ECO Quiz. Preço das casas, FMI e António Guterres

  • Tiago Lopes
  • 5 Outubro 2024

Agora que termina mais uma semana, chegou a altura de testar o seu conhecimento. Está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento com o ECO Quiz.

Pela segunda semana consecutiva, as notícias que estão a marcar a atualidade estão relacionadas com a proposta do Orçamento do Estado para 2025, que vai ser entregue na próxima quinta-feira, 10 de outubro. As negociações permanecem intensas entre o Governo e o PS, tendo sido apresentadas várias contrapropostas para evitar um cenário de eleições antecipadas caso não seja aprovada.

O ECO publica todas as semanas um quiz que desafia a sua atenção. Tem a certeza que está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento com este quiz do ECO.

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Governo aprova seguimento para concurso da linha de alta velocidade Porto-Oiã

  • Lusa
  • 5 Outubro 2024

A obra do troço entre o Porto (Campanhã) e Oiã (Aveiro) insere-se num plano de adaptação das estações ferroviárias associadas à nova linha de Alta Velocidade (AV) Porto-Lisboa.

O Conselho de Ministros aprovou esta sexta-feira o seguimento para concurso da adjudicação da concessão da conceção, projeto, construção, financiamento, manutenção e disponibilização da linha ferroviária de alta velocidade no troço entre o Porto (Campanhã) e Oiã (Aveiro).

“Uma Resolução do Conselho de Ministros que aprovou o prosseguimento do procedimento concursal para a adjudicação da concessão da conceção, projeto, construção, financiamento, manutenção e disponibilização da linha ferroviária de alta velocidade no troço entre o Porto (Campanhã) e Oiã“, lê-se no ponto 5 do comunicado da reunião de sexta-feira.

O Conselho de Ministro de 4 de outubro foi realizado no Entroncamento, distrito de Santarém, e centrou-se no tema da transição ambiental e energética.

A obra do troço entre o Porto (Campanhã) e Oiã (Aveiro) insere-se num plano de adaptação das estações ferroviárias associadas à nova linha de Alta Velocidade (AV) Porto-Lisboa, que abrange as Estações de Porto-Campanhã e Lisboa-Oriente numa extensão de aproximadamente 290 quilómetros (km), lê-se no sítio da Internet da Infraestruturas de Portugal, a empresa proponente da obra.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) adianta na sua página que o projeto da “nova linha ferroviária de alta velocidade entre Porto e Lisboa, correspondente ao Troço Aveiro (Oiã) / Porto (Campanhã) – Lote A”, cujo proponente é a empresa Infraestruturas de Portugal, foi alvo de uma avaliação de impacte ambiental e no processo divulgado em agosto de 2023, a avaliação foi no sentido de uma decisão “favorável condicionado“.

A localização do projeto vai abranger as localidades de “Albergaria-a-Velha, Aveiro, Estarreja, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro e Ovar”, lê-se no mesmo documento da APA.

A nova linha será desenvolvida faseadamente, a partir do Porto, para permitir antecipar os “benefícios do projeto e assegurar um nível de investimento ajustado à capacidade financeira do país e à disponibilidade de financiamento comunitário”, lê-se no sítio da Internet da Infraestruturas de Portugal (IP).

Está previsto que o troço entre Porto Campanhã e Soure, correspondente à Fase 1 do projeto, esteja concluído até 2028.

A conclusão da Fase 2 do projeto, entre Soure e o Carregado, está prevista para o final de 2030. O desenvolvimento da Fase 3, entre o Carregado e a Estação de Lisboa-Oriente, está prevista para depois de 2030.

A implementação da nova Linha AV contempla a construção de uma nova travessia ferroviária sobre o rio Douro, entre o Porto e Vila Nova de Gaia, a executar durante a Fase 1.

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CCP realça aproximação mas diz que não baixar IRC será “oportunidade que se perde”

  • Lusa
  • 5 Outubro 2024

João Vieira Lopes assumiu também que os passos dados pelos dois lados "dão essa expectativa de que haja Orçamento do Estado" e de que a aprovação do documento é importante para as empresas.

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) destacou este sábado a aproximação de posições para a viabilização do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), mas alertou para a importância de manter a descida da taxa de IRC.

Em declarações à Lusa na sequência da apresentação da contraproposta do Governo relativamente às medidas para o IRS Jovem e o IRC (imposto pago pelas empresas) e da resposta do PS, João Vieira Lopes assumiu também que os passos dados pelos dois lados “dão essa expectativa de que haja Orçamento do Estado” e de que a aprovação do documento é importante para as empresas, “quer em termos de previsibilidade, quer de estabilidade fiscal”.

Em relação às propostas do PS no sentido de capitalização e das tributações autónomas, elas vão bastante no sentido daquilo que temos sempre defendido. Quanto ao IRC, estamos totalmente de acordo com a posição do Governo: consideramos que é importante a baixa progressiva da taxa de IRC, mesmo que seja modelada para um período mais longo”, afirmou.

João Vieira Lopes referiu que as medidas de capitalização propostas pelo secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, como alternativa à descida do IRC, nomeadamente o regresso do crédito fiscal extraordinário, “são positivas”, embora tenha considerado que tal deve surgir não como substituição da descida do IRC, mas numa lógica complementar.

“Achamos que será positivo se destes acordos resultar a manutenção da baixa da taxa de IRC. Não o fazer será uma oportunidade que se perde e é uma oportunidade que não surge sempre, tendo em conta a história recente portuguesa”, frisou, continuando: “É um elemento importante para o investimento, quer nacional, quer internacional, já que há muitas opções em termos de investimento que são condicionadas precisamente por esse ambiente fiscal”.

Questionado sobre a evolução da posição do Governo nesta área, na qual propunha inicialmente uma redução da taxa para 15% até 2028 e que foi entretanto redefinida para 17%, o presidente da CCP entendeu que “esse movimento é importante como sinal simbólico” e que “já seria importante” para captar mais investimento estrangeiro.

sobre a aproximação “bastante clara” de posições registada na medida do IRS Jovem, mostrou-se confiante na obtenção de um compromisso entre o executivo e a oposição, ao lembrar que nas negociações para o acordo de Concertação Social a própria CCP já tinha manifestado “sérias reservas” sobre a proposta do Governo ao nível de “constitucionalidade, eficácia e mesmo de equilíbrio interno nas empresas”.

“Sabemos que um qualquer Orçamento do Estado nunca privilegiará completamente tudo aquilo que seria útil para as empresas no imediato, mas, neste contexto negocial, pode haver uma solução positiva. O fundamental é que neste momento seria importante haver um Orçamento do Estado, que permitiria algum funcionamento das empresas de uma forma mais estável e previsível”, concluiu João Vieira Lopes.

O PS está disponível para acolher a proposta do Governo para o IRS Jovem, mas quer uma redução deste benefício de 13 para sete anos. Já no IRC, aceita a descida de um ponto percentual em 2025, desde que este imposto para as empresas não desça mais durante toda a legislatura, ou a manutenção da taxa de 21% do IRC em 2025, com o Governo a poder retomar as metas de descida nos anos seguintes com uma maioria alternativa e não com o apoio do PS.

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📹 Passa recibos verdes? Há três novas funcionalidades no site do Fisco na emissão de faturas

Portal de emissão de faturas e recibos da Autoridade Tributária mudou. Há três novas funcionalidades, que prometem simplificar os processos, de acordo com o Fisco.

Se é trabalhador independente, tenha atenção que o portal de emissão de faturas e recibos da Autoridade Tributária mudou. Agora tem três novas funcionalidades, que prometem simplificar os processos, mas, para já, estão a gerar algumas dúvidas, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI). O ECO explica o que está em causa no vídeo abaixo.

http://videos.sapo.pt/IjHgkRYMjpZC4NPRn2HC

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Marcelo afirma que “democracia está viva”, mas tem de ser “mais livre, mais igual”

  • Lusa
  • 5 Outubro 2024

O chefe de Estado afirmou que "o 05 de Outubro está vivo, porque a República está viva, a democracia está viva em Portugal".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou este sábado que “a democracia está viva”, embora não seja “perfeita nem acabada”, e defendeu que tem de ser “mais livre, mais igual, mais justa, mais solidária”.

O chefe de Estado discursava na sessão solene comemorativa do 114.º aniversário da Implantação da República, cerimónia a que assistiram apenas convidados, fechada ao público, que não podia aceder à Praça do Município, em Lisboa.

No início da sua intervenção, o chefe de Estado afirmou que “o 05 de Outubro está vivo, porque a República está viva, a democracia está viva em Portugal“, acrescentando mais à frente que “não é perfeita nem acabada, longe disso”.

A mais imperfeita democracia é muito melhor do que a mais tentadora ditadura. Por isso vale a pena aqui virmos todos os anos, até para dizermos que queremos que a nossa República democrática seja mais livre, mais igual, mais justa, mais solidária, para o bem de Portugal, que é o que nos une agora e sempre”, defendeu, no fim do seu discurso.

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Paulo Núncio acusa PS de “intransigência irrazoável” sobre o IRC

Contraproposta do PS está a ser analisada pelo Governo, diz o deputado centrista, que acusa socialistas de "inflexibilidade" e "radicalismo".

O deputado do CDS e antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, acusou este sábado o Partido Socialista de demonstrar “intransigência irrazoável” na questão da redução do IRC na negociação com o Governo para a viabilização do Orçamento do Estado para 2025.

“A proposta do PS está a ser analisada e a resposta vai ser dada pelo senho primeiro-ministro, e nós registamos a disponibilidade do PS para manter o diálogo com o Governo para se chegar a uma solução de viabilização do Orçamento do Estado”, afirmou, à margem da cerimónia de comemoração do 114º aniversário da implantação da república, na Praça do Município, em Lisboa.

“Agora, não posso deixar de referir que a proposta do PS continua a mostrar uma intransigência irrazoável o que não é bom sinal para uma negociação bem-sucedida”, sublinhou.

Para o deputado essa intransigência irrazoável é manifestada na proposta que o PS faz relativamente ao IRC por duas razões. “Por um lado porque o PS parece querer condicionar a negociação deste ano ao resto da legislatura, o que não nos parece razoável”.

E em segundo lugar, “porque o PS parece querer trocar uma redução de seis pontos percentuais, que foi a proposta do Governo, por apenas um ponto percentual na redução do IRC, que também não nos parece razoável”.

O secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos abriu a porta esta sexta-feira à viabilização socialista do OE2025. “Estamos no caminho da viabilização do OE”, disse no Largo do Rato, antes de lançar uma nova contraproposta às medidas de “aproximação” deixadas pelo primeiro-ministro no dia anterior.

Pedro Nuno Santos acolheu a proposta do Governo para o IRS Jovem, mas quer reduzir o período do benefício de 13 para sete anos, sem prejuízo de futuras avaliações apontarem para o seu alargamento.

No IRC, deixa passar a descida de um ponto em 2025, desde que não haja novas reduções nos anos seguintes. Ou, em alternativa à redução de um ponto no IRC, o Governo reintroduz o crédito fiscal ao investimento, ficando livre para, nos Orçamentos de Estado subsequentes, de 2026 a 2028, proceder à redução do IRC mas sem o apoio do PS.

Segundo Paulo Núncio “o Governo foi muito mais ao encontro das propostas iniciais do PS do que o PS está a querer ir às do Governo, e claramente aí há uma inflexibilidade, um radicalismo do PS relativamente ao IRC, que não parece ser bom sinal para que as negociações sejam bem-sucedidas”.

PS aguarda “serenamente”

Alexandra Leitão, lider parlamentar do PS afirmou que o partido vai “aguardar serenamente” a resposta do Governo.

“Que eu saiba não houve nenhum feedback [oficial] do Governo. Até haver uma resposta oficial, não comentarei”, adiantou

(Notícia atualizada às 12h16)

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“País não pode ficar refém de ansiedades pessoais e partidárias”, diz Carlos Moedas

Sem fazer referência direta à negociação do OE2025 entre Governo e PS, o autarca lisboeta alertou que "é o estado do país e não os estados de alma que devem guiar os líderes políticos".

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, alertou este sábado que Portugal “não pode parar” nem ficar refém de ansiedades pessoais e partidárias, numa altura em que o Governo e o Partido Socialista negoceiam medidas para o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

“Quantas vezes na nossa história nos desviámos do caminho porque foram preferidas vaidades pessoais e interesses partidários em vez do bem-comum ou do interesse nacional?”, questionou o autarca num discurso durante a cerimónia de comemoração do 114º aniversário da implantação da república, na Praça do Município, em Lisboa.

Sem fazer referência direta à negociação do OE2025, respondeu: “Hoje, quando tanto se fala de bloqueios e de travar medidas essenciais para o futuro do país, devemos ser claros: o país não pode parar”, sublinhou. “O país não pode ficar refém de ansiedades pessoais e partidárias. É o estado do país e não os estados de alma que devem guiar os líderes políticos”.

O secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos abriu a porta esta sexta-feira à viabilização socialista do OE2025. “Estamos no caminho da viabilização do OE”, disse no Largo do Rato, antes de lançar uma nova contraproposta às medidas de “aproximação” deixadas pelo primeiro-ministro no dia anterior.

Pedro Nuno Santos acolheu a proposta do Governo para o IRS Jovem, mas quer reduzir o período do benefício de 13 para sete anos, sem prejuízo de futuras avaliações apontarem para o seu alargamento.

No IRC, deixa passar a descida de um ponto em 2025, desde que não haja novas reduções nos anos seguintes. Ou, em alternativa à redução de um ponto no IRC, o Governo reintroduz o crédito fiscal ao investimento, ficando livre para, nos Orçamentos de Estado subsequentes, de 2026 a 2028, proceder à redução do IRC mas sem o apoio do PS.

(Notícias atualizada às 11h39)

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Liga Portugal #8 O reencontro de Amorim, Benfica na Turkish e FC Porto com grande jogo

O Sporting, líder incontestado até ao momento, vai receber o Casa Pia; o Benfica vai à Choupana enfrentar o Nacional da Madeira e o FC Porto vai acolher o jogo cabeça de cartaz, com o Braga.

Última semana antes de o comboio da Liga Portugal fazer novamente a paragem que muitos adeptos não gostam tanto. A paragem de seleções. Finalizada a jornada 8, o futebol de clubes só vem quase duas semanas depois, com a Taça de Portugal, e o campeonato apenas no final do mês de outubro. O Sporting, líder incontestado até ao momento, vai receber o Casa Pia; o Benfica vai à Choupana enfrentar o Nacional da Madeira e o FC Porto vai acolher o jogo cabeça de cartaz, com o Braga.

Dando um flashback breve à última jornada, os principais destaques foram o primeiro ponto somado do Farense (empate com o AVS SAD a zeros); as goleadas do Benfica sobre o Gil Vicente (5-1), FC Porto ao Arouca (4-0) e o Braga com o Rio Ave (4-0); a vitória tranquila do Sporting (3-0) sobre o Estoril-Praia; a perda de pontos do Vitória SC e do Famalicão e mais uma vitória do Santa Clara, que está a fazer um início de temporada brutal na Primeira Liga.

Sporting x Casa Pia: Vida adulta traz frequentes dores de cabeça

Internamente não há ninguém como o Sporting na Primeira Liga. Até ao momento, pelo menos. A turma de Rúben Amorim tem dado lições semana a semana de como jogar um futebol ofensivo e variado, mantendo o controlo defensivo (sofreram muito pouco). Agora vão enfrentar o Casa de Pia de João Pereira, que tem crescido nos últimos tempos. Não esquecer que Rúben Amorim reencontra uma “casa” que conhece bem.

Um dos aspetos mais importantes que se observou na última jornada contra o Estoril-Praia foi a forma como o Sporting reagiu à perda e recuperou muitas bolas em zonas avançadas do terreno, fruto também de ter vários jogadores no meio-campo ofensivo. Nesta lógica, o Casa Pia de João Pereira deverá preocupar-se com a saída da primeira fase de construção e como superar a pressão dos leões, além de montar uma estratégia compacta e organizada no plano defensivo para travar o poder de força adversário. Não será nada fácil ainda por cima estando a jogar em Alvalade.

Além da ausência de Pedro Gonçalves – que obriga Rúben Amorim a procurar soluções criativas no corredor esquerdo – as maiores de cabeça do Sporting concentram-se na linha defensiva, pois Matheus Reis e Ousmane Diomande são baixas, Gonçalo Inácio e Eduardo Quaresma estão em dúvida e Jeremiah St. Juste em fase final de recuperação. Há Zeno Debast totalmente disponível. O Sporting mantém-se como uma equipa adulta e, tal como na vida, não é imune a problemas.

Nacional x Benfica: Águias voam cada vez alto e visitam agora a Madeira

Há vários estádios emblemáticos em Portugal e a Choupana é um deles. Ainda assim, nesta temporada, o Nacional não leva um bom registo em casa. Começou por ser goleado pelo Sporting por 6-1, venceu o Farense por 2-0 (não é um grande feito, pois o Farense só na última semana é que somou o primeiro ponto na Liga e isso diz muito) e perdeu 3-0 com o Braga. Depois da ressaca europeia do Benfica – goleada ao Atlético Madrid – a turma de Bruno Lage deverá vir com muito mais confiança. O que por vezes é muito bom, por vezes pode ser mau.

O Benfica está no melhor momento dos últimos tempos. Desde que Bruno Lage assumiu o comando, houve exatamente o que Rui Costa desejava: uma resposta num curto espaço de tempo, aproximação dos adeptos à equipa, melhor futebol e resultados. São já cinco vitórias consecutivas. O abandono da dupla Florentino-Barreiro e a utilização de um sistema de três médios; o conforto de Orkun Kokçu a jogar como médio interior esquerdo e a assumir a organização; o regresso de Fredrik Aursnes ao meio-campo e as sociedades no corredor esquerdo com Carreras (exibição brutal) e Kerem Akturkoglu (grande momento) têm sido chave.

FC Porto x Braga: O Cabeça de Cartaz

Dragões e Arsenalistas vão batalhar no jogo cabeça de cartaz da oitava jornada da Primeira Liga. Por muito pouco, o FC Porto tinha uma noite incrível na Europa League, com reviravolta frente ao Manchester United – o golo de Harry Maguire já nos descontos deixou um dissabor. Já ao Braga as coisas correram bem piores: derrota de 3-0 em casa do Olympiacos. Em ressaca europeia, as duas equipas vão enfrentar-se este fim-de-semana às 20h30 de domingo.

O FC Porto de Vítor Bruno ainda está em crescimento e apresenta por isso certas lacunas defensivas, especialmente no que à transição diz respeito. O Braga também sofre do mesmo problema, mas, além de coletivo, a questão estende-se à individualidade dos seus defesas. A nível ofensivo, o FC Porto tem encontrado a felicidade muitas vezes através de Samu Aghehowa (jogador pediu para não ser chamado Omorodion) e trabalha na gestão equilibrada entre um ataque mais direito e um ataque mais apoiado e sustentado. Depende também do adversário e das suas fragilidades.

Rodrigo Zalazar é uma grande baixa do Braga de Carlos Carvalhal e o treinador deverá assim montar uma estratégia com dois extremos puros. Recordar que o conjunto minhoto está atualmente no quinto lugar (14P), um ponto atrás do Santa Clara (15P) e dois do Benfica (16P). O objetivo será somar pontos e subir na tabela classificativa antes da paragem internacional, mas não será de todo fácil.

Sexta-feira, 4 de outubro

Moreirense FC – Boavista FC, 20h15 – Sport TV

Sábado, 5 de outubro

GD Chaves – Gil Vicente FC, 15h30 – Sport TV

SC Farense – FC Vizela, 15h30 – Sport TV

SC Braga – Rio Ave FC, 18h00 – Sport TV

Estoril Praia – SL Benfica, 20h30 – Sport TV

Domingo, 6 de outubro

FC Famalicão – Vitória SC, 15h30 – Sport TV

Casa Pia AC – Estrela Amadora, 15h30 – Sport TV

FC Porto – Portimonense, 18h00 – Sport TV

Sporting CP – FC Arouca, 20h30 – Sport TV

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Líder do Supremo pressiona aprovação do OE. E o princípio de separação de poderes?

O líder do Supremo considerou que a incerteza sobre a viabilização do próximo OE e novas eleições antecipadas com um eventual “chumbo” levaria a “um rude golpe na credibilidade das instituições".

No decorrer da atualidade política relativa à aprovação ou não aprovação do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), na sequência da falta de consenso entre o Governo e o PS, podem ter passado despercebidas as palavras do presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) — a mais alta instância judicial do país –, que apelou à “maturidade democrática” dos políticos, de forma a evitar uma eventual queda do Governo caso o OE não seja aprovado.

Apesar do previsto na Constituição da República Portuguesa (CRP) relativo a uma clara separação de poderes entre o poder político e o poder judicial — no artigo 11º — João Cura Mariano não se fez rogado e pressionou esse mesmo poder político: “Confio que uma desejável maturidade democrática dos nossos dirigentes políticos evite que, entretanto, ocorra uma terceira dissolução da Assembleia da República num curto período temporal, a qual, a verificar-se, adiaria mais uma vez o tão necessitado conjunto de reformas na área da Justiça e colocaria este Supremo Tribunal na inédita situação de não dispor de um número mínimo de juízes que assegurassem o seu regular funcionamento”, afirmou Cura Mariano.

Num discurso proferido na cerimónia de tomada de posse de oito novos juízes conselheiros, o líder do Supremo considerou que o cenário de incerteza sobre a viabilização do próximo OE e a perspetiva de novas eleições antecipadas com um eventual “chumbo” levaria a “um rude golpe na credibilidade das instituições democráticas, neste caso ferindo de morte o Supremo Tribunal de Justiça”.

Questionado pelo ECO/Advocatus se essas declarações não poriam em causa a separação de poderes, o juiz conselheiro explicou que apenas advertiu “quais seriam as consequências de mais uma dissolução do Parlamento para os tribunais, mais concretamente para o Supremo Tribunal de Justiça, no cumprimento de um dever de cooperação institucional”.

João Cura Mariano, presidente do STJLusa

Ao ECO, o advogado Paulo Saragoça da Matta, sócio da DLAPiper, defende que “a ideia do senhor presidente do STJ é correta, mas atrasará muitas outras alterações legislativas e não só essa”.

“Mas não penso que signifique um rude golpe na credibilidade das instituições democráticas. O STJ está a funcionar, pelos vistos mal, mas este mal existe há décadas. E se o STJ está ferido de morte, continua a sangrar na arena há anos. Quanto ao objeto de alteração: há que fazer um urgente rejuvenescimento dos juízes conselheiros. Há uma questão a tratar. Mas não é uma questão de emergência, não penso que seja um rude golpe”, entende o advogado.

Luís Couto, advogado e sócio da SPCB Legal, refere que o presidente do STJ expressou uma opinião, “o que não constitui, per si, uma violação do princípio da separação de poderes, que decorre do artigo 111.º da Constituição da República Portuguesa”.

Além disso, diz o jurista, “apesar de aos magistrados judiciais ser ‘vedada a prática de atividades político-partidárias de caráter público’, como o determina o art. 6.º-A do Estatuto dos Magistrados Judiciais, a expressão de uma opinião política, ainda que numa cerimónia pública, não parece enquadrar-se no conceito de atividade político-partidária”.

Mas o advogado diz que, “ainda que se possa considerar inconvenientes as declarações proferidas pelo presidente do STJ, produzidas numa cerimónia pública, que podem constituir uma tentativa de pressão sobre os partidos com assento parlamentar para que aprovem (ou permitam que seja aprovada) a lei do Orçamento de Estado em preparação pelo Governo, não são as mesmas adequadas à subversão do principio da separação de poderes, sob o ponto de vista estritamente jurídico”.

Apenas adverti quais seriam as consequências de mais uma dissolução do Parlamento para os tribunais, mais concretamente para o Supremo Tribunal de Justiça, no cumprimento de um dever de cooperação institucional”.

João Cura Mariano

Presidente do Supremo Tribunal de Justiça

João Cura Mariano salientou a pressão existente sobre o STJ relativamente à renovação constante do quadro de magistrados, ao equivaler a permanência nesta instância “ao tempo de vida de uma libelinha” ou a “um guichet de uma qualquer repartição pública”, no qual os juízes apresentam o pedido de jubilação pouco depois de chegarem. Nesse sentido, anunciou que já enviou ao Governo uma proposta de alteração com vista ao “urgente rejuvenescimento”.

“Só poderá ser alcançado com uma urgente alteração legislativa às regras de acesso ao Supremo Tribunal de Justiça que constam do Estatuto dos Magistrados Judiciais e, por isso, exigem a intervenção da Assembleia da República. Já foi entregue ao Governo um projeto que, através de um alargamento considerável do leque de concorrentes, permita que juízes das Relações com idades mais baixas possam ingressar nos quadros do Supremo”, frisou.

Cura Mariano disse que esta “situação de emergência” afeta a qualidade da jurisprudência e que o Governo encara a proposta de alteração “como uma prioridade urgente”, convertendo em breve numa proposta de lei a apresentar no Parlamento.

O juiz conselheiro João Cura Mariano foi eleito em maio presidente do STJ. O novo presidente do STJ — quarta figura do Estado — foi juiz do Tribunal Constitucional entre 2007 e 2016, passou pelos tribunais da Relação de Coimbra e do Porto e integrou ainda o Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República. Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra e iniciou funções na magistratura judicial em 1986.

Cura Mariano, de 66 anos, sucede na presidência do STJ a Henrique Araújo, que deixa o cargo por ter atingido o limite de idade para a função: 70 anos. Como o mandato de presidente do STJ é de cinco anos, o juiz conselheiro agora eleito também não poderá cumprir o seu mandato até ao fim.

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Marcelo discursa no 114.º aniversário da Implantação da República

  • Lusa
  • 5 Outubro 2024

Esta é o primeiro 5 de Outubro no atual quadro de Governo minoritário PSD/CDS-PP chefiado por Luís Montenegro,

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai discursar este sábado no 114.º aniversário da Implantação da República, data em que se tem dirigido aos políticos com mensagens sobre a qualidade da democracia.

Esta é o primeiro 5 de Outubro no atual quadro de Governo minoritário PSD/CDS-PP chefiado por Luís Montenegro, na sequência das legislativas antecipadas de 10 de março, e acontece num contexto de negociações sobre o Orçamento do Estado para 2025.

Na tradicional sessão solene na Praça do Município, em Lisboa, marcada para as 11:00, o chefe de Estado irá intervir depois do presidente da Câmara Municipal, Carlos Moedas, na presença, entre outros, do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco.

Antes dos discursos, será hasteada a bandeira portuguesa na varanda do Salão Nobre dos Paços do Concelho, ao som do hino nacional.

No 05 de Outubro de 2023, com António Costa como primeiro-ministro, o Presidente da República fez um discurso de dez minutos em que defendeu que os sistemas políticos e partidários “devem evoluir e reformar-se, reaproximar-se dos povos, e desse modo não deixarem espaço para que outros preencham o vazio que vão deixando atrás de si”.

Marcelo Rebelo de Sousa sustentou que “as instituições internacionais ou domésticas mudam a bem ou mudarão a mal, e mal porque tarde e atabalhoadamente”, num tempo em que alguns “persistem em não ver que a balança de poderes do mundo está em mudança”.

“Só depende de nós, nós responsáveis a todos os níveis, nós povos, nós cidadãos de Portugal, da Europa e do mundo”, afirmou.

“Sabemos mais do que os outros no passado sabiam, temos mais lições desse passado para retirar. Vivemos em liberdade e não podemos deixar morrer essa liberdade, toda ela, incluindo a liberdade de pensamento e de expressão, custe o que custar. Podemos fazer democracias mais fortes, se não nos contentarmos em esperar para ver”, acrescentou.

Na cerimónia de 2022, ano em que o PS passou a governar com maioria absoluta, o chefe de Estado afirmou que em democracia “existe caminho para todos” e “cabe a todos fazê-la avançar, não estagnar ou recuar”, considerando que “é saudável a exigência crítica”.

O 05 de Outubro voltou a ser feriado nacional em 2016, ano em que Marcelo Rebelo de Sousa se tornou Presidente da República, quando o PS governava com o apoio parlamentar dos partidos à sua esquerda. Este feriado tinha sido eliminado em 2013 pelo anterior Governo PSD/CDS-PP, em período de assistência financeira externa.

No seu primeiro discurso nesta data, Marcelo Rebelo de Sousa realçou a importância do “exemplo dos que exercem o poder”, advertindo para os efeitos sobre a democracia que ocorrem “de cada vez que um responsável público se deslumbra com o poder, se acha o centro do mundo, se permite admitir dependências pessoais ou funcionais”.

Em 2017, no rescaldo de eleições autárquicas, dirigiu-se novamente aos protagonistas políticos pedindo-lhes “grandeza de alma para fazer convergências” e “humildade cívica” para reconhecer o que corre bem e mal, com atenção ao médio e longo prazo, e alertou: “Não há sucessos eternos nem revezes definitivos”.

No ano seguinte, apelou à permanente construção da democracia face às “tentações radicais, egoístas, chauvinistas ou xenófobas”, defendendo que é fundamental “a inovação e a proximidade no sistema político” e a renovação de mandatos, contra “regimes de poder pessoal”.

Em 2019, a cerimónia comemorativa da Implantação da República na Praça do Município, Lisboa, não teve discursos, por ser véspera de legislativas.

Em 2020, nesta data, Marcelo Rebelo de Sousa apontou a crise provocada pela pandemia de covid-19 como oportunidade para “mudar instituições e comportamentos e antecipar de modo irreversível o nosso futuro”.

No 05 de Outubro de 2021, pediu um país “mais inclusivo” e que entrasse a tempo no “novo ciclo da criação de riqueza”, aproveitando os fundos europeus “com rigor, eficácia e transparência”.

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OPA geral e obrigatória sobre Greenvolt decorre entre 07 e 24 de outubro

  • Lusa
  • 5 Outubro 2024

O fundo KKR diz que se passar a deter mais de 90% do capital da Greenvolt através desta OPA obrigatória, vai acionar o mecanismo da OPA potestativa com vista a retirar a empresa de bolsa.

A Oferta Pública de Aquisição (OPA) geral e obrigatória sobre a Greenvolt GVOLT 0,00% lançada pela GVK Omega, do fundo norte-americano KKR, decorre entre 07 e 24 de outubro, de acordo com o prospecto publicado pela CMVM.

De acordo com o documento, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) “registou a oferta e publicou o prospeto” da operação que tem como visada a Greenvolt e a oferente a GVKOmega, filiada do fundo norte-americano Kohlberg Kravis Roberts (KKR).

Nesta oferta para adquirir a posição que ainda não controla da Greenvolt, o KKR, através da sociedade GVK Omega, propõe-se a pagar 8,3107 euros por cada ação, “o que equivale ao montante global da oferta de 452.683.371,9 euros”, de acordo com o prospeto.

“A contrapartida será paga em dinheiro, deduzida de qualquer montante (ilíquido) que venha a ser atribuído a cada ação-alvo a título de dividendos, de adiantamento sobre os lucros do exercício ou de distribuição de reservas. Essa dedução será efetuada a partir do momento em que o direito ao montante em causa seja destacado das ações-alvo e desde que esse momento ocorra antes da liquidação da oferta”, refere o documento.

De acordo com o prospeto, “a oferta produzirá efeitos entre as 08:30 (hora de Lisboa) de 07 de outubro de 2024 e as 15:30 (inclusive) (hora de Lisboa) de 24 de outubro de 2024, sem prejuízo de eventual prorrogação se a oferta for modificada ou revista, se for lançada uma oferta concorrente ou se a proteção dos interesses dos destinatários o justificar”.

Segundo os objetivos, a GVK Omega “pretende contribuir para o desenvolvimento a longo prazo e crescimento sustentável” da Greenvolt.

Nesse sentido, “perspetiva-se que a sociedade visada e o grupo da sociedade visada continuem a exercer as suas atividades de acordo com a orientação estratégica definida pelo Conselho de Administração” da Greenvolt” em 2022.

O fundo “acredita que a venda cruzada de produtos entre o grupo KKR e a sociedade visada (começando pela geração distribuída), a disponibilização de fundos pela oferente e o acesso da sociedade visada e do grupo da sociedade visada à experiência de partes relacionadas na obtenção e negociação de soluções de financiamento com bancos permitirá acelerar o crescimento” da Greenvolt, “não sendo de excluir que tal aceleração do crescimento (a ter lugar) possa levar, no futuro, a uma revisão do plano estratégico anunciado em 2022 pela administração”.

Os norte-americanos dizem ainda que, se passarem a deter mais de 90% do capital da Greenvolt através desta OPA obrigatória, vão acionar o mecanismo da OPA potestativa com vista a retirar a empresa de bolsa.

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Visabeira compra participação de 24% na Martifer

  • ECO
  • 4 Outubro 2024

A I'M, dos irmãos Carlos e Jorge Martins, vendeu uma posição de 24% na Martifer à Visabeira. O preço base por ação foi fixado em 1,60 euros, totalizando um investimento de 38,4 milhões de euros.

A Visabeira Indústria anunciou esta sexta-feira que comprou uma participação qualificada de 24% na Martifer. Em comunicado ao mercado, também a sociedade I’M, dos irmãos Carlos e Jorge Martins, informa que “celebraram um contrato-promessa de compra e venda de ações representativas de 24% do capital social da Martifer – SGPS, SA, bem como um acordo parassocial que regerá as respetivas relações enquanto acionistas”.

A operação, concretizada a 2 de outubro de 2024, envolveu a compra de 24 milhões de ações da Martifer. O preço base por ação foi fixado em 1,60 euros, totalizando um investimento de 38,4 milhões de euros. Adicionalmente, o acordo prevê um acréscimo ao preço base, calculado com base nos dividendos relativos ao ano de 2025.

Considerando as ações próprias detidas pela Martifer à data da transação, as 24 milhões de ações adquiridas pela Visabeira Indústria correspondem a 24,54% dos direitos de voto não suspensos da Martifer.

A I’M exclui a obrigação do lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA), ainda que “a eficácia de ambos os contratos” esteja “dependente de condições cuja verificação não está na disponibilidade das partes”, indica em nota.

Em julho, à I’M SGPS eram imputadas as participações e direitos de voto dos irmãos Martins e da Black and Blue Investimentos – detida pelo chairman Carlos Martins –, com a holding a controlar 48 milhões de ações da Martifer, correspondentes a 48,09% do capital e 49,18% dos direitos de voto. Uma participação acima da Mota-Engil, com 37,5% do capital.

Com esta operação, a construtora passa assim a ser a principal acionista, com a I’M e a Visabeira Indústria a deter 24% cada do capital da Martifer. A aquisição foi realizada pela Visabeira Indústria SGPS, S.A., uma subsidiária detida a 100% pelo Grupo Visabeira. Por sua vez, a Grupo Visabeira é controlado em 98,57% pela NCFGEST S.A., cujo capital é integralmente detido por Fernando Campos Nunes.

(atualizada às 21h41 com mais informação)

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