Regulador europeu para a proteção de dados critica fórmula de subscrição paga da Meta

  • Lusa
  • 18 Abril 2024

O regulador critica a decisão da Meta de apenas permitir aos europeus o acesso gratuito ao Facebook e Instagram em troca do fornecimento dos seus dados pessoais ou de uma subscrição paga.

A proteção de dados é “um direito fundamental” que não deve transformar-se em “opção paga” para os utilizadores das redes sociais, avisou quarta-feira o Conselho Europeu para a Proteção de Dados, criticando a fórmula de subscrição adotada pela Meta.

As plataformas devem oferecer aos utilizadores uma escolha real. Os sistemas que vemos atualmente normalmente exigem que os indivíduos paguem ou consintam na utilização de todos os seus dados”, frisou Anu Talus, presidente do Conselho Europeu para a Proteção de Dados (EDPB).

Os operadores “devem evitar transformar o direito fundamental à proteção de dados numa funcionalidade pela qual os utilizadores devem pagar para beneficiar“, sublinhou.

Este tão aguardado parecer do órgão que reúne as autoridades de proteção de dados dos países da UE – além da Noruega, Islândia e Liechtenstein – tem como alvo a fórmula de assinatura paga lançada pela Meta, empresa-mãe do Facebook, Instagram ou WhatsApp.

Desde novembro, o gigante norte-americano oferece aos utilizadores europeus do Facebook e do Instagram a escolha entre continuar a utilizar estes serviços gratuitamente, concordando em fornecer os seus dados pessoais para fins publicitários ou pagando uma subscrição para não verem mais anúncios.

Este sistema é apresentado pelo grupo como uma forma de cumprir as regras europeias sobre tratamento de dados, que já lhe valeram diversas condenações e multas. Mas os defensores da privacidade consideram-na uma prática injusta e uma violação dos direitos do consumidor.

O parecer do CEPD foi solicitado pelas autoridades de proteção de dados dos Países Baixos, da Noruega e de Hamburgo (Alemanha).

A Meta, por sua vez, refere-se a uma decisão do Tribunal de Justiça da UE que abriu caminho aos planos pagos como forma de obter o consentimento do utilizador para utilizar os seus dados.

O parecer do CEPD não modifica este julgamento, e a subscrição (…) cumpre a legislação da UE“, garantiu um porta-voz do grupo.

Neste sistema de subscrição, “a maioria dos utilizadores consente o tratamento [dos seus dados] para utilização do serviço e não compreende todas as implicações da sua escolha”, apontou o EDPB.

As grandes plataformas são obrigadas a considerar “uma opção alternativa equivalente sem custos”, especificou o CEPD.

“Esta opção alternativa gratuita deve ser isenta de publicidade direcionada, por exemplo, com anúncios baseados num volume reduzido de dados ou que não envolvam o tratamento de dados pessoais”, acrescentou.

Por último, os operadores “devem avaliar caso a caso se as taxas [de subscrição] são adequadas e, em caso afirmativo, quanto” e “perguntar-se quais as consequências negativas – exclusão de um serviço importante, privação de acesso a redes profissionais, perda de conteúdo (…) – leva à recusa de pagamento desses custos”.

A associação NOYB, fundada pelo advogado austríaco Max Schrems, apresentou uma queixa em novembro junto à autoridade austríaca de proteção de dados. Grupos de consumidores também contactaram a rede europeia de autoridades de defesa do consumidor.

O Meta está a ficar sem opções na UE: deve agora oferecer aos utilizadores uma opção real de ‘sim/não’ aos anúncios personalizados“, referiu Max Schrems, em reação à posição do regulador europeu.

O lóbi tecnológico, CCIA, denunciou, por sua vez, “um precedente perigoso”. “Obrigar as empresas a oferecer serviços com prejuízo não tem precedentes, envia sinais errados”, declarou a sua líder europeia Claudia Canelles Quaroni.

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Lisboa cai para a 90.ª posição em ranking dos melhores aeroportos

Aeroporto Humberto Delgado baixou da 80.ª para a 90.ª posição nos World Airport Awards. Francisco Sá Carneiro está dez lugares acima. O aeroporto internacional de Doha, no Qatar, ficou com a coroa.

O aeroporto Humberto Delgado ficou na 90.ª posição na lista dos World Airport Awards, uma iniciativa da consultora britânica Skytrax, caindo dez lugares face ao ranking de 2023. Já o Francisco Sá Carneiro (Porto) subiu um lugar, para a 80.ª posição.

O grande vencedor da edição deste ano foi o Hamad International Airport, em Doha, que ostenta um jardim tropical interior com 6.000 metros quadrados. A infraestrutura da capital do Qatar roubou a liderança a Singapura, que este ano se ficou pelo segundo lugar.

Aeroporto Internacional de Doha.

Lançados em 1999, os World Airport Awards têm por base um inquérito mundial preenchido por clientes de aeroportos de mais de 100 nacionalidades diferentes, que no caso desta edição decorreu entre agosto de 2023 e março de 2024. Segundo a Skytrax, são avaliados indicadores-chave de desempenho dos serviços aeroportuários, como o o check-in, embarques, desembarques, transferências entre voos, compras e segurança/serviços de fronteiras. É divulgado apenas o ranking dos 100 melhores.

O aeroporto de Doha foi ainda considerado o melhor para fazer compras, enquanto o de Instambul ganhou na categoria de melhor experiência de jantar. O aeroporto Roma Fiumicino venceu no controlo de segurança e o de Singapura no serviço de emigração.

A ANA tem em curso obras de melhoramento no Humberto Delgado e deverá avançar ainda este ano para uma intervenção mais profunda, dando seguimento à resolução do Conselho de Ministros aprovada em dezembro pelo anterior Governo, que prevê a ampliação do Terminal 1. A concessionária teve já luz verde da APA e da ANAC para avançar com as obras, que exigirão a desafetação de uso militar da placa do aeródromo de Figo Maduro.

Este é o top 10 dos melhores aeroportos em 2024:

  1. Doha Hamad
  2. Singapura Changi
  3. Seul Incheon
  4. Tóquio Haneda
  5. Tóquio Narita
  6. Paris Charles de Gaulle
  7. Dubai
  8. Munique
  9. Zurique
  10. Istambul

 

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Bilhetes e passes Andante já podem ser carregados no telemóvel para transportes públicos do Porto

  • Lusa
  • 18 Abril 2024

Para fazer os carregamentos, o utilizador apenas tem de ligar a funcionalidade NFC e encostar o telemóvel ao Andante para fazer a leitura, escolher a sua opção, realizar o pagamento e viajar.

O carregamento de cartões físicos Andante no telemóvel, tanto passes como bilhetes ocasionais, está disponível a partir desta quinta-feira nos telemóveis Android e iOS com a nova funcionalidade TOP UP, anunciaram os Transportes Intermodais do Porto (TIP).

“A aplicação Anda vai passar a ter uma nova funcionalidade, TOP UP, que vai permitir fazer a leitura e o carregamento dos cartões de transporte Andante, quer eles sejam em plástico, normalmente utilizados nos passes, quer sejam em papel, aqueles que saem das máquinas de venda automática, ou que são vendidos nos postos de venda para viagens mais ocasionais”, explicou aos jornalistas o administrador-delegado dos TIP, Manuel Paulo Teixeira.

Em causa está o carregamento dos cartões físicos Andante com recurso à tecnologia NFC dos smartphones com sistema operativo Android ou iOS, sendo, na prática, uma cópia de uma máquina de venda automática no telemóvel de cada pessoa, disponível a qualquer momento e em qualquer lugar.

“Esta aplicação vai permitir fazer essa leitura, saber-se a cada momento o que é que o cartão tem carregado, e permitir também fazer os carregamentos. No caso do passe, fazer o carregamento de um passe mensal, e no caso das viagens ocasionais fazer o carregamento de todo o leque de viagens que existem no tarifário Andante”, incluindo passes combinados, explicou o responsável dos TIP, o agrupamento que gere o sistema.

Para fazer os carregamentos, o utilizador apenas tem de ligar a funcionalidade NFC e encostar o seu telemóvel ao Andante para fazer a leitura, escolher a sua opção, realizar o pagamento e viajar.

No caso da aplicação (app) Anda para sistemas Android, a funcionalidade TOP UP está disponível a partir desta quinta-feira através de uma atualização do sistema, e no caso do iOS, a app Anda que foi disponibilizada esta quinta-feira inclui, para já, apenas a nova funcionalidade TOP UP.

Quanto à implementação de todas as funcionalidades da app Anda – como o cálculo automático das zonas percorridas ou o tarifário pós-pago – o sistema operativo da Apple ainda terá de esperar.

“Esta funcionalidade já está a ser trabalhada na Apple já há algum tempo para ser inserida nos iPhone. Nós temos o prazo objetivo para que isto aconteça após os Jogos Olímpicos de Paris [agosto], e vamos fazer todos os esforços para que assim seja”, disse Manuel Paulo Teixeira.

A relação com o evento desportivo prende-se com o facto de um dos parceiros dos TIP estar precisamente a desenvolver soluções de mobilidade para o evento, mas paralelamente poderá haver outras novidades tanto para utilizadores de iOS como de Android.

Em causa está a criação de um Andante digital e virtual, num sistema semelhante ao que já acontece com os cartões bancários e que dispensa o bilhete físico, utilizando o carregamento pré-pago, tal como nos bilhetes físicos atuais.

“Vamos ter essa possibilidade na aplicação Anda, de comprar cartões pré-pagos, para serem usados diretamente no telefone ou na ‘wallet’ [carteira virtual]”, explicou.

O administrador-delegado garantiu que tudo o que for lançado, a partir de agora, será feito para os dois sistemas operativos.

Questionado sobre se será este o início do fim das filas para o carregamento de bilhetes, muitas vezes visíveis em estações do Metro do Porto ou em lojas Andante, Manuel Paulo Teixeira disse esperar que sim.

O responsável assegurou ainda que a desmaterialização progressiva da bilhética não significa o fim dos bilhetes físicos nem das lojas Andante, pois estas “prestam um serviço público muito importante”, sendo objetivo dos TIP expandi-las e proporcionar “um atendimento com mais qualidade e mais personalizado”.

“Nós queremos mesmo que o Andante chegue ao bolso e ao telefone de todas as pessoas“, vincou Manuel Paulo Teixeira, desejando que a bilhética “seja o último argumento utilizado” para a não utilização do transporte público.

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Magistratura autoriza juíza como chefe de gabinete mas espera que “seja a última”

  • Lusa
  • 18 Abril 2024

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) autorizou a nomeação de uma juíza desembargadora para chefe de gabinete da secretária de Estado Adjunta e da Justiça.

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) autorizou a nomeação de uma juíza desembargadora para chefe de gabinete da secretária de Estado Adjunta e da Justiça, mas o vice-presidente do organismo disse esta quarta-feira que espera que “seja a última”.

“O Conselho tem de arranjar um programa de redução de comissões de serviço de juízes. Espero que seja a última situação que venha a ocorrer… esta tinha de acontecer, temos de ter uma equipa [no Ministério da Justiça] para dialogar”, afirmou aos jornalistas Luís Azevedo Mendes, em declarações à margem da conferência “Jornada da Justiça e os seus recursos humanos”, organizada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), em Lisboa.

Em causa esteve a nomeação para comissão de serviço da magistrada Mafalda Sequinho, ex-presidente da comarca de Portalegre, sendo que a votação não foi unânime, ao registar-se “um voto contra e algumas abstenções”.

A juíza vai agora chefiar o gabinete da secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Maria Clara Figueiredo, que também é juíza desembargadora, mas cuja indicação para o Governo não requer autorização do CSM.

Sublinhando a necessidade de uma “discussão imediata” com o Governo sobre reformas na justiça, como, por exemplo, ao nível do mapa judiciário, o juiz conselheiro e vice-presidente do órgão de gestão e disciplina dos magistrados lembrou também a questão das “portas giratórias”. No entanto, mais do que a dimensão ética, alertou para a questão da gestão dos recursos humanos cada vez mais escassos: “Não há juízes”.

Devido à falta de juízes, Azevedo Mendes assumiu ainda que os presidentes das comarcas, sobretudo as mais pequenas, poderão passar a ter de acumular essa atividade com a análise de processos.

“Pela primeira vez o Conselho abriu um aviso especial para recrutamento de um juiz presidente para Portalegre e vai ter também, por causa deste aperto de recursos, um juiz presidente com acumulação de funções jurisdicionais. É a única situação, mas vai ter de acontecer no futuro em mais situações. Vamos ter de ter um novo formato de juiz presidente, com a acumulação do trabalho no tribunal e funções jurisdicionais. Não temos outra solução”, explicou.
Azevedo Mendes manifestou-se também preocupado “com o futuro que se avizinha”, considerando que será “muito difícil” porque o envelhecimento na magistratura e nos oficiais de justiça é notório.

“Todo o serviço público está no caminho do envelhecimento e de falta de renovação muito preocupante. Diria mesmo que o serviço público corre o risco de estar perante uma situação de um cenário de desmantelamento completo e isso já se nota em muitos sítios, como a saúde, educação e a justiça”, expressou, referindo que esta “é uma nova situação que se tem de encarar e solicitar medidas rápidas e flexíveis para responder”.

Azevedo Mendes afirmou que o CSM, no âmbito das suas competências de gestão, “já o está a fazer” e “não está à espera de leis que o canalize e oriente”, pois está a fazer exatamente tudo o que a lei permite em termos de gestão.

“O que vem no programa do Governo no sentido de desgovernamentalizar a Justiça, dar maiores competências ao judiciário, autonomia administrativa e financeira das comarcas é no sentido de bom e correto e no sentido de os próprios gestores locais resolverem os seus problemas”, afirmou.

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Se a Ucrânia “cair” poderá haver uma III Guerra Mundial, dramatiza primeiro-ministro ucraniano

  • Lusa
  • 18 Abril 2024

"Precisamos deste dinheiro ontem, não amanhã, não hoje. Se não protegermos a Ucrânia, a Ucrânia cairá", avisa o primeiro-ministro, Denys Shmygal. UE enviará sistemas de defesa antiaérea para o país.

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, afirmou que a queda do seu país na guerra contra a Rússia poderia levar à “III Guerra Mundial”, apelando por “fundos” para poder proteger o seu país.

“Precisamos deste dinheiro ontem, não amanhã, não hoje. Se não protegermos a Ucrânia, a Ucrânia cairá. O sistema de segurança global será destruído e todos terão de encontrar um novo sistema de segurança”, alertou Shmygal em declarações à televisão britânica BBC.

O primeiro-ministro ucraniano observou que uma hipotética queda do seu país diante da Rússia levaria a “muitos conflitos, muitos tipos de guerras e, no final, isto poderia levar à III Guerra Mundial”.

Denys Shmygal, primeiro-ministro da UcrâniaLusa

Shmygal apelou ainda ao Congresso dos Estados Unidos que aprove o projeto de lei sobre os fundos destinados a ajudar a Ucrânia, que se encontra há tempos bloqueado. O político ucraniano manifestou um “otimismo cauteloso” sobre a possibilidade da Câmara dos Representantes dos EUA aprovar a medida, que engloba 61 mil milhões de dólares (cerca de 71 mil milhões de euros) a serem atribuídos a Kiev.

A Câmara dos Representantes norte-americana deverá votar este sábado um pacote de ajuda à Ucrânia que incluiria também Israel e o Indo-Pacífico. O presidente dos EUA, Joe Biden, comprometeu-se a assinar imediatamente a medida se os legisladores autorizarem os fundos, depois de vários meses de atrasos no Congresso norte-americano.

UE envia sistemas de defesa antiaérea numa “questão de dias e semanas”

Por outro lado, o presidente do Conselho Europeu revelou esta quinta-feira que é “uma questão de dias e semanas” até os países da União Europeia (UE) enviarem os sistemas de defesa antiaérea que a Ucrânia tem incessantemente pedido. “Isto não é uma questão de meses, é uma questão de dias e semanas”, disse Charles Michel, em declarações aos jornalistas no final do primeiro dia de reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.

O presidente do Conselho Europeu revelou que já há países a equacionar “utilizar mais dos stocks de sistemas de defesa antiaérea que têm disponíveis”, acedendo a um pedido que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem feito incessantemente nas últimas semanas.

“É muito importante cumprirmos com as nossas promessas e posso assegurar-vos que todos os intervenientes estão a fazer os possíveis para acelerar [a produção de munições]. Num período curto conseguimos aumentar as nossas capacidades de defesa ao nível da produção, mas precisamos de fazer mais”, completou Charles Michel.

É muito importante cumprirmos com as nossas promessas e posso assegurar-vos que todos os intervenientes estão a fazer os possíveis para acelerar [a produção de munições].

Charles Michel

Presidente do Conselho Europeu

O presidente do Conselho Europeu reaproveitou as palavras que Zelensky tem repetido: “Não precisamos de mais palavras, eles precisam de mais armas”. O Presidente ucraniano tem pedido sistemas de defesa antiaérea, em simultâneo com mais munições de artilharia, para tentar repelir as ofensivas russas com drones aéreos e mísseis.

Volodymyr Zelensky reforçou o pedido nos últimos dias após vários países apoiarem Israel a proteger o seu território de uma ofensiva iraniana com drones – os mesmos utilizados pela Rússia já que Teerão os fornece – e mísseis balísticos.

Zelensky chegou a pedir um “Iron Dome” (“Cúpula de Ferro”), semelhante ao que Telavive tem ao seu dispor, para proteger o território ucraniano, que há meses está a ser fustigado por ataques aéreos, enquanto o gelo dificulta avanços terrestres.

Ainda na quinta-feira, a primeira-ministra da Estónia defendeu que os países da União Europeia podem enviar os sistemas de defesa antiaérea que têm. O presidente do Conselho Europeu também revelou que os líderes concordaram com a imposição de sanções às empresas iranianas que fabricam ‘drones’ e mísseis.

Sobre a interferência russa nas eleições europeias, assunto que foi denunciado pelos primeiros-ministros da Bélgica e República Checa, Chalres Michel considerou que “é um desafio para todos os Estados-membros” combater a influência que Moscovo está a tentar exercer. “É um sinal claro de que temos sido ingénuos”, completou.

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Autoridade da Concorrência multa associação de condomínios em 1,17 milhões de euros por fixação de preços

Autoridade da Concorrência revela ter "detetado" a existência de uma tabela de preços mínimos a aplicar no mercado de gestão e administração de condomínio. Sanção pode ainda ser objeto de recurso.

A Autoridade da Concorrência (AdC) aplicou uma coima de 1,17 milhões de euros a uma associação de condomínios por fixação de preços mínimos a cobrar pelas empresas que fazem a gestão e administração de condomínios habitacionais em Portugal.

A Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e Administração de Condomínios (APEGAC), que abrange mais de 1.300 empresas, foi a visada desta coima, revela a AdC em comunicado. A decisão surge na sequência de uma investigação na qual ficou comprovado que a APEGAC fixou, de forma regular e generalizada, os preços mínimos a cobrar a título de honorários pela gestão e administração de condomínios”, entre 2015 e 2023.

Depois de terem sido realizadas buscas e apreensões na sede da APEGAG, em fevereiro do ano passado, a AdC concluiu, a 23 de agosto, “que existia uma possibilidade razoável de vir a ser proferida uma decisão final que declarasse a existência de uma infração, pelo que adotou uma nota de Ilicitude (acusação)”, explica a nota.

À APEGAC foi dada a a oportunidade de exercer o direito de audição e defesa em relação à investigação conduzida pela AdC. No entanto, não foi suficiente para evitar a aplicação da coima no valor de 1,17 milhões de euros. A sanção pode, no entanto, ser objeto de recurso.

A AdC argumenta que a APEGAC utilizou o contexto inflacionista verificado recentemente em Portugal “para justificar o aumento coordenado dos preços destes serviços, relevantes para os consumidores no contexto dos custos com a habitação”, recordando que a “fixação de preços é uma das mais graves infrações às regras da concorrência”.

Em declarações ao ECO, em setembro, o presidente desta associação descartou qualquer irregularidade, referindo que os preços variam consoante as características de cada condomínio. Vítor Amaral, presidente da APEGAC, assegurou que “não há” qualquer prática anticoncorrencial, notando nessa altura que, para o provar, “basta olhar para o que se faz no mercado”. “Há empresas a praticar três euros por fração e há empresas a praticar 15 euros″, alegou o responsável.

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Lucro do Bankinter sobe para 200,8 milhões no primeiro trimestre. Carteira de crédito em Portugal dispara 20%

  • Lusa
  • 18 Abril 2024

Em Portugal, onde o Bankinter está presente desde 2016, o resultado antes do pagamento dos impostos foi de 47 milhões de euros entre janeiro e março, mais 9% do que no primeiro trimestre de 2023.

O grupo bancário espanhol Bankinter teve lucros de 200,8 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, mais 8,7% do que no mesmo período de 2023.

Em Portugal, onde o Bankinter está presente desde 2016, o resultado antes do pagamento dos impostos foi de 47 milhões de euros entre janeiro e março, mais 9% do que no primeiro trimestre de 2023.

O Bankinter Portugal teve neste período “um forte crescimento em todas as rubricas”, afirmou o banco, num comunicado em que destacou o crescimento da carteira de crédito (mais 20%, para 10.000 milhões de euros) ou dos recursos dos clientes (mais 7,6%, para 7.000 milhões de euros).

Em termos globais, de todo o grupo Bankinter, o banco disse ter tido “um crescimento sólido em todas as suas linhas de negócio e países”, com um aumento de 5,4% da carteira de crédito (para 77.041 milhões de euros) e de 6% dos recursos de clientes.

Relativamente aos empréstimos, o banco destacou o caso de Espanha, em que a carteira de crédito cresceu 2,2% entre janeiro e março, “num mercado imobiliário nacional mais débil”, setor que, segundo o Banco de Espanha, registou uma queda média de 2,7% até fevereiro.

Em concreto sobre o crédito para compra de habitação, o Bankinter revelou que os contratos para novas hipotecas neste trimestre ascenderam a 1.300 milhões de euros, menos 20% do que nos mesmos meses do ano passado.

O banco atribuiu esta diminuição a “vários motivos: a atual debilidade do mercado imobiliário e hipotecário, o fator sazonal provocado pela inclusão do período de férias da Páscoa neste trimestre, ao contrário do ano anterior, e os dados comparativamente inferiores do Bankinter Portugal, que no primeiro trimestre de 2023 teve um excelente desempenho graças a uma forte campanha comercial”.

Ainda assim, frisou no comunicado divulgado esta quinta-feira, a carteira de crédito hipotecária residencial do Grupo Bankinter [todas as hipotecas, novas e anteriores] cresceu 2,5% face à mesma data de 2023, com o abrandamento do ritmo de amortizações”. O banco “prevê uma reativação deste mercado no segundo semestre, dada uma possível redução da Euribor e um enquadramento macroeconómico melhor do que o previsto”.

O rácio global de morosidade (incumprimentos ou atrasos no pagamento das prestações dos empréstimos pelos clientes) foi de 2,2% no grupo Bankinter no primeiro trimestre do ano (2,6% em Espanha).

No comunicado, o banco destacou que “todas as rubricas da conta de resultados” tiveram no primeiro trimestre “crescimentos significativos face ao mesmo período de 2023, graças não só à evolução ainda positiva das taxas de juro, mas sobretudo aos maiores volumes da carteira de crédito”.

Assim, a margem de juros foi de 577,7 milhões de euros (mais 10,6% do que há um ano); a margem bruta, que inclui todas as receitas, ascendeu a 658,7 milhões de euros (mais 6,9%); as receitas de comissões cobradas a clientes totalizaram 213,3 milhões de euros (mais 4,7%) e as comissões líquidas, a diferença entre as cobradas e as pagas pelo banco, foram 165,8 milhões de euros (mais 8,5%).

O banco realçou que pagou no primeiro trimestre deste ano na íntegra o imposto extraordinário sobre a banca em vigor em Espanha, num valor de 95 milhões de euros (no ano passado pagou 77 milhões). Os impostos extraordinários e temporários sobre a banca e empresas energéticas adotados em Espanha incidem nos ganhos com juros e comissões, no caso dos bancos, e nas vendas, no setor da energia.

Quando foram anunciadas estas medidas, o Governo espanhol considerou que estavam em causa ganhos extraordinários associados à inflação e à subida das taxas de juro, defendendo que tinha de haver justiça social na partilha dos custos da crise gerada pela pandemia e pela guerra na Ucrânia.

O grupo Bankinter teve lucros de 844,8 milhões de euros no ano passado, um aumento de 50,8% em relação a 2022 e um recorde na sua história.

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Hoje nas notícias: EDP, democracia e eólicas offshore

  • ECO
  • 18 Abril 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Concurso para atribuição de novas concessões na rede de baixa tensão não atrai EDP. Quase metade dos portugueses são a favor de um “líder forte” sem eleições. Leilão para as eólicas offshore poderá devolver ao país quase 20 mil milhões de euros de valor acrescentado bruto. Estas são algumas das notícias em destaque nos jornais esta quinta-feira.

EDP admite ficar de fora do concurso para rede de baixa tensão

Em novembro do ano passado, o Governo aprovou as regras que permitem aos municípios lançar concursos para a atribuição de novas concessões de distribuição de eletricidade na rede de baixa tensão. As concessões são atualmente exploradas, na maior parte do território, pela E-Redes, do grupo EDP. No entanto, o CEO da energética considera que o atual modelo do concurso não é “atrativo” e que, de forma geral, não terá “grande interesse” para as empresas, admitindo ficar de fora do concurso. “Iremos ainda analisar mais em detalhe”, disse Miguel Stilwell d’Andrade.

Leia a entrevista completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Quase metade dos portugueses apoiaria um “líder forte” sem eleições

A esmagadora maioria dos portugueses (87%) continua a defender a democracia como uma forma governativa “preferível a qualquer outro regime político”, revela o estudo do ISCSP/CAPP conduzido a propósito dos 50 anos do 25 de Abril, mostrando ainda que um “Governo de especialistas” é considerada uma alternativa de sistema com o apoio de 70% dos inquiridos. Por outro lado, 47% dos inquiridos admitiria um “líder forte que não tenha de se preocupar nem com o Parlamento, nem com as eleições”. Um dado relevante já que a pergunta indica a possibilidade de um Governo autocrático.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Eólicas offshore devolvem à economia nacional o equivalente a 8% do PIB

O leilão de eólicas offshore poderá devolver à economia nacional o equivalente a 8% do PIB português de 2022. São quase 20 mil milhões de euros de valor acrescentado bruto (VAB) que serão gerados ao longo da instalação e do período de operação, de acordo com um estudo desenvolvido pelo economista Pedro Brinca da Nova SBE. Os projetos instalados ao abrigo do concurso terão a capacidade de criar postos de trabalho num nível equivalente a 8,4% do emprego total registado em 2022, isto é, 412 mil postos de trabalho diretos, indiretos e induzidos, com mais de 83 mil a serem diretos.

Leia a notícia completa em Jornal Económico (acesso livre).

Governo trava mudanças no IRS para casados

O Governo travou a mudança das regras de entrega do IRS para os contribuintes casados e unidos de facto. A secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais do gabinete de Fernando Medina estaria a equacionar a implementação de um teto de rendimento, a partir do qual as declarações teriam de ser obrigatoriamente entregues em separado. Desta forma, evitava-se a aplicação do chamado quociente conjugal, que divide o rendimento por dois, antes de ser aplicada a taxa de imposto.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Ministério e Câmaras nem obrigados dão acesso a documentos

As queixas apresentadas à Comissão de Acesso a Documentos Administrativos (CADA) atingiram o valor mais alto no ano passado e 90% das decisões são favoráveis aos queixosos, contra o Estado português. Há Ministérios, Câmaras e outros organismos públicos que recusam ceder os documentos mesmo após a decisão favorável, posição que o presidente da CADA considera ser “resistência ao mais alto nível”.

Leia a notícia completa em Jornal de Notícias (acesso pago).

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Livre recua e mantém eleições primárias abertas a membros externos para as europeias

  • Lusa
  • 18 Abril 2024

"Não foram apuradas condutas concretas que traduzam uma viciação do processo", alega Conselho de Jurisdição do Livre, decidindo reverter a restrição do direito de voto na segunda volta das primárias.

O Conselho de Jurisdição do Livre decidiu reverter a restrição do direito de voto na segunda volta das primárias para as europeias a apenas membros, considerando que “não foram apuradas condutas concretas que traduzam uma viciação do processo”.

Esta decisão foi tomada pela Comissão de Ética e Arbitragem, que integra a Jurisdição do partido, que determinou que “a segunda volta das primárias deve permitir o voto não só de membros e apoiantes, mas também daqueles que se inscreveram no processo eleitoral, nos termos previstos no Regulamento de Primárias do Livre”.

A votação para a segunda volta entre seis candidatos terá assim início esta quinta-feira.

O recuo surge depois de o candidato mais votado na primeira volta, Francisco Paupério, bem como o membro Fábio Ventura, terem apresentado um recurso da decisão tomada pela Comissão Eleitoral na terça-feira.

Na sua deliberação, a Comissão de Ética e Arbitragem lembra que a votação nas primárias é aberta a membros e apoiantes (ou seja, militantes) do Livre e a qualquer cidadão maior de 16 anos, mediante inscrição.

Após uma análise dos dados, a pedido de um outro membro do partido, concluiu-se que “grande parte da votação” no candidato Francisco Paupério terá sido obtida através de “votos de eleitores inscritos (não membros/apoiantes do Livre), os quais, em número muito significativo, votaram apenas nesse candidato, não ordenando, na sua escolha, os restantes cinco candidatos seguintes que podiam escolher, no quadro da votação preferencial”.

No momento da votação nas primárias é pedido que sejam ordenados seis candidatos de acordo com a preferência do eleitor, mas essa ordenação não é obrigatória.

A Jurisdição do partido diz entender as preocupações da Comissão Eleitoral, face à “anormalidade estatística dos termos em que se processou a votação em Francisco Paupério” e afirma não ter dúvidas de que este órgão “agiu de acordo com uma reta intenção, procurando salvaguardar os interesses do Livre”.

Contudo, neste caso, a Jurisdição concluiu que “não foram apuradas quaisquer condutas concretas que traduzam uma viciação do processo eleitoral”.

“Não é legítimo especular sobre a possibilidade dessas práticas poderem ter existido, quando na verdade podem não ter existido, sendo a votação fruto dos termos em que decorreu a campanha eleitoral de Francisco Paupério, iniciada, de resto, com grande antecedência”, lê-se na decisão.

Este órgão escreve que no futuro o Livre pode “acautelar situações inesperadas, estabelecendo, por exemplo, uma diferente ponderação para a votação de inscritos (não membros/apoiantes)”, contudo, no presente, “não pode lesar o candidato Francisco Paupério (e os restantes candidatos) no seu direito a que seja respeitado o processo eleitoral nos exatos termos que constam do Regulamento de Primárias do Livre (desde que não se comprove que tenha havido uma infração, dolosa ou negligente, das regras aplicáveis, o que não se tem por verificado)”.

O Livre tem duas formas de militância: os membros, que têm direito a eleger e ser eleitos para cargos internos, votar documentos estratégicos e pagam quotas; e os apoiantes, que não contribuem monetariamente mas podem candidatar-se ou ser eleitos nas primárias.

Os resultados da primeira volta foram conhecidos no passado dia 11 de abril e passaram seis candidatos à segunda volta.

Em primeiro lugar, com 3.560,23 pontos, ficou Francisco Paupério, membro do partido e mestre em biologia computacional. Em segundo lugar, com 2.183,69 pontos ficou a dirigente Filipa Pinto, número dois pelo Porto nas legislativas, e em terceiro, com 1.508,11 pontos, o dirigente Carlos Teixeira.

Em quarto ficou a investigadora Mafalda Dâmaso, de seguida o chefe de gabinete do Livre na Assembleia da República e deputado municipal em Oeiras, Tomás Cardoso Pereira, e por último, Inês Pires, que foi cabeça de lista por Leiria nas últimas legislativas.

A participação nas primárias do Livre é aberta a qualquer cidadão, desde que este assine a carta de princípios deste partido, respeite o código de ética e assine um “acordo de compromisso”, sob pena de ser retirada a confiança política.

Todos os cidadãos que decidam votar nas primárias do Livre têm que assumir o compromisso de honra “de participar de boa-fé no processo das primárias abertas e de zelar pela sua integridade e credibilidade”, subscrever os princípios e o programa político do Livre e declarar que não fazem parte de outro partido político.

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Macau facilita entrada de portugueses com passagem automática na fronteira

  • Lusa
  • 18 Abril 2024

Já a partir de sexta-feira, os visitantes estrangeiros titulares de passaporte português vão poder entrar e sair de Macau através dos canais de passagem automática.

Macau vai facilitar, já a partir de sexta-feira, a entrada de visitantes portugueses no território, com o alargamento da passagem automática fronteiriça a quem for titular de um passaporte de Portugal, anunciaram as autoridades.

Com o objetivo de “elevar a experiência de passagem fronteiriça dos visitantes estrangeiros” e torná-la “mais conveniente e eficiente”, a PSP vai permitir que “visitantes estrangeiros titulares de passaporte português e de passaporte de Singapura entrem ou saiam de Macau através dos canais de passagem automática”, lê-se num comunicado da corporação, divulgado na quarta-feira à noite.

Nacionais portugueses, com idade igual ou superior a 11 anos de idade, devem efetuar o registo para poderem utilizar os canais nos postos fronteiriços, acrescenta ainda a nota da PSP.

As pessoas que efetuam o registo devem ter o passaporte com pelo menos 90 dias de validade, e quem tiver menos de 17 anos deve fazer-se acompanhar pelos pais ou tutor.

Após a inclusão de portugueses e singapurianos na lista de destinatários, o Governo “continuará a alargar” a lista, para “promover ativamente a facilitação da circulação de pessoas” e “contribuir para o novo desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, referiram as autoridades.

Este ano assinala-se o quinto aniversário da Área da Grande Baía, uma das três principais estratégias do líder chinês, Xi Jinping, para a integração regional.

O projeto abrange as regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong e nove cidades da província de Guangdong, através da criação de um mercado único e da crescente conectividade.

O produto interno bruto da Grande Baía, com cerca de 70 milhões de habitantes, supera os 1,5 biliões de dólares (1,3 biliões de euros), maior que as economias da Austrália, Indonésia ou México, países que integram o G20.

A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa (PLP) em 2003, ano em que criou o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os PLP, mais conhecido como Fórum de Macau.

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Produção de renováveis da EDP aumenta 10% no primeiro trimestre

Somando também os contributos dos combustíveis fósseis, a EDP produziu 17,4 TWh de eletricidade até março, o que significa uma quebra de 1%. EDP Renováveis avança com a instalação de mais 0,5 GW.

A produção global de energias renováveis da EDP aumentou 10% no primeiro trimestre de 2024, para 16,9 terawatts-hora (TWh), o que representou 97% da produção total de eletricidade durante aquele período. Somando a produção de eletricidade proveniente de combustíveis fósseis, esse valor sobe para 17,4 TWho que resultou numa quebra de 1% da eletricidade total produzida, revelam os dados operacionais da EDP, comunicados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, esta quarta-feira.

Embora a principal fonte tivesse sido proveniente da energia eólica (45%), a energética liderada por Miguel Stilwell d’Andrade também recebeu contributos da energia hídrica para os resultados do primeiro trimestre, tendo representando 40% do total de eletricidade produzida, a globalmente.

Ainda de acordo com a nota divulgada esta quarta-feira, a produção hídrica aumentou 37% face ao período homólogo, para 7 TWh. “1,4 TWh acima da média histórica na Península Ibérica”, informa a empresa. Isto acontece devido aos “elevados volumes de afluência” no primeiro trimestre deste ano, explica a EDP.

Já nas barragens equipadas com bombas hidroelétricas, a produção hídrica aumentou 46% face ao período homólogo para 545 GWh nos primeiros três meses do ano, “suportado pelo aumento da volatilidade do preço horário de eletricidade”, indica a energética, acrescentando que, no final de março, os níveis dos reservatórios hídricos em Portugal situavam-se nos 94%, “um nível recorde” que fica 26 pontos percentuais acima da média histórica para o período.

Apesar de ter sido o principal contributo para o aumento da produção de energias “verdes”, a EDP revela que a produção eólica diminuiu 6% para 9.056 GWh, sobretudo devido ao impacto negativo proveniente da América do Sul e Ásia Pacífico. Na Europa, o aumento foi de 1% e na América do Norte aumentou 3%.

Relativamente à eletricidade proveniente de combustíveis fósseis, que contribuíram com 3% para o total de eletricidade produzida nos primeiros três meses do ano, a EDP revela, ainda assim, que a produção térmica baixou 80%, traduzindo-se numa redução de 95% no carvão e menos 68% no gás. Isto permitiu retirar 1% à produção total de eletricidade da EDP, no primeiro trimestre. Isto acontece depois de a energética ter concluído a venda de 80% da central a carvão de Pecém no Brasil e da venda de 50% da termoelétrica da Aboño em Espanha.

Em sentido contrário, o grupo EDP adicionou 3,2 GW de capacidade eólica e solar ao portefólio global, atingindo uma capacidade instalada eólica e solar de 17 GW até março de 2024, um aumento de 13% face ao período homólogo.

EDP Renováveis avança com instalação de mais 0,5 GW

A EDP Renováveis também divulgou esta manhã os seus dados operacionais referentes ao primeiro trimestre. De acordo com o comunicado, até março, a empresa de energias renováveis do grupo EDP avançou com a instalação de mais 0,5 GW de nova capacidade renovável. Desse valor, 0,4 GW são provenientes da instalação de nova capacidade solar nos EUA, “dada a normalização da cadeia de fornecimento de painéis solares nos EUA após as restrições observadas em 2023”.

Entre janeiro e março, a capacidade em construção da EDPR era de 4,6 GW (no trimestre anterior era 4,4 GW). Mais de metade, são projetos de energia solar.

O comunicado indica que, geograficamente, dessa capacidade em construção, 1,7 GW estavam em construção nos EUA (dos quais 0,2 GW relacionados com baterias), 1,1 GW na Europa, 1,1 GW na América do Sul e os restantes 0,8 GW em APAC e em projetos offshore.

Ao todo, a capacidade instalada da EDP Renováveis assenta nos 16,5 GWh, sendo que 50% desses projetos tem origem nos Estados Unidos, seguindo-lhe a Europa com 36%. A energia eólica em terra continua a representar a maior fatia da tecnologia instalada (77%), enquanto a solar representa 16%.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 18 de abril

  • ECO
  • 18 Abril 2024

Ao longo desta quinta-feira, 18 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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