Banca está a devolver os 125 euros deduzidos indevidamente a reformados

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

Desde que ocorreu o pagamento da meia-pensão pelas instituições de crédito aos bancários reformados em 2023, verificaram-se alguns erros no processamento, indica o sindicato.

Os sindicatos bancários da UGT anunciaram que a maioria dos bancos está a regularizar o pagamento em falta relativo à meia-pensão, ou seja, os 125 euros deduzidos indevidamente a alguns bancários reformados em 2023.

Recorde-se que desde que ocorreu o pagamento da meia-pensão pelas instituições de crédito aos bancários reformados [em 2023], verificaram-se alguns erros no processamento, levando centenas de sócios a contactar os Sindicatos com dúvidas e reclamações”, lembram o MAIS SBN – Sindicato dos Bancários do Norte e os SBC – Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Banca em comunicado.

Desde essa altura, os sindicatos asseguram que desenvolveram todos os esforços no sentido da reposição dessa quantia aos reformados, reclamando junto de todas as entidades envolvidas, dos bancos ao Ministério das Finanças, a devolução dos 125 euros.

“A situação está finalmente a ser regularizada, com base na recente informação prestada pela Direção-Geral de Finanças, que facultou a cada uma das instituições as listagens com os erros apurados no processamento”, acrescentam.

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Depois do apagão de mais de dez horas, há direito a uma indemnização?

Do encerramento de aeroportos à perturbação generalizada nos transportes, falta de sinalização das ruas, falta de rede móvel e de eletricidade em todo, o país parou durante mais de dez horas.

Portugal e Espanha estiveram às “escuras” desde as 11h30 de segunda-feira até perto da meia-noite desta terça-feira em algumas zonas. Um dia marcado por um apagão generalizado na Península Ibérica mas também em algumas cidades europeias. Do encerramento de aeroportos, à perturbação generalizada nos transportes, falta de sinalização das ruas, falta de rede móvel ou nas próprias casas dos portugueses, o caos instalou-se no país. Mas será que existe algum direito a algum tipo de indemnização, depois deste apagão de mais de dez horas?

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) já avançou que o Regulamento da Qualidade de Serviço prevê compensações pagas aos consumidores pelos operadores de redes quando sejam ultrapassados o número ou duração máxima das interrupções regulamentadas. Contudo, nem tudo são boas notícias. “Se o incidente for classificado como um evento excecional os consumidores podem não ter direito a compensação“, lê-se no comunicado publicado esta terça-feira.

Um evento “excecional” decorre quando tiverem reunidas quatro condições: baixa probabilidade de ocorrência do evento ou das suas consequências; provoquem uma significativa diminuição da qualidade de serviço prestada; não seja razoável, em termos económicos, que os operadores de redes evitem a totalidade das suas consequências; e que o evento e as suas consequências não sejam imputáveis aos operadores de redes.

“É responsabilidade dos operadores de redes requererem e fundamentarem o pedido para classificação como evento excecional, se assim o entenderem, sendo de especial relevância a análise técnica a realizar pelas diversas entidades envolvidas”, sublinha a ERSE.

Ao ECO/Advocatus, o advogado José Luís Moreira da Silva considera que “muito dificilmente” os portugueses terão direito a alguma indemnização decorrente do apagão. “Aplica-se aqui a lei geral da responsabilidade extracontratual, ou seja, é preciso que seja detetado o responsável e este tenha atuado com culpa. O que neste caso me parece difícil“, assume.

Ainda assim, alerta que em determinados casos pode aplicar-se a responsabilidade contratual, desde que o contrato de fornecimento de energia celebrado com o consumidor inclua “algum dispositivo que regule a responsabilidade do fornecedor por cortes de energia” e o “caso presente não se possa incluir num caso de força maior que isente a responsabilidade do fornecedor”.

“Outra situação pode ser vista. Na Lei de crise energética, o Estado pode requisitar serviços de privados ou impor determinadas restrições na utilização da energia. A lei prevê um mecanismo arbitral de cálculo das compensações devidas por essas intervenções estatais. Não sei se haverá aqui algum caso destes”, aponta o advogado.

Caso haja direito a compensações, a ERSE explica que estas são pagas de “forma automática” aos clientes no início do próximo ano através da fatura do seu comercializador. “Uma interrupção com a duração da verificada, a 28 de abril de 2025, poderá ter um impacto significativo nos indicadores de qualidade de serviço que são apurados anualmente”, assumem.

Rui Mesquita, sócio da Antas da Cunha Ecija especialista na área de Seguros e Responsabilidade Civil sublinha que “não existe ainda explicação definitiva sobre as causas da falha. Em função da responsabilidade, e excluindo situação externa ou de força maior, poderá existir responsabilidade e obrigação de indemnizar por parte do responsável. Embora na prática seja processo complexo e de difícil concretização prática, apenas subsumível eventualmente como ação de consumidores/ lesados ( class actions/ ação popular, em que se protegem interesses difusos mas de relevância pública)”, explica o advogado.

“Sem prescindir , existem diversos seguros de danos na sua vida corrente que podem eventualmente ter cobertura para os danos resultantes diretamente do apagão, como sejam danos elétricos em equipamentos eletrónicos, como computadores, ou eletrodomésticos, como frigoríficos ou televisores, resultantes de sobretensão ou curto circuito. Ou mesmo o caso de deterioração de alimentos refrigerados, em função da interrupção do fornecimento de energia. Tais seguros encontramos no seguro multirrisco da nossa habitação (o seguro incêndio é o obrigatório mas geralmente é contratado um pacote de coberturas), ou seguro multirrisco comércio ou mesmo industrial, em que estão até eventualmente cobertos lucros cessantes)”, conclui.

 

Consumidores podem pedir indemnizações

Independentemente da resposta ser positiva ou negativa, a ERSE alerta que os consumidores podem sempre reclamar junto dos comercializadores de energia ou operadores de rede por eventuais prejuízos caudados pelo apagão. E o que devem fazer? Basta apresentarem provas desses prejuízos.

“Por regra, as interrupções de fornecimento não provocam danos em equipamentos. A reposição do serviço cumpre regras que visam acautelar danos em equipamentos”, refere.

A ERSE sublinha ainda que o apuramento da responsabilidade por eventuais prejuízos invocados pelos consumidores é competência dos tribunais.

E no caso dos aeroportos?

O apagão de segunda-feira teve também um forte impacto nos aeroportos e as notícias podem não ser muito animadoras para quem tenha enfrentado longos tempos de espera e perturbações nos seus voos. Segundo a empresa especialista em direito dos passageiros, a AirHelp, as perturbações em causa estão foram do controlo tanto das companhias aéreas como dos próprios aeroportos.

Se o atraso for superior a três horas ou se o voo for cancelado, o passageiro afetado não tem direito a qualquer compensação financeira. No entanto, as companhias aéreas são obrigadas a cobrir algumas das necessidades dos passageiros durante a interrupção”, explica a empresa.

Entre as necessidades que os passageiros podem ver ressarcidas está a água, alimentos e o acesso a telecomunicações a partir de duas horas de atraso. A companhia aérea deve ainda fornecer um voo ou transporte alternativo para o destino, mas se o passageiro decidir não voar, a companhia deve reembolsar o preço do bilhete.

“Se o atraso, o cancelamento ou a alteração do voo implicar que o passageiro tenha de pernoitar, a companhia aérea deve oferecer um quarto de hotel e transporte para o hotel. Paralelamente, os passageiros devem guardar todos os cartões de embarque e recibos de comida, bebida e alojamento para acelerar o processo de reclamação”, alerta a AirHelp.

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Banco de Portugal instaurou 115 processos e aplicou coimas de 1,83 milhões no 1.º trimestre

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

Dos 115 processos instaurados, 101 respeitam a infrações relacionadas com atividade financeira ilícita e 13 respeitam a infrações de natureza prudencial.

O Banco de Portugal (BdP) instaurou 115 processos de contraordenação e concluiu 221 nos primeiros três meses de 2025, tendo aplicado coimas de 1,83 milhões de euros, anunciou esta terça-feira o regulador.

Segundo a síntese de atividade sancionatória do BdP relativa ao período entre janeiro e março, “dos 115 processos instaurados, 101 respeitam a infrações relacionadas com atividade financeira ilícita, 13 respeitam a infrações de natureza prudencial e um respeita a infrações de natureza comportamental”.

Já nos processos concluídos, “110 respeitam a infrações de natureza comportamental, 78 respeitam a infrações relacionadas com atividade financeira ilícita, 17 respeitam a infrações de natureza prudencial, 15 respeitam a infrações a deveres relativos à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo e um respeita a infrações às regras em matéria de recirculação de numerário”.

O BdP informou ainda que, no âmbito destes processos concluídos, foram aplicadas coimas que totalizaram 1.831.250,00 euros, dos quais 40.000 euros suspensos na sua execução.

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Receitas da Allianz Partners sobem 8,7% para recorde de 10,1 mil milhões

  • ECO Seguros
  • 29 Abril 2025

A seguradora indica que o crescimento da receita e lucros assenta no investimento em tecnologia e na aposta na melhoria da eficiência operacional. 

As receitas da Allianz Partners subiram 8,7% em 2024 face ao ano anterior para recorde de 10,1 mil milhões de euros. Segundo comunicado avançado pela seguradora, o lucro operacional subiu 10,7% alcançando 333,5 milhões de euros, impulsionado por todos os segmentos de negócio.

CEO da Allianz Partners, Tomas Kunzmann: “Estes resultados refletem o dinamismo que gerámos em todas as áreas do nosso negócio e o nosso compromisso firme em oferecer soluções inovadoras aos nossos parceiros e tranquilidade aos seus clientes”.

A Allianz Partners indica que o crescimento da seguradora assenta num contínuo investimento em tecnologia com o objetivo de digitalizar os serviços da seguradora, ao mesmo tempo que aposta na melhoria da eficiência operacional. Os investimentos da seguradora na modernização visam responder às exigências dos clientes, aumentar a sua satisfação e quer continuar a “ser um parceiro de confiança para os diversos setores que servimos.”.

O nosso investimento na transformação em TI abrirá caminho para mais melhorias nas margens e temos a oportunidade de escalar o nosso modelo de negócio, repensando os nossos processos de ponta a ponta, aproveitando ainda mais os dados e a inteligência artificial.”, afirmou Michael Buttstedt, CFO da Allianz Partners.

A seguradora adianta que o seu negócio na área de saúde cresceu 14,7% face ao ano anterior, alcançando os 3,39 mil milhões de euros em receitas. O aumento das receitas resultou da combinação de novos negócios e crescimento orgânico nos segmentos tradicionais de Seguros Internacionais de Saúde Privada (IPMI) e no segmento de Estudantes Internacionais. O crescimento também foi sustentado “pelo reforço da presença operacional na Ásia e por um foco crescente nos segmentos de retalho.”.

Já na área de Viagens a seguradora indica que continua como a primeira a nível global com o volume de negócios neste segmento a aumentar ligeiramente para 3,2 mil milhões de euros, impulsionado principalmente pela Europa. “O segmento B2C, altamente rentável, continuou a crescer na América do Norte, enquanto os mercados de viagem na América do Norte e na Ásia-Pacífico normalizaram para os níveis pré-COVID, com taxas de adesão e preços de viagem mais baixos em comparação com 2023”, explica a empresa. Para as receitas neste segmento contribui a plataforma da Allianz que permite aos seus parceiros globais personalizar a ofertas de proteção de viagem para os clientes diretamente no processo de reserva – a Allianz Partners quer continuar a expansão em 2025. Do ponto de vista operacional, foram concluídas com sucesso 23.500 repatriamentos médicos em 2024.

Na área de assistência e mobilidade as receitas subiram 13,6%, alcançando os 3,3 mil milhões de euros. Em assistência rodoviária a segurador geriu gerindo 36,9 milhões de casos no último ano.

De acordo com o CEO da Allianz Partners, os resultados de 2024 foram o “melhor desempenho de sempre tanto ao nível do lucro operacional como das receitas”. “Estes resultados refletem o dinamismo que gerámos em todas as áreas do nosso negócio e o nosso compromisso firme em oferecer soluções inovadoras aos nossos parceiros e tranquilidade aos seus clientes”, acrescentou Tomas Kunzmann, que lidera a seguradora que prestou apoio a mais de 100 milhões de clientes globalmente e que em 2024 geriu mais de 260.000 casos por dia.

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Zurich Portugal lança campanha para reforçar posicionamento

  • ECO Seguros
  • 29 Abril 2025

Campanha irá reforçar o posicionamento e ligação com os clientes e vai decorrer até ao final do ano. A judoca Patrícia Sampaio dará a cara.

A Zurich Portugal lança nova campanha “Cuidamos” que assenta numa comunicação mais emocional e relacional com o objetivo de refletir o compromisso da seguradora com a proteção e bem-estar dos clientes.

Segundo comunicado avançado pela empresa, a judoca portuguesa Patrícia Sampaio, embaixadora da Zurich Portugal dará a cara pela campanha que se entenderá até ao final de 2025.

A diretora de marketing da Zurich Portugal, Emília Sanches, acredita que a campanha “irá reforçar o nosso posicionamento no mercado e a ligação que temos com os nossos clientes, colaboradores e parceiros de negócio, demonstrando o nosso compromisso contínuo em oferecer soluções de proteção inovadoras e um serviço de excelência”.

Sob o mote “Mais do que cobrir riscos, cuidamos”, a campanha adota uma comunicação positiva e otimista, que reforça que a atleta Patrícia Sampaio e a seguradora partilham os valores de excelência, cuidado, resiliência e sucesso, essenciais para a Zurich Portugal cumprir com “a sua missão de proteger e cuidar do que mais importa na vida dos seus clientes”.

A campanha, desenhada para consumidores com idades entre os 25 e 54 anos, destaca “três pilares fundamentais que definem a Zurich Portugal”, nomeadamente, “compromisso em resolver sinistros de forma justa, rápida e eficiente”; “a oferta de soluções de prevenção e um serviço ao cliente de excelência, proativo e personalizado” e a “ligação emocional forte da marca com os clientes, colaboradores e parceiros de negócio”, lê-se no comunicado.

Os check in do Aeroporto de Lisboa darão visibilidade máxima à “ligação emocional forte da marca com os clientes, colaboradores e parceiros de negócio”.

A diretora de marketing da Zurich Portugal acredita que a campanha “irá reforçar o nosso posicionamento no mercado e a ligação que temos com os nossos clientes, colaboradores e parceiros de negócio, demonstrando o nosso compromisso contínuo em oferecer soluções de proteção inovadoras e um serviço de excelência”, afirma Emília Sanches, Diretora de Marketing da Zurich Portugal.

A campanha será divulgada em televisão, rádio, digital e out of home, com outdoors de visibilidade nacional, nos transportes públicos de Lisboa e Porto, e presença contínua nos check-in do aeroporto de Lisboa. A campanha será ainda amplificada localmente através dos mupis dos parceiros de negócio da Zurich.

A Zurich Portugal faz parte do Zurich Insurance Group, está em Portugal há 106 anos, conta com mais de 550 colaboradores e uma rede de distribuição com mais de 1.800 Agentes de Seguros, Corretores, Bancos e parcerias, que servem mais de 830 mil clientes.

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Apagão entra na campanha e pode ter consequências nas legislativas

  • Luis Claro
  • 29 Abril 2025

Politólogos dizem que Luís Montenegro reagiu tarde em termos de comunicação. A forma como o governo geriu o dia de segunda-feira entra na campanha e pode ter efeitos eleitorais.

A forma como o governo geriu o apagão desta segunda-feira entrou em força na campanha eleitoral com o governo a ser acusado de reagir tardiamente e o executivo a querer passar uma imagem de eficácia durante as horas de incerteza e perante uma situação de emergência.

A atuação do governo durante a crise, nomeadamente a nível da comunicação, vai agitar o debate nos próximos dias. O PCP pediu, na segunda-feira à noite, um debate de urgência no parlamento e o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, convocou os partidos para uma reunião com o Governo para a tarde desta terça-feira com o objetivo de fazer um ponto da situação.

"Sob o ponto de vista de comunicação a única questão que se pode apontar ao governo é que a reação foi relativamente tardia, nomeadamente da parte do primeiro-ministro.”

António Costa Pinto

Politólogo

Certo é que esta a gestão desta crise poderá ter efeitos eleitorais e o governo podia ter sido mais rápido a reagir. “Sob o ponto de vista de comunicação a única questão que se pode apontar ao governo é que a reação foi relativamente tardia, nomeadamente da parte do primeiro-ministro”. As instruções públicas não foram rápidas da parte do governo”, diz António Costa Pinto, investigador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

Paula do Espírito Santo admite que “a gestão do governo desta crise pode ter efeitos nas eleições legislativas antecipadas, mas tudo “depende dos desenvolvimentos”. A politóloga considera quer o tema “poderá entrar de forma muito forte na campanha” e instalar-se a discussão sobre se o governo conseguiu ou não ser eficaz.

"A gestão do governo desta crise pode ter efeitos nas eleições legislativas antecipadas, mas tudo depende dos desenvolvimentos.”

Paula Espírito Santo

Politóloga

A professora universitária considera que a reação do governo poderia ter sido mais rápida e o primeiro-ministro devia ter falado mais cedo. “Não foi perfeito. Tem de haver uma preparação para situações como esta. Devia ter havido uma capacidade mais ágil para comunicar”, diz ao ECO a politóloga, salientando que “devia haver mais informação para tranquilizar a estabelecer alguma ordem pública, dando informação com alguma frequência”.

Luís Montenegro falou ao país quatro horas depois do apagão e, mesmo antes de a situação estar normalizada, Pedro Nuno Santos defendeu que “a gestão de comunicação numa qualquer crise nunca é fácil, mas hoje exigia-se mais informação e celeridade por parte da Proteção Civil”.

Adelino Maltez considera que o Governo se limitou “a pilotar em automático o sistema”, mas não deixa de apontar falhas de coordenação. A declaração do ministro-adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, a colocar “hipóteses não devia ter acontecido, porque os ministros não são comentadores de energia e se estivesse calado fazia melhor”.

Castro Almeida reagiu ao corte antes do primeiro-ministro e depois do ministro António Leitão Amaro, que foi o primeiro a falar por volta das 12h30 (a eletricidade caiu uma hora antes), e admitiu que o apagão podia ter como causa um ciberataque. Já António Costa Pinto desvaloriza o episódio e considera que foi “apenas uma precipitação” numa altura em que “a informação ainda era escassa e algumas agências noticiosas reputadas acertaram ao lado”.

“O ponto mais importante foi a comunicação ter sido relativamente tardia e as instruções públicas não serem rápidas da parte do Governo”, remata.

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Casa Branca ataca Bezos por considerar colocar custo das tarifas nas faturas. Amazon recua

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

"Trata-se de um ato hostil e político da Amazon", denunciou a porta-voz da Casa Branca, que se disse não surpreendida devido a Bezos ter "laços comerciais com o governo chinês". Amazon recuou.

A Casa Branca atacou esta terça-feira a Amazon, depois de a multinacional de comércio eletrónico do magnata Jeff Bezos ter ponderado indicar no preço dos produtos o custo das tarifas impostas pelo Presidente dos Estados Unidos. A Amazon anunciou, entretanto, que não iria avançar com esta medida.

O grupo explicou, em resposta enviada à AFP, que a equipa responsável pelos produtos de baixo custo, Amazon Haul, tinha “considerado a ideia de publicar os custos de importação de certos produtos”, mas que a proposta “nunca foi aprovada” e que “não seria implementada”.

Estas declarações surgem após a Casa Branca ter atacado a Amazon. “Trata-se de um ato hostil e político da Amazon”, denunciou a porta-voz da Casa Branca (presidência), Karoline Leavitt, numa conferência de imprensa com o secretário do Tesouro, Scott Bessent.

Leavitt questionou a Amazon por não ter tomado a mesma decisão quando a anterior administração de Joe Biden “levou a inflação ao nível mais alto em 40 anos”. A porta-voz disse ainda que a medida da Amazon “não surpreende” porque Bezos tem laços comerciais com o Governo chinês.

Os Estados Unidos impuseram direitos aduaneiros de 10% a todos os produtos que entram no país. Antes disso, Donald Trump já tinha aplicado taxas de 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis.

Posteriormente, o Presidente norte-americano concedeu uma trégua de 90 dias na guerra comercial à escala mundial, para permitir que os países afetados negociassem com os Estados Unidos, com exceção da China, que viu as tarifas sobre os produtos aumentarem para 145%.

Durante a campanha eleitoral, Bezos impediu o The Washington Post, jornal de que é proprietário, de apoiar abertamente a candidata presidencial democrata Kamala Harris, quebrando uma tradição de décadas no jornal. Bezos teve um lugar privilegiado na tomada de posse de Donald Trump, em janeiro passado, ao lado de outros grandes empresários da tecnologia, como Elon Musk e Mark Zuckerberg.

Os Estados Unidos impuseram direitos aduaneiros de 10% a todos os produtos que entram no país. Antes disso, Donald Trump já tinha aplicado taxas de 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis.

Posteriormente, o Presidente norte-americano concedeu uma trégua de 90 dias na guerra comercial à escala mundial, para permitir que os países afetados negociassem com os Estados Unidos, com exceção da China, que viu as tarifas sobre os produtos aumentarem para 145%. Pequim retaliou com taxas alfandegárias adicionais de 125% sobre produtos norte-americanos.

(Notícia atualizada às 18h30 com decisão da Amazon)

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Certificados de Aforro vão pagar ainda menos em maio. Taxa de juro base cai para 2,216%

Pelo segundo mês consecutivo, a taxa de juro base dos Certificados de Aforro volta a cair, por conta da contração da Euribor a 3 meses. Em maio, atingirá o valor mais baixo desde outubro de 2022.

Os Certificados de Aforro vão sofrer uma nova descida na taxa de juro base em maio, fixando-se nos 2,216%, segundo cálculos do ECO. Será o segundo mês consecutivo em que a remuneração base destes títulos de dívida do Estado regista uma contração, algo que não sucedia há mais de dois anos.

Desde março de 2023 que os Certificados de Aforro mantiveram-se sistematicamente a pagar a taxa base máxima permitida pela legislação (primeiro através da Série E e depois pela atual Série F). Este ciclo terminou em abril, quando a taxa base baixou para 2,415%, já abaixo do limite de 2,5% definido para a Série F.

Agora, em maio, os aforristas que adquirirem novos Certificados de Aforro terão de contar com uma remuneração base ainda menor, de 2,216%, o valor mais baixo desde outubro de 2022.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

A taxa de juro base dos Certificados de Aforro Série F resulta da soma da média da Euribor a 3 meses, apurada nos dez dias úteis anteriores ao antepenúltimo dia útil do mês anterior ao da subscrição). No entanto, esta taxa não pode ser inferior a 0% e não pode ultrapassar 2,5%.

Além da taxa base, os Certificados de Aforro da Série F oferecem prémios de permanência que aumentam progressivamente com base no período do investimento, começando com um prémio de 0,25 pontos percentuais a partir do segundo ano até um prémio máximo de 1,75 pontos percentuais no 14.º e 15.º ano. Isto significa que os investidores mais pacientes, que mantiverem a aplicação durante vários anos, podem beneficiar de uma remuneração significativamente superior à taxa base.

A principal razão para a descida da taxa base dos Certificados de Aforro está na evolução das taxas Euribor, em particular da Euribor a 3 meses, que serve de indexante para o cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro.

Desde o início do ano que a Euribor a 3 meses caiu 54 pontos base, passando de 2,714% a 31 de dezembro para 2,174% na última sexta-feira. Esta tendência reflete as expectativas dos cortes de juros por parte do Banco Central Europeu, que têm vindo a pressionar em baixa as taxas de juro de curto prazo em toda a Zona Euro.

Apesar da redução, a taxa base dos Certificados de Aforro em maio continuará a superar a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares. Segundo os dados mais recentes do Banco de Portugal, esta última caiu pelo 14.º mês consecutivo em fevereiro, fixando-se nos 1,83%. Ou seja, mesmo com a descida, os Certificados de Aforro permanecem como uma das opções mais atrativas para quem procura segurança e rendimento na poupança.

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IRGAwards voltam a premiar melhores do mercado. Conheça os nomeados de três categorias

A 37ª edição dos Investor Relations and Governance Awards, promovida pela Deloitte, entrega os galardões a 22 de maio, em Lisboa. Já são conhecidos os nomeados para as categorias de CEO, CFO e IRO.

Os prémios que distinguem as boas práticas no desenvolvimento do mercado empresarial e de capitais em Portugal estão de regresso. A 37ª edição dos Investor Relations and Governance Awards (IRGAwards), promovida pela Deloitte, entrega os galardões no próximo mês de maio e já são conhecidos os nomeados para as categorias de CEO, Chief Financial Officer (CFO) e Investor Relations Officer (IRO).

“O reconhecimento dos principais agentes económicos continua a ser um mecanismo relevante no ecossistema empresarial ao ampliar o rigor e a transparência, e ao reconhecer a eficiência das estratégias de negócio, sendo valorizadas a capacidade de inovação e transformação, os modelos de financiamento e de prospeção de novos mercados, a internacionalização das operações e a exportação de serviços, entre outros resultados estratégicos e operacionais”, comentou o presidente do Júri, Vítor Bento.

Nomeados para CEO, CFO e IRO dos IRGAwards 2025

Prémio CEO

  • João Manso Neto (Greenvolt)
  • Miguel Maya (BCP)
  • Paulo Macedo (CGD)
  • Pedro Castro e Almeida (Santander)
  • Rogério Henriques (Fidelidade)

Prémio CFO

  • Guy Patrick Pacheco (CTT)
  • João Dolores (Sonae)
  • Manuel Preto (Santander)
  • Miguel Bragança (BCP)
  • Paula Geada (CGD)

Prémio IRO

  • Ana Fernandes (Greenvolt)
  • Bernardo Collaço (BCP)
  • Cláudia Falcão (Jerónimo Martins)
  • João Gonçalves Pereira (Galp)
  • Miguel Viana (EDP)

Estas são três das seis categorias dos prémios, a par com Lifetime Achievement Award (personalidades com mais de 65 anos, cuja carreira tenha tido impacto significativo no desenvolvimento do mercado, particularmente no seu aprofundamento ou na melhoria da sua eficiência, transparência, responsabilidade e utilidade sociais, na melhoria da relação entre as empresas e os investidores, ou na melhoria do governo societário ou do mercado), o Sustainability Initiative Award (para projetos ou iniciativas que tenham tido impacto significativo num, ou mais, pilar(es) da sustentabilidade – ambiental, social ou governo – iniciados e/ou concretizados durante em 2024), o Transformation Award (projetos ou iniciativas com impacto significativo na transformação das atividades do mercado ou do negócio das empresas, iniciados e/ou concretizados no ano passado). Estes dois prémios têm origem em candidaturas das empresas, enquanto as escolhas dos restantes são da responsabilidade do Júri.

A edição de 2025 está subordinada ao tema “Embracing evolution, inspiring change” (“abrançar a evolução, inspirar a mudança”) e será dedicada à análise dos principais desafios geoeconómicos e geopolíticos atuais e com implicações futuras.

“O panorama político e económico atual, caracterizado por profundas transformações, exige dos líderes empresariais uma capacidade excecional para antecipar disrupções e ajustar decisões estratégicas, de forma a garantir a competitividade das organizações. Nesta cerimónia, com os principais líderes do nosso país, iremos analisar os fatores disruptivos da nossa conjuntura, marcada por elevada volatilidade e incerteza macroeconómica, à luz dos mais recentes acontecimentos geopolíticos e geoeconómicos”, afirmou o CEO e managing partner da Deloitte, António Lagartixo.

A cerimónia de entrega dos IRGAwards realiza-se a 22 de maio, no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa.

No ano passado, os vencedores foram Paulo Macedo (CEO), Miguel Bragança (CFO), Ana Fernandes (IRO), Revigrés – Plano Integrado para a Descarbonização e Eficiência Energética (Sustentabilidade), NORS – Programa de Transformação CORE (Transformação) e Diane Villax (Carreira).

Como foram escolhidos os nomeados?

Elegíveis a estes prémios estão líderes de cotadas na bolsa de Lisboa, das entidades de interesse público e de grupos económicos com um volume de negócios igual ou superior a 400 milhões de euros. No caso do IRO, foram considerados os responsáveis por essa função das cotadas. As shortlists das organizações e personalidades que mais se destacaram em 2024 resultaram da auscultação de um colégio eleitoral qualificado (imagem abaixo), composto por representantes de entidades que atuam no setor financeiro e não financeiro, que inclui os órgãos sociais das organizações elegíveis, investment companies e market analysts.

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Bruxelas vai investigar apagão na Península Ibérica

"A situação energética em Espanha e Portugal voltou ao normal. Este incidente é o mais grave das últimas duas décadas na Europa", referiu o comissário europeu com a pasta da Energia.

A Comissão Europeia informou esta terça-feira que está a postos para iniciar uma investigação ao apagão na Península Ibérica de ontem. O comissário europeu da Energia garantiu esta terça-feira que a instituição europeia está disponível para auxiliar os dois Estados-membros afetados pela situação que deixou os países às escuras.

“A situação energética em Espanha e Portugal voltou ao normal. Este incidente é o mais grave das últimas duas décadas na Europa. Estamos prontos para apoiar Espanha e Portugal de todas as formas possíveis. Inclusive iniciar uma investigação minuciosa”, escreveu Dan Jørgensen na rede social X (antigo Twitter).

O responsável pela pasta da Energia na Comissão Europeia não apresentou mais detalhes sobre o tema nesta publicação online, além de reforçar a disponibilidade para apoio, como fez ontem quando os sistemas ainda estavam a ser repostos. “A energia já está de volta em algumas regiões. Os operadores de rede e a ENTSOE [Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade] fazem todo o possível no terreno. A solidariedade e a unidade são fundamentais para a nossa #União de Energia”, escreveu Dan Jørgensen.

O nível de gravidade do incidente de eletricidade ainda não foi formalmente classificado, mas fontes ouvidas pela agência espanhola Efe indicam que, dadas as consequências ao nível nas infraestruturas, empresas e consumidores, será o máximo. Logo, a Comissão Europeia irá elaborar um relatório independente, cuja primeira versão técnica deverá estar pronta daqui a seis meses e a seguinte (estudo sobre o apagão e recomendações oficiais) fica pronto apenas em setembro de 2026, conforme prevê a legislação europeia para apagões de nível 3 numa escala de 1 a 3.

Paralelamente, está a decorrer uma investigação preliminar em Espanha para apurar se o apagão desta segunda-feira pode ter sido um ciberataque às infraestruturas críticas do país vizinho, o epicentro da falha. O anúncio foi feito pelo juiz José Luis Calama, do Tribunal Nacional espanhol, embora nada indique que houve um incidente cibernético.

“Com as análises que pudemos realizar até agora, podemos descartar um incidente de cibersegurança nas instalações da Red Elétrica”, disse ontem o diretor de operações da Red Elétrica de Espanha (REE), Eduardo Prieto, em conferência de imprensa a partir de Madrid. A REE é a empresa responsável pela gestão da rede elétrica de Espanha.

O apagão ibérico começou às 11h30 e gerou uma série de constrangimentos nos dois países, entre os quais corte de comunicações móveis e de Internet, aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e trânsito nas grandes cidades devido à ausência de semáforos e deslocações de última hora, falta de combustíveis e de stock nas prateleiras dos supermercados, que acabaram por encerrar portas, bem como estabelecimentos de saúde privados, que estiveram de portas fechadas excecionalmente durante a tarde.

Notícia atualizada

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Mais do que metros quadrados – o luxo como expressão de identidade e legado

  • Miguel Poisson
  • 29 Abril 2025

O verdadeiro luxo no setor do imobiliário afirma-se pela experiência que proporciona, pela atenção ao detalhe e pela capacidade de criar bem-estar, identidade e legado.

No setor imobiliário, o conceito de luxo vai muito além das métricas tradicionais como área útil, acabamentos ou localização. O verdadeiro luxo está na forma como um imóvel é vivido. Está na atenção ao detalhe, no conforto integrado de forma inteligente e na capacidade que o espaço tem de criar bem-estar e memórias duradouras.

Os imóveis de luxo são pensados para oferecer uma experiência completa. Desde a entrada, é possível perceber a diferença: isolamento acústico eficaz, temperatura ambiente controlada de forma automática, materiais que não só têm qualidade estética, mas que também proporcionam conforto ao toque e durabilidade no uso diário. A luz natural é valorizada e cuidadosamente orientada. A organização dos espaços flui de forma funcional e coerente com o estilo de vida de quem ali vive.

Mais do que mostrar status, o luxo é discreto. Está presente na forma como a casa se adapta às rotinas com naturalidade: portas silenciosas, divisões bem insonorizadas, cozinhas que são ao mesmo tempo técnicas e acolhedoras, quartos que garantem o verdadeiro descanso. Cada elemento é escolhido com intenção e com o utilizador em mente.

A localização continua a ser um dos principais pilares da valorização imobiliária, mas num imóvel de luxo é apenas o ponto de partida. Um verdadeiro imóvel no segmento premium não se limita a estar bem situado — oferece privacidade, segurança e uma integração harmoniosa com a envolvente. A vista desafogada, o acesso facilitado, a proximidade com serviços relevantes e, ao mesmo tempo, a possibilidade de usufruir de tranquilidade, são elementos essenciais.

Neste segmento, a exclusividade resulta da escassez e da curadoria. Cada imóvel é único, pensado para responder a um conjunto muito específico de necessidades e preferências. Mais do que uma habitação, é um ativo emocional: o lugar onde se vivem momentos relevantes, onde se constrói uma história pessoal, e onde o conforto deixa de ser um atributo técnico para se tornar parte da vida quotidiana.

Neste contexto, faz todo o sentido a ligação à Sotheby’s — uma marca com centenas de anos de experiência na curadoria de arte e bens valiosos. Tal como uma obra de arte escolhida com critério e intenção, um imóvel de luxo é também um investimento com significado. A Sotheby’s International Realty prolonga essa herança, aplicando os mesmos padrões de exigência à seleção e apresentação de propriedades de elevado valor. Cada casa representada carrega consigo não só uma arquitetura cuidada e uma localização privilegiada, mas também o rigor de uma marca que entende o valor da autenticidade, da história e da preservação de legado.

Em suma, o luxo imobiliário não se resume ao que é visível. Está na forma como o espaço é pensado, vivido e recordado. Um imóvel de luxo é, acima de tudo, um lugar que cria valor real (emocional, funcional e patrimonial) para quem o escolhe.

Miguel Poisson, CEO da Portugal Sotheby’s International Realty

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“Tivemos também um apagão no Governo central”. Pedro Nuno arrasa gestão de Montenegro

O secretário-geral do PS considerou que o executivo falhou “na comunicação e falhou sobretudo no seu dever de proteger e informar os cidadãos". Acusa Montenegro de "incompetência a gerir a crise.".

O líder do PS fez duras críticas ao primeiro-ministro na gestão da crise energética e afirma que Portugal “teve um apagão no Governo central”. Pedro Nuno Santos considera que o “Governo falhou e não esteve à altura”, nota que houve “ausência de liderança” por parte do primeiro-ministro e que “a coordenação e a comunicação falharam”.

“Uma ausência de liderança, de orientação, de apoio, quando o país mais precisava. Recordo que o responsável máximo da Proteção Civil é o primeiro-ministro”, afirmou Pedro Nuno Santos, recordando que, “durante horas, milhões de pessoas ficaram sem acesso a informação fiável, sem orientações claras, quando o que se esperava era uma resposta célere e eficaz”.

“Faltou uma voz de comando e serenidade“, nota Pedro Nuno Santos. “Perante os problemas nos canais informativos era imperativo que a Proteção Civil, sob orientação do Governo, tivesse usado a rádio de hora a hora para ir dando informações e tranquilizando as populações“, disse numa conferência de imprensa.

Por fim, o secretário-geral do PS recordou que “as experiências dos últimos meses já demonstraram quão incompetente este Governo é na gestão dos momentos de crise”, recordando os incêndios de 2024 e a mais recente crise no INEM.

Pedro Nuno Santos criticou também a visita de Luís Montenegro à Maternidade Alfredo da Costa na segunda-feira, caracterizando essa ida como um ato de propaganda. “O Governo falha sempre na resposta à crise, nunca falha na propaganda”, refere o líder socialista. Pedro Nuno Santos criticou ainda a ausência da ministra da Administração Interna e ministra do Ambiente”.

Alguém consegue explicar que perante a crise que tivemos na segunda-feira não tenhamos visto, nunca em nenhum momento, a ministra da Administração Interna e a ministra do Ambiente (uma tutela a Proteção Civil e outra a política energética) não existiram ao longo de todo o dia“, lamento o líder socialista.

Pedro Nuno Santos não tem dúvidas que o apagão “não teve absolutamente nada a ver com a capacidade de produção de energia pelo sistema nacional”, destacando que “ao contrário do que ouviu a manutenção das centrais a carvão não teria evitado o apagão de ontem”. O líder do PS afirma que “se a REN fosse pública teríamos um apagão na mesma”.

O socialista acredita que “não é propriedade da empresa, nem o encerramento das centrais de carvão que evitariam ou não a crise que tivemos ontem”.

O que é necessário fazer para evitar situações estas no futuro é continuar a incentivar a rede e modernizar a sua gestão”, disse o líder socialista, destacando que o país tem diferentes fontes de energia e que é “essencial saber garantir a estabilidade do sistema e os padrões de segurança que teriam evitado o que vivemos ontem”.

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