2023 e as respetivas regiões não aceitam derrapagem nos prazos. Para já, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e Junta da Galiza pedem uma melhoria do serviço do comboio Celta, que liga o Porto a Vigo em duas horas e meia.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

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IA no setor jurídico: uma ajuda ou um problema?

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  • 2 Julho 2024

A eficiência e a análise de dados da IA está a revolucionar o setor jurídico, mas também levanta desafios éticos e exige novas competências dos profissionais.

A introdução da inteligência artificial (IA) no setor jurídico está a revolucionar a forma como se pratica o Direito, já que tem vários benefícios, mas também desafios. Entre as vantagens, destaca-se a capacidade da IA para automatizar tarefas repetitivas e administrativas, o que permite aumentar a eficiência e reduzir custos operacionais.

Contudo, a implementação da IA no setor jurídico não está isenta de desafios. As questões éticas, como a imparcialidade dos algoritmos e a privacidade dos dados, são preocupações centrais. Além disso, a necessidade de adaptar as competências dos profissionais do Direito para lidarem com estas novas tecnologias e a resistência à mudança dentro das instituições tradicionais são obstáculos significativos.

Para analisar todas estas questões e perceber como está a ser a implementação da IA no setor jurídico, a Advocatus, em parceria com a Code for All_, a PLMJ, a CCA, a Costa Pinto & Associados e a Legau, juntaram-se no Estúdio ECO para uma análise detalhada do tema.

No que diz respeito aos desafios, Domingos Cruz, Managing Partner da CCA, partilhou a sua preocupação: “Para além da implementação da IA, a minha preocupação é o upskilling dos advogados e de todo o suporte na utilização das ferramentas para que os profissionais interiorizem a IA como uma segunda pele e, segundo, para que haja um processo de controlo e verificação do que está a ser feito”.

Controlo humano reforça segurança dos dados

“Na CCA, estamos muito focados em aplicar IA na parte das diligências, dos contratos, do contencioso. Estamos a experimentar ferramentas para cada uma destas áreas no sentido de reduzir o esforço do advogado nas tarefas. Até agora, estas ferramentas têm conseguido reduzir até 30% da carga de trabalho, mas o objetivo chegar a um 80/20“, acrescentou.

Além da adaptação dos profissionais a esta nova realidade, outro dos riscos associados à utilização de IA é a segurança dos dados. De acordo com José Costa Pinto, Founding Partner Costa Pinto & Associados, isso implica que quando se importa ferramentas de IA para este setor, esse processo tenha de ser feito com “especiais cuidados e preocupações”.

Para isso, realçou a importância de haver “transparência na forma como se usam estas ferramentas”, bem como “responsabilidade individual e coletiva, dos associados e dos advogados, mas também das firmas, para que as ferramentas que sejam usadas deem todas as garantias que os advogados também dão aos clientes“.

Nesse sentido, Jorge Rodrigues da Ponte, Vice-Presidente IRN, deu o exemplo dos vários pilotos que o IRN usa para facilitar alguns processos: “Em setembro de 2022, lançámos um piloto para a geração de nomes para a bolsa de firmas. Isto foi muito bem aceite pela equipa e conseguiu-se provar, em muito pouco tempo, que o modelo dava muito boas respostas”. Ainda assim, alertou para o facto de que esta solução tinha “um humano no controlo para avaliar se o nome era bom ou não”. “Acho que trabalhando com as pessoas e garantindo que elas estão no controlo do que se está a passar, conseguimos fazer muito mais coisas“, disse.

Além deste piloto, o IRN continuou a apostar noutras soluções, como o chatbot, mas também um piloto para os pactos sociais, “que permite validar de forma imediata se aquele pacto social cumpre todos os critérios”. Mas não ficou por aqui: “Com o fim do SEF, recebemos as renovações da autorização de residência e preparámos um chatbot para responder. Recebíamos 500 emails por dia e passámos a receber menos de 50. Por isso, nesta primeira fase, estamos a olhar para o GPT e para a tecnologia da IA generativa como uma forma de conseguir dar uma informação mais customizada ao nosso cliente. Temos tido muito sucesso”.

IA pode trazer work life balance ao setor jurídico

O exemplo dos pilotos usados pelo IRN demonstra, na prática, os vários benefícios que estão associados ao uso de IA. Mas quais são, então as oportunidades que esta ferramenta pode trazer ao setor jurídico?

Segundo Bruno Ferreira, Partner da PLMJ, “ainda é uma incógnita” saber quais as oportunidades que vão advir da aplicação da IA neste setor, mas destacou a importância de estas ferramentas conseguirem, em parte, despertar algumas qualidades que se podem ter vindo a perder com o tempo. “O uso do ChatGPT, por exemplo, está a fazer com que as pessoas reaprendam a fazer perguntas“. Por isso, referiu que este é o momento em que estão “a testar tudo e a fazer com que as pessoas comecem a pensar de uma forma diferente”.

Claro que isso tem impactos e, para João Magalhães, CEO & Co-Founder da Code for All_, estes concentram-se nas entidades que trabalham na área e nos profissionais: “Enquanto as sociedades têm que estar atuais e continuar a acrescentar valor, os profissionais têm que estar relevantes no mercado“.

Para isso, a atualização de formações é fundamental e, nesse sentido, a Code for All_ lançou recentemente um curso de IA para o setor jurídico. “Entendemos que há ferramentas que são transversais e que se podem usar em vários use cases, mas há outras que são mais específicas para cada profissão“, explicou.

O curso foca-se em três temas centrais: “Primeiro, em perceber o que é a IA e como ela nos pode ajudar. Depois, perceber como melhorar a performance na prática, no dia-a-dia. E, por fim, o tema dos riscos, para saber como se proteger“.

Estas formações, aliadas a um novo conhecimento que é gerado em todos os profissionais do setor jurídico, podem trazer ao dia-a-dia destas pessoas um “equilíbrio” que, de acordo com Luís Alves Dias, CEO & Co-Founder da Legau, só se consegue com o suporte tecnológico, que visa “suportar os advogados na fase de elaboração do documento jurídico, que vai desde a pesquisa, ao planeamento, à criação do documento e, depois, à revisão do documento“.

Nós trabalhamos com uma open interface, como o ChatGPT. Acreditamos que é importante focarmo-nos em use cases, portanto pensamos em categorias específicas de use cases nos quais os advogados precisam de ajuda”, concluiu.

Assista a toda a conversa aqui:

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Almeida e Cerezo lançam a primeira pedra da Ciudad del Deporte junto ao Metropolitano

  • Servimedia
  • 2 Julho 2024

O presidente da Câmara Municipal de Madrid, José Luis Martínez-Almeida, e o presidente do Atlético de Madrid, Enrique Cerezo, lançaram esta terça-feira a primeira pedra da futura Ciudad del Deporte.

O evento decorreu entre as bancadas do estádio e o terreno adjacente, onde foi colocada a primeira pedra e enterrados os objetos simbólicos. Estiveram presentes vários membros da Junta Diretiva da Câmara Municipal de Madrid, os grupos municipais, bem como o presidente do clube, Miguel Ángel Gil Marín, e atletas de base do Atlético de Madrid e do clube desportivo Suanzes de San Blas.

A cerimónia começou com a intervenção de Enrique Cerezo, que declarou que esta iniciativa “inovadora” permitirá que “Madrid se torne uma referência nos domínios do desporto e da sustentabilidade”. Disse ainda que esta iniciativa torna o sonho do Atlético de Madrid “uma realidade e um legado para a próxima geração de atléticos”. Concluiu dizendo que todos os Atléticos devem “estar de parabéns, porque é um grande dia e uma magnífica notícia”.

O evento prosseguiu com as palavras do presidente da Câmara, que afirmou que este projeto permitirá a Madrid dispor de “instalações desportivas de primeiro nível” para continuar com as “bases” da política desportiva da Câmara Municipal, que consiste em “gerar as melhores condições para a prática do desporto de base”.

Acrescentou que, para aqueles que viveram a “evolução nos últimos 20 anos” do Atlético desde a sua saída do Estádio Vicente Calderón, “ver como este clube continua a crescer, como continua a evoluir, como continua a ser ambicioso na concretização de desafios e melhorias como esta cidade desportiva” dá-lhes “esperança”.

Por outro lado, assegurou que “Madrid está a avançar em conjunto” e que a prova disso é a “colaboração” que houve entre os clubes para este projeto. “Esperamos ansiosamente pela conclusão destas obras, que estou certo que serão feitas o mais rapidamente possível para que todos os madrilenos possam desfrutar desta cidade do desporto”, concluiu.

Em seguida, os desportistas de base Cerezo, Almeida e Gil Marín colocaram numa urna simbólica elementos que representam tanto a situação atual como os diferentes agentes envolvidos no projeto. A Câmara Municipal colocou um galhardete com o logótipo municipal, enquanto o Atleti colocou um galhardete e uma camisola do centenário. Os desportistas do clube Suanzes colocaram uma camisola da sua equipa e, por último, foram colocados outros objetos como jornais do dia ou uma nota de 20 euros e uma fotografia de família do acontecimento. A urna foi depois enterrada no local onde já se iniciaram as obras das instalações desportivas municipais.

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#18 Diogo Costa e Martínez, “o belo e o monstro”

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

Se Portugal continuar a jogar assim, esqueçam Berlim. Esqueçam a repetição de 2016 e sobretudo esqueçam a felicidade. Foi mais uma noite de sofrimento, em que a Seleção Nacional voltou a não corresponder a todo o seu potencial. É verdade que a Eslovénia apresentou uma forte e compacta organização defensiva, procurando eliminar qualquer espaço interior e no último terço, porém Portugal tem mais que argumentos para se impor. Valeu o salvamento histórico de Diogo Costa e há agora uma segunda oportunidade. Vem a França, que leva um percurso ainda menos famoso, após eliminar a Bélgica. A partida entre Portugal e a França vai decorrer no dia 5 de julho, em Hamburgo.

Os 4 Cantos do Dia

Roberto Martínez, qual é a ideia?

O plano de Roberto Martínez falhou redondamente. Não era segredo nenhum as características da Eslovénia e como iriam jogar (bloco mais baixo) e Portugal, sabendo das suas limitações atuais contra equipas deste estilo, tinha como principal missão encontrar uma solução. Não encontrou. Continuou uma construção muito lateralizada (objetivo de abrir espaços) e cruzamentos num jogo mecanizado e previsível, faltando uma maior aposta pelo espaço frontal (difícil, mas necessário), circulação mais rápida, rasgos individuais e outro tipo de movimentos que ajudasse a desbloquear a estrutura adversária. Faltou maior criatividade e por isso, numa altura em que o jogo estava empatado e pedia isso, tirar Vitinha e Rafael Leão foi inconcebível. O mesmo pensamento para a colocação de Francisco Conceição à esquerda (no final da segunda parte, pois foi para a direita no prolongamento), em vez de conciliar com Rafael Leão na procura de rasgos. Há muito a pensar e trabalhar.

O Super-Homem Português

Diogo Costa deve ser o homem mais feliz do mundo nesta noite. Salvou Portugal de uma eliminação desastrosa (com todo o respeito pela Eslovénia) e fez história, ao tornar-se o primeiro guarda-redes de sempre a defender três penáltis num desempate de grandes penalidades num Campeonato da Europa. Além disso, convém mencionar a defesa que fez contra Benjamin Sesko aos 116 minutos, recordando Emiliano Martínez na final do Mundial. Quase que dá para dizer que não foi Portugal que passou aos quartos-de-final, foi Diogo Costa. Monstruoso.

Opinião sobre Cristiano Ronaldo

Ou se morre como herói ou se vive o suficiente para se tornar o vilão” é uma frase de um filme de Christopher Nolan. Cristiano Ronaldo é o melhor jogador português da história e um dos melhores de sempre no geral. No entanto, por conta da idade, já não é o que era e parece ter dificuldades a aceitar isso. Continua a marcar muitos golos na Arábia Saudita (campeonato muito menos competitivo) e a ser o Cristiano Ronaldo (um jogador que a qualquer momento pode resolver), mas nota-se o declínio e o mais correto seria uma gestão adequada e não o colocar como estatuto de titular indiscutível e intocável, tendo como objetivo principal o melhor coletivo e tirar o melhor proveito possível de CR7. Penáltis todos falham, não é tanto por aí. É uma visão mais ampla e sempre com muito respeito pelo que já deu à Seleção Nacional.

História sorri a Portugal nos penáltis

Portugal decidiu a eliminatória através de grandes penalidades em cinco vezes e apenas perdeu uma: Espanha no Euro 2012. Neste aspeto, a história tem sorrido a Portugal, que venceu a Inglaterra (Euro 2004 e Mundial 2006), Polónia (Euro 2016) e agora Eslovénia (Euro 2024), registando esta última noite a primeira vez que não sofre golos (3-0). Mencionar também que a última vez que Portugal foi a prolongamento também terminou com um bom desfecho (final do Euro 2016, frente à França, onde a Seleção Nacional conquistou a prova).

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O dia em direto nos mercados e na economia – 2 de julho

  • ECO
  • 2 Julho 2024

Ao longo desta terça-feira, 2 de julho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Restalia quebra a tendência decrescente do consumo de cerveja em Espanha e vende, em média, mais 22,1% de cerveja por estabelecimento

  • Servimedia
  • 2 Julho 2024

As instalações da maior cadeia espanhola de restaurantes organizados vendem cinco vezes mais cerveja do que a média dos bares e restaurantes em Espanha.

Recentemente, o “Informe Socioeconómico del Sector de la Cerveza 2023”, elaborado pela Cerveceros de España e publicado pelo Ministério da Agricultura, Pesca e Alimentação, revelou que o consumo nacional de cerveja tinha diminuído 3,53% em 2023, em comparação com 2022.

Estes números contrastam com os alcançados pela Restalia e reforçam a posição da maior empresa espanhola de restauração organizada como um dos principais motores das vendas de cerveja no nosso país. Em contraste com a queda mencionada no relatório, o consumo de cerveja na rede de franchisings da Restalia cresceu em média 22,1% por ponto de venda em 2023 (+30% em relação a 2019).

De facto, em 2023 a empresa atingiu o seu recorde histórico na venda desta bebida, aproximando-se dos 20 milhões de litros expedidos em apenas um ano. Por outras palavras, a Restalia vende sozinha cerca de 1% do total de cerveja consumida nos 300 000 bares e restaurantes distribuídos por toda a Espanha.

Nos seus quase 25 anos de história, desde o seu nascimento em 2000, a Restalia vendeu mais de 250 milhões de litros de cerveja, com um aumento exponencial que se intensificou nos últimos anos, acompanhado pelo crescimento da sua rede de franchisados.

Tudo parece prever que estes números continuarão a crescer a dois dígitos. Só nos primeiros cinco meses do ano, o consumo médio por ponto de venda da cadeia voltou a aumentar 16% em relação a 2023, confirmando que o recorde histórico alcançado não tem limite.

“Se aprofundarmos os dados do relatório Cerveceros de España, tendo em conta o número de bares e restaurantes em Espanha e o consumo que se realiza em todo o canal, percebemos que a Restalia é um ator essencial para o consumo de cerveja no nosso país, uma vez que a sua rede de instalações franchisadas vende cinco vezes mais do que o número médio de bares em Espanha”, diz a empresa. “É, no mínimo, curioso que uma única cadeia de hotelaria e restauração tenha um papel tão importante no presente e no futuro da cerveja, uma bebida fundamental para a economia espanhola, que contribui com 1,3% do PIB e gera 2,7% do emprego”.

A cadeia de origem andaluza sempre teve a cerveja como protagonista indiscutível da sua proposta de valor, já que, apesar de ser uma cadeia de “serviço rápido”, apostou desde o início no jarro de vidro gelado para servir cerveja. Recentemente, a marca introduziu novidades neste sentido, com a oferta de dois jarros de tamanhos diferentes, denominados Quixote e Sancho, em homenagem às duas personagens da literatura espanhola, e que demonstram a firme aposta da empresa na cerveja como protagonista.

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