Banca portuguesa com maior exposição a ativos internacionais de risco em 2023

Os bancos portugueses reforçaram a exposição a ativos de risco internacional no último ano, revela o Banco de Portugal.

Os ativos internacionais dos bancos portugueses, numa ótica de risco, atingiram os 105 mil milhões de euros, em 2023. Trata-se um aumento de cinco mil milhões face ao valor registado em 2022, revela o Banco de Portugal esta quarta-feira.

De acordo com o regulador, todo o aumento da exposição internacional dos bancos portugueses, numa ótica de última contraparte, em 2023, ocorreu perante o setor público.

No final de 2023, a exposição imediata dos bancos portugueses era de 105 mil milhões de euros, mais 6,1 mil milhões do que no final de 2022. Já no que diz respeito à exposição de última instância atingia 105,2 mil milhões de euros, 4,9 mil milhões acima do ano anterior.

Em termos de países, o aumento da exposição de risco foi mais expressivo perante a Polónia, a França, a Alemanha e a Bélgica, de acordo com as estatísticas bancárias internacionais em base consolidada, relativas ao quarto trimestre de 2023.

“Mantiveram-se as tendências de crescimento dos ativos internacionais e de aproximação da exposição nas duas óticas. A diferença entre a exposição de última instância e a imediata, no valor de 0,2 mil milhões de euros (1,4 mil milhões de euros em 2022), corresponde a uma transferência de risco líquida de Portugal para o exterior, ou seja, existiam mais ativos financeiros sobre entidades nacionais garantidos por entidades estrangeiras do que o inverso”, explica o Banco de Portugal.

Os dados mostram ainda que a exposição ao setor público tem crescido continuamente, ultrapassando a exposição ao setor privado não bancário. O setor público tornou-se, assim, o principal setor de contraparte dos ativos internacionais detidos por bancos portugueses. Em 2023, todo o aumento da exposição dos bancos portugueses foi perante o setor público.

A exposição do setor bancário português aos restantes países da União Europeia representava 75% do total, em 2023, enquanto a exposição aos PALOP e aos BRICS reduziu-se no ano passado, ao contrário do registado nos últimos anos.

 

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PJ realiza buscas na Câmara Municipal de Cascais

A investigação visa o Executivo que Miguel Pinto Luz, atual ministro das Infraestruturas e da Habitação, integrava. Em causa estão suspeitas relacionadas com uma fábrica de máscaras cirúrgicas.

A Polícia Judiciária (PJ) está a realizar buscas na Câmara Municipal de Cascais, avança a revista Sábado. Em causa estão suspeitas relacionadas com uma fábrica de máscaras cirúrgicas criada para responder à pandemia Covid-19, com equipamento importado da China e com um investimento inicial de 500 mil euros.

Segundo a Sic Notícias, a investigação visa o Executivo que Miguel Pinto Luz, atual ministro das Infraestruturas e da Habitação, integrava e que avançou ainda que Miguel Pinto Luz está neste momento reunido com o primeiro-ministro Luís Montenegro. Mas fonte do gabinete de Montenegro desmentiu a realização dessa reunião.

Segundo uma fonte da autarquia disse ao Expresso, a PJ levou tudo o que entendeu e não foram constituídos arguidos até ao momento.

Em declarações à Sic Notícias, João Ruivo, porta-voz da Assembleia Municipal de Cascais disse que a investigação deverá ser relativa a uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas, realizada após a pandemia. Mas no relatório da auditoria, o Tribunal de Contas concluiu que parceria da Câmara de Cascais com empresa chinesa para fabricar máscaras teve como finalidade venda de três imóveis a preço de custo, mas não encontrou ilegalidades, concluindo que a autarquia não poderia ser responsabilizada. “Quero acreditar que este timing com a mudança de Miguel Pinto Luz para o Governo é pura coincidência“, disse João Ruivo.

António Leitão Amaro, ministro da Presidência, disse, após a apresentação do programa de Governo, que não têm “qualquer informação sobre diligências que estejam a ocorrer para além do que é veiculado pela comunicação social. Temos que aguardar por esclarecimentos prestados pelas autoridades de investigação. Neste momento, a única informação no Governo é a que resulta das notícias da comunicação social, a única coisa adicional que digo é é que a justiça deve funcionar e fazer o seu trabalho”, concluiu.

Minutos depois, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, afirmou que é o único responsável no processo do fabrico de máscaras cirúrgicas, para dar resposta à pandemia de Covid-19. Em declarações aos jornalistas, esta tarde, Carlos Carreiras adiantou que estão a decorrer buscas, também “nos meios informáticos”, em quatro locais do município: “nos Passos do Concelho, no edifício São José, no chamado Cascais Center e na empresa municipal que, na altura, geriu o processo da fabricação das máscaras”. O autarca referiu também que as autoridades lhes pediram o telemóvel. “Prontamente entreguei e já me foi devolvido”, acrescentou. Carlos Carreiras desassocia Pinto Luz de todo este processo. “Zero. Sobre essa matéria o único responsável que há sou eu”, garantiu.

Em declarações à Sic Notícias, Miguel Pinto Luz, assume que a verdade não pode vir a conta-gotas. “Aquilo que temos vindo a dizer é que todo este caso está envolto numa enorme nebulosa em que a verdade vem aos cochichos. Cada vez mais tinhamos razão quando, a seu tempo, apontamos a pouca clareza de todo este processo. A verdade não pode vir a conta-gotas. A verdade é só uma e é essa que os portugueses querem urgentemente saber “, referiu.

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Conferência ECO em Loures: Como valorizar empresas e pessoas?

  • Local Online
  • 10 Abril 2024

A mostra Loures Investe em Si recebeu, no último dia do evento, a Conferência ECO, que recebeu vários especialistas e empresários de Loures para discutirem a valorização de empresas e pessoas.

A 2º edição da mostra Loures Investe em Si, que decorreu de 4 a 6 de abril, teve como tema “Valorizar pessoas e empresas” e, nesse sentido, no último dia do evento, o ECO realizou uma conferência em Loures que visava esclarecer como fazer essa valorização.

Na abertura da conferência, Diogo Agostinho, COO do ECO, começou por dizer que Loures é um “bom exemplo do que devem ser as políticas públicas” pelo foco que o município tem nas pessoas: “Nós falamos muito de políticas públicas, de empresas, e este evento Loures Investe em Si é um desses exemplos bons. Nós passamos a vida a ler entrevistas, artigos de opinião, a ouvir as pessoas a falarem de que as Câmaras Municipais não falam com as empresas, com as universidades, mas aqui está um bom exemplo. Um exemplo que traz as empresas para perto da Câmara e, sobretudo, exemplos de empresas que falam entre si e que não se conheciam dentro do mesmo concelho“.

Por sua vez, ainda na abertura do evento, Nelson Batista, vereador da Câmara Municipal de Loures, com o pelouro da Economia e Inovação, afirmou que, independentemente das diferenças partidárias, o mais importante são as pessoas. “O meu único partido neste momento, aqui em Loures, são as pessoas, as empresas e os empresários. Por isso mesmo abracei este projeto e, no início, pensei nesta mostra Loures Investe em Si. Estamos na segunda edição, a primeira edição foi muito vocacionada para a parte empresarial, que teve sucesso porque também se criaram negócios”.

Nesse sentido, o vereador destacou, ainda, seis eixos nos quais definiu a divisão da Economia e Inovação do município, nomeadamente a Via Verde, “que tem estado a funcionar na sua plenitude para agilizar processos, de maneira a que eles sejam céleres, quer na captação do novo investimento para que novas empresas possam investir no nosso território, mas também para que as empresas que já cá estão possam se expandir e licenciar os seus negócios aqui com celeridade”; a retenção do talento; os pequenos almoços empresariais, que já resultaram no contacto a mais de mil empresas; o projeto Aldeia mais próxima, que colocou um técnico da Câmara Municipal de Loures em cada uma das freguesias do município; a homenagem às PME; e os protocolos assinados com algumas entidades, como a AIP, a APMEI e a ANI, para dinamizar e apoiar as empresas.

Como valorizar as empresas?

Depois da abertura, seguiu-se o primeiro debate, moderado por André Veríssimo, subdiretor do ECO, que tentou responder à pergunta “Como valorizar as empresas?”, e contou com a presença dos economistas Luís Mira Amaral, Sandro Mendonça e Rui Ferreira, e ainda de António Dinis, Director External Communications Hovione Farmacêutica.

“As empresas portuguesas têm terríveis custos de contexto. Vejam o caso do licenciamento, que cria a empresa na hora, mas para depois pôr a fábrica a trabalhar leva mais de um ano, com a burocracia e todas as dificuldades. Depois vejam o caso do IRC, que pode atingir uma taxa máxima de 31%, e com o IRC progressivo, que penaliza quando as empresas crescem. Isto deve ser caso ímpar no mundo”, começou por dizer Luís Mira Amaral.

O economista acrescentou que, dentro das empresas, deve-se apostar na transição energética, mas não só. “Muitas empresas podiam aproveitar para pôr painéis fotovoltaicos e para serem consumidores e produtores ao mesmo tempo. Há, ainda, as comunidades de energia renovável, em que se juntam empresas, umas produtoras, outras consumidoras, autarquias e associações empresariais, e fazem esta comunidade”.

Dentro da produtividade, Luís Mira Amaral referiu que Portugal “tem uma estrutura empresarial muito polarizada, há empresas de muito pequena dimensão e essas empresas não têm escala, isso condiciona logo“. E ainda acrescentou outras questões, como a digitalização e a IA, que considera que devia ser aproveitada para minimizar a falta de recursos humanos qualificados; a capitalização, que “devia incentivar movimentos de concentração e de fusão“; a retenção de talento; e o investimento direto estrangeiro.

Por sua vez, Sandro Mendonça afirmou que para as empresas se valorizarem, têm de se conhecer umas às outras, “mas o próprio município tem que as dar a conhecer”. “Nós percebemos que os licenciamentos são para a entrada e a expansão na atividade. Nós podemos também tratar dessas matérias pela positiva e não só pela negativa, não podemos ter falta de criatividade aí. Também creio que o problema de competitividade do país não é o IRC porque são 10% das empresas que pagam 90% do IRC e, sobretudo, não são as PME que caracterizam territórios como este“, disse.

“Quando olhamos para os custos fixos operacionais, o que vemos é que boa parte dos custos das empresas são custos que têm com outras empresas, sobretudo ao nível dos serviços de rede, com a eletricidade, com comunicações, etc, portanto, muitas vezes não é o Estado que tem de sair da frente, mas sim as grandes empresas que, muitas vezes, são oligopólios. O que é que o município pode fazer? Por exemplo, cobrar aos reguladores. Nós temos de ter uma atitude estratégica em relação à maneira como podemos comprimir aquilo que são as ineficiências do sistema e em Loures queremos saber para onde é que o município pode exportar mais porque temos pela frente tempos geopolíticos de muito risco e nós percebemos que a exportação tem de ser olhada de maneira seletiva para amortecermos volatilidades que aí virão. Por isso, é importante diversificar para fora da Europa. Nós temos de perceber que a Europa, neste momento, pode-nos puxar para baixo, que há outras geografias que nos podem erguer“, acrescentou.

Nesse sentido, Rui Ferreira deixou claro que “o verdadeiro motor da inovação são as PME“: “As startups podem ser um benchmarket e esta ligação entre os dois mundos é que deve ser dinamizada. Podem encontrar nas startups excelentes exemplos de tecnologias que podem ser incorporadas. Mas há aqui muito foco na nossa cultura de que querer que o concorrente não tenha sucesso, ao invés de se focar no próprio sucesso ou os dois terem sucesso. Por isso, era bom aproximar os dois mundos – PME e startups. Gostaria de ver mais este exemplo aprimorado. O Estado tem esse papel, de facilitar, e estamos num município muito propício para fazer isto acontecer”.

Um exemplo de uma parceria bem-sucedida entre uma empresa e uma startup foi apresentada por António Dinis, Director External Communications Hovione Farmacêutica. “Uma das coisas que a Hovione faz é a secagem por otimização de partículas e um dos desafios é separar o pó do ar. E há uma empresa, que foi fundada através da Faculdade de Engenharia do Porto, que desenvolveu equipamentos, que se chamam ciclone, que fazem esta separação. Acontece que estes ciclones de uma empresa chamada Advanced Cyclone Systems são extraordinariamente eficientes porque o cientista que os desenvolveu criou modelos matemáticos que permitem otimizar a configuração do ciclone para as aplicações. Então, desde 2008 que a Hovione instala ciclones de Advanced Cyclone Systems em todas as suas unidades de produção e estamos a falar de 15 equipamentos de larga escala em todo o mundo“, explicou.

Como valorizar as pessoas?

A segunda parte da conferência, mais focada em perceber como valorizar as pessoas, contou com a presença de Afonso Carvalho, Presidente da APESPE RH, Carlos Sezões, Managing Partner da Darefy, e Ana Isabel Silva, gestora de Recursos Humanos no Grupo Luís Simões.

“A compensação financeira é uma base seguramente importante, mas hoje em dia as pessoas são cativadas por muito mais do que isso. Estão cativadas pela sua própria missão e visão e o significado e propósito daquilo que fazem. Não é trabalhar apenas para trabalhar, é trabalhar no sentido de perceber o impacto que o trabalho vai ter na comunidade e nas equipas. Tem a ver com a cultura e o ambiente de trabalho que temos nas organizações. Passa muito pelo modelo de liderança, comunicação, cooperação. Tem muito a ver também com a experiência de equilíbrio, flexibilidade e a qualidade de vida. E são estes grandes ingredientes que permitem uma organização atrair talento e retê-lo e isso diferencia as empresas que conseguem ser competitivas a fazê-lo daquelas que não conseguem reter esse talento de forma tão eficiente“, referiu Carlos Sezões.

Nesse sentido, Afonso Carvalho explicou que o que os empregadores procuram é, acima de tudo, o compromisso do trabalhador com a empresa: “Encontrar as pessoas certas para o lugar certo hoje em dia é cada vez mais difícil porque não existe quantidade suficiente e porque os que existem não querem trabalhar em determinados setores, em alguns casos com muita legitimidade, até porque alguns salários que se pagam são manifestamente baixos, e isto leva-nos a outros problemas relacionados com o crescimento económico. Se olharmos para os últimos 10 anos, a maior parte das empresas não cresce e produz pouca ou a mesma riqueza e isto tem a ver com o ciclo de investimento das próprias empresas”.

Para combater isto, o managing partner da Darefy sublinhou a importância de uma estratégia de sucesso para conseguir a atração e retenção de talento, que passa por “pagar bem, ter uma flexibilidade que é cada vez mais necessária, ter boas lideranças para permitirem o equilíbrio entre o trabalho e a família“.

A mesma opinião foi partilhada por Ana Isabel Silva, que deu o exemplo do Grupo Luís Simões. “O que nós fazemos e procuramos cada vez mais é encontrar nos colaboradores um parceiro. Fazê-los sentir parceiros, não só da Luís Simões, da própria empresa e do próprio negócio, sentirem este tal equilíbrio entre a sua vida profissional e pessoal. E, ainda, promover melhores líderes porque eles são o principal motor para que as pessoas se sintam motivadas, acompanhadas, e estejam dispostas a estabelecer essa parceria que as empresas precisam porque só assim é que conseguiremos aumentar as nossas produtividades, manter os bons negócios e concretizar as nossas ambições”, admitiu.

No encerramento da mostra, António Costa, diretor do jornal ECO, revelou a preocupação que o ECO tem “na prioridade ao trabalho das Câmaras Municipais no desenvolvimento económico e social” e ainda acrescentou a importância que é fazer acontecer este evento num momento de transição para um novo governo: “Eu confesso-me um municipalista e descentralizador, não exatamente um regionalista, mas seguramente com um papel muito importante das Câmaras Municipais na atração de investimento, na capacitação de empresas locais e de atração de investimento externo. Loures é um bom exemplo e eu creio que esta mostra surge num momento particular, que é termos um novo governo, e termos um novo governo é sempre uma oportunidade para reabrir os dossiers que estavam encerrados“.

“Cito dois particularmente importantes para as Câmaras Municipais, mas também para a atividade económica regional: a Lei das Finanças Locais, para a qual se esperava, num contexto político anterior, que 2024 traria uma revisão. E outro tema que me parece muito importante, até pela escala, que é o reforço de competências das entidades intermunicipais. Eu acho que é um instrumento muito importante para podermos dar outra dimensão, outra capacidade de atração de investimento local e de uma forma muito específica às necessidades locais e de afirmação local“, concluiu.

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Super Bock “patrocina” investigação na Faculdade de Economia da Universidade do Porto

Durante três anos, o grupo cervejeiro liderado por Rui Lopes Ferreira compromete-se a apoiar os professores e investigadores da FEP na produção de artigos que promovam a "excelência científica".

A Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) e o Super Bock Group assinaram um protocolo para promover a “excelência” na produção científica. Reconhecendo a importância da investigação, as duas entidades nortenhas pretendem impulsionar a produção de artigos científicos que se distingam pelo seu grau de excelência e impacto.

Em comunicado, a faculdade nortenha explica que o Super Bock Group, líder no setor cervejeiro em Portugal, “disponibilizará um apoio, durante um período mínimo de três anos, como estímulo aos docentes e investigadores da FEP autores de artigos científicos, cujo desempenho se destaque ao longo de cada ano civil”.

“Enquanto grupo empresarial com uma atuação responsável, procuramos, desde sempre, promover a cultura, o empreendedorismo, a inovação e a investigação, práticas relevantes para o desenvolvimento económico e social das comunidades em que nos inserimos. A assinatura deste protocolo para incentivo e promoção da excelência científica, com uma instituição de elevada referência como a FEP, é mais um reflexo deste nosso compromisso e visão para com a sociedade”, sublinha o CEO do Super Bock Group, Rui Lopes Ferreira.

Protocolo foi assinado pelo CEO do Super Bock Group (Rui Lopes Ferreira) e pelo o diretor da FEP (Óscar Afonso)FEP

O Conselho Executivo da FEP estabeleceu como critério para a atribuição deste incentivo a necessidade dos artigos serem aceites para publicação em revistas científicas indexadas nas categorias 3 a 4* do Ranking do Academic Journal Guide da Chartered Association of Business Schools (ABS).

“Este Prémio de Excelência Científica será um incentivo ao reforço da nossa posição enquanto escola de investigação de nível internacional nas áreas da Economia e da Gestão. Acreditamos que terá um peso significativo no cumprimento da nossa missão em contribuir para o desenvolvimento económico, social e cultural da sociedade, uma vez que se trata de uma oportunidade única para o reconhecimento do trabalho notável desenvolvido pelos nossos docentes e investigadores”, destaca o diretor da FEP, Óscar Afonso, que renunciou ao mandato de deputado após ser eleito nas listas da AD.

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Corticeira Amorim reclama “supremacia ambiental” das rolhas naturais sobre alumínio e plástico

Estudo da PwC comparou em sete indicadores o impacto ambiental da rolha de cortiça natural da empresa face a vedantes de alumínio e plástico. Amorim fala em “excelentes notícias" para setor do vinho.

Um estudo encomendado pela Corticeira Amorim à PwC e submetido a revisão crítica por um comité de peritos externos independentes comprova a “supremacia ambiental” das rolhas naturais de cortiça produzidas pela empresa portuguesa em comparação com dois vedantes artificiais, um de alumínio e outro de plástico.

A análise do ciclo de vida elaborada pela consultora, que foi pedida pela Corticeira Amorim pela 15.ª vez para atualizar a quantificação e comparação face às principais soluções concorrentes, analisou o impacto ambiental de cada um dos três obturadores, concluindo que o benefício ambiental associado à rolha de cortiça Naturity é “significativamente superior” aos vedantes artificiais em cinco dos sete indicadores analisados.

“Realizado com uma rigorosa abordagem metodológica que considera o pior cenário possível para as rolhas de cortiça natural, o estudo apresenta conclusões particularmente relevantes num momento em que tanto a indústria do vinho, como a sociedade em geral, estão cada vez mais conscientes da importância da escolha de produtos ecologicamente responsáveis”, destaca a empresa.

António Rios Amorim, CEO da Corticeira AmorimPaula Nunes / ECO

António Rios de Amorim reclama que este estudo “consolida, por um lado, a liderança global da Corticeira Amorim na área de I&D do segmento de rolhas e, por outro, as credenciais ambientais imbatíveis da cortiça”. Em comunicado, o CEO nota que “também são excelentes notícias para o setor vitivinícola, que cada vez mais encara a sustentabilidade como uma vantagem competitiva crucial”.

No ano passado, em que as vendas caíram abaixo da fasquia dos mil milhões de euros — recuaram 3,5%, para 985,5 milhões de euros devido à “redução significativa” da atividade e ao efeito cambial desfavorável –, a Corticeira Amorim fechou o exercício de 2023 com lucros de 88,9 milhões de euros, o que representa uma redução de 9,7% face ao ano anterior.

Apesar do “enquadramento de incerteza” para 2024, em declarações ao ECO, António Rios de Amorim salientou que o grupo corticeiro de Mozelos, Santa Maria da Feira, tem “condições para crescer em vendas e rentabilidade”. Sem novas aquisições “em vista” para este ano, a gigante industrial nortenha está a aumentar a capacidade produtiva em Itália e em França.

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Consultora Alvarez & Marsal contrata Nuno Nogueira da Silva e Tiago da Silva

  • Trabalho
  • 10 Abril 2024

Equipa portuguesa da consultora Alvarez & Marsal tem dois novos reforços, ambos vindos da EY. Nuno Nogueira da Silva e Tiago da Silva acabam de ser contratados.

A equipa portuguesa da consultora Alvarez & Marsal tem dois novos membros, na área da reestruturação operacional e financeira. Nuno Nogueira da Silva e Tiago da Silva acabam de ser contratados para os cargos, respetivamente, de managing director e senior director do escritório da A&M por cá. Vieram ambos da EY.

O escritório em Portugal da A&M, empresa especializada em serviços de consultoria e com uma presença global, reforçou a equipa com a contratação de dois profissionais para a área de reestruturação operacional e financeira, com o objetivo de expandir a atividade no mercado nacional e apoiar as empresas locais“, anunciou a consultora, numa nota enviada às redações.

Nuno Nogueira da Silva, assume o cargo de managing director do escritório da A&M em Portugal, sendo que já conta com 24 anos de experiência como consultor financeiro. “Ingressa no escritório da A&M em Portugal depois de sete anos a liderar a área de turnaround and restructuring strategy da EY em Lisboa, Angola e Moçambique, tendo ainda sido um membro ativo da equipa de liderança da Europe West TRS”, é sublinhado na referida nota.

Tiago da Silva passa a senior director, contando no seu currículo com mais de 15 anos de experiência em consultoria financeira, nomeadamente em apoiar empresas nos processos de reestruturação e de recuperação.

“Antes de ingressarem na A&M, Nuno Nogueira da Silva e Tiago da Silva foram assessores financeiros no processo da Groundforce. Antes, foram assessores financeiros de dois dos maiores hedge funds do mundo na aquisição de carteiras de NPL em Portugal avaliadas em mais de 4 mil milhões de euros. Foram também consultores financeiros de um dos maiores grupos químicos portugueses no refinanciamento da totalidade da sua dívida, de 200 milhões de euros, e na obtenção de um financiamento adicional de 30 milhões de euros para cumprir o seu plano de investimento”, acrescenta a A&M.

A consultora realça ainda que ambos têm “profunda experiência profissional em diversos setores de atividade, desde o imobiliário, a indústria transformadora, a agroindústria, o sector automóvel, os transportes e a logística, até às TI, meios de comunicação social, energia, construção e serviços públicos na Europa e em África”.

Por fim, a consultora adianta que que ambos são desenvolver as suas funções “em estreita proximidade” com o diretor geral, Richard Flemming.

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ADSE vai passar a rever periodicamente preços dos medicamentos

ADSE altera tabela de preços, com algumas mudanças a entrar em vigor a 1 de abril e outras a 1 de maio. Fará uma atualização de rotina dos preços dos medicamentos e atualiza preço dos partos.

A ADSE vai avançar com mudanças às tabelas de preços, tanto no regime convencionado como no livre, sendo que algumas entraram já em vigor a 1 de abril e outras serão implementadas em maio. Com as alterações do próximo mês, o subsistema de saúde decidiu passar a fazer uma “atualização de rotina de revisão periódica dos preços dos medicamentos”.

A decisão é de atualização periódica da Tabela de Preços Máximos, segundo indica fonte oficial da ADSE ao ECO, uma mudança que entra em vigor em maio.

Também para o próximo mês está prevista a atualização dos preços dos partos para “aumentar a adesão à Rede ADSE de mais profissionais de saúde (obstetras) e de prestadores visando facilitar o acesso dos beneficiários a este cuidado de saúde”. Segundo explicam, “o copagamento de um parto eutócico ficará em 232,87 euros, o parto distócico 286,00€, a cesariana 345,59 euros e ao adicional de gemelar acrescem 40 euros”.

Além disso, vai também “aumentar o preço da consulta de psicologia clínica para, deste modo, aumentar, a adesão de mais prestadores convencionados”. “A distribuição dos encargos mantém-se igual: 80% do preço é suportado pela ADSE e 20% pelo beneficiário. O preço passa para 18 euros ao invés do 12,50 euros. O copagamento do beneficiário passa de 2,50 euros para 3,60 euros”, adianta, sendo que os limites da consulta de psicologia clínica passam de 12 para 24 consultas ano.

Já as alterações que entraram já em vigor a 1 de abril, surpreendendo os beneficiários, foram “terminar com as situações específicas previstas na Tabela para prestadores com o estatuto de entidades convencionadas não lucrativas, definição que inclui as IPSS, Misericórdias, Mútuas e outras entidades do setor social”, bem como eliminar alguns códigos para colheita de produtos (que “é inerente às análises pelo que não deve ser faturado à parte”); nas consultas de cardiologia, (para “racionalizar a faturação dos prestadores que associam exames médicos que “nem sempre são realizados”) e ainda a introdução do limite de um por dia no código de oximetria.

A ADSE adianta ainda que vai avançar com alterações à tabela do regime livre, que vão entrar em vigor em maio. O objetivo é “controlar os abusos e situações de fraude que se fazem sentir, considerando o (superior) interesse público e visando trabalhar no sentido de cumprir as orientações definidas no Relatório Financeiro de Sustentabilidade da ADSE”.

No transporte não urgente de Doentes, “o conselho diretivo propõe-se acolher as regras aplicadas ao transporte não urgente de doentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”. Já nas fraldas para incontinentes, a “aquisição deste artigo passa a ser distribuída mensalmente limitada a 120 fraldas por mês, num total de 1.440 fraldas/ano” e o valor pago pelo beneficiário passa a ser 0.88 por unidade.

Finalmente, nas consultas de Psicologia, será aumentado o valor máximo de comparticipação pago ao beneficiário por uma consulta de psicologia: de 9,33 euros para 14,40 euros. “São permitidas agora 24 consultas por ano e não é necessária a apresentação da prescrição médica”, indicam.

Após a denúncia por parte da Associação a 30 de Julho de que as tabelas tinham sido alteradas sem aviso, a ADSE explica que “no âmbito da gestão corrente da ADSE, o Conselho Diretivo entendeu proceder a alguns ajustes na Tabela de Regras e Preços do Regime Convencionado”. “As opções agora tomadas integram a atividade habitual do Instituto e estão em sintonia com as orientações emanadas do Estudo de Sustentabilidade Financeira da ADSE”, indica fonte oficial.

O estudo elaborado pelo Centro de Competências de Planeamento, de Políticas e de Prospetiva da Administração Pública (PlanAPP) revelou que a ADSE tem vindo a acumular, anualmente, excedentes superiores a 100 milhões de euros, mas, no final da década, em 2030, deverá registar o primeiro saldo negativo, de 18,3 milhões de euros, segundo o cenário mais pessimista traçado pela primeira fase do estudo sobre a sustentabilidade do subsistema de saúde dos funcionários públicos.

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Taxas Euribor caem em todos os prazos

  • Lusa
  • 10 Abril 2024

Com as alterações desta quarta-feira, a Euribor a três meses, que baixou para 3,912%, permanece acima da taxa a seis meses (3,830%) e da taxa a 12 meses (3,689%).

A taxa Euribor desceu esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses face ao dia anterior. Com estas alterações, a Euribor a três meses, que baixou para 3,912%, permanece acima da taxa a seis meses (3,830%) e da taxa a 12 meses (3,689%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, caiu quarta-feira para 3,830%, menos 0,038 pontos do que na terça-feira, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008.
    Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,7% e 24,6%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também recuou para 3,689%, menos 0,006 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses recuou, ao ser fixada em 3,912%, menos 0,004 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Na quinta-feira realiza-se a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Na última reunião, a 7 de março, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela quarta reunião consecutiva, depois de dez aumentos desde 21 de julho de 2022.

A média da Euribor em março manteve-se em 3,923% a três meses, desceu 0,006 pontos para 3,895% a seis meses (contra 3,901% em fevereiro) e subiu 0,047 pontos para 3,718% a 12 meses (contra 3,671%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Inflação acelerou para 2,3% em março, confirma INE

A taxa de inflação homóloga acelerou de 2,1% em fevereiro para 2,3% em março, confirmou o INE. Classe do vestuário e calçado aumentou 26,1%, face ao mês anterior, à boleia da nova coleção.

A taxa de inflação homóloga em Portugal acelerou de 2,1% em fevereiro para 2,3% em março, confirmou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Trata-se de um aumento de 0,2 pontos percentuais face à registada no mês anterior e iguala o nível de janeiro de 2024.

Desconstruindo os indicadores que compõem o índice de preços no consumidor (IPC), o índice relativo aos produtos energéticos acelerou na variação homóloga de 4,3% em fevereiro para 4,8% em março, enquanto o índice relativo aos produtores alimentares não transformados diminuiu para -0,5%, contra 0,8% no mês anterior, “parcialmente em consequência do efeito de base associado ao aumento de preços registado em março de 2023 (variação mensal de 1,5%)”, nota o gabinete de estatísticas.

Já por classes de despesa, e para explicar a aceleração da taxa de inflação homóloga, o INE destaca as “contribuições positivas” dos Transportes, dos Restaurantes e hotéis e da Habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis. “Em sentido contrário, destacam-se as contribuições negativas dos Acessórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação (classe 5) e do Vestuário e calçado (classe 3), lê-se.

Na comparação em cadeia, a variação do IPC foi nula face ao registado em fevereiro e compara com os 1,3% registados em março do ano passado. “A variação média dos último doze meses diminuiu para 2,9% (3,3% em fevereiro”, acrescenta o INE. Neste âmbito, o gabinete também destaca a classe do vestuário e calçado, que registou um aumento de 26,1%, face a fevereiro, “refletindo a habitual entrada da nova coleção de vestuário e calçado”

No que toca ao indicador de inflação subjacente, que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos, acelerou para 2,5% em março, o que representa um aumento de 0,4 pontos percentuais face a fevereiro.

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), que permite a comparação entre países europeus, acelerou para 2,6% em março, face ao período homólogo, isto é, um “valor superior em 0,3 p.p. ao registado no mês anterior e superior em 0,2 p.p. ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em fevereiro, a taxa em Portugal tinha sido inferior à da área do Euro em 0,3 p.p.)”, remata o INE.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h43)

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Grupo Endutex avança com mega projeto imobiliário em Guimarães

Localizado no centro de Guimarães, com uma área de quase 110 mil metros quadrados, o mais recente projeto urbanístico do dono da cadeia de hotéis Moov irá contemplar habitação, comércio e serviços.

O Grupo Endutex, produtor de têxteis técnicos, continua a investir no mercado imobiliário. Desta vez vai arrancar com a construção de um mega projeto urbanístico no centro de Guimarães. A primeira fase da obra arranca já este mês.

O terreno de 110 mil metros quadrados, que resulta de um investimento de 2,5 milhões de euros do grupo tirsense, fica localizado no Monte do Cavalinho, situado na freguesia de Urgezes, e contempla a construção de habitação, espaços dedicados a comércio, restauração e serviços e ainda uma zona com mais de 64 mil metros quadrados de área verde.

“Guimarães é uma cidade que conhecemos bem e esta localização é excecional. Além de ser muito próxima do centro da cidade, fica junto à estação de comboios, tem vistas únicas e uma ótima acessibilidade. O projeto é de baixa densidade, tem infraestruturas atuais, conta com um amplo espaço verde. A diversidade de funções fará desta zona uma nova centralidade e não apenas um dormitório”, avança André Ferreira, administrador do Grupo Endutex.

Em comunicado, o grupo liderado pelo empresário vimaranense Vítor Abreu detalha que a primeira fase de obra arranca este mês e terá a duração de nove meses. Nesta fase será inteiramente dedicada ao loteamento do terreno, com a construção de estradas, passeios e parques de estacionamento e todas as infraestruturas necessárias. Posteriormente serão executados os dez lotes licenciados — dois de restauração, três de serviços e cinco de habitação – cuja diversidade de atividades “torna-se uma mais-valia para a região”.

A proposta prevê que os rés-do-chãos possuam uma variedade de usos, desde lojas a restaurantes, tendo como objetivo evitar o isolamento e os efeitos negativos do mesmo quando os loteamentos são exclusivamente para habitação.

André Ferreira

Administrador do Grupo Endutex

“A proposta prevê que os rés-do-chãos possuam uma variedade de usos, desde lojas a restaurantes, tendo como objetivo evitar o isolamento e os efeitos negativos do mesmo quando os loteamentos são exclusivamente para habitação. A pluralidade de funções ajuda a fixar atividades complementares, da mesma forma que dinamizam o espaço público envolvente, proporcionando uma boa transição com a área central da cidade, prolongando-a e enriquecendo-a”, sublinha o administrador do Grupo Endutex.

Fundado em 1970, o Grupo Endutex que se assume como um dos principais produtores europeus de revestimentos têxteis, tem vindo a diversificar a atividade para os setores do imobiliário e da hotelaria, sendo o dono da cadeia de hotéis Moov, que conta com cinco unidades em Portugal (Porto, Lisboa, Oeiras, Évora e Matosinhos) e duas no Brasil (Curitiba e em Porto Alegre).

No final do ano passado, o grupo têxtil Endutex comprou o histórico edifício Rialto, conhecido como o primeiro arranha-céus do Porto, para o converter num hotel e apartamentos. O grupo tirsense está ainda a construir um segundo hotel em Matosinhos, num investimento de cerca de 16 milhões de euros, que deverá ser inaugurado no próximo ano.

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Vieira da Silva critica precipitação de Pedro Nuno Santos no chumbo do OE para 2025

  • ECO
  • 10 Abril 2024

O antigo ministro do Trabalho pede "prudência" na posição "completamente definitiva" do partido sobre o OE e aconselha Pedro Nuno e Montenegro a negociarem primeiro um retificativo.

O antigo ministro e dirigente socialista, José Vieira da Silva, considera “precipitada” a posição “completamente definitiva” do PS na rejeição ao Orçamento do Estado (OE) para 2025 e aconselha o líder do partido, Pedro Nuno Santos, a tentar negociar primeiro um Orçamento retificativo com o Governo de Luís Montenegro, afirmou em declarações à Rádio Renascença.

Pedro Nuno Santos tem mantido a frase oficial de que é “praticamente impossível” o PS vir a viabilizar o OE, mas essa é uma discussão que só irá concretizar-se “daqui a vários meses”, avisa Vieira da Silva. “É uma forma de dificultar os resultados que se pretendem obter com um eventual retificativo ou medidas legislativas que apontem no sentido de concretizar os compromissos”, conclui o antigo ministro. Vieira da Silva sugere ao secretário-geral do PS que é “mais prudente não aprofundar” ou “centralizar” o debate no OE para 2025, numa altura em que está em curso uma potencial negociação de um retificativo.

Num recado ao líder do PS, o antigo ministro de Sócrates e de Costa refere que é preciso “ver como corre” esta negociação e depois, no outono, entrar nessa discussão “difícil”, considerando mesmo que “não é muito construtivo antecipar e aprofundar esse debate”.

O ex-ministro elogia a troca de cartas entre Pedro Nuno Santos e o primeiro-ministro, regista que “existe uma potencial convergência”, mas alerta que agora “há muito trabalho a fazer e é preciso que as duas partes estejam efetivamente disponíveis” para chegar a “consensos”.

Face às posições de sociais-democratas como Duarte Pacheco ou José Matos Correia que defenderam, em declarações à Renascença, a possibilidade de o Executivo poder governar em duodécimos no caso de o OE ser chumbado no outono, Vieira da Silva vem confirmar que é “tecnicamente possível”, mas alerta para o prejuízo político de uma prática desse género.

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Portugal emite 1.500 milhões em dívida de longo prazo com taxas mais baixas. Paga menos de 3% a dez anos

O Tesouro português financiou-se em dívida a 10, 14 e 21 anos com taxas inferiores às pagas nos leilões anteriores realizados nas mesmas maturidades. É a primeira emissão com o novo Governo empossado.

Portugal regressou esta quarta-feira ao mercado com um triplo leilão de dívida de longo prazo. O Tesouro português financiou-se em 1.523 milhões de euros, no montante indicativo mais elevado para esta operação, com taxas mais baixas que nas emissões anteriores. No leilão de dívida a dez anos, o juro ficou abaixo de 3%.

“As expectativas de que o Banco Central Europeu vá iniciar o ciclo de descida de taxas de juro em junho, aliado ao facto de Portugal ter visto revisões em alta quer do seu rating quer das perspetivas para a sua economia, tem levado a uma ligeira descida dos prémios de risco nacional“, explica Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, num comentário à tripla emissão realizada esta manhã pelo IGCP.

Na emissão de dívida a dez anos, que vence em abril de 2034, a yield situou-se em 2,937%, abaixo dos 3,149% pagos para emitir dívida com a mesma maturidade no leilão realizado a 14 de fevereiro. O montante colocado – 641 milhões de euros – contou com uma procura 1,25 vezes superior à oferta.

As expectativas de que o Banco Central Europeu vá iniciar o ciclo de descida de taxas de juro em junho, aliado ao facto de Portugal ter visto revisões em alta quer do seu rating quer das perspetivas para a sua economia, tem levado a uma ligeira descida dos prémios de risco nacional.

Filipe Silva

Diretor de Investimentos do Banco Carregosa

Já a linha que vence em junho de 2038, uma nova linha da Obrigações do Tesouro lançada em janeiro do ano passado, a taxa de juro aplicada foi de 3,227%, tendo sido colocados 353 milhões de euros. A procura situou-se em 1,41 vezes a oferta. A instituição liderada por Miguel Martín realizou no ano passado a primeira emissão com maturidade em 2038, com uma taxa de juro próxima de 3,6%. É a primeira vez que volta a emitir OT para esta linha.

A 21 anos, emissão realizada através da linha OT 4,1% 15fev2045, o Tesouro português pagou 3,433% para emitir 529 milhões de euros, uma taxa inferior à yield de 3,527% fixada no leilão realizado em janeiro na mesma maturidade. A procura nesta linha superou a oferta em 1,26 vezes.

O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública anunciou no final da semana passada a realização deste triplo leilão de dívida de longo prazo, com um montante indicativo global entre 1.250 e 1.500 milhões de euros. É o primeiro leilão desde que o novo Executivo liderado por Luís Montenegro tomou posse.

A última vez que o Tesouro português esteve no mercado a emitir dívida de longo prazo foi no passado dia 13 de março. Colocou cerca de 1.000 milhões de euros em obrigações a sete e 18 anos. Também neste duplo leilão, o Estado suportou custos de financiamento mais baixos que nas operações comparáveis anteriores.

(Notícia atualizada às 11:40)

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