Número de funcionários públicos bate recorde no primeiro ano de Montenegro

O número de funcionários públicos aumentou 1% entre o terceiro e o quarto trimestre, atingindo quase 754 mil postos de trabalho. Também em comparação com o período homólogo, a subida foi de 1%.

A Administração Pública terminou o ano de 2024 com quase 754 mil postos de trabalho, de acordo com a síntese estatística divulgada esta sexta-feira. É o valor mais elevado desde, pelo menos, 2011. Tanto em cadeia, como em termos homólogos, registou-se um aumento de 1%.

“A 31 de dezembro de 2024, o emprego no setor das administrações públicas situou-se em 753.850 postos de trabalho, o que representou um aumento de 1,0% (+7.581 postos de trabalho) face ao trimestre anterior. Em relação ao trimestre homólogo, o aumento foi de 1,0% (+7.476 postos de trabalho)”, informa a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), numa síntese divulgada esta sexta-feira.

No que diz respeito à variação homóloga, importa destacar que o referido aumento teve duas origens: a administração local (em particular, as câmaras municipais, que somaram 3.713 postos de trabalho) e a administração central (em resultado do acréscimo de 831 docentes de ensino universitário e superior politécnico, 641 técnicos superiores e 644 educadores de infância e docentes do ensino básico e secundário).

“Para o aumento homólogo contribuiu ainda o emprego nas áreas governativas da Presidência do Conselho de Ministros (+1.747 postos de trabalho) e da Saúde (+1.730 postos de trabalho), no primeiro caso em consequência da passagem de trabalhadores de várias áreas governativas para as comissões de coordenação e desenvolvimento regionais e, no segundo caso, pelo aumento de postos de trabalho nas carreiras de enfermeiro (+916), de técnico de diagnóstico e terapêutica (+434) e de médico (+238)”, detalha a DGAEP.

Quanto à subida em cadeia, o aumento dos empregos na administração central explicam. “Ocorreu sobretudo nos estabelecimentos de educação e ensino básico e secundário (+4.290) e nas unidades orgânicas de ensino e investigação (+1 975)”, é assinalado na síntese divulgada esta tarde.

E em comparação com o último trimestre de 2011 – ano em que se inicia a série –, houve um aumento de 3,6% do número de funcionários públicos. Aliás, o total registado em dezembro de 2024 é o valor mais elevado de toda a série, conforme mostra o gráfico acima.

Por outro lado, quanto às remunerações, em outubro de 2024, o valor do salário base médio mensal da Função Pública foi de 1.772,7 euros, mais 0,4% do que em julho e mais 6,9% do que no mesmo mês de 2023.

Este crescimento é resultado da conjugação de vários fatores, nomeadamente a entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios, as medidas de valorização remuneratória aprovadas para os trabalhadores em funções públicas e a atualização do valor da salário mínimo nacional para 820,00 euros e do valor da base remuneratória da Administração Pública – o “salário mínimo” do Estado – para 821,83 euros.

Já se considerarmos não apenas o salário base, mas também os subsídios, suplementos e horas extra, conclui-se que o ganho médio mensal nas Administrações Públicas foi de 2.137,4 euros em outubro de 2024, mais 1,1% do que no trimestre anterior e mais 8,5% do que há um ano.

(Notícia atualizada às 18h31)

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Jogadores do Barcelona testam e personalizam automóveis da Cupra

  • + M
  • 14 Fevereiro 2025

A ação surgiu no âmbito da recente renovação da parceria entre a marca automóvel e o FC Barcelona até 2029, em que foi alargado o patrocínio a todas as equipas desportivas profissionais do clube.

Numa ação de parceria entre a Cupra e o Barcelona, os jogadores de futebol da equipa espanhola personalizaram aqueles que serão os seus novos automóveis depois de os terem testado numa experiência de condução no Circuito de Terramar. O test-drive incluiu testes de aceleração, condução nas “curvas únicas do circuito” e avaliação da agilidade através de um percurso de slalom.

Os 22 jogadores do Barcelona — incluindo o embaixador da marca Cupra, Marc ter Stegen — mas também o treinador Hansi Flick, tiveram assim a oportunidade de explorar a gama de modelos da marca e testarem a potência e desempenho dos modelos, escolhendo depois o seu carro preferido, configurando-o de acordo com as suas preferências.

A nossa colaboração com o FC Barcelona é mais do que uma parceria. Tanto a nossa marca como o clube têm um espírito de desafio e uma ambição vencedora que nos distingue. Também partilhamos um compromisso com as futuras gerações de talentos e amantes de automóveis”, diz Ignasi Prieto, chief brand officer da Cupra, citado em comunicado.

“Quisemos oferecer uma experiência inesquecível aos jogadores, um evento em que desafiamos a emoção da condução e a elevamos a um nível novo e emocionante. Os jogadores tiveram a oportunidade de selecionar os seus próprios heróis dentro da nossa equipa e testá-los num local único, o Circuito Terramar, levando as suas capacidades de pilotagem ao limite”, acrescenta.

Esta ação surgiu no âmbito da recente renovação da parceria entre a marca automóvel e o FC Barcelona até 2029, em que foi alargado o patrocínio a todas as equipas desportivas profissionais do clube.

Para celebrar o 125º aniversário do FC Barcelona, a marca lançou também uma “campanha centrada nos talentos da próxima geração, protagonizada pelos jovens futebolistas das equipas masculina e feminina”.

Após o dia de configuração dos automóveis, a marca vai agora entregar os automóveis personalizados aos atletas nas próximas semanas, “reforçando ainda mais a sua presença global e o seu compromisso com o desporto e o talento“, refere-se em nota de imprensa.

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UE terá “papel ativo” nas negociações para o fim da guerra na Ucrânia, diz Rangel

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2025

O ministro dos Negócios Estrangeiros português acredita que a UE vai ter um papel nas negociações para o fim da guerra na Ucrânia porque "tem sempre um papel muitíssimo relevante" na reconstrução.

O chefe da diplomacia portuguesa, Paulo Rangel, defendeu esta sexta-feira que a União Europeia (UE) será “muitíssimo relevante” no pós-guerra na Ucrânia e terá “um papel ativo” nas negociações de paz, após o “pontapé de saída” da administração norte-americana.

“Se olharmos para aquilo que são os cenários de saída deste conflito, a União Europeia tem sempre um papel muitíssimo relevante, para não dizer decisivo neles, designadamente naquilo que será o pós-guerra”, a nível da construção da paz e da reconstrução do país,e isso implica que a União Europeia venha a ter também um lugar e um papel ativo no quadro negocial que se venha a desenvolver”, afirmou o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, em entrevista por telefone à agência Lusa, à margem da Conferência de Segurança de Munique, que arrancou esta sexta nesta cidade no sul da Alemanha.

A solução futura, salientou, passa por um “envolvimento enorme” da UE na Ucrânia, a nível militar – para dar “garantias de segurança”, eventualmente com a presença de forças de países europeus naquele país – financeiro – para a reconstrução -, e também na integração europeia.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, destacaram hoje, à margem da Conferência de Munique, a “vontade de intensificar os trabalhos para acelerar” a adesão da Ucrânia ao bloco europeu. “Evidentemente que isso significa que a União Europeia será um parceiro neste contexto”, destacou o ministro português.

Os Estados Unidos têm sinalizado sistematicamente que desejam justamente que a União Europeia, ou países europeus, possam fazer parte das garantias de segurança, que a União Europeia possa financiar a reconstrução e que a União Europeia possa integrar a Ucrânia”, acrescentou Paulo Rangel.

Segundo o governante português, os Estados Unidos são “um parceiro fundamental, até na persuasão e dissuasão, seja da Federação Russa, seja da Ucrânia, no fundo, ao convidá-las de uma forma muito persuasiva a poderem passar por um processo de cessar-fogo e para um processo negocial”.

Rangel rejeitou assim a ideia de que a UE e até a própria Ucrânia estejam afastadas do processo negocial. “Há aqui, talvez, uma análise demasiado simplista, quando se acha que isto é algo que será feito apenas a partir dos Estados Unidos”, comentou.

Segundo o ministro, “a proposta dos Estados Unidos até agora, basicamente, é apenas um pontapé de saída”, tendo em conta que já estão a decorrer “conversas iniciais” entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, com os homólogos ucraniano, Volodymyr Zelensky e russo, Vladimir Putin. Questionado se Portugal preferia que a UE estivesse mais presente neste momento, Rangel considerou que esta é ainda “uma fase muito inicial”.

“É muito cedo para saber qual é o formato e qual é o roteiro” para as negociações, disse, referindo que “cada processo de paz tem as suas especificidades”.

“Agora o que é preciso é que estas primeiras consultas iniciais possam ter depois uma continuidade, num processo mais ordenado e regulado, em que obviamente, todos aqueles que estão envolvidos ou que serão parte da solução no futuro terão uma palavra a dizer”, defendeu. Sobre a posição de Portugal para as condições de negociação de Kiev, Paulo Rangel reiterou ser a mesma da UE e da NATO.

“Nesta fase, em que ainda não há nenhum desenvolvimento efetivo, nós defendemos a posição de partida para as negociações: o respeito pela integridade territorial da Ucrânia, o respeito pela sua soberania, a sua vocação europeia e a sua eventual entrada na NATO”, enumerou. Depois, ressalvou, no quadro das negociações, “poderá haver aqui matérias em que haja transações, cedências, concessões, das duas partes”.

A situação na Ucrânia, quando se cumprem quase três anos da invasão russa, dominou esta sexta os debates na Conferência de Munique, mas o ministro destacou como novidade o facto de a Comissão Europeia propor a ativação da cláusula de salvaguarda, possibilitando uma flexibilização das regras orçamentais para permitir que os 27 do bloco europeu invistam mais nas suas indústrias de defesa.

A este respeito, a presidente do executivo comunitário recordou que a UE gasta atualmente cerca de 2% do PIB (Produto Interno Bruto) em defesa, passando de pouco mais de 200 mil milhões de euros antes da guerra para mais de 320 mil milhões em 2024, um valor que pretende agora aumentar “consideravelmente”.

“Porque passar de pouco menos de 2% para mais de 3% significa centenas de milhares de milhões de euros de investimento adicional todos os anos, por isso precisamos de uma abordagem corajosa”, afirmou Von der Leyen.

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Nova equipa da Parvalorem já está em funções

  • ECO
  • 14 Fevereiro 2025

Sofia Torres foi reconduzida à frente do veículo que gere os ativos problemáticos do BPN para um novo mandato até 2027. Joaquim Valente e António Duarte entram na nova equipa.

A nova equipa da Parvalorem já iniciou funções no início do mês. Como o ECO avançou, Sofia Torres continua à frente do veículo que gere os ativos problemáticos do antigo BPN. E conta com dois novos colegas na administração para o mandato até 2027: Joaquim Valente e António José Duarte.

Quanto a António José Duarte, é um homem da casa. Desde 2019 que era diretor de Crédito e Imobiliário na Parvalorem, onde ingressou em 2012 depois da sua passagem pelo BPN na direção de operações.

Já Joaquim Valente foi assessor do grupo parlamentar do PSD em 2021 e depois trabalhou como diretor financeiro na empresa Transportes Metropolitanos de Lisboa, que gere a Carris Metropolitana.

A Parvalorem foi criada em 2010, juntamente com a Parups e Parparticipadas, na sequência da nacionalização do BPN, dois anos antes.

Estes veículos financeiros ficaram responsáveis pela gestão e recuperação os ativos do banco falido, incluindo crédito, imóveis, obras de arte e outros negócios.

No final de 2023, ano em que registou prejuízos de quase 100 milhões de euros, a Parvalorem devia cerca de 5,3 mil milhões ao Estado por conta das injeções financeiras realizadas no âmbito da nacionalização do BPN. O ativo ascendia a cerca de 456 milhões de euros.

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UE não pode preencher “vazio” deixado pelos EUA nas organizações, diz Kallas

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2025

Kallas não acredita que a UE possa "preencher o vazio deixado pelos EUA" nas organizações multilaterais, mas quer fazer o possível "em áreas que também são de interesse estratégico".

A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, afirmou esta sexta-feira que os 27 têm “muitas possibilidades nestes tempos turbulentos”, lamentando, porém, que não possam preencher o vazio que os Estados Unidos estão a deixar nas organizações internacionais.

No que diz respeito às organizações multilaterais, não creio que possamos preencher o vazio deixado pelos Estados Unidos, mas queremos fazer o que pudermos em áreas que também são de interesse estratégico para nós”, afirmou Kallas num painel na Conferência de Segurança de Munique.

Kaja Kallas disse que a Europa procura “formas de atuar” e “aumentar o poder geopolítico”, garantindo que a união Europeia (UE) “tem muitas possibilidades nestes tempos turbulentos”, porque é “o parceiro fiável que todos procuram”. Salientou ainda que muitos países e organizações “estão atrás das portas” da UE.

“Acredito sinceramente que a UE tem a oportunidade de estar presente, de ser visível e de hastear a bandeira europeia nas relações com outros países, porque somos um parceiro fiável e previsível”, argumentou.

Por seu lado, o Alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, alertou para o facto de o mundo estar a atravessar “uma mudança muito profunda” que atinge o núcleo de “todos os instrumentos de direitos humanos” que a sociedade internacional desenvolveu desde o final da Segunda Guerra Mundial, como a carta fundadora das próprias Nações Unidas.

“Há ataques diretos contra as instituições internacionais, contra o sistema penal internacional, contra funcionários, de uma forma que nunca vimos antes”, notou Türk na sua intervenção, referindo-se ao recente decreto do Presidente dos EUA, Donald Trump, que sanciona o Tribunal Penal Internacional (TPI) pelas suas ações contra os norte-americanos e os seus aliados, como Israel.

“Não nos podemos dar a esse luxo, porque se estas instituições, que pretendem ser salvaguardas, forem enfraquecidas, tudo fica enfraquecido”, alertou.

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Um encontro inusitado: relojoaria e alta pâtisserie prolongam São Valentim até março

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 14 Fevereiro 2025

O encontro foi marcado em Paris. No Mandarim Oriental da Cidade-Luz, a Bell & Ross desafiou o chef pasteleiro Julien Dugourd a preparar uma experiência inusitada para os mais gulosos.

No coração de Paris, o hotel Mandarin Oriental preparou uma experiência imersiva para o Dia dos Namorados. Em parceria com a reconhecida marca de relojoaria Bell & Ross e o chef pasteleiro Julien Dugourd, o hotel oferece uma fusão sublime de arte culinária e relojoaria fina, criando um convite irrecusável ao prazer dos sentidos.

Até ao dia 2 de março, os hóspedes e visitantes podem embarcar em uma jornada gastronómica que celebra dois ícones da arte pasteleira e do design relojoeiro. Julien Dugourd, com sua habilidade incomparável, criou sobremesas inspiradas nos relógios mais emblemáticos da Bell & Ross, trazendo à vida a estética e a inovação que caracterizam a marca. A primeira criação, baseada no BR-01 Cyber Skull Bronze, é uma obra de arte doce que combina crocante caribenho, mousse de chocolate e caramelo, finalizada com tons de bronze que evocam o espírito do relógio. A outra sobremesa, inspirada no BR-01 Cyber Sapphire, é uma experiência visual e gustativa, projetada para encantar os paladares mais exigentes.

Estas iguarias serão servidas no restaurante do hotel e também estarão disponíveis para refeições no quarto, proporcionando aos hóspedes a flexibilidade de desfrutar de uma experiência gourmet no conforto do seu espaço. O ambiente sofisticado do Mandarin Oriental torna-se o cenário perfeito para estas criações excecionais, onde a alta relojoaria se junta à pâtisserie de luxo.

E a experiência não termina na mesa. Para aqueles que desejam explorar ainda mais a arte da relojoaria, a oferta “Be My Valentine by Bell & Ross” inclui uma visita exclusiva à boutique Bell & Ross no Village Royal, onde os convidados podem descobrir de perto os modelos da marca, como o BR-01 Cyber Skull Bronze e o BR-01 Cyber Sapphire, que inspiram estas sobremesas.

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Os próximos namoros do Benfica, Sporting e FC Porto

Nesta jornada, dentro dos três grandes, o Benfica é teoricamente quem tem o desafio mais difícil: Santa Clara fora de casa no sábado às 18h00. No mesmo dia, o Sporting vai receber às 20h30 o Arouca.

Todas as jornadas o interesse, no geral, prende-se sobretudo aos três grandes Benfica, Sporting e FC Porto. No entanto, há uma equipa desta Primeira Liga que agarrou pelos colarinhos a curiosidade de muitos adeptos.

Em último lugar da tabela e, resolvendo os impedimentos da FIFA, o Boavista (de agora Lito Vidigal) inscreveu nove jogadores: Tomas Vaclik, Layvin Kurzawa, Steven Vitória, Marco Van Ginkel, Moussa Koné, Osman Kakay, Vitalii Lystov, Sidoine Fogning e Gboly Ariyibi. O objetivo é claramente salvar o Boavista e sair da zona de despromoção, porém esta ação é algo que deixa dúvidas, tendo em conta o que se soube da situação económica dos axadrezados. O próximo jogo é esta sexta-feira às 20h15 contra o Estrela Amadora.

Nesta jornada, dentro dos três grandes, o Benfica é teoricamente quem tem o desafio mais difícil: Santa Clara fora de casa no sábado às 18h00. No mesmo dia, o Sporting vai receber às 20h30 o Arouca que vive um ótimo momento e, um dia depois, o FC Porto vai ao Algarve para enfrentar o Farense.

Olhando à última semana, o maior destaque foi o empate entre o FC Porto e Sporting (1-1) no Dragão, com drama final. Mencionar que as águias venceram o Moreirense por 3-2 no Estádio da Luz.

Santa Clara x Benfica: Voo turbulento nos Açores

O Benfica está constantemente a andar numa montanha-russa – uma temporada de altos e baixos à mistura – e agora vai enfrentar o Santa Clara nos Açores, a equipa sensação desta Primeira Liga 24/25. Neste momento, as águias seguem um regime de vitórias (2-0 à Juventus; 3-2 ao Estrela Amadora; 3-2 ao Moreirense e 1-0 ao AS Monaco) e, olhando somente ao resultado, são quatro jogos consecutivos a ganhar e isso merece o seu destaque.

Contudo, e ao mesmo tempo, foram dois jogos seguidos do Benfica na Liga incapaz de gerir uma vantagem de dois golos, com dificuldades na primeira fase de construção resultando em golo sofrido e, mais importante ainda, duas graves lesões no plantel.

Alexander Bah e Manu Silva não jogam mais esta temporada após sofrerem a mesma lesão aos 34 e 37 minutos respetivamente: entorse do joelho esquerdo com rotura completa do ligamento cruzado anterior. Agora mais do que nunca se pergunta a razão do Benfica não ter contratado um lateral-direito neste mercado de inverno.

Bruno Lage vê Fredrik Aursnes e Tomás Araújo capazes de fazer a posição e são, mas o português é também defesa-central com mais rendimento. No meio-campo, o Benfica perde Manu Silva, um jogador mais forte com bola do que Florentino e que poderia oferecer mais segurança e critério no passe.

Em relação ao Santa Clara, a turma de Vasco Matos atravessou um período menos bom. Quando se deslocaram ao Dragão para enfrentar o FC Porto, os açorianos levavam apenas uma vitória nos últimos seis jogos.

Saíram de lá com um empate e agora ganharam dois jogos consecutivos: 2-1 em casa ao Casa Pia de João Pereira (outra equipa em destaque) e o 2-1 fora ao AVS SAD. O próximo duelo será contra o Benfica e está marcado para as 18h00 deste sábado, dia 15 de fevereiro.

Sporting x Arouca: Leão tem de ser Leão mas também Peixe Dourado

Ted Lasso chama a atenção para todos sermos um peixe dourado, o animal mais feliz do mundo por ter uma memória de 10 segundos. Suas palavras e um mote para não deixar o erro e o passado afetarem. Depois de perder 3-0 com o Borussia Dortmund na Champions League, o Sporting precisa mesmo de ser um peixe dourado de forma a estar focado para vencer o Arouca na Primeira Liga, equipa que atravessa bons tempos. A sobrecarga física e as lesões são o principal tema de conversa e ressentem-se no plantel.

Como último episódio, o Sporting confirmou a lesão de Hidemasa Morita e a maior dúvida agora é ser Viktor Gyokeres vai ser titular na partida.

Dentro do universo Sporting, Zeno Debast teve um papel redobrado frente ao Borussia Dortmund pela ausência de Morten Hjulmand: o belga, que já foi médio várias vezes esta temporada, atuou como defesa-central numa perspetiva de construção quando o Sporting não teve bola e como médio quando a teve.

Maxi Araújo tem jogado a lateral com tarefas mais defensivas (cumprido muito bem), mas com o Borussia Dortmund voltou a subir no terreno e a ter um papel mais ofensivo. Biel estreou-se nessa partida e isso merece também destaque.

É importante ainda assim referir que o Arouca vive sem dúvida a melhor fase da temporada. Nos últimos seis jogos, venceram três (Nacional na Choupana; Moreirense em casa e Boavista no Bessa) e empataram outros três (Rio Ave em casa, Vitória SC em Guimarães e Gil Vicente em casa).

Feitas as contas, o Arouca não perde desde o dia 20 de dezembro de 2024 e uma jornada antes, ganhou ao Santa Clara, a equipa sensação desta Primeira Liga.

Farense x FC Porto: Algarvios em busca de pontos e dragões em busca de primeira vitória de Anselmi na Liga

O FC Porto de Martín Anselmi continua à procura da primeira vitória na Primeira Liga, após empatar 2-2 com o Rio Ave e 1-1 com o Sporting no Dragão. Ainda é cedo para fazer uma avaliação completa do seu trabalho, porém, e apesar disso, sente-se melhoria exibicional com influência do argentino. À chegada mudou radicalmente o sistema tático para um 3-4-3 e, agora frente ao Sporting, apostou num 3-5-2 (desdobrado em 5-3-2 sem bola) com Rodrigo Mora a baixar como médio interior esquerdo.

É assim um modelo que também entra nas opções de Anselmi. Nesta jornada, os dragões vão deslocar-se ao Algarve para enfrentar o Farense de Tozé Marreco, que já viveu melhores dias dentro de uma temporada repleta de adversidades.

Um treinador que colocou à disposição o seu lugar depois do último jogo e uma equipa que ocupa o 17.º posto em zona de despromoção, com 15 pontos. Neste momento, os algarvios levam três derrotas consecutivas (1-2 Rio Ave; 3-1 Sporting e 0-2 Nacional), esta última uma oportunidade perdida na corrida pela manutenção, pois os madeirenses têm agora 22 pontos no 14.º posto.

Contudo, é importante referir dois aspetos: 1) contrataram vários jogadores este mercado de inverno e é preciso tempo para adaptação e encaixá-los; 2) o clube perdeu os seis primeiros jogos com José Mota no comando e partiram por isso atrasados na corrida, sendo também um aspeto relevante.

Tomás Ribeiro (defesa-central), Samuel Justo (médio emprestado pelo Sporting), Zé Carlos (médio), Rony Lopes (extremo-direito), Rui Costa e Yusupha Nije (pontas-de-lança) foram os reforços do Farense.

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Portugal realiza na quarta-feira leilão de dívida a 11 meses até 1.000 milhões

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2025

IGCP vai realizar no próximo dia 19 de fevereiro "um leilão da linha de BT com maturidade em 16 de janeiro de 2026, com um montante indicativo entre 750 milhões e 1.000 milhões".

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai realizar, na próxima quarta-feira, um leilão de Bilhetes do Tesouro (BT) com maturidade a 11 meses e montante entre 750 milhões de euros e 1.000 milhões de euros.

Em comunicado, o IGCP indica esta sexta-feira que “vai realizar no próximo dia 19 de fevereiro pelas 10:30 um leilão da linha de BT com maturidade em 16 de janeiro de 2026, com um montante indicativo entre 750 milhões de euros e 1.000 milhões de euros”.

No dia 15 de janeiro, o IGCP colocou 1.000 milhões de euros, mínimo do montante indicativo anunciado, em Bilhetes do Tesouro a 12 meses à taxa média de 2,416% e a procura atingiu 2.673 milhões de euros, 2,67 vezes o montante colocado.

O IGCP tem mais uma operação prevista com BT este trimestre, além da de quarta-feira, no dia 19 de março, segundo um calendário publicado no site da entidade.

Numa nota divulgada pelo IGCP, em 13 de dezembro, a instituição disse que o “montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2025 deverá situar-se em cerca de 18.000 milhões de euros”.

Em 2025, a entidade espera que “o financiamento líquido resultante da emissão” de Bilhetes do Tesouro produza “um impacto positivo de 4.600 milhões de euros”, destacou.

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Quando o chocolate é uma obra de arte

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 14 Fevereiro 2025

Se o amor tem um sabor, certamente é o do chocolate — e, se tiver a assinatura de uma marca de luxo, melhor ainda. O chef Maxime Frédéric criou para a Louis Vuitton uma coleção exclusiva.

A maison francesa, que há mais de 160 anos dita tendências no universo da moda, leva agora o seu savoir-faire para o mundo da doçaria. No coração de Paris, o café e chocolaterie Maxime Frédéric at Louis Vuitton torna-se uma paragem obrigatória para os apaixonados por sobremesas.

No menu, encontramos criações irresistíveis como o Entremet de Chocolate, elaborado com cacau do Peru e do Vietname, e a delicada Charlotte aux Poires, que harmoniza crumble, pera e matcha. Para os verdadeiros apreciadores, a loja anexa oferece caixas meticulosamente desenhadas para transportar trufas, pralinés e tabletes exclusivas, elevando o chocolate ao estatuto de obra de arte.

Obras essas que são o presente mais-que-perfeito para quem acredita que o amor, tal como o chocolate, deve ser saboreado lentamente — e com um toque de luxo. Se não estiver nos seus planos passar por Paris, Singapura ou Nova Iorque, pode sempre encomendar online.

 

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Advogados pressionam tribunal para suspensão das eleições na Ordem

O Tribunal Administrativo decidiu que as eleições antecipadas da OA têm se ser suspensas. Mas campanha mantém-se. Advogados enviam requerimento a juíza para esta fazer cumprir decisão.

Por “manifesta inobservância da Ordem dos Advogados” à decisão judicial do Tribunal Administrativo de Círculo que mandou suspender as eleições antecipadas, um grupo de advogados – liderados por Vítor Marques Moreira – pede à juíza que “pelos meios mais expeditos, quer seja através de oficial de justiça quer por meio de agente de execução”, envie uma notificação à OA para suspender o ato eleitoral.

Mais: o requerimento diz ainda que a bastonária deve dar “expresso e urgente conhecimento quer à classe, quer aqueles que tiveram oportunidade de se candidatar que a campanha eleitoral se mostra suspensa até nova determinação jurídica”, pode ler-se no requerimento, a que o ECO/Advocatus teve acesso, enviado ao tribunal na quinta-feira.

Admitindo que a OA “que tão lesta que é em publicar no seu portal ou a enviar por email toda e qualquer notícia que possa ser útil à classe, agora fez tábua rasa de um despacho extremamente importante para toda a advocacia. Continuando a campanha eleitoral a decorrer como se nada se passasse. Campanha esta onde se incluem os próprios ‘apaniguados’ da concorrente
atual Bastonária”, no que chama de “clara desobediência” à advertência do despacho de 28 de janeiro, em que a bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro foi notificada a 11 de fevereiro.

O Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa decidiu no final de janeiro que as eleições antecipadas marcadas pela atual bastonária da OA têm se ser suspensas. A citação chegou esta terça-feira à Ordem dos Advogados (OA). Porém, Fernanda de Almeida Pinheiro pode elaborar uma “resolução fundamentada”, no prazo de 15 dias, alegando que a suspensão ou adiamento do ato eleitoral seja “gravemente prejudicial para o interesse público”. Ao ECO/Advocatus, a bastonária fez saber que vai “naturalmente, apresentar oposição!”. Com esta decisão judicial, as eleições antecipadas marcadas para dia 18 e 19 de março estão em risco. Bem como as marcadas para a eleição doa órgãos Conselho de Supervisão e Conselho Fiscal, marcadas para dia 31 de março.

Em causa um pedido para impugnar as eleições antecipadas entregue por um grupo de sete advogados que alegam que esta medida da bastonária é “ilegal e inconstitucional”. O tribunal decidiu que a Ordem dos Advogados pode deduzir oposição no prazo de dez dias, mas “com expressa advertência de que não pode, após a citação, iniciar ou prosseguir a execução do ato suspendendo (ou seja, o ato de convocação de eleições), atento o disposto no artigo 128º, nº 1 do CPTA”, diz a decisão da magistrada. E é este argumento da juíza que este grupo de advogados sugere que a bastonária ignorou.

Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/Advocatus - 17JAN23
Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

Para evitar esta suspensão, Fernanda de Almeida Pinheiro pode elaborar uma “resolução fundamentada”, no prazo de 15 dias, alegando que a suspensão ou adiamento do ato eleitoral seja “gravemente prejudicial para o interesse público”, segundo explica o artigo 128.º – número 1 – do Código de Procedimento dos Tribunais Administrativos (CPTA). Caso avance para essa justificação de interesse público, essa só será apreciada depois da data das eleições.

A convocatória para as eleições para os órgãos da OA, feita por Fernanda de Almeida Pinheiro, no final de novembro 2024, foi efetuada fora do período eleitoral ordinário, estabelecido no artigo 13.º, n.º 1 do Estatuto da Ordem dos Advogados, que prevê que as eleições devem ocorrer entre os dias 15 e 30 de novembro de cada triénio.

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Lula da Silva diz que será candidato em 2026 se estiver “100% saudável”

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2025

Lula da Silva, que terá 81 anos quando as eleições presidenciais se realizarem em outubro de 2026, é apontado pelas sondagens como favorito face a uma direita fragmentada

O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse esta sexta-feira que se candidatará à reeleição em 2026 se estiver “100% saudável” e “com a mesma energia” que tem agora.

“Se eu me sentir bem e achar que posso ser candidato, serei candidato, mas não é a minha prioridade agora”, disse o Presidente de 79 anos numa entrevista a uma rádio local, durante uma visita a Belém para ver os trabalhos de preparação da Cimeira do Clima (COP30), citado pela agência de notícias EFE.

No entanto, disse que tem de “ter consciência” da sua idade avançada e, por isso, não pode “mentir a ninguém e muito menos” a si próprio, acrescentando que ser candidato implica “uma discussão com muitos partidos políticos e com a sociedade brasileira”.

“É muito cedo para falar das eleições de 2026”, sublinhou Lula, antes de afirmar que ainda pretende “fazer muita coisa” até ao final do seu mandato, que vai no terceiro, de quatro anos.

Lula da Silva, que terá 81 anos quando as eleições presidenciais se realizarem, em outubro de 2026, é apontado pelas sondagens como favorito face a uma direita fragmentada, na sequências das polémicas envolvendo o antigo Presidente Jair Bolsonaro.

Lula tem tido alguns problemas de saúde desde que assumiu o cargo em 01 de janeiro de 2023, o mais recente dos quais aconteceu em dezembro do ano passado, quando foi submetido a uma cirurgia de emergência para drenar uma hemorragia intracraniana resultante de uma queda sofrida em casa, algumas semanas antes.

A operação obrigou-o a passar vários dias nos cuidados intensivos, embora não tenha ficado com sequelas neurológicas, segundo a sua equipa médica. Em novembro de 2022, pouco depois de vencer as eleições contra Bolsonaro, foi hospitalizado para uma cirurgia relacionada com as cordas vocais e, já em 2023, teve uma broncopneumonia, que o obrigou a adiar uma visita de Estado à China, lembra a EFE.

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Vice-presidente dos EUA critica ataque à liberdade de expressão na UE

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2025

"Quando vemos tribunais europeus a anular eleições (...) temos de nos perguntar se precisamos de fazer mais do que apenas falar de valores e começar a agir de acordo com eles", disse Vance.

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, lamentou esta sexta-feira “a perda dos valores europeus”, criticando os países por suprimirem “visões políticas alternativas” e perseguirem mensagens divergentes. “A ameaça que mais me preocupa para a Europa é a ameaça interna representada pelo recuo da Europa em relação aos valores que partilha com os EUA”, afirmou no discurso de abertura na Conferência de Segurança, que teve início em Munique, na Alemanha.

Vance afirmou que a liberdade de expressão está a diminuir, sobretudo na Europa, criticando os aliados pela redução de valores partilhados com os Estados Unidos.

Segundo Vance, as regulamentações de Bruxelas sobre as redes sociais são um ataque à liberdade de expressão “num esforço para combater o que chamam de ‘discurso de ódio'”, assim como as ações da polícia alemã, que acusou de perseguir indivíduos por “lançarem discursos antifeministas”.

Quando vemos tribunais europeus a anular eleições”, disse Vance sobre a recente decisão do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos de rejeitar as alegações do candidato presidencial pró-russo da Roménia para validar a sua vitória eleitoral, “temos de nos perguntar se precisamos de fazer mais do que apenas falar de valores e começar a agir de acordo com eles”.

Segundo sublinhou, se uma democracia for destruída por mensagens pagas por uma potência estrangeira é porque, “provavelmente, não era uma democracia muito forte”. O vice-presidente norte-americano assegurou, no entanto, que Donald Trump vai lutar para defender a liberdade de expressão, resumindo a situação com uma frase: “Em Washington, há um novo xerife na cidade”.

O vice-presidente começou o seu dia em Munique reunindo-se separadamente com Steinmeier, com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, e com o secretário dos Negócios Estrangeiros britânico, David Lammy, encontros em que aproveitou para reiterar o apelo da administração Trump para que os membros da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) gastem mais em defesa.

Vance sublinhou a exigência dos EUA de que os membros da NATO aumentem as despesas com a defesa, falando num momento de intensa preocupação e incerteza sobre a política externa da administração Trump. Atualmente, 23 dos 32 países membros da NATO estão a atingir o objetivo da aliança militar ocidental de gastar 2% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada país em defesa.

“A NATO é uma aliança militar muito importante, claro, da qual somos a parte mais significativa, mas queremos ter a certeza de que a NATO é realmente construída para o futuro, e pensamos que uma grande parte disso é garantir que a NATO partilha um pouco mais de responsabilidades na Europa, para que os Estados Unidos se possam concentrar em alguns dos desafios na Ásia Oriental”, disse Vance a Rutte.

JD Vance pediu ainda às autoridades europeias que contenham a imigração ilegal no continente, alegando que o eleitorado europeu não votou para abrir “comportas a milhões de imigrantes não investigados”. O número dois da administração de Trump pediu aos europeus que “mudassem de rumo” em relação à imigração, um dia depois de um ataque com um carro em Munique, em que o suspeito é um requerente de asilo afegão.

“Quantas vezes temos de sofrer estes terríveis reveses antes de mudarmos de rumo (…)?, questionou, citando o exemplo do atropelamento que provocou mais de 30 feridos. “Nenhum eleitor deste continente foi às urnas para abrir as comportas a milhões de imigrantes descontrolados”, sublinhou, acrescentando que “a migração em massa” é o problema “mais urgente” enfrentado por todos os países.

O futuro da Ucrânia é o principal ponto da agenda em Munique, após um telefonema, esta semana, entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, em que ambos prometeram trabalhar em conjunto para pôr fim ao conflito de três anos entre a Rússia e a Ucrânia.

É esperado que Vance se encontre ainda esta sexta-feira com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para conversações que muitos observadores, particularmente na Europa, esperam que lancem pelo menos alguma luz sobre as ideias de Trump para uma solução negociada para a guerra.

O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, disse na conferência que “todos querem que esta guerra acabe”. Mas “a forma como esta guerra terminará”, disse, “terá uma influência duradoura na nossa ordem de segurança e na posição de poder da Europa e da América no mundo”.

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