IRS desce com a atualização dos escalões em 4,6% mas não garante neutralidade fiscal

A proposta do Orçamento do Estado para 2025 prevê um alívio fiscal através da subida dos limiares dos 9 níveis de rendimento do imposto. Mas fica abaixo dos 4,7% definidos no acordo com os parceiros.

O Governo vai atualizar os nove escalões do IRS em 4,6% o que dará um alívio fiscal adicional aos trabalhadores dependentes e pensionistas, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2025 entregue esta quinta-feira no Parlamento. “É o dobro da inflação prevista”, de 2,3% para 2025, salientou o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, durante a conferência de imprensa de apresentação do OE.

Na prática, rendimentos brutos anuais até 8.057 euros deixam de pagar IRS. Trata-se de uma atualização significativa de 354,34 euros (4,6%) face aos 7.703 euros atualmente isentos. Significa que salários brutos mensais até cerca de 886 euros vão ficar totalmente livres do imposto. Se o Governo não atualizasse os escalões, a isenção iria abranger ordenados até 861 euros mensais.

Esta medida cumpre a regra aprovada pela Assembleia da República e proposta pelo PSD, que dita que os limiares dos patamares de rendimento devem evoluir de acordo com o deflator do PIB e o PIB por trabalhador, mas não garante a neutralidade, uma vez que a atualização de 4,6% fica abaixo do que ficou definido no acordo tripartido assinado pelos parceiros sociais, de 4,7%. Isto significa que esta subida salarial poderá ter um agravamento no imposto a liquidar no ano seguinte, em 2026.

O pacto firmado com patrões e sindicatos, exceto CGTP, estabelece que os escalões devem ser atualizados para “assegurar a neutralidade fiscal das atualizações salariais”. Ora esse acordo dita que o salário médio deve subir 4,7%. Aliás, subir em média os vencimentos nesse montante e acima do salário mínimo, que vai evoluir para 870 euros, e aumentar os ordenados que estiverem abaixo da média também em 4,7% são as duas condições para as empresas beneficiaram da majoração de 50% dos encargos correspondentes ao aumento salarial, em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC).

Apesar da atualização proposta pelo Governo ficar uma décima aquém da subida dos vencimentos médios em 4,7%, trata-se de uma atualização substancial dos limiares dos escalões. Para este ano, por exemplo, o anterior ministro das Finanças, Fernando Medina, decidiu atualizar os patamares em apenas 3%, quando o acordo de rendimentos previa uma variação dos salários de 5%.

No relatório do OE, o Governo até apresenta simulações para os dois anos anteriores sobre a atualização que deveria ter sido aplicado caso a nova fórmula já tivesse sido aplicada. Assim, se este mecanismo tivesse sido utilizado em 2023 e 2022, “a taxa de atualização dos escalões do IRS em 2023 e 2024 teria sido de 11,1% e 9,1% respetivamente, em vez de 5,1% e 3%”.

“De forma proteger o rendimento das famílias, o Parlamento aprovou”, por proposta do PSD, uma medida “que veio introduzir no Código do IRS (Artigo 68º-B do CIRS) regras que garantem a aplicação de uma taxa de atualização dos escalões do IRS que corresponda, em média, ao aumento dos salários nominais, utilizando para tal uma fórmula que considera a evolução dos preços (através do deflator do PIB) e o crescimento da produtividade do trabalho (através do PIB por trabalhador)”, lê-se no relatório.

Assim, e de acordo com o mesmo documento, “passa a prever-se um mecanismo que permite que os aumentos dos rendimentos nominais que, por via do aumento do nível geral de preços, não correspondam a um aumento do seu poder de compra, não conduzam a um agravamento da sua taxa de tributação em IRS”.

Dedução específica volta a subir em função do IAS

A dedução específica, que é a parcela que abate ao rendimento para apurar a matéria coletável, isto é, sujeita a imposto, vai voltar a subir, o que dará um alívio extra no IRS a liquidar em 2026.

Mas ainda não se sabe qual o valor desse aumento, porque a taxa de variação anual do Indexante do Apoios Sociais (IAS) apurada no terceiro trimestre só será conhecida em novembro. “A atualização do IAS será a que resulta da lei, a que a lei prevê”, indicou o ministro das Finanças.

A atualização da dedução específica, que esteve congelada até 2023 durante mais de uma década nos 4.104 euros, em função do IAS foi uma novidade introduzida pelo Parlamento por proposta pelo BE. Essa alteração aplica-se já este ano, o que levou aquela parcela a dar um salto de 6% ou de 246,24 euros para 4.350,24 euros.

Como este ano o IAS subiu 6%, passando de 480,43 euros para 509,26 euros, a dedução específica também cresceu os mesmos 6%, de acordo com este novo regime. A fórmula de atualização do IAS tem em conta a média da taxa de crescimento médio anual do produto interno bruto (PIB) nos últimos dois anos terminados no terceiro trimestre do ano, apurada a partir das contas nacionais trimestrais do Instituto Nacional de Estatística e o valor da variação média do índice de preços no consumidor (IPC), sem habitação, nos últimos 12 meses, a publicar pelo INE em novembro.

(Notícia atualizada às 17h03)

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IRC das PME desce para 16% no próximo ano. Meta é baixar até 12,5%

Além da descida da taxa geral de IRC de 20% para 21%, o Governo pretende baixar também em um ponto percentual a taxa aplicada às PME.

O Governo pretende beneficiar também as PME com a descida do IRC, incluindo na proposta de Orçamento do Estado uma redução do imposto de 17% para 16%, sobre os primeiros 50 mil euros de matéria coletável. A taxa geral também baixa um ponto percentual, para 20%, mantendo a cedência feita nas negociações com o PS, segundo a apresentação feita pelo ministro das Finanças.

O Executivo pretende ir mais longe na descida do IRC para as PME, apontando um objetivo de chegar aos 12,5% no espaço de três anos, sem indicar o ritmo.

Já em relação a futuras descidas da taxa geral não é feita qualquer referência. Na proposta negocial que enviou ao PS, o Governo apontava para um objetivo de 17%, descendo um ponto percentual em casa ano. A vontade original do Executivo era chegar aos 15%.

A descida do IRC faz parte do acordo de rendimentos assinado este mês com os parceiros sociais, com exceção da CGTP. Resta saber se o Orçamento vai ser aprovado pelo Parlamento.

(Artigo atualizado com valor da matéria coletável para as PME)

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CFP endossa previsões do Orçamento do Estado, mas alerta para riscos externos

Embora valide as projeções, a CFP identifica "alguns riscos relevantes" sobre o atual cenário macroeconómico, especialmente o de "deterioração" expressiva da conjuntura internacional, em 2024 e 2025.

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) validou as previsões macroeconómicas que constam na proposta para o Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025). De acordo com o relatório publicado esta quinta-feira no site do Parlamento, a entidade liderada por Nazaré da Costa Cabral “endossa as previsões macroeconómicas apresentadas“.

No documento apresentado, o Ministério das Finanças prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,8% este ano e de 2,1% em 2025, de acordo com o cenário macroeconómico do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) entregue esta quinta-feira no Parlamento e ao qual o ECO teve acesso. As perspetivas significam uma ligeira revisão em baixa para 2024 e em alta para 2025 face aos 2% para ambos os anos sinalizado aos partidos políticos nas reuniões de negociação da proposta orçamental.

“O crescimento pelo Ministério das Finanças para 2024 assenta na expectativa de um aumento do contributo da procura interna e de um contributo ligeiramente negativo das exportações líquidas”, lê-se no parecer doCFP. Quanto ao próximo ano, a entidade “o cenário subjacente antecipa uma desaceleração no crescimento na generalidade dos deflatores da procura interna”.

Ainda assim, o CFP identifica “alguns riscos relevantes” sobre o atual cenário macroeconómico, em particular perante um risco de uma “deterioração” expressiva, em 2024 e 2025, da conjuntura internacional comparativamente às previsões iniciais, “o que poderá penalizar de forma mais intensa as perspetivas de procura externa e afetar negativamente as exportações”.

Mesmo perante os riscos e a incerteza, a instituição liderada por Nazaré da Costa Cabral considera que “o cenário macroeconómico subjacente afigura-se como provável e prudente”, estando as previsões “globalmente alinhadas” com as projeções para a economia portuguesa, os preços das matérias-primas nos mercados internacionais e com as decisões de política monetária por parte do Banco Central Europeu (BCE), acrescentou.

(Noticia atualizada pela última vez às 17h05)

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Gasolineiras espanholas reforçam oferta “low-cost” em Portugal

  • Lusa
  • 10 Outubro 2024

A Petroprix e a Plenoil expandem as suas redes de postos de combustíveis em Portugal. A Petroprix pretende abrir 50 postos em Portugal enquanto que a Plenoil vai abrir 10 postos nos próximos meses.

De uma assentada, a Petroprix e a Plenoil apresentaram esta quinta-feira novos reforços para a oferta de postos de combustíveis “low-cost” em Portugal.. A Petroprix abriu um novo posto de abastecimento na Covilhã, segunda inauguração da empresa no país, depois de Águeda, enquanto que a Plenoil anunciou a abertura de 10 postos para os próximos meses.

O novo posto aberto pela Petroprix está situado na Quinta das Laranjeiras, na Covilhã, em Castelo Branco, e faz parte do plano da empresa de abrir 50 postos em Portugal entre 2025 e 2026. O posto de combustível segue o mesmo modelo de Águeda, primeiro posto da empresa no país. O serviço da Petroprix funciona 24 horas por dia, sete dias da semana, com capacidade para seis veículos em simultâneo. Além da Covilhã, a empresa já tem o posto de Matosinhos pronto para abrir em breve.

Ainda só em fase de anúncio está a Plenoil. Numa primeira fase do plano de expansão internacional, os espanhóis pretendem chegar aos dez postos de abastecimento nos próximos meses, nos distritos de Aveiro, Braga, Guarda, Lisboa, Porto, Viana do Castelo e Viseu. Tal como a compatriota, a Plenoil também terá abertura 24 horas por dia, contando com serviço automático durante a noite.

Tanto a Petroprix como a Plenoil justificaram a localização dos novos postos como uma estratégia para estarem mais próximos do consumidor português sem que este tenha que se deslocar por grandes distâncias para ter acesso aos postos “low cost” que estas empresas oferecem no seu país. Ambas decidiram entrar agora em Portugal, quando passam 11 anos da sua fundação.

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Governo prevê nova redução da dívida pública para 93,3% do PIB em 2025

O rácio da dívida pública deverá cair pelo quinto ano consecutivo em 2025 para o valor mais baixo desde 2009. Encargos com os juros da dívida devem aumentar "apenas marginalmente".

O Governo projeta uma nova diminuição do rácio da dívida pública e dos encargos com juros em 2025, de acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) que o ECO teve acesso.

Segundo o documento, a dívida pública deverá cair para 93,3% do PIB em 2025, face aos 95,9% estimados para 2024 e 97,9% em 2023. “O crescimento do PIB nominal e o excedente primário contribuirão para a redução do rácio da dívida em, respetivamente, 9,1 pontos percentuais e cinco pontos percentuais do PIB, em 2024 e 2025”, lê-se no documento.

Esta trajetória descendente permitirá que Portugal continue a reduzir o peso da dívida a um ritmo superior ao da média da Zona Euro, contabilizando em 2025 o quinto ano consecutivo da queda do rácio da dívida pública. No entanto, “os ajustamentos défice – dívida e a despesa com juros darão um contributo no sentido do aumento do rácio da dívida, em termos acumulados nos dois anos, de 5,1 pontos percentuais e 4,3 pontos percentuais do PIB, respetivamente”, refere a proposta do OE2025.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

O Governo antecipa que no final de 2025 o saldo da dívida direta do Estado atinja 323,7 mil milhões de euros, mais 6,2% face aos 304,7 mil milhões de euros estimados para este ano. “A variação anual de 19 mil milhões de euros esperada em 2025 resultará essencialmente do aumento do saldo vivo de obrigações do Tesouro (11,1 mil milhões de euros)”, lê-se na proposta do OE2025.

Os números do Governo antecipam ainda que a dívida de curto prazo deverá aumentar cerca de 7,2 mil milhões de euros devido ao aumento do saldo de Bilhetes do Tesouro em 9,1 mil milhões de euros, que será “parcialmente compensado pela redução do saldo de CEDIC em 1,9 mil milhões de euros.”

Quanto aos encargos com a dívida pública, o Governo prevê que “o peso das despesas com juros no PIB deverá aumentar apenas marginalmente em 2025“, destacando que “dada a elevada maturidade média do stock, o impacto no serviço da dívida do aumento dos custos de financiamento em 2022 e 2023 continuará a ser mitigado pelo contributo da dívida emitida a taxas mais reduzidas.”

Segundo a proposta do OE2025, os juros e outros encargos da dívida pública fixar-se em 6.731 milhões de euros, mais 2,4% face aos 6.570 milhões de euros estimados para este ano.

As projeções do Governo apontam também para um aumento ligeiro da taxa de juro implícita da dívida pública. “Para este resultado contribui o efeito de substituição de dívida emitida anteriormente por emissões realizadas em 2022 e 2023, num contexto de subida das taxas de juro de mercado”, refere a proposta do OE2025.

Para o próximo no ano, “os efeitos de substituição do stock serão acompanhados por uma relativa estabilização das taxas de juro aplicáveis às novas emissões, perspetivando-se que a taxa de juro implícita permaneça aproximadamente constante.”

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Isenção no IRS para os jovens alargada a 10 anos

Trabalhadores até aos 35 anos e até ao sexto escalão de rendimentos vão ter direito ao benefício. A medida terá um impacto de 525 milhões de euros do lado da perda de receita.

Jovens até aos 35 anos, independentemente das habilitações académicas, e até ao sexto escalão de rendimentos vão ter direito a uma isenção em IRS durante 10 anos, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). A medida vai ter um impacto de 525 milhões de euros do lado da perda de receita.

“Esta medida deverá chegar a 350 mil a 400 mil jovens”, estima o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

O Governo foi assim a meio caminho da exigência do PS que queria reduzir o período que o benefício, de 13 anos, que o Executivo da Aliança Democrática tinha proposto inicialmente. Atualmente o IRS dá uma isenção entre 100% e 25% durante cinco anos.

“O reforço do rendimento dos jovens é conseguido com a aposta no IRS Jovem, alargando a todos os jovens até aos 35 anos, independentemente do seu nível de escolaridade, prolongando a sua aplicação no tempo e aumentado os limites do rendimento isento de IRS”, lê-se no relatório do OE.

Questionado sobre qual o primeiro ano em que um jovem trabalhador pode começar a ter do benefício, o ministro das Finanças explicou que “conta a partir do momento em que passa a entregar IRS sozinho ou em conjunto” como o cônjuge. “No seu primeiro ano de trabalho, entra no regime de 10 anos, tendo como limite 35 anos”, reforçou Joaquim Miranda Sarmento.

Assim, “o Governo propõe neste Orçamento do Estado o alargamento do IRS Jovem, ampliando o regime a todos os jovens até aos 35 anos (independentemente do grau de escolaridade) e não fazendo depender a sua aplicação das habilitações académicas alargando a aplicação de tal regime de isenção, que passa a ter uma duração de 10 anos (ao invés dos cinco anos atualmente em vigor); e aumentando o limite máximo do rendimento até ao qual se aplicam as isenções (que passa dos atuais 10/20 ou 40 IAS para 55 IAS)”, indica o Governo.

A isenção passa então a abranger, durante os 10 anos do benefício, rendimentos até 55 vezes o Indexante de Apoios Sociais (IAS) ou 28.009 euros anuais de ganhos de trabalho dependente ou independente, o que corresponde a um salário bruto mensal de cerca de 2.000 euros. Este patamar vai no limiar imediatamente acima do sexto escalão do IRS.

A proposta fica acima do regime em vigor que dá isenção até 40 vezes o IAS (20.370 euros), no primeiro ano, de 30 IAS (15.277 euros), no segundo, de 20 IAS (10.184 euros), no terceiro e quarto anos de atividade, e de 10 IAS (5.095 euros), no quinto.

O faseamento da isenção do novo IRS Jovem também é mais vantajoso do que aquele que está em vigor. Assim, em vez de dar 100% de isenção, no primeiro ano, 75%, no segundo ano, 50%, no terceiro e quarto anos, e 25%, no último ano, com os limites acima referidos, o Governo propõe atribuir 100%, no primeiro ano, 75%, entre o segundo e quarto anos, 50% entre o quinto e o sétimo anos, e 25% de isenção, entre o oitavo e 10.º anos de atividade.

Fonte: Proposta do Orçamento do Estado para 2025

Esta proposta é muito diferente daquela que o Executivo tinha dado entrado no Parlamento sobe a forma de pedido de autorização legislativa e que já deixou cair precisamente esta quinta-feira, dia em que entregou a proposta orçamental no Parlamento.

Na versão inicial, o Executivo queria aplicar uma nova tabela aos jovens até aos 35 anos com taxas máximas de 15% e que iria beneficiar rendimentos até ao penúltimo e 8.º escalão de IRS, isto é, até 80.000 euros brutos anuais.

(Notícia atualizada às 17h04)

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Leia aqui a proposta de Orçamento do Estado para 2025

  • ECO
  • 10 Outubro 2024

O documento já deu entrada na Assembleia da República. Medidas aprovadas no Parlamento à revelia do Governo como a descida do IRS, do IVA da luz e o fim das portagens vão custar 740 milhões.

A pen com a proposta de Orçamento do Estado para 2025 já foi entregue à Assembleia da República. O documento, que acaba de ser publicado no site do Parlamento, já conta com medidas aprovadas pela oposição à revelia do Governo como a descida do IRS, do IVA da eletricidade e o fim das portagens que vão ter um impacto de 740 milhões de euros.

Leia aqui o relatório do Orçamento ou aqui:

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Quem ganha salário mínimo não vai pagar IRS em 2025

Mínimo de existência vai subir no próximo ano, de acordo com a proposta de Orçamento do Estado. Resultado: quem ganha o salário mínimo continuará sem pagar IRS no próximo ano.

Quem ganha o salário mínimo nacional vai continuar a não pagar IRS no próximo ano. A proposta de Orçamento do Estado para 2025, entregue esta tarde pelo Governo no Parlamento, garante que o mínimo de existência será atualizado para 12.180 euros, o que garante que a retribuição mínima garantida continuará isenta de imposto.

Atualiza-se o valor do mínimo de existência, garantindo que o salário mínimo nacional continua isento de IRS. A atualização do mínimo de existência decorre da necessidade de fazer face ao aumento decidido em Concertação Social, de 820 euros para 870 euros“, lê-se no relatório, que foi entregue pelo ministro das Finanças ao presidente da Assembleia da República.

Já na proposta de lei, detalha-se que o valor de referência a vigorar no próximo ano será de 12.870 euros, ou seja, 14 vezes 870 euros, o valor do salário mínimo acordado na Concertação Social para 2025.

O mínimo de existência determina o nível de rendimento que é assegurado a cada contribuinte após a aplicação dos impostos, ou seja, sempre que o rendimento depois da tributação é inferior ao mínimo de existência, o Estado abdica de imposto, ficando o contribuinte isento de IRS.

Até este ano esse limite tinha sido guiado salário mínimo nacional, o que assegurava que quem o recebia estava (automaticamente) isento de imposto. A fórmula, porém, mudou, ligando-se, em alternativa, à evolução do Indexante dos Apoios Sociais (IAS).

Ainda assim, os trabalhadores que ganham o salário mínimo continuaram a não pagar IRS em 2024, porque o Governo anterior subiu o mínimo de existência. E o atual Executivo vai repetir essa receita, quanto ao próximo ano.

Ou seja, para acompanhar o aumento do salário mínimo nacional negociado na Concertação Social, o Governo vai atualizar o mínimo de existência, garantindo a continuação da isenção fiscal.

O acordo celebrado entre as confederações empresariais, a UGT e o Governo já estabelecia o compromisso de haver neutralidade fiscal face aos aumentos salariais, pelo que esta atualização do mínimo de existência já era expectável.

De acordo com os dados disponíveis neste momento, cerca de um quinto dos trabalhadores recebe o salário mínimo nacional.

Os funcionários públicos que recebem o “mínimo” que é pago no Estado voltarão, contudo, expostos a IRS: como a base remuneratória da Administração Pública sobe para 870,5 euros, o rendimento anual chega a 12.187 euros, acima do mínimo de existência indicado esta tarde pelo Governo para 2025.

Atualizada às 16h11

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Caixa paga 670 milhões em dividendos, Banco de Portugal nada dá (outra vez)

Proposta de Orçamento do Estado para 2025 prevê dividendos de 671,5 milhões de euros da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Já o Banco de Portugal volta a não dar qualquer contributo.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) conta entregar 671,5 milhões de euros em dividendos ao Estado no próximo ano, de acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2025 a que o ECO teve acesso. Já o Banco de Portugal volta a não dar qualquer contributo.

O Ministério das Finanças contabilizou 683,2 milhões de euros em dividendos que as empresas públicas deverão distribuir no próximo ano, incluindo ainda Parpública (8,9 milhões), NAV (1,5 milhões), Porto de Lisboa (1 milhão), Parques Sintra (186,5 mil euros) e Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (142,4 mil euros).

O banco público volta a centrar todo o destaque. O setor continua a beneficiar do ambiente de elevadas taxas de juro. No caso da Caixa, que tem um rácio de payout de 40%, o dividendo previsional (abaixo dos 825 pagos este ano) aponta para que venha a registar um lucro recorde de 1,7 mil milhões de euros este ano — na primeira metade do ano lucrou 889 milhões.

Caso o dividendo se confirme, a CGD acumula quase 3,2 mil milhões de euros em dividendos distribuídos desde 2019, ou seja, com Paulo Macedo à frente da instituição. O desempenho já permitiu reembolsar a ajuda pública que o banco recebeu em 2017.

Já o Banco de Portugal, liderado por Mário Centeno, não tem qualquer cheque para entregar a Miranda Sarmento. O que era expectável dado que os bancos centrais estão a ser penalizados pelos juros elevados. Centeno já tinha avisado que o banco central ia atravessar um período de resultados negativos e que não ia pagar dividendos antes de 2026.

O ministro das Finanças entregou esta quinta-feira na Assembleia da República a proposta orçamental para 2025, cujo desfecho ainda é incerto tendo em conta as últimas posições assumidas quer pelo PS quer pelo Chega.

(Notícia atualizada às 16h00)

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Governo vê economia a crescer 1,8% este ano e 2,1% em 2025

Perspetivas significam uma ligeira revisão em baixa para 2024 e em alta para 2025 face aos 2% sinalizados aos partidos políticos. Exportações e investimento avançam 3,5% no próximo ano.

O Governo prevê um crescimento da economia portuguesa de 1,8% este ano e de 2,1% em 2025, de acordo com o cenário macroeconómico do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) entregue esta quinta-feira no Parlamento e ao qual o ECO teve acesso. As perspetivas significam uma ligeira revisão em baixa para 2024 e em alta para 2025 face aos 2% para ambos os anos sinalizado aos partidos políticos nas reuniões de negociação da proposta orçamental.

No Programa de Estabilidade, num cenário de políticas invariantes, o Ministério das Finanças apontava para uma taxa de crescimento de 1,5% este ano e de 1,9% em 2025, mas ao longo do ano indicou estar a trabalhar com um cenário de cerca de 2%. Após as reuniões, em setembro, com os partidos políticos, o Instituto Nacional de Estatística (INE) iniciou uma nova série estatística, incorporando nova informação, o que levou algumas instituições a reverem em baixa as perspetivas para este ano.

A previsão para este ano alinha com a do Conselho das Finanças Públicas (CFP), mas fixa-se acima dos 1,6% esperados pelo Banco de Portugal (BdP) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e dos 1,7% previstos pela Comissão Europeia. Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais otimista e espera uma expansão de 1,9%.

Para 2025, a previsão do Executivo está em sintonia com a da instituição liderada por Mário Centeno, mas situa-se abaixo dos 2,4% esperados pelo CFP e dos 2,3% do FMI. Por seu lado, a OCDE aponta para uma taxa de 2% e Bruxelas de 1,9%.

O Ministério das Finanças suporta a perspetiva para 2025 com a aceleração da procura interna (de 2% em 2024 para 2,1% em 2025), em particular do investimento (de 3,2% em 2024 para 3,5% em 2025) e do consumo privado (de 1,8% para 2%), e das exportações (de uma taxa de 2,5% para 3,5%). “O crescimento da economia portuguesa deverá manter-se acima do crescimento da área euro”, refere o relatório do Orçamento.

Fonte: Relatório do Orçamento do Estado para 2025

O Ministério das Finanças aponta para uma desaceleração da taxa de inflação, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) de 5,3% em 2023 para 2,6% em 2024 e para 2,3% em 2025.

Aumento do rendimento das famílias desacelera para 3,7% em 2025

O crescimento do consumo privado beneficia em parte da redução da inflação e das taxas de juro e ocorre num contexto de aumento sustentado do rendimento disponível das famílias em termos reais, que deverá crescer 4,4% este ano e 3,7% em 2025. Segundo as Finanças essa evolução reflete “os efeitos de medidas de política que determinarão aumentos salariais, a diminuição de impostos diretos e o aumento das prestações sociais”.

O Ministério das Finanças prevê que a taxa de desemprego aumento de 6,5% em 2023 para 6,6,% em 2024, reduzindo-se novamente em ponto percentual em 2025.

O ministro das Finanças Miranda Sarmento apresenta em conferência de imprensa a proposta de Orçamento do Estado para 2025Hugo Amaral/ECO

Turismo modera impacto nas exportações

O Governo prevê um aumento das exportações de 2,5% este ano e de 3,5% em 2025. A taxa estimada para este ano representa uma desaceleração face a 2023 (3,5%), devido ao crescimento mais moderado das exportações de serviços à medida que se dissipam os efeitos da recuperação pós-pandemia no turismo, justifica o Ministério das Finanças.

Já em 2025, as exportações evoluirão em linha com a procura externa dirigida à economia portuguesa, com o Governo a prever uma recuperação de “importantes parceiros comerciais”. No entanto, salienta que “este crescimento será compensado pelo das importações (3,5%), que aceleram em 2025 em resultado da procura adicional de bens e serviços importados, determinada pelo maior crescimento do consumo privado e do investimento”. Neste sentido, estima que “a procura externa dê um contributo aproximadamente nulo para o crescimento do PIB em 2024 e 2025″.

Para 2024, aponta para uma taxa de crescimento do investimento de 3,2%, e para 2025 uma aceleração, para 3,5%, “relacionada com a crescente absorção dos fundos do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e outros instrumentos de financiamento europeu, bem como com a menor restritividade das condições de financiamento”.

Prevê ainda um aumento da capacidade de financiamento da economia portuguesa, de 1,6% do PIB em 2023 para 3,3% e 3,6%, respetivamente, em 2024 e 2025, beneficiando dos “fundos europeus, com impacto muito significativo no saldo da balança de capital”.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h06)

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Unidade de Execução do Aleixo vai a discussão na Câmara do Porto no dia 14

  • Lusa
  • 10 Outubro 2024

Câmara do Porto discute, na segunda-feira, Unidade de Execução do Aleixo Foram recebidas 25 pronúncias durante o período de discussão pública, decorrido entre 17 de julho e 13 de agosto.

O executivo da Câmara do Porto discute na segunda-feira a aprovação da delimitação da Unidade de Execução do Aleixo, para onde está prevista a construção de edifícios em altura e de um parque verde.

Na proposta, a que a Lusa teve hoje acesso, o vereador com o pelouro do Urbanismo da Câmara do Porto, Pedro Baganha, esclarece que foram recebidas 25 pronúncias durante o período de discussão pública da Unidade de Execução, que decorreu entre 17 de julho e 13 de agosto.

“Da ponderação das pronúncias não resulta a necessidade de realizar qualquer alteração à proposta inicial, sendo, contudo, retificado um lapso no relatório, referente à designação de um arruamento”, afirma o vereador.

Nesse sentido, o executivo da câmara do Porto delibera na reunião pública de segunda-feira aprovar a delimitação da Unidade de Execução do Aleixo, localizada na União de Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos.

A Unidade Operativa de Planeamento e Gestão (UOPG) do Aleixo corresponde ao território delimitado pela Rua do Ouro, Rua do Aleixo, Rua da Arrábida, Rua da Mocidade da Arrábida e traseiras dos prédios que facejam com as ruas das Condominhas e da Arrábida.

O executivo da Câmara do Porto aprovou a 12 de junho a abertura da discussão pública da delimitação da UOPG do Aleixo, para onde está prevista a construção de edifícios em altura e de um parque verde.

No final da reunião do executivo Pedro Baganha explicou que a solução urbanística “aposta na construção em altura por forma a libertar terreno para zonas verdes e arruamentos”.

O Plano Diretor Municipal (PDM), aprovado em 2021, determinou que a zona do Aleixo é uma UOPG, o que significa que tem de haver concertação entre os proprietários daqueles terrenos, que neste caso são três, um dos quais o município.

“Pelas minhas contas, estamos a falar de cinco torres e depois dois blocos mais pequenos”, especificou Pedro Baganha.

Os blocos destinados à autarquia deverão ser para habitação acessível, sublinhou.

“Tendo em consideração que estamos a falar de 14.000 metros quadrados que ficarão na propriedade da câmara, e que não são entregues ao Invesurb – Fundo Especial de Investimento Imobiliário, eu diria que estamos a falar de qualquer coisa entre 140 a 150 focos”, especificou o vereador do Urbanismo.

O bairro do Aleixo era constituído por cinco torres. A torre 5 foi demolida em 2011 e em 2013, no último mandato de Rui Rio como presidente da Câmara do Porto, foi demolida a torre 4.

O processo de desmontagem das três torres restantes arrancou em junho de 2019, tendo ficado concluído ainda antes do cronograma definido, que apontava o fim dos trabalhos para o mês de dezembro.

Em novembro de 2022, a Câmara do Porto aprovou o aumento de capital de participação do Invesurb em 21,48%, acompanhando o aumento com o montante de 483.300 euros.

A quarta modificação ao contrato com o Invesurb – Fundo Especial de Investimento Imobiliário pressupõe que a autarquia construa habitações sociais nas Eirinhas e no Bairro do Leal e o fundo financie a operação.

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OPA concorrente à da Bondalti sobre a Ercros também recebe luz verde do governo espanhol

O Governo de Sánchez aprovou "sem condições" a contra-oferta lançada pela italiana Esseco sobre a espanhola Ercros. Só após esta autorização o regulador pode decidir se autoriza a operação.

Tal como tinha acontecido com a oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Bondalti sobre a Ercros, o governo espanhol também decidiu autorizar “sem condições” a oferta concorrente apresentada pela italiana Esseco sobre o capital da Ercros.

O Conselho de Ministros deliberou, no dia 8 de outubro, “autorizar sem condições o investimento estrangeiro da Oferente e do seu investidor final na empresa espanhola”, divulgou a empresa num comunicado enviado ao regulador do mercado espanhol CNMV.

Com a aprovação do Executivo espanhol, o regulador pode agora autorizar a oferta de 3,84 euros por ação da italiana Esseco, uma OPA concorrente à oferta lançada no passado mês de março pela portuguesa Bondalti, no valor de 329 milhões de euros (3,6 euros por ação).

Apesar da oferta da Esseco ser superior à da Bondalti, o administrador da Bondalti, Luís Delgado, indicou no mês passado que a empresa não pretende subir o preço da OPA. “A nossa intenção não é subir o preço, achamos que é um preço justo para a companhia de que estamos a falar dentro de um mercado desafiador. A nossa postura é manter o preço, obviamente é um processo longo e muita água passará ainda debaixo da ponte”, afirmou Luís Delgado na conferência Energy 2024.

A atitude da empresa portuguesa poderá ditar o fracasso da operação, uma vez que um grupo de 150 acionistas da Ercros, que representa cerca de 27% do capital da gigante espanhola, já anunciou que não aceita nem a oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela portuguesa Bondalti, nem a OPA concorrente da italiana Esseco. Os investidores da empresa já se tinham manifestado contra as operações na assembleia geral de acionistas do passado dia 28 de junho, por considerarem que as contrapartidas oferecidas nas duas ofertas são demasiado baixas.

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