Marques Mendes é quem “encaixa melhor” no perfil para as presidenciais, diz Montenegro

Montenegro confirma que o ex-líder do partido é quem "encaixa melhor" no perfil, mas deixa essa confirmação para o Congresso do PSD, agendado para 19 e 20 de outubro.

O primeiro-ministro mantém o jogo fechado sobre quem será o candidato escolhido pelo PSD para as eleições presidenciais de 2026. No entanto, admite que Luís Marques Mendes é um dos nomes que “encaixa melhor” no perfil de candidato.

Podemos concluir que ele encaixa bem no perfil da minha moção estratégica e será apreciada no Congresso“, anunciou Luís Montenegro, em entrevista no Jornal da Noite, da SIC, esta terça-feira. No entanto, deixa a ressalva: “Não é o único, mas é um dos que encaixa melhor.” A moção estratégica referida por Montenegro será apresentada entre 19 e 20 de outubro, no 42º Congresso do PSD, que irá decorrer em Braga.

O nome de Luís Marques Mendes às eleições presidências tem estado em cima da mesa nos últimos meses. Em agosto, durante a Universidade de Verão do PSD, o próprio antigo líder do partido admitiu que estava “mais próximo do que nunca” de tomar uma decisão sobre uma eventual candidatura presidencial, prometendo falar “daqui a uns” meses, seja para avançar ou não.

O comentador político tem se escusado a dizer se está ou não mais próximo de ser candidato a Belém ou a comentar “potenciais candidatos”, dizendo que se mantém tudo o que afirmou há um ano, quando, em declarações à SIC, admitiu essa possibilidade, em certas condições.

Se eu um dia achar que com uma candidatura à Presidência da República posso ser útil ao país – é isso que conta –, se vir que tem alguma utilidade para o país uma candidatura minha e um mínimo de condições para se concretizar, sou franco, tomarei essa decisão“, afirmou, na altura.

 

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“O ideal é podermos atingir uma privatização total do capital da TAP”, diz Montenegro

Luís Montenegro afirmou na entrevista à SIC que prefere uma privatização total do capital da TAP, mas está a terminar uma auscultação dos grupos interessados.

O primeiro-ministro manteve, em entrevista à SIC, a defesa de uma privatização total do capital da TAP, mas quer saber a intenção dos interessados na companhia, que diz serem muitos. Afirmou ainda que não vende a companhia se os objetivos estratégicos não ficarem assegurados.

O ideal é atingir uma privatização total da TAP, desde que asseguremos as rotas estratégicas e o hub em Lisboa. Se não acontecer prefiro manter situação como está”, afirmou Luís Montenegro esta terça-feira.

O primeiro-ministro revelou que o Governo está “a acabar uma auscultação de todos os interessados. É importante não fazermos uma privatização sem saber o que os players de mercado têm como objetivo”, afirmou, garantindo que “há muitas empresas interessadas”. Uma auscultação que também influenciará o capital da companhia aérea que será vendido.

Luís Montenegro apontou para uma alienação faseada da posição do Estado. “Não estou a dizer que o modelo é passar de zero para 100. Estamos a estudar o modelo para valorizarmos a TAP o mais que pudermos”, afirmou.

O primeiro-ministro defendeu a privatização feita pelo Executivo PSD/CDS no final de 2015, já após o chumbo do programa do Governo na Assembleia da República, que colocou 61% do capital nas mãos da Atlantic Gateway, de David Neeleman e Humberto Pedrosa.

A decisão que foi tomada após 2015 de triplicar a oferta de voos para os EUA é fundamental para termos tanto investimento dos EUA em Portugal“, afirmou, salientando ainda o peso crescente dos turistas americanos nas receitas do setor. Para Luís Montenegro, o anterior Governo “quebrou uma privatização que estava em curso que estava a produzir resultados”.

A participação da Atlantic Gateway na TAP voltou para as mãos do Estado a partir de 2020, na sequência da pandemia, depois de os acionistas privados não terem avançado com fundos para a capitalização da companhia. Acabou por ser o Estado a colocar 3,2 mil milhões, no âmbito de um plano de reestruturação negociado com Bruxelas.

(notícia atualizada às 22h09)

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“A minha convicção é que o Orçamento vai ser viabilizado”, diz Montenegro

A dois dias da proposta do OE ser apresentada, Luís Montenegro deu a primeira entrevista enquanto líder de Governo. O documento orçamental está "fechado" e acomoda propostas do PS.

O primeiro-ministro avançou que a proposta de Orçamento do Estado para 2025 “está fechada” e a versão final será aprovada, em Conselho de Ministros, esta quarta-feira. Na primeira entrevista, Luís Montenegro disse no Jornal da Noite, na SIC, que existia um entendimento com o PS sobre o IRS jovem, mas não no IRC. “A minha convicção é que o Orçamento vai ser viabilizado”, avançou.

Perante a abertura de André Ventura para viabilizar o documento – em caso de chumbo do PS –, Montenegro afastou quaisquer negociações com o “catavento” Chega.

Questionado também se iria reconduzir Mário Centeno no Banco de Portugal, disse que só responderia “no fim do mandato” do governador, que termina no próximo ano.

Releia aqui as principais declarações do primeiro-ministro:

 

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Legislação laboral em Portugal segue modelo “clássico” e está desfasada da realidade, diz ministra

  • Lusa
  • 8 Outubro 2024

"A maioria das empresas" segue um modelo de trabalho "tradicional" com pouca flexibilidade, que não se adapta às exigências dos jovens para quem "o trabalho é muito importante, mas não é tudo", disse.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social aponta que a legislação laboral em Portugal é “em grande medida ancorada no modelo de trabalho presencial e clássico e considera que “este paradigma está desfasado da realidade”.

“Temos uma legislação laboral, que, em grande medida, ainda é ancorada no modelo de trabalho presencial e clássico” com “horários muito estritos” e “regulares”, afirmou Maria do Rosário Palma Ramalho, que discursou na conferência “O Futuro do Trabalho: 50 anos depois de Abril”, organizada pelo Inatel e pelo jornal Público, que decorreu no Teatro da Trindade, em Lisboa.

Segundo a ministra, “a maioria das empresas” segue um modelo de trabalho “tradicional” com pouca flexibilidade, que não se adapta às exigências atuais dos jovens para quem “o trabalho é muito importante, mas não é tudo na vida” e que valorizam a flexibilidade. A governante nota ainda que em Portugal “apenas um milhão de pessoas usa a ferramenta do teletrabalho” e que “apenas 500 mil pessoas têm um regime de trabalho híbrido”.

“Esse paradigma está cada vez mais desfasado da realidade”, defendeu Maria do Rosário Palma Ramalho, apontando que “tanto assim é que, quando a legislação laboral abre a regulação a novas formas de trabalho” como o teletrabalho, há “um preconceito de mimetizar um regime de trabalho presencial”.

“Muitas empresas que praticam o trabalho híbrido têm muita dificuldade em aplicar as normas legais sobre o teletrabalho porque elas estão pensadas para um teletrabalho substitutivo do trabalho presencial”, acrescenta. No comentário final desta conferência, a governante sublinhou ainda que “sem jovens uma sociedade não cresce e não se regenera” e que “o futuro de Portugal depende dos jovens e da sua vontade de ficar” no país, pelo que o “Governo tudo fará para que essa vontade se concretize”.

A ministra elencou ainda que o acordo tripartido de valorização salarial e crescimento económico assinado com as quatros confederações empresariais e com a UGT tem “um conjunto de medidas que são importantes para os jovens”, dando como exemplo “o princípio da descida do IRS Jovem”, “por outro lado, tem conjunto de medidas dirigidas às empresas” que são igualmente relevantes, dado que são estas que garantem “condições de empregabilidade” para que os jovens fiquem no país, defendeu.

Maria do Rosário Palma Ramalho indicou ainda que este acordo foi “negociado e assinado em condições políticas muito adversas”, dado que o Governo não tem maioria parlamentar, e está “próximo de uma discussão orçamental”, cujo resultado é ainda “incerto”.

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Câmara de Viseu garante ter cumprido regras de contratação pública

  • Lusa
  • 8 Outubro 2024

“Os relatórios do Tribunal de Contas têm de ser um bocadinho mais cuidadosos e têm de ser lidos de uma outra forma”, disse o autarca Fernando Ruas.

A Câmara de Viseu cumpriu as regras de contratação pública nos contratos para limpeza das florestas e não ultrapassou o limite financeiro previsto, garantiu esta terça-feira o presidente da autarquia, Fernando Ruas. “Qual é a acusação que nos fazem? É de termos limpado a floresta e de termos chamado para nos ajudar uma associação de produtores florestais à qual pagámos o serviço?”, questionou o autarca social-democrata, em conferência de imprensa.

Segundo o Diário de Notícias (DN), “juízes do Tribunal de Contas (TdC) mostram-se preocupados com a forma como algumas entidades públicas estão a contornar as regras da contratação pública, conseguindo gastar muito mais do que o limite legal, após as alterações que foram aprovadas em 2021 para acelerar a execução de projetos financiados por fundos europeus e por verbas do PRR”, sendo que “um dos contratos na mira do TdC foi feito pela Câmara de Viseu, na gestão dos fogos florestais”.

Fernando Ruas disse aos jornalistas sentir-se injustiçado, lamentando ter de dar explicações sobre um procedimento que devia “redundar num louvor”. “O relatório (do TdC) diz em algum momento que praticámos alguma ilegalidade? Não diz”, frisou. O autarca lembrou que em 2018, após os grandes incêndios do ano anterior, os municípios assumiram responsabilidades na limpeza da faixa de gestão de combustível. O de Viseu ficou com 309 hectares e, desde então, tem feito limpeza em cerca de 50 hectares por ano.

“O município vem fazendo ajustes diretos permitidos por lei para ir limpando as faixas de gestão de combustível. A partir de 2022 saiu nova legislação (medidas especiais de contratação pública) e a câmara aproveitou isso também”, explicou. No entender o antigo presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, “os relatórios do Tribunal de Contas têm de ser um bocadinho mais cuidadosos e têm de ser lidos de uma outra forma”.

Alexandra Paula Silva, jurista da autarquia, explicou aos jornalistas que, no que respeita aos contratos de 2021 e 2022, ao abrigo do Orçamento de Estado, foram permitidos na altura “ajustes diretos a título excecional, precisamente para que os municípios cumprissem as suas obrigações”. O primeiro contrato feito ao abrigo das medidas especiais de contratação pública aconteceu em 2023 (no valor de 158 mil euros) e o segundo este ano (no valor de 183 mil euros).

“Há dois contratos que o município fez ao abrigo das medidas especiais de contratação pública: um em 2023, que acabou este ano, e outro este ano, que acabará em 2025”, explicou Alexandra Paula Silva, garantindo que ambos “cumpriram os limiares financeiros”. Além destes dois últimos contratos, o relatório do TdC faz referência a outros ajustes diretos que podem ser consultados no Portal Base, mas que, segundo a jurista, “cumpriram o quadro legal próprio, a lei do Orçamento de Estado”.

No seu entender, “o TdC acaba por não fazer um reparo conclusivo” e “não há um juízo de ilegalidade”. No relatório pode ler-se: “consultado o Portal Base, constata-se que existem mais ajustes diretos efetuados pela mesma autarquia à mesma entidade, designadamente um por ano, o que suscita perplexidade quanto à contabilização separada dos limiares”.

Alexandra Paula Silva explicou que o limiar financeiro destes ajustes diretos é de 221 mil euros, sendo que “o município de Viseu fez o primeiro contrato ao abrigo das medidas especiais no valor de 158 mil euros” e depois “um segundo contrato, que podia ser feito, porque no primeiro contrato não se preencheu o valor total dos 221 mil euros”. “A Câmara podia fazer um segundo ajuste direto até 221 mil euros novamente. Não há que cumular, são contratos diferentes”, sublinhou.

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“A grande surpresa seria manter a publicidade na RTP”, aponta Pedro Duarte

"Dou importância às audiências, não quero é que ande atrás de um spot publicitário. É um tipo de audiência qualitativamente diferente", aponta Pedro Duarte, justificando o fim da publicidade na RTP.

Se alguém vos disser um dia que tem uma solução na manga desconfiem, porque ela de facto não existe. O que estamos a fazer é tentar, pela primeira vez, apresentar um plano estruturado, integrado, um programa que visa uma apreciação estratégica e global do setor, para começarmos a encontrar respostas para esta crise”. É assim que Pedro Duarte, ministro com a tutela da comunicação social, resume o espírito do plano de apoio aos media, apresentado na manhã desta terça-feira pelo Governo.

Num encontro durante a tarde com jornalistas, antes de repetir, uma a uma, as 30 medidas que integram o plano, o ministro dos Assuntos Parlamentares reforçou a ideia de que a comunicação social vive uma crise profunda e estrutural e que o Governo não tem uma “varinha mágica”. “Com algum experimentalismo, vamos tentar, tentar, tentar. E o que não resultar, vamos corrigir, corrigir, corrigir”, repetiu, antecipando que algumas medidas vão cumprir os objetivos, outras vão ultrapassar e outras não vão resultar.

E, da lista de 30 medidas apresentadas, a grande maioria ainda sem dados para a sua operacionalização, a mais impactante será, como o +M/ECO antecipou no domingo, o fim gradual da publicidade na RTP. Dos atuais seis minutos, a estação passa para quatro em 2025, dois em 2026 e em 2007 deixa de ter publicidade. Em causa, e olhando para os números de 2023, estarão perto de 21 milhões de euros de receita. Uma decisão que agrada aos privados, que há muito a reivindicavam, e que deixa apreensivo o presidente do conselho de administração da RTP.

A esta medida junta-se o anúncio de uma reestruturação do quadro de pessoal, que pode levar à saída de até 250 funcionários. Por cada dois profissionais que saírem, pode ser contratado um, prevê o plano, o que no limite pode levar à saída de 250 profissionais e à contratação de 125. “Vamos encontrar um modelo de compensação para saídas voluntárias. Com as poupanças que ocorrerão nos anos seguintes, o plano paga-se em três anos”, defende Pedro Duarte, garantindo tratar-se de um plano de rescisões voluntárias, sobretudo vocacionado para situações de pré-reforma, e não de despedimentos.

Quanto a uma eventual reconfiguração da RTP não foram adiantados detalhes, ficando prometido para as próximas semanas o novo contrato de concessão do serviço público. Pedro Duarte repetiu, no entanto, a ideia de que o operador público vai ser “mais relevante” sem as receitas da publicidade. “A RTP deve ser alternativa aos privados, não deve ficar limitada por receitas que venham da publicidade. Vamos libertar a RTP desse constrangimento”, reforçou.

Questionado sobre a forma como a ausência de publicidade – e um menor orçamento – pode reforçar a relevância da RTP, sobre a manutenção dos atuais canais – alguns com audiências residuais – e sobre as ambições, na nova configuração, em termos de audiências, Pedro Duarte defendeu que a relevância da RTP não se pode medir pelo valor do seu orçamento. “Se fosse assim era de longe o órgão de comunicação social com mais relevância do nosso país”, apontou.

“Quando falo da relevância tem a ver com o impacto que tem, designadamente cumprindo a sua missão de serviço público de televisão”. “É evidente que tem que chegar às pessoas, ter audiências, mas o critério para medir o impacto não pode ser só as audiências. Aí seria fácil fazer uma televisão, como fazem os privados, com esse intuito, mas não faria sentido”, prosseguiu.

Ou seja, na opinião do governante “justifica-se um canal público, reforçado da sua missão de serviço público”, o que segundo o executivo cumprirá melhor se for libertado de compromissos comerciais. “Dou importância às audiências, não quero é que ande atrás de um spot publicitário. É um tipo de audiência qualitativamente diferente”, resumiu. “Esta é a visão do Governo, acho que é também a da administração. A grande surpresa seria manter a publicidade na RTP”.

Quanto ao destino da receita de publicidade que sairá da RTP, o mercado vai definir. “Uma parte será para o mercado televisivo em Portugal, uma parte será para as plataformas. Mas aí o Governo não tem intervenção”, respondeu Pedro Duarte.

Daqui a um ano, antecipando um primeiro impacto ao conjunto das 30 medidas anunciadas, Pedro Duarte diz que gostaria de ver a profissão de jornalista com melhores condições – “em termos salariais, com uma menor precariedade e condições para exercer jornalismo de qualidade nas redações”.

“Não vamos inverter uma tendência global, mas se conseguirmos contribuir para uma inversão da tendência, já fizemos qualquer coisa”, resume.

Também questionado sobre as palavras do primeiro-ministro, que esta manhã disse querer um jornalismo livre, sem intromissão de poderes, sustentável do ponto de vista financeiro, mas mais tranquilo, menos ofegante, com garantias de qualidade e sem perguntas sopradas, Pedro Duarte disse que as palavras deviam ser entendidas “no sentido positivo”. “Queremos valorizar o jornalismo que tem tempo, para pensar. Queremos jornalismo de qualidade e que não que se limita a ir atrás do que foi encomendado. Aí qualquer pessoa faz isso”, concluiu.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot volta aos 17 milhões de euros

  • ECO
  • 8 Outubro 2024

O jackpot do Euromilhões regressa esta terça-feira aos 17 milhões depois do primeiro prémio ter saído no sorteio anterior.

O novo sorteio do Euromilhões decorreu esta terça-feira, com o prémio a regressar ao valor base. Depois de no último sorteio ter saído o jackpot fora de Portugal, o primeiro prémio atinge os 17 milhões de euros.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 8 de outubro:

Números: 7, 14, 19, 34 e 40

Estrelas: 6 e 8

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Portugal pediu alterações ao PRR e Bruxelas aceitou

Em causa estava a necessidade de adequar os indicadores físicos usados para comprovar o cumprimento das metas e marcos da bazuca e corrigir erros materiais do texto inicial.

Os ministros das Finanças da União Europeia deram esta terça-feira luz verde a uma alteração no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de Portugal. Em causa estava a necessidade de adequar os indicadores físicos usados para comprovar o cumprimento das metas e marcos da bazuca, explicou ao ECO fonte oficial do Ministério da Coesão.

Num momento em que Bruxelas está ainda a analisar o quinto pedido de desembolso de Portugal, o Executivo pediu, no início de agosto, uma alteração dos elementos de prova de algumas medidas, porque “os procedimentos internos nacionais não previam elementos de prova primários e inequívocos que permitissem verificar explicitamente o cumprimento satisfatório dos respetivos marcos e metas”, lê-se na decisão de execução do Conselho.

Os indicadores utilizados para avaliar o cumprimento das metas e marcos acordados com Bruxelas vão ser “alterados de modo a permitir essa verificação, sem com isso modificar os objetivos ou o teor das medidas em causa”, acrescenta o mesmo documento. Em causa estão, por exemplo, metas ao nível do programa de apoio ao acesso à habitação, da bolsa nacional de alojamento urgente e temporário da modernização das instituições de ensino e formação profissionais e da Administração Pública capacitada para a criação de valor público.

Portugal solicitou que fossem alteradas 22 medidas, “alegando que o PRR tinha deixado parcialmente de ser exequível devido a circunstâncias objetivas” e Bruxelas aceitou. Agora vão ser estabelecidas “quantidades específicas para os novos indicadores, de modo a que se possa manter o grau de ambição das medidas em causa”, precisa o mesmo documento que altera a decisão de execução do Conselho de 13 de julho de 2021, na qual foi dada luz verde ao PRR de Portugal.

“A revisão do PRR comporta apenas um exercício de ajustamento dos textos dos marcos e metas relativos essencialmente ao quinto pedido de pagamento”, explicou em comunicado (publicado na quarta-feira) a estrutura de missão Recuperar Portugal. “Este exercício enquadra-se numa nova metodologia que a Comissão Europeia se encontra a aplicar em diversos países, com a finalidade de ir ao encontro de correções pontuais necessárias relativas a pequenos erros identificados, redução de custos administrativos e/ou clarificações na descrição e na definição dos marcos e metas correspondentes“, acrescenta a mesma nota. A Comissão Europeia aprovou na terça-feira as alterações ao PRR da Lituânia.

Nesta alteração foram “identificados 36 erros materiais no texto da Decisão de Execução do Conselho de 13 de julho de 2021, que afetam 27 marcos e metas e 31 medidas”, em 11 componentes. “A Decisão de Execução do Conselho de 13 de julho de 2021 deverá ser alterada para corrigir os erros materiais que não refletem o conteúdo do PRR apresentado à Comissão a 22 de abril de 2021, como acordado entre a Comissão e Portugal”, lê-se na nova decisão do Conselho que tem data de 30 de setembro. Em causa estão, por exemplo, erros de tradução ou até mesmo dos valores transcritos, mas que não afetam a avaliação ou execução do PRR.

Nota: Notícia atualizada a 9 de outubro às 9h11 com comunicado da estrutura de missão Recuperar Portugal.

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Ano de guerra em Gaza trouxe “crise humanitária, diplomática e moral”

  • Lusa
  • 8 Outubro 2024

"Há algo fundamentalmente errado na forma como esta guerra está a ser conduzida", disse Guterres, para quem proibir a atividade da UNRWA "seria uma catástrofe que se somaria ao que já é um desastre".

A guerra em Gaza significou para o mundo “um ano de crises”, a nível humanitário, político, diplomático e moral, lamentou esta terça-feira o secretário-geral da ONU, António Guterres, prevendo a entrada do conflito numa fase “atroz e abominável”.

Gaza “tornou-se o marco zero para um nível de sofrimento humano difícil de conceber”, afirmou o secretário-geral à imprensa, em Nova Iorque, antes de se focar nos deslocamentos massivos – como o caso de uma família forçada a mudar-se seis vezes –, as mortes de mulheres e crianças, de jornalistas, assim como nos ataques a hospitais e escolas. “Há algo fundamentalmente errado na forma como esta guerra está a ser conduzida”, avaliou Guterres.

O ex-primeiro-ministro português dedicou especial atenção à Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), que está prestes a ser declarada ilegal pelo parlamento israelita, após ter sido superado o primeiro procedimento parlamentar. O líder das Nações Unidas disse ter escrito pessoalmente uma carta ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu – que não responde às suas tentativas de contacto há um ano – para expressar a sua séria preocupação com o futuro da UNRWA, “a espinha dorsal da resposta humanitária em Gaza”.

Guterres alertou Israel que proibir a UNRWA “iria diametralmente opor-se à Carta das Nações Unidas e violaria as obrigações de Israel ao abrigo do direito internacional”, porque “as leis nacionais não podem alterar essas obrigações”. Na carta, o secretário-geral afirma que proibir as atividades da UNRWA “seria uma catástrofe que se somaria ao que já é um desastre absoluto”, o que também complicaria a situação política, uma vez que a conduziria a uma maior instabilidade e insegurança.

Além disso, António Guterres alertou contra a extensão do conflito ao Líbano e a outras regiões vizinhas, e equiparou a situação no Médio Oriente a “um barril de pólvora com muitas partes a segurar o fósforo”. O líder da ONU frisou que ainda há tempo para parar a escalada no Líbano, apesar dos bombardeamentos em áreas civis, do deslocamento de milhares de pessoas e das incursões terrestres de Israel em resposta aos ataques aéreos do Hezbollah.

Guterres quis também prestar homenagem aos “homens e mulheres da UNIFIL (missão da ONU no sul do Líbano) que servem naquele que é hoje o ambiente mais complicado para capacetes azuis em qualquer lugar do mundo”. “Todas as partes devem garantir a sua segurança” a esses quase 10.000 agentes, afirmou.

Israel pediu à UNIFIL que evacuasse parte das suas posições na área perto da fronteira, mas a missão recusou-se a cumprir essas ordens, acrescentando um novo fator de tensão entre Israel e a ONU. Além disso, Guterres apelou a um maior compromisso internacional com o Líbano no capítulo financeiro, uma vez que dos 426 milhões de dólares (467,4 milhões de euros) necessários para responder ao apelo humanitário, apenas 12% foram arrecadados.

Finalmente, o chefe da ONU reiterou mais uma vez o seu apelo ao cessar-fogo tanto em Gaza como no Líbano, assim como à libertação incondicional dos reféns detidos pelo Hamas e à entrada imediata de assistência humanitária aos habitantes de Gaza, que foi dificultada por numerosos obstáculos impostos por Israel.

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Governo francês supera primeira moção de censura com apoio da extrema-direita

  • Lusa
  • 8 Outubro 2024

A moção de censura só foi votada por 197 dos 577 deputados da Assembleia, longe da maioria absoluta que poderia derrubar o governo de Michel Barnier.

O governo do primeiro-ministro conservador francês, Michel Barnier, superou esta terça-feira a sua primeira moção de censura, apresentada pela coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP), graças à abstenção dos deputados da extrema-direita União Nacional (RN).

A moção de censura só foi votada por 197 dos 577 deputados da Assembleia (câmara baixa do parlamento), longe da maioria absoluta que poderia derrubar o governo de Michel Barnier, nomeado pelo Presidente Emmanuel Macron há pouco mais de um mês.

A NFP, maioritária na Assembleia Nacional com 193 votos, só conseguiu atrair alguns deputados regionalistas e alguns dissidentes da coligação macronista, que protestam também contra a “negação do resultado” das eleições legislativas de julho, em que a coligação de esquerda venceu sem atingir uma maioria absoluta.

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Pequena dimensão dos terrenos impede rentabilidade da floresta

  • ECO
  • 8 Outubro 2024

A pequena dimensão das propriedades florestais causa baixa produtividade, abandono dos terrenos e agrava risco de incêndio, apontam os oradores na conferência "A Economia pode salvar a floresta?".

A reduzida dimensão média dos terrenos florestais impede a sua rentabilização e leva ao abandono, aumento o risco de incêndios, alertaram os oradores do painel “Floresta e Economia: Oportunidades para um Crescimento Sustentável”, integrado na conferência “A economia pode salvar a floresta?”, organizada pelo ECO e que teve lugar esta terça-feira no Centro Cultural de Belém.

“O problema da floresta portuguesa a norte do Tejo é a pequena dimensão” aponta Pedro Pinhão, fundador da Toscca, empresa de produção de madeira, orador no painel “Floresta e Economia: Oportunidades para um Crescimento Sustentável”. O empresário indica que esta pequena dimensão é em média de “0,57 hectares por proprietário” e considera “absolutamente inviável” o investimento nestes terrenos.

António Luís Marques, diretor da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), também presente no painel, aponta que os proprietários de “micropropriedades” tentam agregar-se e fazer um plano de gestão florestal, mas “vai a ver-se e nada”.

O líder da Toscca alertou para as consequências do minifúndio florestal, como o abandono, a pouca produtividade e o risco de incêndios.

Henrique Pereira dos Santos, arquiteto paisagista, sublinhou que os incêndios são agravados pela presença da biomassa fina. “É uma das causas para a proliferação de incêndios” nos terrenos que não são limpos, apontou. O arquiteto acrescentou que “não temos uma economia que faça a gestão da biomassa fina”.

A maioria da floresta portuguesa é privada (90%) mas nem proprietários privados, nem públicos por vezes sabem com exatidão onde e que dimensão os terrenos têm, referiu Manuel Pitrez de Barros, diretor-geral da Centrais de Biomassa do Norte (CBN). “Numa iniciativa que tivemos, fomos falar com a câmara para saber quantos hectares eles tinham de mata e floresta e se tinham interesse que nós fizemos essa gestão e limpeza (…) e mostraram interesse em fazer, mas depois não avançámos porque eles não sabiam quantos hectares tinham”, contou. “As câmaras e juntas nem sequer sabem as áreas que tem e aonde é que têm”, acrescentou o diretor da CBN.

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Tribunal de Braga anula sentença sobre bagagens da Ryanair. Mas ainda pode dar razão a consumidor

Falta de notificação da Ryanair levou Tribunal de Braga a anular sentença que considerava ilegal cobrança por bagagem de cabine. Citizen’s Voice acredita que decisão original acabará por prevalecer.

A Ryanair não foi citada no processo em que o Tribunal de Braga considerou ilegal a cobrança de taxas adicionais aos passageiros que transportam malas de cabine. A companhia aérea contestou e a sentença foi anulada.

A novidade foi dada pela transportadora aérea irlandesa, que num comunicado divulgado esta quarta-feira à tarde congratulou-se com a decisão do Tribunal de Braga de anular a sentença proferida a 11 de setembro.

“A Ryanair não foi notificada, nem esteve presente quando este Tribunal Distrital Português ouviu esta queixa de um passageiro, e o Tribunal de Braga também não foi informado sobre a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia no caso ‘Vueling’, que confirma a legalidade dos limites de bagagem de cabine e das taxas de bagagem das companhias aéreas”, afirma a companhia low cost em comunicado.

Otávio Viana, diretor da associação de direito dos consumidores Citizen’s Voice, que promoveu quatro ações populares e que está a assessorar juridicamente meia dúzia de ações individuais, reconhece em declarações ao ECO que não foi garantido à Ryanair o direito de defesa no processo, por não ter sido citada, mas considera improvável que o Tribunal venha a alterar a sua posição.

“A factualidade não foi alterada. Em termos de mérito da ação não vejo que ela se possa alterar“, afirma Otávio Viana. O responsável da Citizen’sVoice rejeita que o Tribunal não esteja a par da decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia sobre a Vueling, já que foi usada no processo e consta do despacho da sentença.

As quatro ações populares, que visam a Ryanair, a Easyjet, a Vueling e a Wizzair, assentam em duas vertentes. Por um lado contestam o pagamento da bagagem de cabine, que não é registada e é um objeto essencial à atividade de viajar. Por outro, só é possível comprar bagagem de cabine se o passageiro comprar também o embarque prioritário ou um lugar marcado, constituindo uma “venda casada obrigatória”, que segundo Otávio Viana é proibida no ordenamento jurídico europeu e nacional.

O diretor da Citizen’s Voice admite chegar a acordo com as companhias aéreas para pôr fim às ações, desde que sejam garantidos os direitos dos consumidores: “Estão a ser discutidos compromissos que podem levar a que ações terminem com um acordo em termos que protejam os consumidores, impondo às companhias boas práticas, mas sem que percam competitividade em relação a outras companhias”.

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