André Ventura sente-se mal durante comício em Tavira

  • ECO e Lusa
  • 13 Maio 2025

Presidente do Chega teve de ser retirado de um comício em Tavira, após se ter sentido mal enquanto discursava. Líder parlamentar do partido diz que André Ventura está "bem" e "consciente".

O líder do partido Chega teve de ser retirado esta terça-feira de um jantar-comício em Tavira, após se ter sentido mal enquanto discursava. Pedro Pinto, líder parlamentar do partido, disse que André Ventura estava “bem” e “consciente” e seria sujeito a exames no hospital de Faro.

Por volta das 21h10, André Ventura parou de falar, colocou a mão ao peito e caiu no comício, sendo rodeado por seguranças e transportado para o exterior do Parque de Feiras e Exposições de Tavira.

Ao local chegaram elementos dos Bombeiros Municipais de Tavira, que assistiram o presidente do Chega, assim como uma ambulância do INEM. Ventura foi então conduzido ao hospital de Faro para, a conselho dos médicos, fazer algumas “avaliações” e exames, segundo Pedro Pinto.

Na rede social X, o líder da Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro, desejou o “rápido restabelecimento” a Ventura. Também Nuno Melo, líder do CDS, escolheu a rede social para desejar uma “rápida recuperação” ao presidente do Chega.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Morreu José Mujica, antigo presidente do Uruguai

  • ECO
  • 13 Maio 2025

José "Pepe" Mujica morreu aos 89 anos. Numa das últimas entrevistas disse que gostava de ser recordado como um "velho louco".

O antigo presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, morreu esta terça-feira aos 89 anos, vítima de um cancro no esófago. Nascido a 20 de maio de 1935, em Montevideu, Mujica conduziu o país entre 2010 e 2015 e era reconhecido pela sua simplicidade, marcando uma geração de políticos de esquerda na América Latina.

Dediquei-me a mudar o mundo e não mudei nada, mas estive entretido e deu sentido à minha vida. Morrerei feliz”, disse, em entrevista ao El País em novembro de 2024. Três meses antes, em conversa com o New York Times, disse que gostaria de ser recordado como um “velho louco”.

Nos anos 70, como membro da polémica guerrilha Tupamaros, Mujica resistiu a seis balas e, durante a ditadura militar, esteve preso quatro vezes ao longo de quase 15 anos. Já no período democrático foi eleito deputado em 1994 e, cinco anos depois, senador. Aos 74 anos chega a presidente, com o governo a aprovar iniciativas como a legalização do cannabis, a aprovação da interrupção voluntária de gravidez e o casamento gay.

Quando foi presidente recusou-se a viver na residência oficial, o palácio Suárez y Reyes, preferindo ficar na sua quinta em Rincón del Cerro, a trabalhar no campo. E doava 90% do salário a instituições de caridade, retendo cerca de mil euros. “Fico bem com essa quantia. Tenho de ficar bem porque há muitos uruguaios que vivem com muito menos”, disse ao diário espanhol El Mundo.

Crítico da sociedade de consumo, Mujica defendia menos trabalho e mais tempo livre. “O Uruguai tem 3,5 milhões de habitantes. Importa 27 milhões de pares de sapatos. Para quê?”, questionou, na entrevista ao jornal americano, antes de acrescentar que uma pessoa só “é livre quando escapa à lei da necessidade”. Caso contrário, o “mercado domina-nos e rouba-nos a vida”, concluiu.

Na rede social X, o atual líder do país, Yamandu Orsi, lamentou a morte e sublinhou que vai sentir a sua falta. “É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do nosso camarada Pepe Mujica. Presidente, militante, dirigente e líder. Vamos sentir muito a tua falta, meu velho. Obrigado por tudo o que nos deste e pelo teu profundo amor pelo teu povo“, lê-se.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Macron ameaça Rússia com mais sanções se não aplicar cessar-fogo

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

"A nossa vontade, se a Rússia confirmar que não está a respeitar o cessar-fogo de 30 dias, proposto por Kiev e pelos aliados, é voltar a aplicar sanções.", disse o presidente francês.

O Presidente de França anunciou esta terça-feira que os europeus vão impor sanções secundárias “nos próximos dias” se a Rússia “confirmar que não está a respeitar” o cessar-fogo de 30 dias na Ucrânia.

“A nossa vontade, se a Rússia confirmar que não está a respeitar o cessar-fogo de 30 dias, proposto por Kiev e pelos aliados, é voltar a aplicar sanções. Já aplicámos várias dezenas e vamos aplicar nos próximos dias, em estreita ligação com os Estados Unidos”, afirmou Emmanuel Macron.

O chefe de Estado francês, que esteve na Ucrânia com o chanceler alemão, Friedrich Merz, o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, e líder britânico, Keir Starmer, indicou que a coligação de países dispostos a dar garantias de segurança à Ucrânia no caso de cessar-fogo querem “adotar novas sanções [contra a Rússia] em conjunto com os Estados Unidos” de Donald Trump.

“Estamos à espera da resposta da Rússia”, afirmou, acrescentando que querem “ajudar a Ucrânia, mas nunca escalar”, por essa razão foi decidido “não enviar [tropas]” para Kiev.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 137 milhões de euros

  • ECO
  • 13 Maio 2025

O jackpot desta terça-feira é de 137 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 137 milhões de euros, decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot subiu depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 13 de maio:

Números: 9, 19, 44, 47 e 50

Estrelas: 2 e 9

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

França, Hungria e Itália apoiam Portugal na defesa dos direitos de autor com uso de IA

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

Portugal defende uma revisão das normas da IA para alinhamento com a lei dos direitos de autor ao nível europeu e a defesa efetiva dos criadores e da diversidade cultural.

França, Hungria e Itália apoiaram esta terça-feira uma iniciativa de Portugal para salvaguardar os direitos de autor no uso da Inteligência Artificial (IA) nos setores cultural e audiovisual, visando a “sustentabilidade das indústrias culturais e criativas europeias”.

“Durante o Conselho de Ministros da Cultura da União Europeia e na sequência do debate sobre a iniciativa proposta por Portugal relativa à salvaguarda dos direitos de autor e direitos conexos, os representantes de França, Hungria, Itália e Portugal sublinharam em conjunto as oportunidades e desafios gerados pela adoção rápida e generalizada da inteligência artificial de propósito geral para os setores cultural e audiovisual, particularmente no que respeita ao cumprimento dos direitos fundamentais, em especial os direitos de autor e direitos conexos”, refere um comunicado conjunto divulgado no final de uma reunião em Bruxelas.

“Durante o debate público, Eslovénia, Dinamarca, Lituânia, Letónia, Alemanha, Espanha, Estónia, Finlândia, Grécia, Chipre e Croácia manifestaram o seu apoio geral à iniciativa”, acrescenta o mesmo documento assinado por aqueles quatro países. Na reunião dos ministros da Cultural da UE, Portugal levou o tema da proteção dos direitos de autor e garantia de transparência, no âmbito da legislação europeia sobre IA.

O país defende uma revisão das normas da IA para alinhamento com a lei dos direitos de autor ao nível europeu e a defesa efetiva dos criadores e da diversidade cultural.

De acordo com o comunicado, divulgado esta terça no final do encontro, estes países advogam a “sustentabilidade das indústrias culturais e criativas europeias”, uma “abordagem concertada entre os Estados-membros”, a “segurança jurídica e transparência na utilização de dados” e ainda a salvaguarda dos “valores fundamentais”.

“Dada a complexidade técnica e jurídica da matéria, bem como a sua relevância estratégica para o futuro das indústrias culturais europeias, consideramos indispensável esta abordagem a nível ministerial, de modo a facilitar uma discussão aprofundada e transversal, permitindo antecipar desafios, clarificar posições e promover uma cooperação europeia sólida na proteção dos direitos fundamentais no contexto da inteligência artificial”, concluem.

Portugal esteve representado na reunião pelo secretário de Estado da Cultura, Alberto Santos. Em agosto de 2024, entrou em vigor na UE a lei da IA, a primeira legislação a nível mundial para esta tecnologia, que visa salvaguardar direitos fundamentais no espaço comunitário, mas no âmbito da qual apenas algumas disposições são já aplicáveis dado o período de adaptação de dois anos.

Esta é a primeira regulação direcionada para a IA, apesar de os criadores e os responsáveis pelo desenvolvimento desta tecnologia estarem já sujeitos à legislação europeia em matéria de direitos fundamentais, de proteção dos consumidores e de regras em matéria de segurança.

No que toca à legislação relativa aos direitos de autor, foi concebida para adaptar as normas à realidade do mercado único digital de forma a criar um equilíbrio entre a salvaguarda dos criadores e o acesso aos conteúdos.

Em vigor desde 2019 e transposta em Portugal em 2023, a diretiva atribui aos editores de imprensa um novo direito conexo sobre os seus conteúdos, responsabiliza plataformas como YouTube ou Facebook pela disponibilização de obras protegidas sem licença e impõe regras mais transparentes para garantir uma remuneração justa a criadores e artistas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sindicato anuncia greves para junho na Carris devido a impasse nas negociações

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

A greve na transportadora Carris está marcada para os dias 2 a 6 de junho, duas horas no início e no fim de cada serviço, e de 24 horas em 12 de junho.

O Sindicato Nacional de Motoristas e outros Trabalhadores anunciou esta terça-feira uma greve na Carris, parcial entre 2 e 6 de junho, e de 24 horas em 12 de junho, em protesto pelo impasse nas negociações com a empresa.

Em comunicado, o Sindicato Nacional de Motoristas e outros Trabalhadores (SNMOT) informou que irá convocar uma greve na transportadora rodoviária Carris, entre 2 e 6 de junho, de segunda a sexta-feira, de duas horas no início e no fim de cada serviço, e de 24 horas em 12 de junho.

A estrutura sindical explicou que o acordo sobre as atualizações salariais não implicaria o encerramento do processo negocial e que, juntamente com a empresa, iria constituir “grupos de trabalho com vista, nomeadamente, à redução do horário de trabalho de forma faseada para as 35 horas semanais”.

Segundo o SNMOT, já tinha conseguido reduzir a prestação de trabalho efetivo para cerca de 37 horas e 30 minutos semanais, “facto que só foi assumido por todos os envolvidos nesse processo algum tempo depois”, tendo-se realizado em 30 de abril a primeira reunião do grupo de trabalho criado para a redução da prestação de trabalho efetivo para as 35 horas semanais.

No entanto, a Carris, após solicitação do sindicato para que facultasse dados de forma a poder apresentar “propostas o mais fidedignas possíveis e alcançáveis pela empresa”, não o fez.

Ao contrário de outros, o SNMOT não pretende ficar à espera das propostas da empresa para depois as criticar ou as rejeitar” e “pretende fazer” o “que já fez com a redução da prestação efetiva de trabalho das 40 horas para as 37 horas e 30 minutos”, refere-se na nota, assegurando que “continuará a ser um sindicato pró-ativo e não passivo ou reativo”.

A estrutura sindical salientou que a empresa conhece o resultado do anterior plenário realizado em Miraflores (Oeiras), em que os trabalhadores mandataram o SNMOT para “convocar uma greve para o período festivo da cidade de Lisboa (Santo António) caso não existisse qualquer evolução” no processo.

A Carris, acrescentou o SNMOT, “parece ignorar todos os avisos dados pelos trabalhadores e pretende – mais uma vez – não cumprir com os seus próprios compromissos”, como o de que iria propor uma data para a reunião seguinte entre 5 e 9 de maio, o que incumpriu sem dar “qualquer justificação”, demonstrando o “respeito que os trabalhadores lhe merecem”.

Com a marcação da greve, em conformidade com o mandato recebido, o sindicato considerou que pode ser que assim “a empresa comece a respeitar os trabalhadores como merecem” e “não se lembre apenas dos trabalhadores quanto existem efemérides ou quanto acontece algo de anormal”.

A Carris está sob gestão da Câmara Municipal de Lisboa desde 2017 e os trabalhadores são representados por várias estruturas sindicais, como o SNMOT, o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), o Sitra – Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes, o Sitese – Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços e o ASPTC – Associação Sindical dos Trabalhadores da Carris e Participadas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ECO da Campanha. Debate sobre coligações pós-eleitorais vira à esquerda

Ao décimo dia de campanha, debate sobre os cenários pós-eleitorais continuaram a marcar o dia. Saúde e segurança também foram tema. Montenegro motivado com a presença do filho.

Depois de ser tema do dia na direita, o debate sobre coligações e o voto útil transferiu-se esta terça-feira para a esquerda, com os antigos parceiros de Geringonça a falarem sobre o tema, ao qual se juntou também o Livre. No dia em que uma sondagem dá ao PS a possibilidade de registar o pior resultado desde 1987, Pedro Nuno Santos, contou numa ação com a presença de antigos companheiros no governo de António Costa: Mariana Vieira da Silva, Ana Mendes Godinho (candidata a Sintra) e António Costa Silva.

“É só nisso que eu vou estar concentrado nos próximos dias, dizer às pessoas que é mesmo possível viver melhor em Portugal e que podem confiar em nós, não só neste contexto de incerteza, mas para continuarmos a transformar o país, para aumentarmos salários, para aumentarmos pensões, para reduzirmos o custo de vida, para garantirmos casas e defendermos o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, disse o líder socialista, citado pela Lusa.

Ainda assim, o debate sobre futuras coligações pós-eleitorais também não abandonou a direita. O líder da Iniciativa Liberal (IL) afirmou que está focado em convencer os portugueses e que não deixará de ser “muito exigente” com a coligação encabeçada por Luís Montenegro. “A AD não é um problema meu”, desvalorizou Rui Rocha. No entanto, mais tarde, garantiu que independentemente de uma eventual coligação pós-eleitoral, será “muito exigente” do ponto de vista das condições programáticas de mudança do país”.

“São também muito importantes, obviamente, todas as condições de credibilidade para executar um programa que tem de ser um programa diferente. Nós cá estamos para assegurar isso, como temos afirmado”, disse Rui Rocha. Uma questão à qual o líder da AD também não escapou. Luís Montenegro salientou que a AD não é “nem socialista”, “nem liberal”.

Na mesma ocasião, durante uma visita a uma escola técnica de polícias, Montenegro trouxe o tema da segurança para a ordem do dia, voltando a repetir o argumento de que Portugal “é um país seguro, mas que não dá essa segurança como adquirida” e de que o “aumento da criminalidade grupal, da delinquência juvenil, criando sentimento de insegurança que é preciso inverter” se combate com mais policiamento.

A presença do filho do primeiro-ministro na campanha da AD na segunda-feira ainda faz eco. “É uma situação completamente normal um filho ir apoiar um pai. Sinto-me muito motivado por ter a minha família comigo. Esteve presente para apoiar o pai. Foi esse o objetivo. Teve a simpatia de responder às vossas perguntas e disse aquilo que entendeu”, respondeu aos jornalistas o líder da AD quando questionado sobre o tema.

A segurança não foi o único tema abordado pelas caravanas ao longo do dia. A saúde também esteve em destaque, no rescaldo da presença da ministra Ana Paula Martins numa ação de campanha da AD na segunda-feira. A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, acusou a governante de ser “um caso muito paradigmático de incompetência, de arrogância e de uma visão sobre o SNS que está errada“.

“Diria que se tivesse que escolher uma destas três características, a mais importante é a visão errada sobre o SNS”, criticou. No dia em que garantiu que “não está em causa nem a sobrevivência nem o futuro do Bloco”.

Por seu lado, o secretário-geral do PCP reafirmou que a CDU nunca falhou “às soluções concretas para a vida das pessoas“. “Se todos fizessem como o PCP e a CDU fizeram sempre, a vida de cada um estaria muito melhor”, disse Paulo Raimundo, que falava aos jornalistas durante uma arruada em Benfica, no concelho de Lisboa, citado pela Lusa.

Já o líder do Chega admitiu que a vitória da AD “é uma possibilidade em cima da mesa”, mas considerou que “se Luís Montenegro vencer, nós não teremos estabilidade nos próximos meses em Portugal”. Em Tavira, André Ventura, que desde o arranque da campanha tem mostrado confiança que o seu partido será o mais votado, quando questionado sobre se a declaração se trata de uma mudança de posição, reafirmou: “Não mudou nada. A nossa convicção é a mesma, a de que vamos vencer”, afirmou.

Tema quente

Frente esquerda (pouco) unida

Com um cenário de instabilidade governativa a pairar não é apenas à direita que se fazem contas. Apesar de nenhuma das sondagens até à data apontar para uma maioria à esquerda, o tema tem sido trazido para a praça pública pelo líder do Livre desde o arranque da campanha. Enquanto o PS ataca com uma caça ao voto útil e o PCP e o BE procuram contrariá-lo, Rui Tavares defende uma solução governativa à esquerda para combater o “canibalismo e radicalismo” da direita.

“Não vou ficar sentado à espera que a esquerda deixe de ver passar navios, porque ouvimos os noticiários e percebemos que, basicamente, a direita já está a dividir o espólio”, disse o líder do Livre.

A posição de Rui Tavares não ficou sem resposta por parte do partido coordenado por Mariana Mortágua. “O programa da esquerda não pode ser ir para o Governo, porque depois perguntam-nos, ‘ok, e chegando ao Governo vão fazer o quê?’ Não basta chegar ao Governo, é preciso dizer às pessoas o que é que vamos fazer. E é por isso que estamos aqui a falar sobre habitação”, afirmou a bloquista esta tarde.

Segundo Mariana Mortágua, a esquerda “já mostrou no passado que se sabe unir”, em alusão à Geringonça, mas destacou que tal aconteceu “em torno de propostas e programas concretos”.

Um cenário que Paulo Raimundo também comentou para deixar recados. “O Livre faz apelos ao PS. O PS responde aos apelos do Livre. O que nós apelamos é ao nosso povo, aos trabalhadores, àqueles que trabalharam a vida inteira, à juventude, que provoquem um sobressalto. Provoquem um sobressalto não para as negociatas, mas para resolver a problema da vida de cada um”, disse, segundo a Lusa.

Para Paulo Raimundo, quem faz essa exigência “não está atrás”, mas “muito à frente, a querer firmar um projeto de futuro”.

A figura

Desinformação

Não é uma figura humana, mas pode influenciar determinantemente os resultados eleitorais. A desinformação também entrou na segunda semana de campanha. No arranque do dia, o TikTok anunciou um conjunto de medidas antes das eleições legislativas portuguesas, que levaram a remoção de “mais de 275 peças de conteúdo” que violavam as regras, incluindo desinformação. A rede social apagou ainda mais de 45.000 contas falsas, mais de 390.000 gostos falsos e 26.000 seguidores falsos relacionados com as eleições.

Durante a tarde, foi a vez da Comissão Nacional de Eleições (CNE) entrar em ação, alertando que “está a circular um e-mail fraudulento que, de forma ilícita, utiliza a identidade da Comissão, apresentando um endereço de remetente falsificado e disponibilizando um link para votar online“. Esta entidade explica que a mensagem constitui uma tentativa de fraude, com o objetivo de induzir os eleitores a acederem a uma ligação maliciosa.

No entanto, segundo apurou o ECO, a mensagem eletrónica em causa não se tratou de uma tentativa de fraude nem está em circulação. Foi apenas um banco que resolveu testar os funcionários para ciberataques.

O porta-voz da CNE, André Wemans, confirmou ao ECO que “no processo de investigação” desta situação que foi denunciada às autoridades, a Comissão “foi informada tratar-se de uma campanha de phishing interna sobre as eleições legislativas de forma a testar a capacidade de identificação e denúncia de tentativas de ataques de phishing por parte dos colaboradores de uma empresa particular”.

Não teve a CNE informação de outros casos semelhantes, mas, por uma questão de informação e esclarecimento, considerou importante emitir o comunicado [a alertar] que quaisquer e–mails com estes conteúdos devem ser considerados uma tentativa de fraude”, acrescentou o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições.

Numa outra nota, assinala-se que a CNE disponibilizou um serviço aos eleitores através do qual poderão reportar, através do Whastapp (com o número 964 846 227) casos de conteúdos de desinformação e publicidade paga. O objetivo é uma maior proximidade com os cidadãos em prol da transparência eleitoral.

“Se detetar conteúdos suspeitos, publicações enganosas ou publicidade paga nas redes sociais durante o período eleitoral, envie-nos uma mensagem. O seu contributo é essencial para uma campanha mais justa, clara e informada”, apelou.

A frase

"Os democratas-cristãos em Portugal só podem votar no PS. Ainda bem que o Adelino Amaro da Costa e o Diogo [Freitas do Amaral] não estão vivos para ver a desgraça em que o CDS se tornou.”

Basílio Horta

Ex-Dirigente do CDS-PP e autarca de Sintra eleito pelo PS nos últimos 12 anos

A surpresa

António Costa Silva

António Costa e Silva, um independente e antigo ministro da Economia do governo socialista de António Costa, veio dar forçar à campanha do PS. O mentor da arquitetura do Plano de Recuperação de Resiliência (PRR) subiu ao palco do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Queluz, em Sintra, para enumerar seis razões “vitais” para votar no PS e em Pedro Nuno Santos.

Primeiro começou por destacar que o secretário-geral socialista “é a única pessoa que pode impedir a vitória do candidato“, da AD, Luís Montenegro, que vai “introduzir a motosserra em Portugal“, com a IL. “Isto significa acelerar a destruição do SNS e a sua privatização, acelerar a privatização da Segurança social, da CGD. É colocar o Estado social como um Estado mínimo e isso significa direitos mínimos“, criticou.

Costa e Silva elogiou ainda o trabalho de Pedro Nuno Santos, enquanto ministro das Infraestrutura por “desafiar a inércia da máquina administrativa que penaliza o país“. E lembrou que com o então governante criou uma task force, “construímos uma agenda de 225 mil milhões de euros com o AICEP para lançar vários projetos e muitos deles estão a parar“. Porquê? “Porque não há liderança no atual Governo”, atirou.

E depois questionou, citando Luís Vaz de Camões: “Que liderança querem os portugueses? Um rei fraco torna fraca a forte gente. Por isso, temos de decidir se queremos um líder forte e responsável como Pedro Nuno Santos, comprometido com os problemas de Portugal, com coragem política para enfrentar a inércia política ou um líder, que não diria que é fraco, é fraquíssimo e isso ficou patente quando o país mais precisava”, durante o apagão elétrica.

O antigo ministro considerou que Luís Montenegro, “o líder que quer continuar a ser primeiro-ministro”, comportou-se “como uma barata tonta, sem saber o que dizer e a única mensagem foi para mobilizar os motoristas para enviar combustível“. “Não é com jerricãs que se vão resolver crises”, sinalizou.

Prova dos 9

"Temos uma situação singular. Depois destas eleições, no próximo domingo, durante cerca de um ano, não é possível haver uma dissolução do parlamento. Isso pode fazer com que o país caia num impasse.”

Luís Marques Mendes

O candidato presidencial Luís Marques Mendes afirmou que a campanha eleitoral para as legislativas não está a ser esclarecedora para os portugueses e revelou ter um entendimento próximo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, quando este disse que pretende dar posse a um executivo que consiga viabilizar o programa de Governo no Parlamento.

Marques Mendes justificou que durante cerca de um ano não é possível haver dissolução da Assembleia da República. É verdade?

De acordo com a Constituição, o Parlamento não pode ser dissolvido nos seis meses posteriores à sua eleição. Quer isto dizer, que o Presidente da República apenas poderia convocar novas eleições em novembro deste ano. Contudo, o chefe de Estado também não pode dissolver a Assembleia da República no último semestre do seu mandato. Com eleições presidenciais marcadas para janeiro de 2026, Marcelo Rebelo de Sousa já não terá respaldo para o fazer, podendo apenas ser decidido pelo próximo Presidente da República.

Conclusão: Correto.

Norte-Sul

Luís Montenegro arrancou o dia em Benavente, numa visita a um arrozal, de onde seguiu para um encontro com agricultores numa sociedade agrícola da mesma cidade. Partiu depois para Torres Novas para um encontro com a Polícia e termina agora o dia nas Caldas da Rainha num jantar-comício.

Não muito longe, em Lisboa, o seu principal opositor, Pedro Nuno Santos começou a manhã na Ajuda, num contacto com a população, almoçou num quartel de bombeiros em Queluz e termina o dia na Aula Magna, onde irá contar com a presença do ex-ministro das Finanças socialista, Fernando Medina, que optou por não integrar as listas do partido.

A capital foi também a localidade escolhida por Inês Sousa Real, que marcou ponto de encontro no Campo Pequeno para uma ação contra os espetáculos tauromáquicos. A poucos quilómetros, mas já a sul do Tejo, Mariana Mortágua abriu o dia numa visita a uma Universidade Sénior, no Seixal, rumando até Lisboa para um encontro com jovens na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH). A caravana bloquista seguiu depois para Braga, onde tem encontro marcado num comício com Francisco Louçã.

Por sua vez, a IL durante a manhã marcou presença em Setúbal, numa visita à Lisnave, mas durante a tarde regressou a Lisboa, para uma ação no Arco do Cego.

Paulo Raimundo também esteve em Lisboa, passando depois por Sintra e irá terminar o dia com um comício em Coimbra. Já a caravana de Rui Tavares marcou presença em Constância, seguindo depois para Aveiro. A Sul do país esteve André Ventura, com o dia dedicado a ações em Tavira.

No 11º dia de campanha, a caravana de Montenegro começa o dia com um contacto com a população em Arcos de Valdevez, parando para almoçar em Vila Verde, antes de seguir viagem até Braga, onde termina o dia com um comício. Ainda a norte, Mariana Mortágua estará em Santa Maria da Feira num encontro com trabalhadores por turnos durante a manhã e em Aveiro à noite, para um comício com Luís Fazenda, cabeça de lista por aquele círculo.

No entanto, será Setúbal que irá receber o maior número de líderes partidários na quarta-feira. A campanha do PS amanhece e anoitece na cidade, com Pedro Nuno Santos a fazer uma visita ao Mercado do Livramento e a fechar o dia num comício. Pelo meio, o almoço será em Almada. Não muito longe, Paulo Raimundo começa o dia em Loures, almoça com estudantes em Lisboa, de onde segue para um desfile em Setúbal.

Por sua vez, o partido de Inês Sousa Real arranca o dia em Faro, de onde parte em viagem até Almada, para uma reunião com o Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta. Por seu lado, o porta-voz do Livre, Rui Tavares, ficará por Lisboa, onde tem prevista uma pedalada.

Já a IL inicia o dia com uma visita ao mercado da vila em Cascais, seguindo para Pombal e terminando o dia em Leiria, onde tem marcado um jantar-comício.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quatro dias pelo Médio Oriente. Quais os objetivos de Trump?

No primeiro de quatro dias na sua visita ao Médio Oriente, Trump já arrecadou 600 mil milhões de dólares em investimento para o país e anunciou o fim das sanções contra a Síria.

O presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, começou esta terça-feira uma visita de quatro dias ao Médio Oriente, começando pela Arábia Saudita. O principal objetivo da viagem é discutir acordos económicos, procurando reforçar os laços com os parceiros do Golfo, segundo a Reuters. No primeiro dia já arrecadou 600 mil milhões de dólares em investimento para o país e anunciou o fim das sanções contra a Síria.

A primeira paragem do líder norte-americano foi Riade, na Arábia Saudita, onde participou durante a tarde num fórum de investimento em que Elon Musk, CEO da Tesla, foi um dos oradores. Esta foi a primeira visita formal de Estado e a segunda viagem ao estrangeiro desde a sua reeleição.

Na abertura do fórum e minutos antes da chegada de Trump, o ministro saudita Khalid al-Falih referiu que, “embora a energia continue a ser a pedra angular” da relação entre os dois países, os investimentos e as oportunidades de negócio expandiram-se. “Quando os sauditas e americanos unem forças, acontecem coisas muito boas e, na maioria das vezes, grandes coisas acontecem com essas joint ventures“, disse.

Mas o que espera Trump? Segundo a Reuters, o presidente norte-americano espera arrecadar biliões de dólares de investimentos dos produtores de petróleo do Golfo. Isto, porque a Arábia Saudita tinha prometido quase 600 mil milhões de dólares, mas Trump queria um bilião. Em troca, espera-se que os EUA disponibilizem um pacote militar no valor de mais de 100 mil milhões de dólares.

Já ao final da tarde foi anunciado pela Casa Branca: a Arábia Saudita vai investir 600 mil milhões de dólares nos Estados Unidos, tendo assim “luz verde” o acordo económico estratégico entre os países. Segundo referem os jornais, esse acordo abrange os setores de energia, defesa, exploração mineira e entre outras áreas.

Mas este valor pode aumentar. No fórum, o príncipe herdeiro saudita, Mohammed Bin Salman, adiantou que nos próximos meses os dois países vão trabalhar para aumentar esse valor para o pedido por Trump, um bilião de dólares.

À Reuters, fontes avançaram que na reunião os países discutiram a possível compra de jatos F-35 da Lockheed, um tipo de avião militar que está no radar saudita. Ainda assim, não é clara a “luz verde” americana, uma vez que daria à Arábia Saudita uma arma avançada que, no Médio Oriente, só está atualmente disponível em Israel.

Hoje, reafirmamos que é uma importante aliança e damos os próximos passos para tornar a nossa relação mais próxima, mais forte e mais poderosa do que nunca“, disse Trump, que avançou ainda o desejo de fazer um acordo com o Irão.

Recorde-se que durante as últimas décadas, os Estados Unidos e a Arábia Saudita têm mantido laços fortes, baseados num acordo em que os americanos fornecem segurança e os sauditas petróleo.

No discurso no fórum, Donald Trump anunciou que o secretário de Estado Marco Rubio vai reunir-se com o novo ministro dos Negócios Estrangeiros sírio na Turquia no final da semana para discutir a situação da Síria. “Vou ordenar o fim das sanções contra a Síria para lhes dar uma oportunidade de serem grandes“, sublinhou.

Trump concordou também em receber o presidente Sírio, Ahmed al-Sharaa, na quarta-feira na Arábia Saudita. Ainda considerado um terrorista pelos EUA, Sharaa pretende “suavizar” os ideias do presidente norte-americano em relação a Damasco e acalmar uma relação que se tem vindo a tornar cada vez mais tensa entre a Síria e Israel.

Mas a viagem de Trump não se fica por terras sauditas. O presidente norte-americano vai ainda nos próximos dias passar pelo Qatar e pelos Emirados Árabes Unidos, não estando prevista uma paragem em Israel.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Livre alerta que governo minoritário poderá rapidamente ficar em gestão

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

"Um governo minoritário na próxima legislatura, se não estiver assente num diálogo parlamentar que seja construtivo, pode muito rapidamente ser um governo em funções de gestão", disse Rui Tavares.

O porta-voz do Livre, Rui Tavares, alertou esta terça-feira que um governo minoritário, sem um diálogo parlamentar que seja construtivo, poderá “muito rapidamente” tornar-se num executivo em gestão.

“Um governo minoritário na próxima legislatura, se não estiver assente num diálogo parlamentar que seja construtivo, pode muito rapidamente ser um governo em funções de gestão”, afirmou Rui Tavares à saída do Hospital de Aveiro onde reuniu com os administradores.

Sem revelar se viabilizaria ou não um eventual Governo minoritário do PS, o dirigente do Livre assumiu que, para evitar esse cenário, é “importantíssimo” que se deixe de lado o jogo de quem é que chega primeiro, alegando que isso aplica-se ao futebol, mas não ao parlamentarismo.

“O que é preciso é ter uma maioria ou, pelo menos, uma base de apoio parlamentar a um governo que seja coerente e coeso”, reforçou. Na sequência da reunião em Aveiro, círculo eleitoral onde o Livre quer eleger deputados pela primeira vez, Rui Tavares revelou que, se houver um governo em gestão durante mais de um ano, isso impossibilita novas contratações e decisões administrativas na saúde.

Além disso, acrescentou, há reformas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que ficariam à espera de um governo que só viria com um novo ciclo político em 2026. O porta-voz do Livre, que desde o início da campanha eleitoral tem defendido uma solução de governabilidade à esquerda, considerou que a esquerda não tem de falar a uma só voz, mas tem de ser pragmática e coordenar-se na altura de encontrar uma maioria de governação.

“Isso é o que acontece noutros países europeus e é o que pode acontecer em Portugal, mas, evidentemente, não acontecerá com partidos que não trazem este tipo de atitude para o centro da ação política”, frisou. Rui Tavares reforçou que o Livre não está a concorrer para a oposição, muito menos para a oposição à restante esquerda, mas sim para a governação.

Por isso, é fundamental que o Livre seja um “partido decisivo e de charneira na política portuguesa” para mudar o país, insistiu. “Estou cada vez mais convencido de que apenas uma votação muito reforçada no Livre pode ser a chave para uma solução e uma alternativa de governação”, concluiu.

Nas últimas eleições legislativas, o Livre não conseguiu eleger em Aveiro, tendo os deputados sido distribuídos pelo PSD (sete), PS (cinco), Chega (cinco) e Iniciativa Liberal (um).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

NacionalGest compra corretora de seguros Cegrel

Está confirmada a aquisição da histórica corretora de Elvas, participada pelo grupo Villas Boas e liderada por Miguel Fino, pela corretora NacionalGest. Mais um negócio de seguros agrícolas.

A corretora NacionalGest acaba de entrar nos seguros agrícolas através da aquisição da Cegrel, corretora especializada em seguros agrícolas liderada por Miguel Fino e com participação do grupo Villas Boas.

Esta aquisição surge depois da recente tomada de posição do fundo de capital de risco Atena III, gerido pela Atena Equity Partners, na NacionalGest, através de um aumento de capital que lhe conferiu 51% das ações, tendo o restante ficado nas acionistas agregados pelo CEO Cláudio Gonçalves, que mantém a gestão da empresa.

A entrada da NacionalGest é para 100% do capital da Cegrel. Estava até agora distribuído em 25% no grupo Villas Boas, através da VB, por Miguel Fino com 22,5%, Alda Nunes com 11,5% e, com 10,25% cada um, por Paulo Lucena, José Miguel Gonçalves, José Eduardo Gonçalves e José Rasquilha, quase todos trabalhadores da empresa.

Embora atue nos segmentos de particulares e empresas, a Cegrel tem enorme especialização ramo agrícola de colheitas que representou 72% % das comissões obtidas em 2024. Estas receitas atingiram cerca de 800 mil euros em 2024, um valor 12% superior a um ano antes. No ano passado os resultados líquidos foram de 31 mil euros, o EBITDA de 74 mil e os capitais próprios de 490 mil euros.

Com a saída da Generali Tranquilidade do Ramo Agrícola — Colheitas, a Fidelidade tornou-se a mais relevante seguradora na carteira da Cegrel, tendo sido iniciada uma relação com a Caravela através da mediadora Safe Crop – hoje Schweizer Hagel. A Seguradora CA Seguros continua impedida pelos seus Estatutos de trabalhar com Corretores.

Sendo a 12.ª maior corretora de seguros do país em 2023, segundo o ranking ECOseguros, os números provisórios de 2024 indicam que a NacionalGest atingiu 7,5 milhões de euros de volume de negócios, significando um aumento de 40% face ao ano anterior. O EBITDA foi de cerca de 1,3 milhões de euros.

A partir do Algarve, a NacionalGest cresceu para mais de 30 lojas em Portugal, conta com 120 colaboradores e 154 mil clientes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

FMI pronto para novo apoio financeiro a Angola

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

“Se houver dificuldades em termos económicos, mesmo com as políticas já empreendidas, e o governo angolano quiser contactar o FMI, nós estaremos ao dispor", indicou responsável do FMI.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) manifestou-se esta terça-feira disponível para um novo apoio financeiro a Angola e enalteceu as reformas e medidas económicas “bastante prudentes” que têm sido implementadas no país lusófono africano.

A disponibilidade para um novo financiamento a Angola foi manifestada, em Luanda, pelo diretor do FMI para África, Abebe Salassie, à saída de uma audiência com o Presidente angolano, João Lourenço, onde foram abordadas a situação económica de Angola e a nível global. Segundo o responsável, a possibilidade de um novo financiamento a Angola não foi discutida neste encontro, mas, afirmou, a instituição financeira internacional está pronta a qualquer apoio que o Governo angolano venha solicitar.

“Se houver dificuldades em termos económicos, mesmo com as políticas já empreendidas, e o governo angolano quiser contactar o FMI, nós estaremos ao dispor. Neste momento não foi discutido nenhum assunto sobre financiamento, mas como sempre o FMI estará pronto para apoiar quando assim for”, disse Abebe Salassie em declarações aos jornalistas.

Salassie afirmou que a situação económica global e de Angola dominaram as conversas no Palácio Presidencial, no contexto de uma missão da instituição que se encontra no país desde a semana passada, referindo que o FMI também partilhou as suas perspetivas sobre as reformas desenvolvidas no país.

“Falámos também sobre a perspetiva do FMI em relação às reformas económicas que estão a ser empreendidas em Angola”, adiantou, felicitando o Presidente angolano pelos resultados obtidos. O responsável do FMI referiu-se também à volatilidade do preço do petróleo no mercado internacional, como fator que impacta várias economias a nível mundial, mas referindo as medidas económicas bastante prudentes tomadas pelo Governo de Angola.

“[Neste encontro] também conseguimos ver as medidas económicas que estão a ser tomadas no sentido de recalibração [da economia do país], bem como as políticas em curso no sentido de esbater todas as dificuldades económicas”, concluiu Abebe Salassie.

Uma missão do FMI encontra-se em Angola desde a semana passada para reuniões com a equipa técnica angolana no quadro da Avaliação Pós-Financiamento, com o objetivo de avaliar a capacidade de Angola assegurar os reembolsos ao Fundo, num contexto de riscos crescentes associados à descida dos preços do petróleo, ao alargamento dos spreads soberanos e ao aperto das condições de financiamento externo, segundo o Ministério das Finanças (Minfin).

A missão do FMI está previsto ficar concluída esta terça, depois de reuniões técnicas com diferentes departamentos ministeriais, com o propósito de monitorar a sustentabilidade das finanças públicas, avaliar os riscos macroeconómicos emergentes e aprofundar o diálogo em torno das reformas estruturais necessárias à estabilidade e ao crescimento sustentado da economia nacional.

Segundo o jornal económico Expansão, o Governo angolano avalia a possibilidade de recorrer a um novo programa de curto prazo do financiamento ao FMI, que deve terminar em 2026, dada as “dificuldades” que tem encontrado para financiar o Orçamento Geral do Estado (OGE).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

IL sugere que prefere entrar no Governo a acordo parlamentar

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

Rui Rocha insiste que a IL é um "partido de governação para mudar, com prioridades claras". E rejeita acordo parlamentar? "Não estou a rejeitar, mas também não estou a incluir", disse.

O líder da IL disse “não rejeitar nem incluir” a possibilidade de fazer um acordo de incidência parlamentar após as legislativas, mas pretender assumir a “liderança de políticas” no país porque é um “partido de governação”. Em declarações aos jornalistas na inauguração de um cartaz da IL no Jardim do Arco do Cego, em Lisboa, Rui Rocha voltou a afirmar que a IL é um “partido de governação para mudar, com prioridades claras, os problemas que afetam o país”.

Interrogado se isso significa que está a rejeitar um acordo de incidência parlamentar com a AD após as eleições legislativas, Rui Rocha respondeu: “Não estou a rejeitar, mas também não estou a incluir”.

“A ideia que temos nesta altura é que queremos mudar o país. Como é que isso se faz? Faz-se assumindo responsabilidades políticas, assumindo liderança de políticas e, portanto, aquilo que nós pedimos aos portugueses é força para dar prioridade a estes temas que afetam a vida dos portugueses e para podermos assumir a liderança das políticas em áreas determinantes”, disse.

Nestas declarações aos jornalistas, Rui Rocha foi questionado sobre a quem é que se referia num jantar que fez esta segunda-feira à noite, em Albufeira, quando disse que a IL não é como outros que fazem “taticismo, esquemas, pequena política” e que “vivem enredados no mundo dos bastidores”.

Rui Rocha respondeu que se referia a todos os que “levaram o país a uma crise política e não puseram os interesses do país em primeiro”, considerando que foi o caso de todos os partidos, com exceção da IL. “Quando nos distinguimos, não se trata de excesso de confiança, trata-se apenas de dizemos aos portugueses: nós somos estes que vieram mudar e reformar o país, somos estes que queremos retomar a dignidade na política”, referiu.

Interrogado sobre como é que tenciona recuperar a dignidade política e “mudar o comportamento ético” dos políticos – conforme referiu no jantar de Albufeira de segunda-feira, numa aparente alusão a Luís Montenegro –, Rui Rocha disse que quer fazê-lo “pelo exemplo”.

“Com a nossa capacidade de pôr os interesses dos portugueses acima de outras circunstâncias, com o testemunho do trabalho que temos feito, quer em termos pessoais na nossa vida, quer enquanto partido político, sempre a pôr os interesses dos portugueses em primeiro lugar, à altura das circunstâncias e não envolvidos nos tais jogos político-partidários”, disse.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.