Lisboa “levantou-se” na normalidade após 200 ocorrências, anuncia Carlos Moedas

Carris esteve a funcionar em serviço gratuito e câmara forneceu 3500 litros de combustível a hospitais, destaca Carlos Moedas, num balanço feito na manhã desta terça-feira.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, faz um balanço positivo da reação na cidade ao apagão registado nesta segunda-feira. Ao contrário das suas próprias expectativas indicadas durante a noite, a normalidade foi restabelecida a tempo de se concretizar um dia normal na cidade, designadamente nas escolas.

Em conferência de imprensa na manhã desta terça-feira, o autarca destaca a presença de 300 operacionais dos bombeiros, proteção civil, Polícia Municipal e freguesias nas ruas da cidade, os quais responderam a cerca de 200 ocorrências, a maioria das quais de pessoas que ficaram retidas dentro de elevadores.

A normalidade foi chegando ao longo da noite, com o regresso da circulação aos tuneis do Marquês e da Avenida João XXI por volta das duas horas, e a reativação dos semáforos às três horas.

“Basicamente, hoje, Lisboa levantou-se na normalidade. Escolas, mercados municipais, toda a ação social já estava a funcionar”, bem como as “equipas de rua para pessoas em situação de sem abrigo”, diz Moedas.

O culminar da situação acabaria por negar os receios que o próprio Carlos Moedas apontava na noite de segunda-feira.

Em declarações à SIC, referiu que “amanhã de manhã [terça-feira] ainda não teremos uma normalidade total. Penso que durante a noite [as zonas sem energia] vão ser repostas, mas tenho muitas dúvidas de que amanhã de manhã já estejamos numa situação de normalidade. Vamos estar ainda numa situação de adaptação”.

Com o prolongar do período do apagão, e perante a quebra nos níveis de combustível nos sistemas acessórios de fornecimento de energia, os hospitais de São José, Curry Cabral, Dona Estefânia, bem como a Maternidade Alfredo da Costa e o Instituto do Sangue acabaram por ser reabastecidos pelos serviços da autarquia, que forneceram 3500 litros de combustível, afirma o autarca. Outra das ações para a qual o presidente da câmara reclama créditos para a autarquia é a de não cobrança de bilhete na Carris no dia de segunda-feira.

Moedas fala ainda de “ensinamentos” a tirar deste apagão, e recorda que em 2022, aquando das cheias na cidade, decidiu criar um centro centralizado de operações e emergência em Monsanto. “Esse centro foi o que desta vez respondeu imediatamente. Nós saberíamos todos aquilo que devíamos fazer. Eu, como presidente da câmara, sabia que tinha que me meter no carro e chegar a Monsanto”, onde também estariam bombeiros, Polícia Militar e a proteção civil.

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Espanha cria “comissão independente” para “exigir todas as responsabilidades aos operadores privados”

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

Governo espanhol cria uma "comissão de análise técnica independente dos operadores privados" para chegar às suas próprias conclusões. Pedro Sánchez quer "descobrir o que aconteceu".

O primeiro-ministro espanhol disse esta terça-feira que ainda não há explicação para o apagão na Península Ibérica e nenhuma hipótese está descartada, depois de a empresa que gere a rede elétrica do país ter rejeitado a possibilidade de ciberataque.

“O Governo de Espanha vai chegar ao fundo deste assunto” e, perante as conclusões, vai fazer reformas e adotar as medidas necessárias “para que não volte a acontecer”, assim como “exigir todas as responsabilidades pertinentes aos operadores privados”, assegurou Pedro Sánchez, numa conferência de imprensa em Madrid.

Sánchez insistiu diversas vezes que o Governo espanhol tem como prioridade, depois de “consolidar o restabelecimento do sistema elétrico a 100%”, “descobrir o que aconteceu” nos “cinco segundos” que levaram ao apagão de segunda-feira.

O líder do executivo disse esperar ter os primeiros resultados das investigações e análises em curso nas próximas horas ou dias e realçou que, para já, todas as hipóteses se mantêm em aberto.

Para isso, o Governo espanhol criou uma “comissão de análise técnica independente dos operadores privados” para chegar às suas próprias conclusões, e pediu também um relatório aos organismos competentes da União Europeia (UE).

Sánchez disse não questionar a primeira conclusão da empresa Red Eléctrica de Espanha (REE), que gere a rede de eletricidade do país, que disse esta manhã que está descartada a possibilidade de um ciberataque aos sistemas de controlo da companhia.

“Mas a responsabilidade do Governo de Espanha é fazer uma análise independente” e “usar todos os mecanismos para examinar todos os registos”, sem “descartar nenhuma hipótese até ter resultados”, afirmou o primeiro-ministro.

Sánchez prometeu que todos os resultados das investigações serão tornados públicos de imediato e enviados ao parlamento. “Transparência absoluta”, garantiu o líder do Governo, que sublinhou estar em causa a “confiança nas instituições”.

O Governo espanhol está “consciente de que há perguntas” em relação ao apagão por responder, e “é o primeiro interessado” em as esclarecer, disse Sánchez, que revelou que irá ao parlamento no dia 7 de maio para dar mais explicações sobre esta “crise de eletricidade”.

Sánchez voltou a alertar para a desinformação que está a circular em relação ao apagão e alertou para a “enorme complexidade do sistema elétrico”, sendo necessário tempo para fazer uma “análise e um diagnóstico claro e certeiro”.

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Bombeiros só foram colocados em alerta às 20 horas de segunda-feira. SIRESP voltou a falhar

"Precisamos de um sistema mais resiliente de comunicações". António Nunes, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, aponta falhas na rede SIRESP e na colocação dos bombeiros em alerta.

Um dos principais meios do Estado para emergências, os bombeiros, estiveram até às 20 horas de segunda-feira sem indicações de atuação em caso de crise, assegura ao ECO o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, associação que junta mais de 400 corporações de bombeiros de norte a sul do país. A indicação de alerta laranja só chegou por volta dessa hora, cerca de 80 minutos antes de o primeiro-ministro informar todo o país da situação do estado declarado numa Resolução do Conselho de Ministros. Já no caso do SIRESP, houve falhas, comprovando a necessidade de reforçar o sistema, afirma António Nunes.

“O alerta para a crise energética apareceu às 20 horas. Tudo o que se passou até às 20 horas foi quase rotina normal”, diz António Nunes ao ECO, assegurando: “nós não tivemos mais informações” que o público em geral.

No que concerne ao SIRESP, o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal, alvo de fortes críticas aquando dos trágicos incêndios de 2017, “houve sítios com falências do sistema”, aponta António Nunes. Isto, na sua opinião, “levará a concluir que não é uma rede tão resiliente quanto o que gostaríamos de ter. Acima de tudo, estamos sempre muito preocupados com situações de incêndios florestais, e esquecemos que podemos vir a ter uma crise resultante de ataque cibernético – que não estou a dizer que foi o caso –, que resultaria numa situação como esta”.

O alerta para a crise energética apareceu às 20 horas. Tudo o que se passou até às 20 horas foi quase rotina normal.

António Nunes

Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses

Perante a quebra deste serviço criado como ‘autoestrada’ de comunicações entre os serviços de emergência, a capacidade de contacto e resposta ficou relegada para o serviço de telemóvel, o qual enfrentou forte instabilidade e muitos momentos de inoperância ao longo do dia. António Nunes fala de “um alerta”. “Precisamos de um sistema mais resiliente de comunicações, que não dependa de comunicações civis. Os operadores fizeram um esforço, mas têm as suas debilidades, as redes não são estruturadas para situações de emergência nacional. Para isso, existe SIRESP e outras redes que não devem ser abandonadas”.

Esta referência vai desembocar na crítica à descontinuação imposta do uso de sistemas como o rádio de banda baixa dos bombeiros, enquanto a rede de rádio de banda alta “está muito danificada”, lamenta. “Por isso temos de ter um SIRESP muito forte”, insiste.

Precisamos de um sistema mais resiliente de comunicações, que não dependa de comunicações civis. Os operadores fizeram um esforço, mas têm as suas debilidades, as redes não são estruturadas para situações de emergência nacional. Para isso, existe SIRESP e outras redes que não devem ser abandonadas.

António Nunes

Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses

António Nunes assegura que “muitos municípios” ativaram os planos de emergência locais “por volta das quatro, cinco da tarde”, mas a nível nacional não foi ativado qualquer plano de contingência. Neste particular, explica o líder dos bombeiros, teria de ser a Autoridade Nacional de Proteção Civil a tomar a iniciativa, em razão da forma como está organizado o sistema. O líder dos bombeiros aproveita para recuperar uma reivindicação destes: “Temos dito que precisamos de um comando nacional dos bombeiros, de separar o comando da Proteção Civil”.

A referência de António Nunes à chegada da informação oficial às 20 horas não coincide com a Resolução do Conselho de Ministros (CM) publicada em Diário da República na segunda-feira.

Na fita do tempo do dia do apagão, Luís Montenegro falou pela primeira vez da situação às 15h15, em declarações à comunicação social na residência oficial, em São Bento – duas horas após o início do CM. O primeiro-ministro mencionou não ser “um bom caminho estarmos a acelerar consumos que não são necessários”, referiu “dificuldades relativamente ao abastecimento de combustíveis” e pediu “atenção redobrada enquanto todo o sistema não for restabelecido”, sem nunca referir medidas de crise energética.

Só mais tarde, pelas 21h20 horas, na informação ao país transmitida pelas televisões e rádios, o primeiro-ministro referiu a situação de crise energética.

Luís Montenegro indicou que o Governo tomou “conhecimento, hoje, pelas 11h33 de um apagão generalizado na rede nacional elétrica”, apesar de a Resolução do Conselho de Ministros que declara a situação de crise energética apontar as 11h30 da própria segunda-feira, três minutos antes de o Executivo saber do apagão, como o início do período em que esta declaração entrou em vigor.

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E-Redes alerta para burlas após o ‘apagão’: não é preciso intervir no contador

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

"Exceto em casos de comunicação prévia, não é necessária nenhuma intervenção junto dos contadores de eletricidade", assegura a antiga EDP Distribuição.

A E-Redes alertou esta terça-feira, 29 de abril, para eventuais burlas na sequência do apagão de segunda-feira e sublinhou que não é necessária intervenção nos contadores de eletricidade, nem é cobrado diretamente aos clientes qualquer valor quando são feitas estas deslocações.

“O Operador de Rede de Distribuição sublinha que, exceto em casos de comunicação prévia, não é necessária nenhuma intervenção junto dos contadores de eletricidade e reforça que nunca será cobrado diretamente aos clientes qualquer valor quando são feitas estas deslocações”, informou a E-Redes, em resposta escrita à Lusa.

O operador alertou assim os clientes para eventuais situações de burla que possam acontecer na sequência do corte de eletricidade que afetou a Península Ibérica e parte do território francês, na segunda-feira.

Caso seja necessária a deslocação de técnicos junto do contador de eletricidade, haverá uma comunicação prévia ao cliente via canais oficiais, vincou a E-Redes.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11h33, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades. Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do “apagão”.

O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu esta terça-feira de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.

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Tribunais e conservatórias retomam atividade mas “com constrangimentos na rede”

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

Os tribunais retomaram a atividade normal com constrangimentos na rede, informou o Ministério da Justiça, que garantiu que os prazos judiciais que não puderam ser cumprido "estão salvaguardados".

Os tribunais e conservatórias retomaram esta terça-feira a atividade normal com constrangimentos na rede, informou o Ministério da Justiça, que garantiu que os prazos judiciais que não puderam ser cumpridos na segunda-feira “estão salvaguardados” por uma norma legal.

Num balanço às 11:00 remetido à Lusa, o ministério liderado por Rita Alarcão Júdice referiu que foi “reposta a normalidade” nos tribunais e que o Citius (o portal usado por magistrados e advogados) está “a funcionar, mas com instabilidade na rede”.

Na segunda-feira, os tribunais mantiveram-se abertos somente para atos urgentes, tendo o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, António Marçal, dito à Lusa que na prática estavam parados.

Na nota de hoje, a tutela sustenta que todos os prazos judiciais “que não puderam ser cumpridos ontem [segunda-feira] estão salvaguardados” pelo artigo 140.ª do Código de Processo Penal, que alude a situações de “justo impedimento” não imputáveis às partes.

No caso do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), os sistemas estão todos operacionais e os atos cujo prazo terminavam a 28 de abril “podem ser praticados hoje”.

O INPI tinha encerrado na segunda-feira à tarde, tal como as conservatórias, que estão hoje abertas, “com constrangimentos nas interoperabilidades”, nomeadamente na consulta de informações da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

Na área tutelada pelo Ministério da Justiça, há ainda registo de “alguns constrangimentos na ligação à Internet” dos serviços do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, que não impedem que a “atividade pericial” esteja a decorrer “com normalidade”.

Nos estabelecimentos prisionais e centros educativos não há registo de incidentes, embora a prisão de Leiria destinada a jovens esteja com problemas no abastecimento de água.

Contactada pela Lusa, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais precisou (DGRSP) que, na segunda-feira, o abastecimento de eletricidade aos estabelecimentos prisionais e centros educativos foi reposto entre as 18:16 de segunda-feira e as 01:05 de hoje, “estando a atividade dos serviços a decorrer dentro da normalidade”.

Na segunda-feira, a energia foi assegurada por geradores e a comunicação por meios rádio, sem que se registassem incidentes nem se verificasse “qualquer constrangimento na distribuição de refeições e medicação”.

Já o controlo de vigilância eletrónica foi transferido cerca das 12:30 de segunda-feira para as equipas do Funchal (Madeira) e de Ponta Delgada (Açores).

“O sistema foi progressivamente retomado no continente, sendo que cerca das 24:00 passou integralmente para o Centro Nacional de Acompanhamento de Operações (…) e para as equipas de Vigilância Eletrónica”, conclui a DGRSP.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão.

O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu que o serviço está totalmente reposto e normalizado.

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Portugal avança com emissão de dívida sindicada de 3 mil milhões de euros a 15 anos

O IGCP vai lançar uma nova linha de dívida a 15 anos através de um sindicato de seis bancos internacionais, com o intuito de financiar-se, para já, em 3 mil milhões de euros.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública prepara-se para avançar com uma operação de emissão de dívida sindicada a 15 anos no valor de 3 mil milhões de euros, que se traduz numa linha com maturidade em 2040.

A informação é avançada pela plataforma International Financing Review (IFR) e será conduzida por um sindicato de seis bancos internacionais – BBVA, Deutsche Bank, Goldman Sachs, JPMorgan, Novo Banco e Santander. Esta operação marca a segunda de três emissões sindicadas previstas pelo IGCP para 2025, num ano em que as necessidades de financiamento do Estado atingem os 18 mil milhões de euros.

Ao contrário dos tradicionais leilões de dívida, onde o Estado coloca títulos diretamente no mercado e os investidores apresentam as suas ordens, numa emissão sindicada o IGCP contrata um grupo restrito de bancos para aferir previamente o interesse dos grandes investidores institucionais.

Estes bancos fazem um trabalho de “marketing” junto de fundos, seguradoras e outros investidores, recolhendo intenções de compra e ajudando a definir as condições finais da operação. Este método permite captar montantes mais elevados de financiamento e reduzir o risco de insucesso, já que o Estado avança apenas quando existe uma noção clara da procura e do preço que os investidores estão dispostos a pagar.

A operação agora preparada segue-se à emissão sindicada realizada pelo Tesouro no início de 2025, quando Portugal colocou 4 mil milhões de euros em obrigações a 10 anos. Nessa ocasião, a procura dos investidores superou os 25 mil milhões de euros – 6,4 vezes acima da oferta – num sinal claro da confiança internacional na dívida portuguesa.

O preço final dessa emissão fixou-se nos 3,074%, refletindo condições de financiamento favoráveis face ao contexto europeu. A maioria dos títulos foi adquirida por gestores de fundos internacionais, com destaque para investidores do Reino Unido, França, Itália, Espanha e Portugal.

A emissão sindicada a 15 anos vai criar uma nova referência (“benchmark”) para a dívida portuguesa com vencimento em 2040, já que atualmente não existe nenhuma linha com esta maturidade. O benchmark a 15 anos negoceia atualmente com uma yield de 3,362%.

Com esta operação, o IGCP reforça a estratégia de diversificação de prazos e de alargamento da base de investidores, procurando garantir condições de financiamento estáveis num ano em que as necessidades do Estado aumentam devido à aquisição líquida de ativos e ao financiamento do défice.

A aposta nas emissões sindicadas tem permitido a Portugal captar financiamento em condições competitivas e com forte procura internacional, reforçando a confiança dos mercados na dívida nacional. A operação a 15 anos, agora em preparação, será mais um teste à atratividade da República junto dos grandes investidores globais e à capacidade do IGCP em gerir de forma prudente e eficiente o financiamento do Estado português.

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Portugal regista menos nascimentos em 2024. Um terço dos bebés são filhos de mães estrangeiras

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

Na última década, a proporção de nados-vivos de mães de naturalidade estrangeira mais do que duplicou. Taxa de mortalidade infantil subiu para 3,0 óbitos por mil nados-vivos.

Cerca de 84.650 bebés nasceram em Portugal em 2024, menos 1,2% do que no ano anterior, e um terço são filhos de mães de naturalidade estrangeira, revelam dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com as “Estatísticas Vitais” do INE, registaram-se, em 2024, 118.374 óbitos, mais 0,1% (79 óbitos) do que em 2023, dos quais 252 óbitos foram de crianças com menos de um ano (mais 42 do que em 2023), o que se traduziu no aumento da taxa de mortalidade infantil para 3,0 óbitos por mil nados-vivos (2,5 em 2023).

“O agravamento do saldo natural, em 2024, para -33-732 (-32.596 em 2023) foi, assim, determinado sobretudo pela diminuição do número de nados-vivos”, salienta o INE, assinalado que a Grande Lisboa foi a única região NUTS II onde se registou, pelo segundo ano consecutivo, um saldo natural positivo (+929).

De acordo com os dados, em 2024 nasceram 84.642 bebés de mães residentes em Portugal, menos 1,2% do que em 2023 (85-699), representando uma relação de masculinidade de 106 (por cada 100 crianças do sexo feminino nasceram cerca de 106 do sexo masculino).

Um terço dos bebés nascidos em Portugal eram filhos de mães nascidas no estrangeiro (29,2% em 2023), refere o INE, salientando que, na última década, a proporção de nados-vivos de mães de naturalidade estrangeira mais do que duplicou.

A proporção de nados-vivos de mães de naturalidade estrangeira foi superior ao valor nacional (33,0%) nas regiões Grande Lisboa (47,8%), Península de Setúbal (46,9%) e Algarve (46,6%).

Segundo o INE, a natalidade diminuiu em mais de metade das regiões NUTS II do país, exceto no Oeste e Vale do Tejo (+1,0%), na Grande Lisboa (+0,9%), na Península de Setúbal (+0,3%) e na Região Autónoma da Madeira (+2,6%).

Com exceção da região Centro (-0,9%), nas restantes regiões o decréscimo foi superior ao nacional (-1,2%), tendo os Açores registado a maior descida (-8,4%).

Em 2024, 66,2% do total de nascimentos foram de mães com idades dos 20 aos 34 anos, 32% de mães com 35 e mais anos e 1,8% de mães com menos de 20 anos, indica o INE, observando que, entre 2015 e 2024, houve um decréscimo de 0,9 pontos percentuais na proporção de nados-vivos de mães menores de 20 anos.

“Apesar de, nos últimos dois anos, a proporção de nados-vivos de mães com 35 ou mais anos se ter mantido nos 32%, no período em análise verificou-se um aumento de 2,4 pontos percentuais na proporção de nados-vivos de mães com idade superior a 35 anos”.

Os dados referem que a idade média da mãe ao nascimento de um filho (independentemente da ordem do nascimento) foi de 32,1 anos (igual a 2023) e o nascimento do primeiro filho foi de 30,7 anos (30,6 anos em 2023).

Entre 2015 e 2024, registou-se um aumento de 0,4 anos na idade média ao nascimento de um filho e de 0,5 anos na idade média ao nascimento do primeiro filho.

Quanto à mortalidade, os dados indicam que aumentou em quatro das nove regiões NUTS II, com acréscimos superiores ao registado a nível nacional (0,1%), destacando-se os Açores com o maior aumento (3,6%), enquanto a Madeira registou a maior descida (-7,6%).

A maioria dos óbitos (86,6%) foi de pessoas com 65 e mais anos, referem os dados, acrescentando que, entre 2015 e 2024, foram registados decréscimos nas proporções de óbitos de pessoas com menos de 65 anos e com idades dos 65 aos 79 anos, de, respetivamente, 1,8 e 1,2 p.p. Em contrapartida, verificou-se um aumento de 3,0 p.p. na proporção de mortes de maiores de 80 anos.

Em 2024, também nas regiões NUTS II, a maior proporção de óbitos ocorreu no grupo etário dos 80 e mais anos, representando mais de 50% da mortalidade em todas as regiões, com exceção dos Açores (46,2%). Nas regiões Centro, Oeste e Vale do Tejo e Alentejo, a proporção de óbitos deste grupo etário foi superior ao valor nacional (respetivamente 66,0%, 63,7% e 65,4%, contra 60,7%).

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SPS nomeia Diogo Mandim como Chief Operating Officer

A SPS Advogados cria nova função e nomeia Diogo Mandim para de Chief Operating Officer, função que irá acumular com a de Diretor de Tecnologia e Inovação.

A SPS Advogados cria nova função e nomeia Diogo Mandim para de Chief Operating Officer, função que irá acumular com a de Diretor de Tecnologia e Inovação.

“A SPS Advogados visa a integração da estratégia tecnológica da sociedade nas operações das áreas de suporte, com a responsabilidade de coordenação, interligação e eficiência entre as quatro principais áreas de Gestão da Sociedade: Financeira, Tecnologia e Inovação, Recursos Humanos e Marketing e Comunicação, promovendo ganhos de eficiência e maior interligação entre os sócios e as diferentes áreas de gestão”, segundo comunicado do escritório.

Licenciado em Engenharia Informática, iniciou o seu percurso profissional na Sonae, onde integrou equipas ligadas aos departamentos de Recursos Humanos, com uma forte componente de apoio à gestão. Ainda na Sonae, integrou também equipas de gestão de projetos.

Posteriormente passou por empresas de consultoria – Agap2 e a Proef IT, onde trabalhou diretamente em projetos de gestão de processos e recuperação de crédito.

Em 2019 integrou a SPS como Diretor de Tecnologia e Inovação, sendo responsável por desenhar e implementar uma arquitetura tecnológica na sociedade.

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“Resposta coordenada de todo o setor elétrico foi exemplar”, reage líder da EDP

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

Miguel Stilwell d’Andrade considera que apagão “veio sublinhar a importância vital da segurança e da resiliência no abastecimento elétrico”.

O presidente executivo da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, considerou esta terça-feira que a resposta coordenada de todo o elétrico ao apagão de segunda-feira foi exemplar e que o evento sem precedentes mostrou a importância vital da segurança no abastecimento.

Num contexto tão exigente, a resposta coordenada de todo o setor elétrico — desde os operadores de rede aos produtores e distribuidores — revelou-se exemplar, permitindo restabelecer o fornecimento de energia de forma rápida e segura, sempre em estreita articulação com as autoridades competentes”, defendeu o líder da EDP, em declarações enviadas à Lusa.

O responsável apontou também que a falha no sistema de energia ibérico tratou-se de um evento sem precedentes que “veio sublinhar a importância vital da segurança e da resiliência no abastecimento elétrico”.

Stilwell d’Andrade destacou o “empenho incansável das equipas técnicas e operacionais” da EDP em Portugal e Espanha, que tanto nas centrais elétricas, como nas redes de distribuição e no atendimento aos clientes “atuaram com extrema competência, dedicação e sentido de missão”.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11h30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do “apagão”.

O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu na manhã desta terça-feira que o serviço está totalmente reposto e normalizado.

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Crédito à habitação dispara 5,4% e atinge ritmo mais forte desde 2008

Os empréstimos para a compra de casa sobem 5,4% em março ao ritmo mais elevado dos últimos 16 anos e batem novos recordes de quase uma década.

O mercado do crédito à habitação em Portugal está a atravessar um momento histórico. Em março, os empréstimos para compra de casa cresceram 5,4% face ao mesmo mês de 2024, registando “a maior taxa de variação anual desde setembro de 2008”, segundo os dados mais recentes do Banco de Portugal, publicados esta terça-feira.

A instituição liderada por Mário Centeno revela que “o stock de empréstimos para habitação aumentou 908 milhões de euros relativamente a fevereiro, totalizando 104,4 mil milhões de euros no final de março”. Trata-se do montante acumulado mais elevado desde maio de 2014.

“No final de março, havia 1,96 milhões de devedores de crédito à habitação, mais 2476 devedores do que no mês anterior”, destaca ainda o Banco de Portugal.

Este resultado reflete não só o apetite das famílias pela compra de casa, particularmente dos jovens, mas também uma dinâmica de mercado marcada pela pressão da procura, pela escassez de oferta e pelo regresso de alguma confiança dos consumidores no setor imobiliário.

Apesar dos custos de financiamento ainda elevados, a expectativa de descida das taxas de juro e a perceção de que os preços das casas continuarão a subir têm impulsionado a concessão de crédito. O crescimento de 5,4% dos empréstimos à habitação em março não é um fenómeno isolado. Desde o início de 2024 que o stock de crédito à habitação tem vindo a aumentar de forma consistente.

O dinamismo do crédito à habitação acompanha o dinamismo dos restantes créditos. Segundo o Banco de Portugal, “o montante de empréstimos ao consumo e outros fins aumentou 218 milhões de euros relativamente a fevereiro, para 30,8 mil milhões de euros”, que se traduz num crescimento homólogo de 7,1%, superando o do mês anterior.

A finalidade de consumo apresentou uma taxa de variação anual de 7,3% (7% em fevereiro) e os empréstimos para outros fins voltaram a registar o maior crescimento anual desde julho de 2008 (6,6%)”, destaca ainda o Banco de Portugal em comunicado.

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Portugal acolhe acelerador internacional para promover envelhecimento saudável

Portugal é um dos seis países que vai acolher o acelerador da London School of Economics. Quer apoiar até 20 startups a desenvolver soluções que promovam o envelhecimento saudável.

Portugal é um dos seis países que vai acolher o Long Life Venture Builder, o novo programa da London School of Economics (LSE) para acelerar startups a nova geração de startups focadas no envelhecimento saudável. As candidaturas arrancam em agosto.

“Os três grandes desafios que enfrentamos enquanto sociedade são: alterações climáticas, democracia e demografia (longevidade). Por isso, decidimos optar para já por um dos três”, diz Inês Sequeira, head of global partnerships do Long Life Venture Builder, ao ECO.

Esta iniciativa, “a primeira do género”, agrega um conjunto de várias instituições académicas, laboratórios de inovação, investidores de impacto, como a Stanford University Transformative Times, a Ashoka Foundation, a Zumba! e, em Portugal, a Católica Lisbon School of Business & Economics.

“Trabalho com a LSE e quando começamos a criar o projeto não me fez sentido que Portugal não estivesse incluído. Além de que, até 2050, Portugal é um dos três países com população mais envelhecida do mundo”, justifica Inês Sequeira, quando questionada sobre o envolvimento de Portugal no projeto.

Uma aposta no envelhecimento saudável tem impactos na economia. O FMI estima que o envelhecimento saudável adicione cerca de 0,4 pontos percentuais (p.p.) ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), em média, entre 2025 e 2050, segundo o World Economic Outlook, conhecido em abril.

No que consiste o programa

Focado em saúde mental, saúde cognitiva, cuidados de saúde proporcionados através da tecnologia e infraestrutura intergeracional, o Long Life Venture Builder arranca em seis países — além de Portugal, Brasil, Reino Unido, Espanha, Filipinas e Estados Unidos — com o objetivo de apoiar 10 a 20 projetos de elevado potencial por ano.

As startups participantes no programa terão acesso a mentoria de especialistas globais em saúde, IA, design e inovação social, bem como apoio prático, através de reuniões presenciais, workshops e dias de demonstração, assim como apoio financeiro.

“Parte substancial [do programa] é financiado pela Global School of Sustainability da LSE e pretendemos arranjar empresas corporate que sejam sponsors em cada país”, adianta Inês Sequeira, sem adiantar um montante global.

Com um duração de nove meses, o Long Life Venture Builder está organizado em duas fases, a primeira, com duração de seis meses, é um Laboratório de Pesquisa de Longevidade (com mapeamento global, explorando tendências, tecnologias e perceções sobre o futuro do envelhecimento); a segunda, o acelerador, com duração de três meses, apoiando as startups em fase inicial com financiamento, mentoria, apoio para protótipos e acesso direto a investidores e parceiros de saúde.

As candidaturas arrancam em agosto. “O projeto é gerido globalmente pela LSE mas pretende-se que cada universidade parceira (em cada geografia) possa ter liberdade para criar ecossistema”, diz Inês Sequeira.

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Depósitos a prazo sobem 5,9%, mas a tendência é de abrandamento há cinco meses

As famílias continuam a aplicar as suas poupanças em depósitos a prazo, mas o crescimento dessa adesão abranda pelo quinto mês seguido com os juros a serem cada vez menos atrativos.

Os portugueses continuam a apostar nos depósitos a prazo para aplicarem as suas poupanças, mas o ritmo de crescimento destas aplicações voltou a desacelerar em março, prolongando uma tendência que já dura há cinco meses.

Segundo os dados mais recentes do Banco de Portugal, publicados esta terça-feira, “no final de março de 2025, o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes totalizava 192,6 mil milhões de euros, menos 182 milhões de euros do que no final de fevereiro”.

Apesar deste ligeiro abrandamento em termos mensais, em termos homólogos, ou seja, face a março do ano passado, os depósitos de particulares apresentaram um crescimento de 5,9%. No entanto, como salienta o Banco de Portugal, “esta variação representa uma desaceleração face ao crescimento observado nos meses anteriores, sendo o quinto mês consecutivo em que se verifica uma redução do ritmo de crescimento anual”.

O abrandamento do crescimento dos depósitos reflete, em parte, a menor atratividade das taxas de juro oferecidas nos novos depósitos, que têm caído de forma sustentada, contabilizando em fevereiro uma taxa média de 1,83%, após 14 meses consecutivos de queda.

No plano empresarial, a tendência foi ligeiramente diferente. Depois de em fevereiro o stock de depósitos ter registado um crescimento mensal de 0,5%, em março, segundo dados do Banco de Portugal, “o stock de depósitos das empresas nos bancos residentes totalizava, no final de março, 69,5 mil milhões de euros, mais 811 milhões de euros do que no final de fevereiro de 2025”, que se traduziu num crescimento de cerca de 1,2%.

No entanto, em termos homólogos, os depósitos das empresas registou um abrandamento, com as aplicações das empresas junto dos bancos sob a forma de depósitos a prazo a crescer 8,1% em março face a um aumento de 8,8% registado em fevereiro.

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