Alexandre Ramos é o novo CTO da seguradora espanhola Caser

  • ECO Seguros
  • 21 Janeiro 2025

O reformador das plataformas tecnológicas da Liberty na Europa seguiu para a seguradora Caser com idênticas funções.

O novo Chief Information & Technology Officer (CIO/CTO) da seguradora espanhola Caser é o português Alexandre Ramos que vai liderar a transformação digital e de negócio, a modernização de estratégia e IT, a estratégia de dados, cloud e a cibersegurança da companhia do grupo Helvetia.

Alexandre Ramos é o novo CTO da espanhola Caser, após seis anos como responsável tecnológico da Liberty na Europa.

Alexandre Ramos ocupou durante seis anos cargo idêntico na Liberty na Europa, negócio adquirido pela Generali no ano passado, e era no final do ano passado o líder de tecnologia da seguradora em Portugal, Espanha, Irlanda e Irlanda do Norte.

Engenheiro informático formado em Coimbra com mestrado concluído em Lisboa, esteve profissionalmente sempre ligado à área tecnológica na AXA, durante oito anos na Lusitania, depois na Altice, tendo entrado na Liberty em 2018. Assegurou a transição para a Generali durante seis meses até ao final de 2024.

Alexandre Ramos será CTO da Caser e fará parte da equipa de gestão do CEO Juan Estallo e com Emilio Fernández (recursos humanos), Antonio López (riscos), e David Gómez (estratégia, transformação e cliente). Juan Estallo como CEO e Alexandre Ramos como CTO estiveram juntos na Liberty até ao final do ano passado.

A seguradora espanhola pertence ao grupo Helvetia que também tem interesses na Suíça, Alemanha, Áustria, Itália e França. Em Espanha, Juan Estallo será igualmente CEO do grupo.

A Caser é uma seguradora Vida e Não Vida com 1,6 mil milhões de euros de prémios emitidos em 2023, 1.700 colaboradores, cerca de 180 lojas próprias e de agentes, tem mais de 2 milhões de clientes e um total de 8 mil pontos de venda.

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Mútua de Saúde: Primeiro são os seguros, depois os serviços

Rui Leão Martinho, presidente do Conselho de Administração da Mútua Portuguesa de Saúde, explica o foco nas médias empresas e adianta que quer conquistar mercado em três anos.

Rui Leão Martinho, presidente do Conselho de Administração da Mútua Portuguesa de Saúde, em entrevista ao podcast do ECO “Insurtalks”.Hugo Amaral/ECO

Há pouco mais de três meses no mercado há procura que mais médias empresas se tornem suas clientes, a Mútua Portuguesa de Saúde vê o horizonte de três anos como o tempo necessário para se tornar robusta o suficiente para que os “os custos da própria companhia sejam cobertos pelas receitas”.

Rui Leão Martinho, presidente do Conselho de Administração da seguradora, revela ao ECOseguros que se a atividade se tornar robusta a médio/longo prazo vai alargar a sua oferta além dos seguros para incluir serviços de saúde, como “assistência domiciliária” e em “forma de casas onde as pessoas possam estar alojadas para receber determinados tipos de cuidados – como cuidados paliativos”.

Neste episódio da rubrica quinzenal Insurtalks, mergulhamos na estratégia do novo player do mercado. Nesta conversa, o ex-bastonário da Ordem dos Economistas explica como é que os fundadores vão recuperar o capital investido na seguradora mutualista, o que a distingue da concorrência, porque é que há poucas mulheres no setor segurador e abordamos outros temas, sem deixar para trás a origem da mutualista.

Veja aqui a Insurtalk com Rui Leão Martinho:

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TAP pagou 4,4 milhões para comprar Portugália à TAP SGPS antes da privatização

O Governo anunciou esta terça-feira que a TAP adquiriu as participações da Portugália, Cateringpor e UCS à holding. Empresas já serão integradas na reprivatização.

A TAP adquiriu a totalidade das participações da Portugália, Cateringor e UCS – Cuidados Integrados de Saúde que pertenciam à TAP SGPS, que foi renomeada SIAVILO SGPS, anunciou esta terça-feira o Governo. A companhia aérea pagou 4,4 milhões de euros pela Portugália, segundo apurou o ECO junto de fonte conhecedora ao processo.

“O grupo TAP, com o apoio do Governo, concluiu as operações societárias necessárias à persecução do Plano de Reestruturação acordado com a UE, preparando assim a TAP SA para o processo de reprivatização”, afirma o comunicado enviado às redações.

O Executivo informou ainda que no dia 17 de janeiro realizou a última injeção de capital previsto no Plano de Reestruturação, no valor de 343 milhões. Com esta tranche, o montante colocado na TAP sobe para 3,23 mil milhões de euros, completando os aumentos de capital previstos. O capital social da TAP passa a somar 656,6 milhões de euros.

A TAP SGPS era a proprietária da totalidade do capital da Portugália, que opera voos de médio curso para a TAP com a marca TAP Express.

Era também a acionista maioritária da Cateringpor (através da TAPGer), que fabrica as refeições servidas a bordo, com 51% do capital, sendo o restante controlado pela Gate Gourmet Switzerland Holding, um operador do setor. O Governo informa no comunicado que “a operação relativa à Cateringpor fica pendente ainda de aprovação do Tribunal de Contas”.

Com a aquisição destas duas empresas pela TAP, a que acresce a UCS – Cuidados Integrados de Saúde (também através da TAPGer), a holding – que desde o final de 2021 não tem qualquer participação na companhia aérea – fica esvaziada. Resta a participação na Manutenção & Engenharia do Brasil, que está em processo de liquidação.

O comunicado não indica o montante pelo qual foram adquiridas aquelas sociedades pela TAP. A integração da Portugália e da Cateringpor na companhia aérea também já fazia parte dos planos do anterior Executivo.

O Governo pretende relançar este ano a reprivatização da TAP, devendo avançar com o decreto-lei ainda durante o primeiro trimestre.

(notícia atualizada às 19h53 com indicação do valor da transação da Portugália)

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Uso da carteira profissional de jornalista não é facultativo mas “imperativo legal”, diz CCPJ

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2025

A presidente da CCPJ explicou também que não há fiscalização das carteiras profissionais "no sentido clássico" e que esta acontece quando são feitos os pedidos de renovação dos títulos.

Paulo Ribeiro, membro do plenário da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), afirmou esta terça-feira que o uso do título não é facultativo, mas um imperativo legal, e a presidente adiantou que existem três processos de contraordenação.

Jacinto Godinho, também membro do plenário da CCPJ, apontou as dificuldades que o órgão atravessa e defendeu a necessidade de compensar a CCPJ pelo não aumento dos emolumentos e encontrar um modelo de financiamento adequado que mantenha a sua independência.

Licínia Girão, Jacinto Godinho e Paulo Ribeiro falavam na audição do órgão na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, no âmbito do requerimento do grupo parlamentar do Chega sobre o cumprimento das obrigações relativas à posse de carteira profissional por jornalistas.

A Comissão da Carteira “tem parcos recursos […], só tem cinco funcionários” e uma advogada “contratada em part-time”, enquadrou a presidente do órgão, Licínia Girão, que detalhou como se procede quando um título de jornalista está perto de caducar.

Explicou que não há fiscalização das carteiras profissionais “no sentido clássico”, mas “quem é responsável pela renovação dos títulos” são os próprios jornalistas, que fazem o pedido.

“Aí fazemos alguma fiscalização, particularmente estes três membros aqui presentes”, com um “cuidado acrescido de verificar essas listas, nomeadamente procurar saber se a pessoa que está a renovar” está habilitada para tal, contou, dando exemplos.

“Já nos deparámos com presidentes de câmara com carteira profissional de jornalista, já nos deparámos com outras cenas caricatas”, relatou Licínia Girão, apontando que em casos como estes o pedido de renovação do título é indeferido.

Em suma, “não ficamos de todo só à espera das denúncias, podemos atuar por denúncia, participação, por conhecimento oficioso”, elencou, salientando que os funcionários da CCPJ “estão cada vez mais despertos e atentos” em procurar verificar se as carteiras estão válidas.

Sobre a notícia, no ano passado, que dava conta de jornalistas cujo número da carteira profissional não constava no site da CCPJ, pelo que não teriam o título válido, a presidente da CCPJ apontou que “havia situações em que não estava lá o número da carteira no sistema porque a pessoa estava a processo de renovação dentro dos prazos”.

“Mas se houver um atraso da parte da Comissão desaparece [também] essa informação”, apontou. Neste momento, “temos três processos de contraordenação levantados, um está reformado e o resto são carteiras”.

O uso da Carteira Profissional não é facultativo, é um imperativo legal“, sublinhou, por sua vez, Paulo Ribeiro. Não é a “carteira que faz o jornalista, mas é o imperativo legal”, insistiu o responsável, apontando que a “falta de meios é limitativo” para a Comissão da Carteira.

A CCPJ “deve continuar como órgão representativo, mas perante os novos desafios […] deverá ter um papel ainda mais ativo”, prosseguiu, apontando que quando há congelamento dos emolumentos da emissão dos títulos são meios financeiros que não entram no órgão.

Até porque não é a Comissão da Carteira que define o aumento, ou não, do preço, por lei cada vez que o Salário Mínimo Nacional sobe isso repercute-se no valor, tem de ser uma portaria do Governo, se é congelado, os meios têm de vir de outro lado, argumentou, apontando que já apresentaram propostas de alterações legislativas.

“Se não aumentam os emolumentos”, então é “muito urgente tratar do funcionamento da Carteira Profissional porque a contrapartida não foi estabelecida, foi tomada uma decisão por parte do Governo em não aumentar, mas não foi dito” qual a compensação disso, apontou Jacinto Godinho.

Com uma equipa composta por cinco funcionários e uma jurista a tempo parcial, “o que a lei prevê é que façamos o trabalho [na CCPJ] depois do nosso trabalho”, criticou, defendendo a necessidade de encontrar melhores condições para que o órgão cumpra a sua missão.

A CCPJ “é um organismo independente e tem de ser manter essa independência”, pelo que “gostaria que na Assembleia da República se pensasse em soluções também” para que a Comissão da Carteira “pudesse viver de forma mais independente”.

Considerou ainda que outra forma de fiscalizar se os jornalistas têm o título válido “depende dos políticos e autarcas”, em que estes podem pedir para ver se o profissional possui a Carteira Profissional.

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Inapa “sempre teve situação financeira de subcapitalização”

Antigo CEO da distribuidora de papel reconhece que a empresa sempre apresentou falta de capitais próprios, o que justificou pedidos de financiamento feitos à Parpública nos anos anteriores à falência.

A Inapa apresentou o seu pedido de falência no passado dia 29 de julho, na sequência de quebra de tesouraria de curto prazo na Alemanha, no entanto há muito que as contas da empresa apresentavam problemas, com uma dívida demasiado pesada para a sua estrutura. Frederico Lupi, antigo CEO da companhia, reconhece que “a Inapa sempre teve uma situação financeira de subcapitalização” e os esforços da administração, desde 2019, focaram-se em sensibilizar os acionistas para a necessidade de reforçar os capitais próprios da empresa. Gestão apresentou sete pedidos de financiamento à Parpública, mas foram todos rejeitados.

É preciso distinguir uma situação que é falta de capitais próprios vs falta de liquidez imediata, que foi o que se verificou no final da Inapa [com a quebra de tesouraria de curto prazo na Alemanha]. A Inapa sempre teve uma situação financeira de subcapitalização, ou seja, falta de capitais próprios face aos capitais alheios, vulgo empréstimos bancários, com os consequentes custos inerentes a essa situação”, explicou esta tarde Frederico Lupi, antigo administrador da distribuidora de papel, numa audição parlamentar, a pedido do Chega.

Confrontado pelos deputados com os problemas que a Inapa já apresentava nos anos anteriores e com a súbita falência em julho, meses depois de a empresa publicar o seu Relatório e Contas onde garantia a continuidade da atividade nos próximos 12 meses, Lupi insistiu que a situação financeira da Inapa – que vinha a deteriorar-se fruto da quebra do negócio da venda de papel e da elevada dívida – e a falha de liquidez na Alemanha são duas situações distintas, voltando a apontar responsabilidades à Parpública.

Lupi garantiu que a intenção da administração anterior [Lupi assumiu a liderança em junho de 2023], mas também da sua administração desde finais de 2019 era explicar “explicar aos acionistas esta situação” e conjuntamente com eles “discutir formas de reforçar os capitais próprios da Inapa”.

Quanto à Inapa, que detinha cerca de 45% da empresa, Lupi adiantou que havia contactos nesse sentido e os planos da empresa não passavam apenas pela injeção de dinheiro da Parpública. “Passava por uma injeção de dinheiro da Parpública, é verdade, mas também da parte dos bancos que, nessa altura eram acionistas, nomeadamente o Novobanco e o BCP, fazerem um perdão de dívida“, reiterou.

Segundo o anterior líder da falida Inapa, foram feitos “sete pedidos de financiamento diferentes para reforço de capitais próprios à Parpública, com diversas configurações”, acrescentando que “a Parpública sempre acompanhou a atividade da Inapa” e há cerca de 48 registos de contactos feitos com este acionista.

Frederico Lupi confirmou ainda que desconhecia – até poucos dias antes de informar sobre a falência do grupo e ter pedido que a Parpública participasse numa injeção de emergência de 12 milhões de euros para impedir a insolvência – que a empresa pública tinha a ordem — que já vinha do anterior Governo de António Costa — para não colocar dinheiro na Inapa. Uma informação que, disse, a gestão da empresa desconhecia até ao dia 18 de julho de 2024, três dias antes de anunciar que ia avançar com o pedido de insolvência na Alemanha e, consequentemente, em Portugal.

“Nunca tínhamos falado numa instrução no sentido de não financiar Inapa”, garantiu, referindo-se à reunião com o vice-presidente da Parpública, Marco Neves, no dia 18 de julho. Tal como também já tinha sido noticiado pelo ECO, face a esta informação, o então CEO da Inapa apelou diretamente ao secretário de Estado do Tesouro e das Finanças para que levantasse essa instrução, mas sem sucesso.

Questionado por que não procurou a Inapa outras alternativas para a empresa, perante as sucessivas recusas de financiamento do acionista Estado, desde 2020, Frederico Lupi adiantou que o fez e que tinha um entendimento com os chineses da JPP, tendo estes enviado “no início julho uma carta prévia de conclusão de compra até final 2024 e a possibilidade de um empréstimo temporário para suprir necessidades”. Contudo, sem a injeção de emergência na Alemanha a empresa não viu outra alternativa senão o pedido de insolvência.

Sobre o destino dos 200 trabalhadores da Inapa em Portugal, Frederico Lupi garantiu que na data em que renunciou como CEO, dia 22 de julho, não havia despedimentos e os salários estavam em dia.

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EDP vê mercado de grande crescimento nos EUA. “Precisam dos centros de dados e para isso precisam de energia”, diz CEO

"Os Estados Unidos querem liderar na inteligência artificial e no digital. Precisam dos centros de dados e para isso precisam de energia. Estamos aqui para a fornecer", diz o CEO. Ações estão a cair.

O CEO da EDP EDPR 2,31% , Miguel Stilwell de Andrade, afirma que a elétrica portuguesa continua a ver os Estados Unidos como um grande mercado para a empresa, com perspetivas de crescimento, mesmo no contexto da nova presidência. “[Os Estados Unidos] precisam de toda a oferta [de energia] que for possível”, acredita, apontando os objetivos de liderança da maior economia do mundo no que diz respeito à inteligência artificial.

“Continuamos a vê-los [aos Estados Unidos] como um grande mercado, um grande mercado em crescimento“, afirmou o presidente executivo da EDP numa entrevista à CNBC, transmitida esta tarde. “[Os Estados Unidos] precisam de toda a oferta [de energia] que for possível”, quer sejam renováveis ou gás, continuou, apontando que estas deverão ser as fontes de energia principais a alimentar os centros de dados.

Eu acredito que os Estados Unidos querem a liderança na inteligência artificial e no digital. Para isso, precisam dos centros de dados e para isso precisam de energia, e nós estamos aqui para fornecer essa energia“, rematou Stilwell. A EDP já investiu 20 mil milhões de euros nos Estados Unidos desde que entrou neste mercado, em 2007, e fê-lo também durante a última administração liderada por Donald Trump, relembrou o chefe máximo da equipa executiva da elétrica.

As ações da grupo EDP registaram quedas fortes na bolsa de Lisboa esta terça-feira, com a ‘casa mãe EDP’ a recuar 1,76% para 3,069 euros e a EDP Renováveis EDPR 2,31% a tombar 2,11% para 9,26 euros.

Os títulos foram castigados pela posição anti-renováveis de Donald Trump, que no discurso da tomada de posse como 47º presidente dos EUA esta segunda-feira reiterou que o futuro energético do país é o “drill, baby, drill”, ou seja, a perfuração de poços de petróleo.

A acrescentar pressão, o Jefferies cortou esta-terça-feira o preço alvo das ações da EDP para 3,30 de 3,70 e o da EDPR para 11 euros cada, de 13 euros.

Sobre as perspetivas para os próximos anos, o líder do grupo EDP diz-se “otimista”. Conta terminar 2024 em linha ou acima do objetivo de 1,3 mil milhões de euros. Sobre 2025, prevê uma revisão nos preços da energia “mas, ainda assim, estamos a prever bons anos”, indica, sustentando esta visão, novamente, com a “boa procura” por energia, “uma das metas críticas”. “Estão a acontecer mudanças nas políticas [públicas], mas os fundamentais estão lá“, afirmou.

(Notícia em atualização)

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Governo abre conta no TikTok. Objetivo é falar com os jovens

O novo canal pretende "reforçar a proximidade com os jovens, promovendo o diálogo e a transparência através de conteúdos adaptados às plataformas digitais", avança o gabinete do primeiro-ministro.

O Governo lançou esta terça-feira a sua conta oficial no TikTok. A iniciativa faz parte de uma estratégia de modernização da comunicação governamental. “Este novo canal visa reforçar a proximidade com os jovens, promovendo o diálogo e a transparência através de conteúdos adaptados às plataformas digitais“, avança o gabinete do primeiro-ministro. “O que faz o primeiro-ministro” é o primeiro vídeo.

Apostando em temas como habitação jovem, emprego, educação e saúde mental, a conta pretende demonstrar como as políticas públicas impactam o quotidiano. Além disso, oferecerá uma perspetiva dos bastidores da governação e do processo de tomada de decisões, desmistificando o funcionamento das instituições públicas, prossegue o Governo.

Os conteúdos serão informais e informativos, permitindo descomplicar temas complexos e promover o interesse pela participação cívica. A iniciativa reflete o compromisso do Executivo em promover uma comunicação rigorosa, transparente e credível, utilizando ferramentas modernas para combater a desinformação e criar um ambiente digital mais positivo”, conclui, sem comentar as polémicas que têm envolvido a rede social da ByteDance, suspensa durante o fim de semana nos EUA e entretanto já novamente disponível.

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Na Europa, a Comissão Europeia indicou na última semana não ter “qualquer intenção” de suspender atividades das plataformas digitais – como o X ou o TikTok – na União Europeia. “A Comissão Europeia não tem qualquer intenção de suspender quaisquer plataformas individuais. Queremos garantir que os cidadãos e as empresas da União Europeia possam utilizar todas as plataformas, desde que, obviamente, cumpram a legislação”, disse hoje o porta-voz da instituição para a área digital, Thomas Regnier.

Em dezembro, dois dias após a Comissão Europeia abrir uma investigação ao TikTok por alegadas interferências nas eleições da Roménia, o responsável da rede social com a pasta das relações com setor público veio a Portugal garantir que a empresa está a investir na segurança, a controlar as contas dos candidatos e a aprender com cada ida às urnas.

Estamos mais bem equipados, aprendemos enquanto empresa, mas não é um trabalho acabado. Temos estado a trabalhar com fact checkers [verificadores], políticos… Ninguém consegue vencer esse jogo sozinho”, afirmou Enrico Bellini, responsável do Tik Tok pelas relações governamentais no sul da Europa, num encontro com jornalistas portugueses, em Lisboa.

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UE quer (res)seguradoras mais robustas para evitar “recurso ao dinheiro dos contribuintes”

As instituições executivas europeias aprovaram diploma para reforçar a resiliência do setor segurador e assim evitar que em caso de crise se recorrer ao bolso dos contribuintes.

O Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia aprovaram o diploma para reformar (e reforçar) os mecanismos que as empresas de seguros e resseguros têm ao seu dispor para recuperar e resolver dificuldades financeiras que enfrentem.

A diretiva 2025/1 tem também como objetivo “prevenir o recurso ao dinheiro dos contribuintes para garantia da proteção dos credores das entidades financeiras e da estabilidade financeira”, explica a especialista consultada pelo ECOseguros, Leonor Futscher de Deus, diretora da área de seguros da Broseta Abogados Portugal.

Perdas devem ser suportadas principalmente pelos acionistas

Este diploma introduz planos de prevenção para as empresas de seguro, ou seja, ferramentas para as empresas agirem antes de se materializarem problemas de solvência, o que não estava previsto na Diretiva Solvência II.

Quanto à resolução das empresas, estabelece mecanismos para assegurar “a manutenção das funções críticas dos operadores” e que a liquidação é feita de forma ordenada de maneira a que as perdas sejam suportadas principalmente pelos acionistas, “sem prejudicar os direitos dos tomadores de seguros, beneficiários e lesados”.

O diploma prevê ainda a criação da autoridade nacional de resolução (para cada Estado-Membro) com poderes para intervir “rápida e atempadamente em situações de crise e impor medidas de resolução reforçadas”.

Mesmo com a criação deste órgão, a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e os restantes supervisores de seguros europeus podem ser chamados “a exercer funções de resolução desde que sejam estabelecidos mecanismos adequados a prevenir conflitos de interesse entre funções”.

Além de querer assegurar que as empresas têm mecanismos mais robustos para enfrentar crises, quer que as autoridades competentes tenham “os meios adequados para intervir rápida e atempadamente numa situação de crise (incluindo no caso de grupos transfronteiriços)”.

Nesse sentido, “promove uma cooperação coordenada e eficiente entre as autoridades competentes dos Estados-Membros no que respeita às atividades transfronteiriças.”.

Deste modo, as instituições europeias acreditam que se minimizará o impacto negativos “de tais situações na economia e no sistema financeiro dos Estados-Membros, bem como nos tomadores de seguros, beneficiários e lesados.”.

“Trata-se de um regime novo, bastante denso e impactante, que irá trazer inúmeros desafios para operadores e autoridades competentes.”, considera a advogada.

A Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares (EIOPA) desempenhará o papel de coordenação das práticas das autoridades de resolução dos Estados-Membros. “Caber-lhe-á também a elaboração de projetos de normas técnicas de regulamentação e execução para apresentação à Comissão”, explica Leonor Futscher de Deus.

Em relação à ASF, a especialista explica que terá um papel fundamental na transposição da Diretiva, “nomeadamente em matéria de estudos relativos a modelos institucionais e técnicos de recuperação e resolução, colaboração na elaboração do anteprojeto de diploma de transposição e participação na elaboração dos projetos de normas técnicas de regulamentação, de execução e orientações pela EIOPA”.

A data-limite para a transposição é dia 29 de janeiro de 2027, esclarece Leonor Futscher de Deus.

 

(Artigo atualizado às 18h05 com a correção relativa à data-limite para a transposição da diretiva)

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Portugal reforça apoio a agência da ONU

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2025

Paulo Rangel indica que com este apoio de 650 mil euros, somam-se mais de 10 milhões de euros já enviados por Portugal para a agência da ONU para os refugiados palestinianos.

O Governo português reforçou no final do ano, com 650 mil euros, o apoio à agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNWRA), que Israel se prepara para suspender, anunciou esta terça-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Paulo Rangel, que falava no início de uma audição na comissão parlamentar de Assuntos Europeus, adiantou que, com este apoio de 650 mil euros, somam-se mais de 10 milhões de euros já enviados por Portugal para esta agência da ONU.

Segundo o chefe da diplomacia portuguesa, este apoio ocorreu “justamente porque havia sinais” de que pode ocorrer agora “uma distribuição da ajuda humanitária muito mais efetiva”, com a implementação do cessar-fogo na Faixa de Gaza, em vigor desde domingo, alcançado entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.

O Governo português mantém a posição de não reconhecer o Estado da Palestina, disse também o ministro dos Negócios Estrangeiros, que destacou que o cessar-fogo em Gaza abre “uma janela de esperança” para a solução dos dois Estados.

“A posição do Governo não se alterou. Na atual conjuntura, com esta janela de esperança que foi o acordo conseguido para a libertação dos reféns e cessação das hostilidades e com a entrada massiva de ajuda humanitária, devemos manter esta posição”, afirmou em resposta ao Bloco de Esquerda.

O acordo alcançado entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, que impôs um cessar-fogo desde domingo, tem “um equilíbrio frágil”, reconheceu o ministro, mas pode ser “a base da construção de um cessar-fogo verdadeiro e depois de uma solução negociada” dos dois Estados, Israel e Palestina. Para Rangel, o reconhecimento da Palestina não se justifica “neste momento”.

“É um passo simbólico, outros reconheceram e nada aconteceu”, comentou, aludindo ao reconhecimento da Palestina por Espanha e Irlanda – dois países da União Europeia – e Noruega, no ano passado. O chefe da diplomacia portuguesa saudou, por outro lado, o aumento da entrada de ajuda humanitária em Gaza desde o início da trégua, “que passou de 18 a 20 camiões para 600 camiões por dia”, o que “pode mudar substancialmente a situação humanitária, que é catastrófica”.

Portugal não espera “impacto assinalável” de eventuais deportações dos EUA

O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou ainda que eventuais deportações de portugueses em situação irregular nos Estados Unidos não terão “um impacto assinalável”, adiantando que o Governo “está preparado” e a trabalhar em articulação com o governo dos Açores.

“Não temos previsão de que tenha um impacto assinalável, mas cá estamos, estamos sempre prevenidos”, disse Paulo Rangel, questionado pelo PS e Bloco de Esquerda sobre eventuais planos de deportação, já anunciados pelo novo Presidente norte-americano, Donald Trump.

O chefe da diplomacia portuguesa afirmou que o Governo lidará com a situação “sempre em estreita articulação com o Governo regional dos Açores”, de onde são oriundos grande parte dos emigrantes portugueses nos EUA. Rangel ressalvou que “todos os anos há deportações de cidadãos portugueses e todas são tratadas com muito cuidado e atenção pelo Governo português”.

“Estamos preparados para as deportações”, afirmou. O deputado do PS e antigo secretário de Estado das Comunidades José Luís Carneiro afirmou que a medida anunciada por Trump pode afetar 3.600 portugueses, sendo Portugal, a par da China e Espanha, um dos três países com mais overstayers, imigrantes que viajaram para os EUA com um visto de 90 dias e que excederam esse prazo.

Antes de entrar para a audição regimental, Rangel disse à imprensa que “o Ministério dos Negócios Estrangeiros, através da secretaria de Estado das Comunidades, está sempre pronto para resolver as situações que venham a ocorrer e dentro dos mecanismos próprios do Direito internacional”.

“Não há nenhuma situação que indicie alarme ou uma preocupação especial”, mas o Governo mantém “uma atenção, uma vigilância maior, que será feita com todo o cuidado e diplomacia”, adiantou o ministro, que salientou: “Não antecipo nenhuma crise”. No dia seguinte à posse do republicano Donald Trump como 47.º Presidente norte-americano, Rangel destacou que “a relação com os Estados Unidos é fundamental para Portugal”.

“Queremos ter, como sempre tivemos, as melhores relações com os Estados Unidos e com a nova administração do Presidente Trump, que não é a primeira vez que é Presidente e temos já experiência de lidar com a sua administração”, comentou.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h57)

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Governo disponível a ajustar lei dos solos para incorporar sugestões do PS

O Governo garante que estabeleceu preços máximos, na nova lei dos solos, ainda que não tenha fixado o preço a que as casas serão vendidas.

O Governo está disponível a fazer alguns ajustamentos à lei dos solos para incorporar as sugestões do Partido Socialista e, desta forma, conseguir o apoio necessário para assegurar a vigência da lei que vai ser alvo de uma apreciação parlamentar na sexta-feira.

“Se o PS tiver uma formulação melhor estamos totalmente abertos a alterar a lei”, disse Manuel Castro Almeida esta terça-feira na Comissão de Poder Local. Questionado pela deputada socialista Marina Gonçalves sobre a razão pela qual tinha desaparecido da lei a expressão contiguidade, o ministro Adjunto e da Coesão explicou que esteve presente quase até ao fim da elaboração do diploma, mas perante as dúvidas do que é contíguo – na casa ao lado, do outro lado da rua, a 100 metros? – a opção foi retirar o termo e usar “um conceito mais urbanístico: assegurar a consolidação da aglomeração urbana, com coerência”. Ou seja, “evitar a pulverização”.

No entanto, o responsável garantiu que se o PS tivesse uma formulação melhor para esta preocupação que é de ambos, o Governo está aberto a aceitá-la. O essencial é garantir que não serão construídas casas no meio de um terreno ou no meio da floresta, explicou.

“Esta tentativa pode não estar perfeita em todas as alíneas deste diploma, mas está na orientação certa, criar condições para baixar o preço das casas”, disse Castro Almeida. “Resolver o problema da habitação afetando menos de 1% dos terrenos rústicos em Portugal é um preço que estou disposto a pagar”, disse, elencando ainda medidas como a construção e reabilitação de casas com apoio do PRR e do Orçamento do Estado e a garantia pública no crédito à habitação.

Mas há outras expressões que também desapareceram da lei e que preocupam a oposição. É o caso do critério do arrendamento acessível. Ao ser retirado, o Bloco de Esquerda entende que foi aberta a porta à especulação imobiliária.

O Governo garante que estabeleceu preços máximos, na nova lei dos solos, ainda que não tenha fixado o preço a que as casas serão vendidas. No entanto, a oposição contraria esta convicção e alerta que em 95% dos municípios, onde a lei terá impacto, fará os preços da habitação subir.

“Estabelecemos no Decreto-Lei que 70% da área total de construção se destine a habitação pública ou a habitação de valor moderado“, disse o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, numa audição a pedido do Bloco de Esquerda.

É precisamente a formulação de valor moderado que está a suscitar o debate público que o Executivo se estava a preparar para não fazer ao aprovar a lei na época natalícia, atirou a deputada Joana Mortágua, uma crítica secundada pelo deputado comunista Alfredo Maia.

“Acha que eu tinha medo de fazer esta discussão?”, perguntou Castro Almeida. “O Governo está feliz por dar um passo em frente para resolver o problema da habitação em Portugal. Toda a publicidade seria bem-vinda”, acrescentou. Ao retirar da lei o critério do arrendamento acessível, o Bloco entende que foi aberta a porta à especulação imobiliária.

A deputada bloquista questionou Castro Almeida por que razão não colocou na lei o limite de 6% nas mais-valias a realizar no negócio imobiliário resultante destas operações, já que é esse a média de retorno que os investidores desejam neste setor.

Numa intervenção escrita, Castro Almeida rejeitou as críticas de que o Executivo não tenha estabelecido limites e defende que ao aumentar a oferta de casas em terrenos de menor custo isso irá reduzir os preços da habitação. “Por mera cautela, para dissuadir qualquer tentação especulativa, o Decreto-Lei fixa preços máximos que estão claramente abaixo dos preços correntes no mercado da habitação. Valores moderados”, garante.

E para ilustrar a forma como a lei vai funcionou elenca que o preço máximo que um T2 com 90 metros quadrados pode atingir será 264 mil euros na Amadora, 226 mil euros em Gaia, 217 mil euros no Montijo, 208 mil euros na Maia, 197 mil euros em Coimbra, 179 mil euros em Braga e 150 mil euros em Vila Real.

“Quem nestas localidades ande à procura de casa sabe muito bem que não encontra atualmente casas novas com valores desta ordem”, sublinha, frisando que estes valores não são especulativos, embora, reconhecendo que existe um problema de rendimentos no país que impede muitas famílias de aceder a uma habitação. “Este diploma não vai aumentar salários, mas vai baixar o preço das casas, ainda não será o suficiente. Se conseguir baixar 10 a 20% o preço das casas e 10 a 20% dos portugueses que não podiam comprar casa possam passar a fazê-lo, ficarei satisfeito”, disse.

“Os valores médios nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto ou nas capitais de distrito são, em média, 20% mais caros que os valores máximos definidos no decreto-lei. É o contrário da especulação. São preços anti-especulativos “, sublinhou, reconhecendo que estes 50 casos são os que mais preocupam o Executivo – Lisboa e do Porto e capitais de distrito.

Castro Almeida sublinhou que o Governo está, de facto, a baixar o preço das casas porque na sede de um concelho as casas novas serão vendidas a um preço máximo determinado pela mediana das casas usadas quer no centro do concelho quer nas freguesias limítrofes. Além de que esta mediana é maioritariamente de casas usadas, já que 79% das vendas é deste tipo de imóveis. “Queremos construir a um preço muito mais barato do que o preço corrente do mercado e suficientemente atrativo para que um empresário queira construir“, explicou.

O Governo começou por agir do lado da procura “através da isenção de IMT, de imposto de selo, introdução da garantia pública no crédito à habitação”, explicou o responsável. Medidas que PS e BE alertaram que estão a fazer disparar o preço da habitação. Mas reconhece que “não é suficiente”.

“É agora a vez de tomar medidas do lado da oferta: libertar solos para construir mais habitação”, explicou, reiterando que cabe às câmaras e assembleias municipais, mediante proposta técnica, alterar os PDM. Acelerar o processo de alteração do PDM é uma das grandes preocupações do Executivo.

Castro Almeida sublinhou que esta lei visa reforçar o poder de decisão do poder local, das autarquias. É a elas que cabe avaliar se há escassez de oferta de terrenos urbanos para construção e se seria possível construir mais casas ao usar alguns terrenos rústicos, explicou o responsável. Se assim for então podem decidir fazê-lo, disse.

(Notícia atualizada a última vez às 18h03 com mais informação)

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Fórum para a Competitividade estima crescimento entre 1,7% e 2,1% em 2025

Fórum para a Competitividade estima uma aceleração do crescimento económico de entre 1,5 e 1,6% em 2024 para entre 1,7% e 2,1% em 2025.

O Fórum para a Competitividade prevê um crescimento da economia portuguesa entre 1,7% a 2,1% em 2025, embora defenda que o país precisa de uma taxa superior. Na nota de perspetivas empresariais, divulgada esta terça-feira, a instituição aponta ainda para uma taxa de inflação entre 1,9% e 2,1% este ano.

A análise assinada por Pedro Braz Teixeira, diretor do gabinete de estudos do Fórum, estima uma “melhoria limitada do crescimento”, de entre 1,5% e 1,6% em 2024 para entre 1,7% e 2,1% em 2025, estabilizando entre 1,6% e 2,1% em 2026. Esta previsão fixa-se abaixo dos 1,8% projetados pelo Governo para 2024 e de 2,1% este ano.

A nível nacional, a incerteza política terá diminuído com as últimas sondagens, que terão decrescido o interesse de vários partidos da oposição em criar uma crise política. Isto é uma boa notícia para a aprovação de reformas económicas de que o país tanto precisa e para a criação de um ambiente favorável ao investimento”, refere a nota do Fórum, que assinala também a expetativa de redução das taxas de juro.

Ainda assim, considera que, além dos desafios conjunturais, “é necessário recordar que Portugal continua a evidenciar um crescimento modesto, a necessitar de melhorar, como, aliás, o atual Governo definiu no seu programa“.

O Fórum para a Competitividade estima um abrandamento da inflação nacional, de 2,4% em 2024 para entre 1,9% e 2,1% em 2025, com estabilização entre 1,8% e 2,1% em 2026.

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Deputado do Chega alvo de buscas por suspeitas de furto de malas no aeroporto

  • ADVOCATUS e Lusa
  • 21 Janeiro 2025

O deputado terá alegadamente ter furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas dos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada. André Ventura marca reunião de emergência do partido para esta terça.

O deputado do partido Chega Miguel Arruda foi alvo de buscas na sua residência nos Açores, bem como na casa que ocupa em Lisboa, avança o Público. Em causa estão suspeitas de um crime de furto qualificado, por o deputado alegadamente ter furtado, durante vários meses, malas dos tapetes de bagagens das chegadas dos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada quando viajava no início e no final da semana de trabalhos parlamentares. O crime de furto qualificado é punido com pena de prisão até cinco anos ou 600 dias de multa.

Segundo o Público, a Assembleia da República é obrigada a levantar a imunidade parlamentar do deputado. Assim, o tribunal tem de pedir o levantamento da imunidade ao gabinete do presidente da Assembleia da República para conseguir ouvir Miguel Arruda.

Segundo a Polícia de Segurança Pública, as buscas decorrem desde as 12h00 e estão a ser realizadas pela investigação criminal do Comando Metropolitano de Lisboa no âmbito de um inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.

A PSP refere que a investigação não está relacionada com as funções que Miguel Arruda exerce enquanto deputado na Assembleia da República. A PSP indica ainda que o deputado do Chega não foi detido, sendo necessário o levantamento da imunidade parlamentar.

André Ventura marca reunião de emergência para amanhã

O líder do Chega agendou para esta quarta-feira uma reunião de emergência com a direção nacional do partido e o deputado Miguel Arruda, que foi alvo de buscas por suspeitas de furto de malas em aeroportos, para perceber o que está em causa.

André Ventura disse aos jornalistas que já informou o deputado de que é preciso dar explicações sobre o alegadamente sucedido. “O Chega tem sido um partido particularmente exigente. Os políticos têm os mesmos direitos do que os outros, mas têm mais deveres de explicação do que os outros”, afirmou, em declarações a partir dos Estados Unidos, para onde se deslocou para assistir à tomada de posse do presidente norte-americano, Donald Trump.

O presidente do Chega diz que defende o levantamento da imunidade do deputado, até porque é “do interesse do partido, do país e dos eleitores que tudo seja esclarecido”.

“É preciso que esse levantamento da imunidade seja feito, para que as autoridades judiciais e policiais, possam mostrar aquilo que têm e desenvolverem a sua investigação sem nenhuma limitação”, defendeu o também candidato às presidenciais.

“Vejo com enorme estupefação o conteúdo da notícia em si e quero deixar claro que, para nós, todos têm de cumprir a lei sejam deputados ou não. Essa é a mensagem que, desde o início, temos passado: ninguém está acima da lei e nenhum deputado do Chega também não”, garantiu André Ventura, que regressa amanhã a Lisboa.

(Notícia atualizada às 19h26 com a reação de André Ventura)

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