Euronext volta a apostar em opções sobre empresas nacionais

As novas opções começam a negociar na bolsa de Lisboa esta segunda-feira e incidem sobre as ações da EDP, Jerónimo Martins, Galp Energia e EDP Renováveis. As maturidades das opções vão até 3 meses.

A Euronext anunciou esta segunda-feira o regresso de opções sobre empresas nacionais à bolsa nacional. As novas “spotlight options“, que começarão a negociar esta segunda-feira assim que a bolsa abrir, incidem sobre os títulos da EDP, Jerónimo Martins, Galp e EDP Renováveis, com maturidades de um, dois e três meses.

Esta iniciativa marca o regresso das opções sobre ações portuguesas à Euronext, após quase duas décadas de ausência, quando em 2004 foi descontinuada a negociação das opções sobre a Portugal Telecom, EDP, PT Multimedia e BCP devido à falta de liquidez destes instrumentos. E surge também após uma tentativa não concretizada em 2022, justamente através das empresas e com o mesmo desígnio.

Para garantir a liquidez destas novas opções, que serão liquidadas pela câmara de compensação Euronext Clearing, o grupo liderado por Stéphane Boujnah estabeleceu um acordo com a Susquehanna, uma empresa especializada em market making. Este acordo visa assegurar que os investidores terão sempre a possibilidade de comprar ou vender estes instrumentos financeiros.

As spotlight options são um tipo especial de opções com maturidades mais curtas, geralmente de um a três meses. Estas opções permitem aos investidores apostar na evolução das ações num horizonte temporal mais reduzido, oferecendo maior flexibilidade e potencial de retorno.

A decisão de relançar a negociação de opções sobre títulos portuguesas surge com o lançamento de 21 novas opções sobre empresas constituintes do principal índice acionista alemão (DAX 40) e de seis empresas irlandesas.

Anthony Attia, responsável global de derivados e pós-negociação da Euronext, refere que “esta expansão da nossa oferta de derivados foi possível após a conclusão bem-sucedida da expansão da Euronext Clearing a todos os mercados do Grupo Euronext”, notando ainda a abertura da porta “para futuros lançamentos de produtos como parte do nosso novo plano estratégico.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A Airbnb afirma que o outono está a tornar-se a melhor estação para estadias económicas e familiares

  • Servimedia
  • 7 Outubro 2024

De acordo com a plataforma, mais de 80% dos viajantes espanhóis dão prioridade ao preço quando procuram alojamento.

A Airbnb afirmou esta sexta-feira que o outono é a altura ideal para aproveitar a descida sazonal dos preços e fazer viagens sem grande orçamento. De acordo com dados da plataforma, o preço por noite nos últimos anos tende a ser mais baixo entre os meses de setembro e novembro em comparação com o resto do ano, uma altura que em Espanha coincide com temperaturas agradáveis mas menos multidões do que durante o verão.

A plataforma indica que mais de 80% dos viajantes espanhóis afirmam que o preço é um dos fatores mais importantes quando decidem onde reservar, e mais de metade afirma que ficar na Airbnb lhes permitiu poupar dinheiro durante a sua estadia em comparação com outros tipos de alojamento.

Para aqueles que estão a planear a sua próxima escapadela de fim de semana ou de fim de semana prolongado, a Airbnb partilha os destinos nacionais que oferecem as melhores poupanças neste outono, “tornando-os as escapadelas perfeitas para viajar em família e divertir-se a preços mais acessíveis”.

Entre os destinos que baixaram de preço no outono de 2023 em relação ao verão de 2023, cita Miramar, Bellreguard e Oropesa del Mar, na Comunidade Valenciana; e Isla Cristina, Cuevas de Almanzora, El Ejido, Vera, Garrucha e Lepe, na Andaluzia.

Quanto às tendências para o outono de 2024, salienta que as famílias espanholas estão a fugir das grandes cidades e procuram a tranquilidade de um ambiente rural. “Com menos multidões, temperaturas mais agradáveis e preços mais acessíveis, é a altura ideal para descobrir destinos que combinam paisagens únicas, atividades ao ar livre e o encanto das aldeias”, acrescenta.

Os “destinos da moda” nas pesquisas para este outono que cita são Cartagena, na Região de Múrcia; Logroño, em La Rioja, Cheste e Gandía, na Comunidade Valenciana; Chiclana de la Frontera, na Andaluzia; Cadaqués, na Catalunha; Santa Cruz de la Palma, nas Ilhas Canárias; Laredo, na Cantábria; e Alcúdia, nas Ilhas Baleares.

Por último, entre os alojamentos da Airbnb disponíveis para escapadelas de época baixa em Espanha, cita uma casa de surf familiar em Loredo (Cantábria), outra casa perto da aldeia costeira de Las Negras (Andaluzia), uma casa rural em Senan (Catalunha), uma casa rural na aldeia montanhosa de Lugar de Calo (Galiza) e uma casa rural em Navarra.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quais são as seguradoras mais rentáveis para os acionistas?

As companhias de seguros em Portugal conseguiram, em média, uma rentabilidade dos capitais de 13,5%. Destacam-se Aegon Santander, a Ocidental do Grupo Ageas e a Allianz.

As companhias de seguros em Portugal conseguiram, em média, 13,5% de rentabilidade dos capitais que permanecem investidos pelos acionistas, revelam estatísticas agora publicadas pela ASF, entidade supervisora do setor, com base nos relatórios e contas das empresas para o exercício de 2023. Para os acionistas das seguradoras este é um valor superior ao retorno que teriam se investissem noutros setores de atividade e, seguramente, melhor que em instrumentos de risco quase nulo.

Os favoritos dos acionistas: Tiago do Couto Venâncio, CEO das seguradoras Aegon Santander; Teresa Brantuas, CEO da Allianz em Portugal; e Nelson Machado, administrador do grupo Ageas e CEO da Ocidental Vida.

A Aegon Santander, uma parceria entre a gigante neerlandesa e o grupo financeiro espanhol, foram as seguradoras que mais lucros ofereceram aos seus acionistas, obtendo em 2023 uma rentabilidade de capitais próprios (RCP) de 63,3% no ramo Não Vida e de 47,4% no ramo Vida. As companhias, lideradas por Tiago do Couto Venâncio, vendem exclusivamente através da rede Santander seguros de Vida não financeiros e coberturas multirriscos habitação, saúde e acidentes pessoais.

A Ocidental Vida foi a 2.ª seguradora mais rentável para os seus proprietários em 2023. Tendo Nelson Machado como CEO e integrada no Grupo Ageas Portugal, tem o Millennium bcp como parceiro de longa data tendo obtido um RCP de 51% através do canal bancainsurance em que usa a rede Millennium. É a 4.ª maior seguradora em Portugal, fatura perto de mil milhões de euros por ano em Portugal e é líder em produtos PPR.

A Allianz em Portugal entregou lucros de 39% face ao capital que a casa mãe alemã Allianz, mas também o BPI, têm na operação portuguesa liderada por Teresa Brantuas. É a 5.ª maior seguradora no país, com 660 milhões de euros em prémios, tendo posições cimeiras em Acidentes de Trabalho, Automóvel, Saúde e multirriscos.

A GamaLife é a 5.ª seguradora mais rentável face aos capitais, mantendo uma sucursal em Itália enquanto a Generali Tranquilidade é a mais rentável entre os três maiores grupos seguradores porque concentra numa só companhia toda atividade que detém. No entanto, resultando de uma aquisição em 2019, o investimento realizado pela APAX ao adquirir a empresa foi maior que o valor que está atualmente presente na empresa. Para todos os efeitos, a operação rendeu 32,7% de retorno ao acionista.

Destaque ainda no “top 10” para as portuguesas Planicare, uma companhia de seguros de saúde ainda em crescimento, após uma indispensável injeção de capital, a Lusitania Vida está a retornar essa excecionalidade ao Montepio, enquanto a Real Vida entregou 26% do investimento retido pela Patris SGPS na seguradora.

O ranking das 36 seguradoras pelo que renderam aos acionistas em 2023

Para as companhias de seguros em Portugal conseguirem em média 13,5% de rentabilidade dos capitais investidos pelos acionistas, as companhias precisaram de uma gestão rigorosa perante a instabilidade dos seus investimentos nos mercados de capitais e das consequências da inflação nos custos com sinistros, sobretudo nos ramos automóvel e saúde. Ainda se pede capacidade para mobilizar capitais para crescer mantendo níveis de solvência confortáveis.

A ASF analisou 36 companhias que supervisiona diretamente e de todas apenas a Mapfre Santander apresentou prejuízos de 290 mil euros, tratando-se de uma joint venture que está ainda em fase de lançamento.

Em conjunto, as companhias analisadas obtiveram resultados líquidos de 646,8 milhões de euros, um valor inferior aos 822 milhões de 2022. Para encontrar o retorno para o investimento dos acionistas, calculou-se o rácio rentabilidade dos capitais próprios, comparando os resultados líquidos pelos valores médios dos capitais próprios entre o início e o final do ano, utilizando os valores das contas no final de 2023 e de 2022.

Os capitais próprios, ou seja, o total de capital que os acionistas mantêm na empresa, resultam da adição do Capital social, das Reservas de reavaliação, de Outras reservas, de Outros elementos do Capital Próprio, dos Resultados transitados e do Resultado do exercício. De forma agregada, os proprietários das seguradoras em Portugal têm 5,23 mil milhões de euros fixados nas empresas. Estas faturaram cerca de 12 mil milhões de euros em 2023 e gerem ativos de 53,8 mil milhões, dos quais 50,8 milhões de euros são investimentos das próprias companhias.

As rentabilidades são diferenciadas para os diferentes tipos de seguradoras. A análise da ASF incide estritamente sobre a atividade seguradora dos diferentes grupos que podem separar, por diferentes sociedades, o negócio Vida e Não Vida e ainda podem autonomizar alguns ramos ou por terem diferentes parcerias.

Fidelidade, Generali, Real Vida e Allianz, são as companhias mistas, porque agregam todo o negócio próprio Vida e Não Vida na mesma empresa. No entanto, a Fidelidade tem empresas próprias para a saúde, a Multicare, e para a venda direta, a Ok! Seguros.

Veja o ranking das seguradoras pela rácio da rentabilidade dos capitais investidos pelos acionistas e quem são eles:

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O Hospital Geral Universitário de Villalba incorpora a crioablação para o cancro da mama na sua carteira de serviços

  • Servimedia
  • 7 Outubro 2024

Esta técnica consiste na ablação térmica pelo frio para tratar lesões benignas e malignas, e deve ter sempre uma perspectiva multidisciplinar, estabelecida através do Comité de Tumores da Mama.

O Hospital Universitario General de Villalba, um hospital público da Comunidade de Madrid, realizou recentemente o seu primeiro procedimento de crioablação para tratar um caso de cancro da mama numa paciente para a qual a cirurgia convencional estava contra-indicada.

Este procedimento inovador, que faz parte das técnicas de ablação térmica, utiliza o frio para destruir as lesões tumorais, tanto benignas como malignas. O tratamento foi aprovado pelo Comité de Tumores da Mama do hospital, composto por especialistas em Ginecologia, Oncologia, Radiologia e Cirurgia Geral e Digestiva, assegurando uma abordagem multidisciplinar.

A crioablação é uma técnica relativamente recente, utilizada em casos muito específicos devido à rigorosa seleção dos doentes. De acordo com o Dr. Carlos Cárcamo, especialista do Serviço de Radiodiagnóstico do hospital, “esta técnica consiste na ablação térmica com recurso ao frio para tratar lesões benignas e malignas”. “Nos tumores malignos, está atualmente reservada a doentes com cancro da mama em que a cirurgia está contra-indicada”, acrescenta, sublinhando que ‘deve ser sempre realizada numa perspetiva multidisciplinar estabelecida pela Comissão de Tumores da Mama’.

Este procedimento, que começou a ser realizado em Espanha por volta de 2019, é ambulatório, permitindo que o paciente regresse a casa no mesmo dia da intervenção, uma vez que requer apenas anestesia local. “A recuperação é quase imediata, praticamente sem complicações, e o resultado estético é excelente”, acrescenta o Dr. Cárcamo.

Em suma, a crioablação é uma opção promissora para os pacientes para os quais a cirurgia convencional não é viável, melhorando a sua qualidade de vida sem comprometer a eficácia e a efetividade do tratamento. Com a sua incorporação na carteira de serviços do Hospital Universitário Geral de Villalba, o centro encontra-se na vanguarda regional no tratamento percutâneo do cancro da mama por ablação térmica, reafirmando o seu compromisso com a inovação e a excelência clínica.

O Hospital Geral Universitário de Villalba é um centro público integrado no Serviço de Saúde de Madrid (Sermas), que oferece cuidados de saúde em mais de 30 especialidades médicas e cirúrgicas a mais de 120.000 habitantes do noroeste da Comunidade de Madrid. Serve os residentes de Collado Villalba, Alpedrete, Moralzarzal, Cercedilla, Navacerrada, Los Molinos, Becerril de la Sierra e Collado Mediano, embora qualquer residente de Madrid possa escolher este hospital por livre opção.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresa de injeção de plásticos de Valongo constrói fábrica na Sérvia

Nova unidade industrial no Leste da Europa, a primeira da Soplast fora do país, estará concluída em 2026. Marca nova fase na estratégia de internacionalização do grupo nortenho, com 75 trabalhadores.

Depois de ter sido forçada a recomeçar do zero, após um incêndio destruir por completo as instalações da empresa, em outubro de 2016, a Soplast prepara-se para construir uma nova fábrica na Sérvia, a primeira no estrangeiro, dando mais um passo na estratégia de internacionalização. A empresa de injeção de peças plásticas para o setor industrial, nomeadamente para o automóvel, que conta com 75 trabalhadores e uma faturação superior a 9 milhões de euros, prevê concluir em 2026 a construção da nova unidade, que irá empregar 50 pessoas.

“A [nova] unidade industrial ficará concluída no início de 2026 e irá estar preparada não só para a produção de componentes para a indústria automóvel, mas também para outros setores de atividade, tal como já acontece com a Soplast em Portugal”, explica ao ECO Henrique Rézio, diretor-geral da empresa.

A [nova] unidade industrial ficará concluída no início de 2026 e irá estar preparada não só para a produção de componentes para a indústria automóvel, mas também para outros setores de atividade, tal como já acontece com a Soplast em Portugal.

Henrique Rézio

Diretor-geral da Soplast

A Soplast passou os últimos anos a recuperar após o incêndio que destruiu por completo as suas instalações, a 3 de outubro de 2016. No espaço de pouco mais de um ano, a empresa especializada na injeção de plásticos, inicialmente localizada em Ermesinde, ergueu uma nova unidade industrial na freguesia de Campo, em Valongo. Com 72% da sua produção destinada à exportação — Espanha, França, Polónia, Roménia são os principais mercados –, dá agora um novo passo na sua estratégia de crescimento.

“Após a tragédia que nos efetuou no final de 2016, quando um incêndio destruiu por completo o que tínhamos construído desde 1980, conseguimos em poucos anos recuperar totalmente a atividade da empresa, solidificar as nossas operações em Portugal com uma fábrica tecnologicamente avançada e o nosso plano estratégico definiu a inovação e a internacionalização, entre outros, como objetivos de curto prazo”, explica Henrique Rézio.

É na sequência do plano de internacionalização da empresa agora sediada em Valongo que surge este investimento, o primeiro no exterior. “Este investimento vem nesse sentido, sendo muito importante e marcante no percurso que temos feito, para conseguirmos abranger geograficamente outros mercados e acompanhar aquelas que têm sido as tendências dos nossos clientes“, refere o diretor-geral da empresa, em resposta ao ECO.

Sem avançar montantes de investimento, referindo que o valor final ainda não está determinado, Henrique Rézio adianta que a empresa prevê contratar uma equipa de 50 pessoas, “quando a unidade industrial estiver plenamente funcional e no ano de cruzeiro”, elevando o número de colaboradores do grupo para 125 funcionários.

Encontrámos na Sérvia a resposta a todos os critérios definidos para este investimento, nomeadamente a posição geográfica e a especialização técnica das equipas, aos quais se somou a excelente comunicação e apoio por parte das entidades públicas locais.

Henrique Rézio

Diretor-geral da Soplast

Quanto à escolha da Sérvia para acolher a nova fábrica, Henrique Rézio explica que, “depois de uma análise prolongada dos mercados na Europa de Leste, encontrámos na Sérvia a resposta a todos os critérios definidos para este investimento, nomeadamente a posição geográfica e a especialização técnica das equipas, aos quais se somou a excelente comunicação e apoio por parte das entidades públicas locais para a realização de um investimento estrangeiro com estas características”.

Em relação aos números da atividade em 2024, Henrique Rézio reconhece que “o setor automóvel está efetivamente numa retração, principalmente no continente europeu“. “Face a 2023, no 3º trimestre verificou-se uma redução [do volume de negócios] de sensivelmente 4% e a expectativa para os restantes meses do ano é semelhante”, explica.

O responsável realça, porém, que “estamos habituados aos ciclos típicos da indústria automóvel e o passado mostrou que as empresas que fornecem as cadeias de abastecimento deste setor têm que ser resilientes, reinventando-se constantemente”, antecipando fechar o ano de 2024 com um volume de negócios semelhante ao do ano passado, que se situou em 9,2 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O que está em jogo para os pequenos investidores na OPA da Greenvolt

Os pequenos acionistas da Greenvolt têm até 24 de outubro para decidirem se aceitam a oferta de 8,31 euros. Os fundos de ações nacionais não quiseram esperar e já venderam grande parte dos títulos.

Os norte-americanos da Kohlberg Kravis Roberts (KKR) deram mais um passo decisivo na intenção de adquirirem e retirarem de bolsa a Greenvolt GVOLT 0,00% , com a concretização do registo da operação pública de aquisição (OPA) sobre a empresa liderada por João Manso na sexta-feira, na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A oferta, que representa um investimento potencial de 452,7 milhões de euros por parte dos gigantes norte-americanos do private equity, foi lançada através da GVK Omega (uma empresa da KKR), e visa adquirir cerca de 54,5 milhões de ações da Greenvolt, representativas de 33,37% do capital social, a um preço de 8,3107 euros por ação, que estão na mão dos pequenos acionistas.

Este valor, que avalia a empresa em cerca de 1,36 mil milhões de euros, representa um prémio de 11,6% face ao preço de fecho das ações da Greenvolt no dia anterior ao anúncio preliminar da oferta, a 21 de dezembro de 2023. E é também um preço 13,8% superior à contrapartida mínima e 7,7% abaixo da contrapartida máxima fixada pelos consultores da EY como perito independente nomeado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) para avaliar a operação.

Com o registo da oferta, inicia-se a contagem decrescente de 14 dias úteis para a concretização da OPA. O período da oferta decorrerá entre esta segunda-feira e 24 de outubro, podendo os acionistas da Greenvolt decidir se aceitam vender as suas ações à KKR.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

A KKR já detém, direta e indiretamente, 85,42% dos direitos de voto na Greenvolt. Se atingir 90% dos direitos de voto, poderá avançar para um squeeze-out, forçando a venda das ações remanescentes através de uma oferta potestativa e retirando a empresa de bolsa.

Mesmo que não atinja esse patamar, a KKR admite convocar uma assembleia-geral para propor a perda de qualidade de sociedade aberta. Isto significa que os acionistas que não vendam na OPA poderão ver-se numa posição minoritária numa empresa não cotada, com menor liquidez para as suas ações. Face a este cenário, os pequenos acionistas da Greenvolt têm essencialmente duas opções:

  1. Aceitar a oferta: Vendem as ações a 8,3107 euros cada, garantido a realização de um encaixe financeiro imediato.
  2. Manter as ações: Apostam no potencial de valorização futura da empresa, mas arriscam ficar numa posição minoritária numa empresa não cotada, caso a KKR seja bem-sucedida nos seus planos.

Entre os investidores que se têm desfeito dos títulos da Greenvolt estão os gestores dos seis fundos nacionais de ações portuguesas (em que se inclui o ibérico Caixa Ações Portugal Espanha), que reduziram, em média, para metade a sua exposição à empresa de energias renováveis desde o anúncio preliminar da OPA.

Os “mais drásticos” foram o Optimize Portugal Golden Opportunities e o GNB Portugal Ações, que eliminaram completamente a sua exposição à empresa, não detendo qualquer título da Greenvolt no final de agosto. No caso do GNB Portugal Ações, liderado por Pedro Barata, a Greenvolt passou de uma das cinco maiores posições do fundo no final de novembro do ano passado como resultado de um aumento de 20% do número de ações da empresa em 2023, para uma posição nula desde abril.

“Chegámos à conclusão que o preço oferecido poderia não sofrer grandes alterações e haver outras alternativas de investimento que nos pareceram mais interessantes na altura”, revela Pedro Barata ao ECO.

Esta reação generalizada por parte dos fundos de ações nacionais pode ser interpretada como um sinal de que os gestores consideram improvável uma contraoferta ou uma melhoria significativa das condições por parte da KKR.

Os planos da KKR para a Greenvolt

Os planos dos norte-americanos da KKR para a Greenvolt não são conhecidos de forma detalhada. No entanto, o prospeto da OPA refere que pretendem “contribuir para o desenvolvimento a longo prazo e crescimento sustentável da Greenvolt”, não descartando com isso uma revisão do plano estratégico anunciado em 2022 pela administração de João Manso Neto.

O private equity norte-americano que fechou 2023 com mais de 500 mil milhões de euros de ativos sob gestão (quase o dobro do PIB de Portugal) e pretende duplicar esse montante nos próximos cinco anos acredita que poderá acelerar o crescimento da Greenvolt através de três vertentes:

  • Venda cruzada de produtos entre o Grupo KKR e a Greenvolt, começando pela geração distribuída.
  • Disponibilização de fundos pela KKR para acelerar o crescimento da Greenvolt, como sucedeu no início deste mês por via da contratação de um financiamento sindicado no montante de 350 milhões de euros e com reembolso bullet em três anos. Entretanto, esta operação foi aumentada em mais 50 milhões adicionais que foram subscritos por “dois bancos, um dos quais é um novo financiador da Greenvolt”, refere a empresas num comunicado publicado na CMVM este domingo.
  • Acesso da Greenvolt a um vasto leque de empresas parceiras da KKR, permitindo à empresa portuguesa obter e negociar soluções de financiamento com bancos e outras entidades.

João Manso Neto, CEO da Greenvolt, numa recente entrevista ao ECO, confirmou que já existem sinergias em desenvolvimento com a KKR: “Já temos um contrato assinado com um cliente do grupo KKR”. Esta afirmação sugere que a estratégia de venda cruzada já está a ser implementada.

O CEO da Greenvolt também destacou o potencial de crescimento que a parceria com a KKR pode trazer: “A KKR tem uma capacidade de investimento brutal e tem uma carteira de empresas muito grande. Portanto, há aqui um potencial de crescimento muito grande”.

Quanto à continuidade da gestão e estratégia atual da Greenvolt, o prospeto da OPA indica que se perspetiva que a empresa de Manso Neto (que foi reconduzido como CEO da empresa em junho), continue “a exercer as suas atividades de acordo com a orientação estratégica definida pelo conselho de administração da sociedade visada [Greenvolt] em 2022”.

No entanto, a KKR também deixa em aberto a possibilidade de ajustes futuros, mencionando que “não sendo de excluir que tal aceleração do crescimento (a ter lugar) possa levar, no futuro, a uma revisão do plano estratégico anunciado em 2022 pela administração da sociedade visada [Greenvolt”].

A sociedade norte-americana fundada em 1976 por Henry Kravis, Jerome Kohlberg e George Roberts parece estar a posicionar-se para impulsionar o crescimento da Greenvolt, aproveitando as sinergias entre as duas empresas e fornecendo recursos financeiros e experiência adicional, mantendo, por enquanto, a orientação estratégica existente, mas com a flexibilidade para adaptações futuras conforme necessário.

À medida que o relógio avança para o período crucial da OPA da KKR sobre a Greenvolt, os pequenos acionistas encontram-se numa encruzilhada decisiva. Por um lado, a oferta de 8,3107 euros por ação representa um prémio atrativo de 11,6% face ao preço anterior ao anúncio da oferta. Por outro, a promessa de um futuro potencialmente brilhante sob a égide da KKR, com a sua “capacidade de investimento brutal”, como destacado pelo CEO Manso Neto na entrevista ao ECO, pode fazer alguns investidores hesitarem em vender.

Com os fundos nacionais a reduzirem drasticamente as suas posições na Greenvolt ao longo deste ano, parece haver um sinal claro do mercado. No entanto, a decisão final recai sobre cada investidor, que deve avaliar o seu apetite ao risco e as suas expectativas para o futuro da empresa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

África e as Américas unem-se numa cimeira histórica para planear um futuro comum para o turismo

  • Servimedia
  • 7 Outubro 2024

Os líderes do turismo de África e das Américas comprometeram-se a trabalhar em conjunto para tornar o setor um pilar do desenvolvimento coletivo sustentável e inclusivo em ambos os continentes.

A “Declaração de Punta Cana” foi adotada na primeira reunião conjunta das Comissões Regionais de Turismo das Nações Unidas para África e para as Américas, após dois dias de diálogo em torno dos temas-chave da educação e do investimento no setor. Reconhecendo os laços históricos entre as duas regiões, bem como as suas culturas únicas e complementares, a Cimeira proporcionou um quadro para o reforço da cooperação, capitalizando a inovação, a educação, o investimento e as indústrias criativas para o futuro desenvolvimento do turismo.

“Esta Cimeira proporciona uma plataforma única para construir ligações e pontes entre África e as Américas, criar parcerias inter-regionais estratégicas e promover projetos de cooperação Sul-Sul, tudo em benefício do setor do turismo em ambas as regiões”, afirmou o Secretário-Geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, dando as boas-vindas aos mais de 200 participantes de alto nível, incluindo 14 ministros, em representação de 27 países (15 das Américas e 12 de África),

David Collado, Ministro do Turismo do Ministério do Turismo da República Dominicana e Presidente da Comissão Regional para as Américas, e Auxillia Mnangagwa, Primeira Dama da República do Zimbabué, juntaram-se aos líderes do Turismo da ONU para dar as boas-vindas aos delegados e incentivar a construção de pontes entre as duas regiões.

“África e as Américas são dotadas de um rico património cultural, de paisagens diversas e de profundas ligações históricas. No entanto, reconhecemos que, devido a múltiplos desafios – como a conetividade limitada, as barreiras regulamentares e administrativas e a falta de conhecimento mútuo do mercado – a nossa relação turística não é tão forte como poderia e deveria ser. O nosso objetivo hoje é enfrentar estes desafios de frente, fomentando uma parceria que impulsione o desenvolvimento económico, promova o intercâmbio cultural e fomente práticas sustentáveis que beneficiem todas as nossas comunidades”, afirmou a Diretora Executiva do Turismo da ONU, Natalia Bayona.

DECLARAÇÃO DE PUNTA CANA

Como sinal da cooperação Sul-Sul, a Declaração de Punta Cana estabeleceu um conjunto de compromissos partilhados para o desenvolvimento do turismo como motor do desenvolvimento inclusivo. Através da Declaração, os líderes do setor do turismo de ambas as regiões reconhecem a importante necessidade de “intensificar os esforços conjuntos para promover o desenvolvimento sustentável” através do turismo, com uma forte incidência em “investimentos estratégicos, educação, inovação e indústrias criativas”. Encarnando o espírito da histórica Cimeira de Punta Cana, a Declaração sublinha igualmente a importância do turismo como instrumento de preservação da cultura e do património comuns e únicos.

Os signatários da Declaração manifestaram a intenção de “redobrar os seus esforços”, nomeadamente em questões como os investimentos estratégicos para reforçar as parcerias público-privadas, estimular os investimentos no setor e dar prioridade aos investimentos através da formulação de políticas eficazes. Além disso, a fim de aumentar a conetividade entre as duas regiões, tanto em termos de melhoria das ligações aéreas como de reforço do intercâmbio cultural.

Os trabalhos centrar-se-ão igualmente no reforço das capacidades e na formação, dando prioridade ao investimento na educação e formação no domínio do turismo, ao acesso à aprendizagem em linha e fora de linha e à promoção da utilização da inovação e das novas competências digitais para melhorar as competências da mão de obra no setor do turismo.

Será também dado apoio a concursos para empresas em fase de arranque e empresários em ambas as regiões, bem como a microempresas e PME, incluindo em comunidades rurais, promovendo soluções inovadoras centradas na sustentabilidade e na ação climática.

A promoção do papel das indústrias culturais e criativas no setor do turismo, nomeadamente através do financiamento de projetos com potencial para atrair turistas e desenvolver destinos e rotas culturais novos e diversificados, e a garantia de que os benefícios trazidos pelo setor se centram no desenvolvimento social e inclusivo, serão outras linhas de ação.

Além disso, para promover a cooperação inter-regional, serão apoiadas análises de mercado e outros estudos para identificar potenciais áreas de crescimento e oportunidades comuns, e serão desenvolvidas estratégias partilhadas para o desenvolvimento do turismo, nomeadamente através dos meios digitais, de novos produtos e de feiras internacionais de turismo.

Em consonância com a abordagem mais ampla do Turismo das Nações Unidas ao investimento no turismo, a cimeira reuniu líderes dos setores público e privado, juntamente com os principais representantes das instituições financeiras, para avaliar o panorama atual e as tendências e perspetivas para África e as Américas.

Os oradores de alto nível chamaram a atenção para o enorme potencial de iniciativas de investimento conjunto entre as duas regiões, salientando o papel crescente dos bancos públicos e privados. A Cimeira também se centrou na importância vital do investimento para impulsionar a transição ecológica do turismo tanto em África como nas Américas, em particular nas infra-estruturas e no setor hoteleiro.

Para além da inovação, a cimeira também deu ênfase à educação e à formação, salientando a necessidade urgente de trabalhadores qualificados em ambas as regiões. Centrando-se nos “Jovens Talentos que Lideram a Transformação”, os líderes do turismo reconheceram a necessidade de iniciativas de formação conjuntas, desenvolvimento de currículos e parcerias entre instituições académicas, partes interessadas da indústria e agências governamentais.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 7 Outubro 2024

O Governo assina acordos com os municípios para a transferência da gestão de imóveis, o Eurogrupo analisa a evolução da economia e o Eurostat divulga a variação do volume de comércio a retalho.

O Governo assina, esta segunda-feira, acordos com os municípios para a transferência de competências na gestão de imóveis, o Eurostat divulga a evolução do volume de comércio a retalho e a variação da produção nos serviços. Saiba ainda que o Eurogrupo reúne-se para analisar a situação económica antes dos encontros anuais do Banco Mundial e do FMI e que os combustíveis vão ficar mais caros a partir desta segunda-feira.

Governo transfere a gestão de imóveis para os municípios

O Governo assina esta segunda-feira acordos com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) para a transferência de competências na gestão e imóveis do Estado que estão, neste momento, sob a administração da Estamo. A cerimónia terá lugar na sede da ANMP, em Coimbra, e contará com a presença do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, do secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira, e do secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, João Silva Lopes.

Eurostat divulga evolução do comércio a retalho

O Eurostat divulga, esta segunda-feira, a evolução do comércio no retalho, em agosto, na União Europeia (UE) e na Zona Euro. No mês anterior, em julho, o volume do comércio a retalho aumentou 0,1% na Zona Euro e 0,2% na UE, em comparação com junho, sobretudo no seguimento de alimentos, bebidas e tabaco. No caso de Portugal, assistiu-se a uma diminuição de 0,8% no volume total do comércio a retalho.

Produção nos serviços em Portugal e na UE

O gabinete de estatísticas UE também publica os dados sobre a evolução da produção nos serviços do espaço comunitário e do Euro relativa a julho. No mês anterior, este indicador caiu 0,8%, na Zona Euro, e recuou 0,9% na União Europeia, face a junho. Em termos homólogos, aumentou 1,2% na Zona Euro e 1% na União Europeia.

Eurogrupo reúne para analisar a situação económica mundial

O Eurogrupo, que reúne os ministros das Finanças do espaço do Euro, vai debater o ponto da situação do projeto do Euro digital e a competitividade do espaço da moeda única, com base em debates anteriores, e analisar os progressos realizados na união dos mercados de capitais. Os ministros das Finanças também vão estudar a evolução da economia internacional e das taxas de câmbio antes das reuniões anuais do Banco Mundial e do FMI.

Gasóleo sobe dois cêntimos e a gasolina 2,5 cêntimos

Os combustíveis vão ficar mais caros a partir desta segunda-feira. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá subir dois cêntimos e a gasolina 2,5 cêntimos, tal como noticiou o ECO. Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,562 euros por litro de gasóleo simples e 1,684 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Agências de rating desvalorizam ‘novela’ do Orçamento e elogiam contas públicas

DBRS e Fitch destacam a posição orçamental de Portugal e consideram que permite ao país enfrentar uma eventual instabilidade política sem que tal se reflita nos custos de financiamento.

A melhoria das contas públicas nos últimos coloca Portugal numa posição confortável mesmo perante a instabilidade política, levando as agências de notação financeira a desvalorizarem a ‘novela política’ em torno da viabilização do Orçamento do Estado e a acreditarem que não terá impacto nos custos de financiamento do país.

Em declarações ao ECO, Javier Rouillet, senior vice-president de Global Sovereign Ratings da Morningstar DBRS, assinala que a agência já esperava que a viabilização do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) fosse “um desafio” quando a agência melhorou, em julho, o outlook da dívida soberana portuguesa de estável para positivo, com rating A.

“A falta de maioria do Governo no Parlamento complicou a aprovação das suas iniciativas políticas e em alguns casos resultaram na aprovação de medidas propostas pela oposição. A perspetiva de aprovação do Orçamento do Estado para 2025 continua estreita”, considera. Apesar de assinalar que “o intervalo de tempo está a diminuir”, acredita que “ainda há espaço para chegar a um acordo”.

“A não aprovação do Orçamento para 2025 poderá precipitar eleições antecipadas e aumentar a incerteza política. Nenhum dos dois partidos parece particularmente interessado em precipitá-lo, portanto, não podemos descartar um acordo de última hora“, advoga, admitindo que se as discussões do Executivo com o PS fracassarem, ainda existe a possibilidade de o Chega aprovar o documento.

Também a Fitch, em declarações ao ECO, destaca que o “atual panorama político, a posição minoritária do governo de centro-direita do PSD introduz um certo grau de política e incerteza política, especialmente no que diz respeito à aprovação do OE2025” e admite que num cenário de chumbo da proposta orçamental o Governo governasse em duodécimos.

Ambas as agências realçam a evolução das contas públicas nos últimos anos, descartando que tenha impacto nas avaliações dos investidores.

Não esperamos que esta situação prejudique materialmente a imagem ou posição externa do país. A instabilidade política não é incomum nos sistemas parlamentares europeus

Javier Rouillet

Analista da DBRS

Não esperamos que esta situação prejudique materialmente a imagem ou posição externa do país. A instabilidade política não é incomum nos sistemas parlamentares europeus. Além disso, a forte posição orçamental e o desempenho económico de Portugal em comparação com a zona euro ajudarão muito provavelmente o país a enfrentar um período de incerteza política“, argumenta Javier Rouillet.

O analista da DBRS acrescenta que, “mais importantes ainda, apesar das recentes turbulências políticas no país, os indicadores de governação de Portugal estão relativamente bem posicionados em comparação com a média da União Europeia”.

Mesmo que o país fosse para eleições, Javier Rouillet não acredita que existisse um “impacto significativo nos custos de financiamento do Governo”.

A forte posição orçamental e a dinâmica favorável do rácio da dívida pública significam que Portugal está bem colocado para enfrentar um período de incerteza política. O desempenho orçamental no primeiro semestre de 2024 surpreendeu positivamente, aumentando as probabilidades de que o excedente orçamental anual de Portugal para 2024 exceda 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) previstos pelo governo”.

Uma opinião partilhada pela agência Fitch: “A não aprovação do Orçamento e subsequentes eleições antecipadas poderão introduzir incerteza política em Portugal. No entanto, Portugal tem um compromisso e um histórico crescente de prudência orçamental, o que, na nossa opinião, reduz os riscos em torno de potenciais desequilíbrios orçamentais e macroeconómicos decorrentes de desenvolvimentos políticos“, indica.

Portugal tem um compromisso e um histórico crescente de prudência orçamental, o que, na nossa opinião, reduz os riscos em torno de potenciais desequilíbrios orçamentais e macroeconómicos decorrentes de desenvolvimentos políticos.

Fitch

A dívida de longo prazo de Portugal tem sido negociada abaixo das Obrigações espanholas desde o início de 2023. Além disso, os spread com as obrigações alemãs têm estado perto de mínimos históricos. A estabilidade no mercado obrigacionista durante as eleições antecipadas de março de 2024 indica que a confiança dos investidores permanece robusta, apesar das incertezas políticas”, justifica.

Para a Fitch, que avalia atualmente o rating de Portugal em ‘A-‘, com outlook positivo, a desalavancagem externa de Portugal também contribuiu para a sua posição financeira favorável. “O país reduziu a sua dívida externa, melhorando a solvabilidade e reduzindo as vulnerabilidades a choques externos. Este processo de desalavancagem apoia ainda mais a resiliência dos custos de financiamento de Portugal, apesar de potenciais incertezas políticas”, aponta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais salários, menos impostos. O que querem ver os sindicatos no Orçamento?

Proposta de Orçamento do Estado para 2025 dá entrada esta semana no Parlamento. Centrais sindicais ouvidas pelo ECO exigem que se reforce rendimento que chega ao bolso dos portugueses.

Já só faltam três dias para se conhecer a proposta de Orçamento do Estado para 2025 e o Governo ainda não tem garantida a aprovação. Do lado dos representantes dos trabalhadores, a reivindicação principal é o aumento do rendimento que chega ao bolso dos portugueses, seja pela via da subida dos ordenados e pensões em termos brutos, seja pela via do alívio fiscal.

Com as negociações do novo acordo tripartido sobre valorização salarial e crescimento económico a tomar as atenções durante as últimas semanas, a UGT ainda não aprovou a sua política reivindicativa, explica ao ECO o secretário-geral adjunto, Sérgio Monte, que sinaliza que essa discussão será feita durante este mês.

Ainda assim, há medidas que esta central sindical já sabe que quer ver no Orçamento do Estado para 2025, como a manutenção da neutralidade fiscal face aos aumentos salariais que ficaram previstos no entendimento assinado na Concertação Social, identifica o dirigente sindical.

Importa explicar que o novo acordo prevê, por um lado, o aumento anual de 50 euros do salário mínimo em todos os anos da legislatura — o que significa que a retribuição mínima garantida passará dos atuais 820 euros para 870 euros já em janeiro — e, por outro, referenciais para as subidas dos demais ordenados do setor privado (para 2025, está fixado um referencial de 4,7%).

Defendemos a manutenção da neutralidade fiscal, para não haver a situação de alguém acabar a receber menos, em termos líquidos, após o aumento.

Sérgio Monte

Secretário-geral adjunto da UGT

Se os escalões do IRS não forem revistos, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025, esses aumentos salariais arriscam resultar num agravamento do imposto a pagar por cada trabalhador, mas o Governo tem garantido que fará essa atualização. Aliás, do próprio acordo de Concertação Social consta esse compromisso. “Para não haver a situação de alguém acabar a receber menos, em termos líquidos, após o aumento“, sublinha Sérgio Monte.

Ainda no que diz respeito ao IRS, o secretário-geral adjunto da UGT lembra que esta central sindical tinha proposto um novo desdobramento dos escalões, dos atuais nove para dez, o que aumentaria a progressividade. Sérgio Monte recorda, porém, que ainda este ano foi aprovada um alívio do imposto sobre os rendimentos e sinaliza que agora está atento às negociações em curso.

CGTP quer mexer no IRS para aliviar rendimentos baixos e intermédios

O secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira, participa na manifestação nacional de jovens trabalhadores, organizada pela CGTP-IN/Interjovem em protesto por melhores condições de trabalho e de vida para os jovens trabalhadores, do Rossio para a Assembleia da República.CARLOS M. ALMEIDA/LUSA

Nas prioridades de política reivindicativa que aprovou recentemente, a CGTP defende alterações ao IRS, ao nível do mínimo de existência e dos escalões de rendimento, com o objetivo de “reduzir a taxação dos rendimentos mais baixos e intermédios“.

“Ainda ao nível do IRS, o englobamento obrigatório de todos os rendimentos, garantindo que a progressividade se aplica, independentemente da origem dos rendimentos”, defende a central sindical liderada por Tiago Oliveira.

No entanto, a CGTP deixa claro que uma redução do IRS não substitui o aumento dos salários (brutos). “O que valoriza o trabalho e os trabalhadores são salários dignos e respeito pelos direitos e por todas as carreiras e profissões, e não a substituição de aumentos salariais por insuficientes reduções de impostos sobre quem trabalha”, explica a central sindical.

Ainda a nível fiscal, mas do lado das empresas, a CGTP quer a aplicação da “taxa efetiva de IRC às grandes empresas”, a exclusão dessas empresas “dos privilégios atribuídos ao abrigo do estatuto dos benefícios fiscais” e o fim dos paraísos fiscais, “instrumento usado para fugir aos impostos, branquear capitais e facilitar atividades ilícitas e criminosas“, considera.

A propósito, o IRC, a par do o IRS Jovem, tem sido dos temas mais difíceis da negociação orçamental, tendo o secretário-geral da CGTP atirado esta segunda-feira que, se “são só estas” as linhas vermelhas entre os partidos, “estamos muito mal”. “Está-se a tentar colocar a discussão do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) em duas matérias, o IRS jovem e o IRC. Há mais a discutir do que isso, o OE não está assente nestas duas questões que querem transformar como essenciais e as tais linhas vermelhas que não podem ser ultrapassadas”, defendeu Tiago Oliveira, citado pela Lusa.

Por outro lado, quanto às pensões, a central sindical defende um “aumento significativo” das reformas “para responder às necessidades”. E critica o suplemento que será pago esta semana pelo Governo aos portugueses com pensões mais baixas. “O anunciado suplemento extraordinário não pode servir de pretexto a um aumento das reformas aquém do necessário e possível”, salienta CGTP.

A lei prevê que as pensões devem ser atualizadas todos os meses de janeiro com base na inflação e no crescimento económico. O Governo de Luís Montenegro já garantiu que irá cumprir essa atualização e, na negociação com o PS, mostrou abertura para ir mais longe, atribuindo um novo “bónus” aos reformados.

Ou seja, há, sim, a possibilidade de o Orçamento do Estado para 2025 trazer aumentos dos rendimentos dos pensionistas acima do previsto na lei, mas não de forma permanente, isto é, o suplemento seria pago uma única vez, e não incorporado no valor permanente da pensão.

Questionado sobre o Orçamento do Estado para o próximo ano, Tiago Oliveira diz ao ECO que “aquilo que é conhecido, nomeadamente por via do Programa de Governo, indicia o aprofundamento da política que há décadas tem sido implementada no país, com o negócio a ganhar terreno em prejuízo da garantia de direitos (na saúde, mas também na habitação) ou as grandes empresas a terem consagradas maiores isenções fiscais”. “Ou seja, um caminho que não serve os trabalhadores e não garante o desenvolvimento do país“, declara o líder da CGTP, central sindical que decidiu ficar de fora do referido acordo de Concertação Social.

Função Pública só reúne com Governo na véspera do OE

Além dos rendimentos, a CGTP defende, por exemplo, o reforço do pessoal e dos meios do Serviço Nacional de Saúde. “É urgente a contratação de médicos, enfermeiros, técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, técnicos superiores de saúde, técnicos auxiliares de saúde, trabalhadores das carreiras gerais, entre outros, bem como o aumento significativo dos salários e a valorização das respetivas carreiras. Acresce ainda a necessidade de consolidar e reforçar a estrutura do SNS“, defende a central sindical.

No que diz respeito aos ordenados dos trabalhadores do SNS e da Administração Pública em geral, o Governo convocou para 9 de outubro — ou seja, na véspera da entrega da proposta de Orçamento do Estado — uma reunião com os sindicatos.

Regra geral, os reforços remuneratórios são feitos num diploma autónomo, mas discutidos a par do plano orçamental, sendo que o Governo já garantiu que irá cumprir o acordo celebrado pelo Executivo anterior com as estruturas sindicais, que aponta para um aumento de 2% dos salários de todos os funcionários públicos.

Notícia atualizada às 10h57

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novo IRS Jovem do Governo deixa de penalizar salários baixos e favorece salários de 2.000 euros. Veja as simulações

Nos primeiros dois anos, a isenção é igual à vigente para vencimentos até 1.500 euros mas depois sobe. Trabalhadores a ganhar 2.000 poupam logo mais 398 euros assim que entram no mercado de trabalho.

A nova proposta de IRS Jovem, que o primeiro-ministro classificou de “irrecusável” para convencer o líder do PS a viabilizar o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), deixa de penalizar ordenados mais baixos até 1.500 euros nos primeiros dois anos em comparação com o regime atual. Mas favorece mais trabalhadores a ganhar 2.000 euros brutos mensais que conseguem poupar, logo no primeiro ano de atividade, mais 398 euros, face às regras vigentes, segundo as simulações da EY para o ECO.

No modelo anterior, que o Executivo fez entrar no Parlamento sob a forma de pedido de autorização legislativa e que vai cair, um jovem com um vencimento de 1.000 euros brutos mensais teria um benefício anual de 882 euros, ou seja, menos 190 euros face ao mecanismo em vigor que gerava uma poupança de 1.072 euros.

O novo IRS Jovem do Governo deixa de castigar estes ordenados e equipara o ganho do regime atual, ou seja, dá igualmente 1.072 euros a este colaborador. Mas, daí em diante, passa a ser mais vantajoso, dando um ganho adicional de 113 euros, anuais, no terceiro e quarto anos de atividade. No quinto, este salário consegue poupar mais 592 euros em relação ao regime em vigor.

As simulações da EY forma realizadas para um trabalhador dependente solteiro e sem filhos e sem contar com as contribuições de 11% para a Segurança Social.

De salientar que, na proposta anterior do Executivo, estes trabalhadores saíam a perder até ao quarto ano de atividade face ao modelo em vigor. Só a partir do quinto ano é que a poupança era superior em 402 euros.

Na versão inicial, o Governo queria aplicar uma nova tabela ao IRS Jovem, com taxas que iam até 15%, para trabalhadores até aos 35 anos e com ganhos salariais até ao 8.º e penúltimo escalão, que abrange rendimentos anuais coletáveis até 80.000 euros ou cerca de 6.000 euros mensais.

O novo modelo que o primeiro-ministro apresentou ao líder do PS é totalmente diferente. Passa a adotar o regime em vigor assente em isenções faseadas, que é da autoria dos socialistas, e aprofunda-o. Alarga o benefício a todos os jovens e não apenas a quem tem uma licenciatura, a idade limite é alargada dos 30 para os 35 anos e a duração do benefício sobe de cinco para 13 anos.

Tal como reivindicava o PS, limita o regime a quem tem rendimentos até ao 6.º escalão de rendimentos, quando na proposta inicial o benefício ia até ao 8.º escalão. Ainda assim, é um avanço significativo quer no teto dos ganhos salariais quer nas isenções.

O modelo atual dá uma isenção até 40 vezes o IAS (20.370 euros), no primeiro ano de trabalho, de 30 IAS (15.277 euros), no segundo, de 20 IAS (10.184 euros), no terceiro e quarto anos de atividade, e de 10 IAS (5.095 euros), no quinto. A nova proposta do Governo abrange, nos 13 anos do benefício, rendimentos até 55 IAS (ou 28.009 euros anuais).

E o faseamento da isenção do novo IRS Jovem também é mais vantajoso do que aquele que está em vigor. Assim, em vez de dar 100% de isenção, no primeiro ano, 75%, no segundo ano, 50%, no terceiro e quarto anos, e 25%, no último ano, com os limites acima referidos, o Governo propõe atribuir 100%, no primeiro ano, 75%, entre o segundo e quinto anos, 50% entre o sexto e nono anos, e 25% de isenção, entre o 10º e 13º anos de atividade.

No caso de vencimentos brutos mensais de 1.500 euros, a proposta do Executivo iguala o benefício, de 2.509 euros, que os jovens têm atualmente no primeiro e segundo ano de trabalho. A partir daí, estes trabalhadores conseguem obter um ganho superior com o novo IRS Jovem do Governo. No terceiro e quarto anos, poupam mais 821 euros, e, no quinto, conseguem ficar com mais 1.665 euros na carteira.

Com a proposta anterior do Governo, salários de 1.500 euros eram penalizados em 669 euros nos dois primeiros anos em comparação com o IRS Jovem atual. Só nos anos seguintes, a poupança gerada passava a ser superior: de 152 euros, no terceiro e quarto, e de 996 euros, no quinto. Ainda assim, a nova verão do Governo é bem mais generosa.

Mas são os salários de 2.000 euros que mais saem a ganhar com o novo IRS Jovem. Logo no primeiro ano de atividade, um trabalhador com este vencimento poupa 4.422 euros, ou seja, mais 398 euros face ao benefício, de 4.024 euros gerado pelo modelo em vigor. Na proposta anterior do Governo, este contribuinte conseguia um ganho de 3.114 euros, isto é, menos 909,47 euros.

Nos anos seguintes, a poupança continua a ser superior face ao regime vigente e também em relação à proposta anterior do Governo. No segundo ano, este trabalhador obtém um benefício de 4.148 euros: são mais 1.130 euros face à poupança de 3.018 euros dada pelo IRS Jovem atual. No terceiro e quarto anos, o ganho é superior em 2.136 euros e, no quinto, este trabalhador consegue ficar com mais 3.142 euros no bolso em comparação com o modelo em vigor.

Caso o Governo aceite baixar a duração do benefício de 13 para sete anos, como propôs o líder do PS, Pedro Nuno Santos, a nova versão do IRS Jovem terá o OK dos socialistas. “A proposta do Governo prevê um IRS Jovem durante 13 anos. Há, portanto, um salto muito significativo dos cinco anos para os 13. Isto comporta um custo ainda muito relevante, estamos a falar de 645 milhões euros e não podemos ignorar a desigualdade intergeracional que a medida comporta”, afirmou o secretário-geral do PS, na passada sexta-feira à noite, quando divulgou a contraproposta dos socialistas.

Pedro Nuno Santos argumentou ainda que o IRS Jovem em vigor “é uma medida muito recente e que carece de avaliação”. “Por isso, nós propomos que o alargamento temporal do IRS Jovem seja gradual, que seja de apenas mais dois anos, isto é, que seja de sete anos em vez dos cinco anos, sem prejuízo da avaliação que se fizer no futuro”, defendeu. Resta agora saber se o Executivo de Luís Montenegro vai aceitar este requisito que Pedro Nuno classificou de “razoável” como resposta ao “irrecusável” de Luís Montenegro.

O IRS Jovem a par da descida condicionada do IRC são as duas chaves fundamentais para a viabilização do Orçamento do Estado por parte do PS.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Já ouviu falar do Hub de Investimentos?

  • Conteúdo Patrocinado
  • 7 Outubro 2024

Este Hub é uma novidade na App Millennium, cujo objetivo é oferecer uma experiência de navegação mais intuitiva, fluída e eficiente para o utilizador.

Num mundo onde cada segundo importa, as apps bancárias precisam de ser fáceis de usar, permitindo que qualquer pessoa faça transferências e outras operações sem grande esforço. A ideia é que qualquer um, mesmo sem ser um expert em tecnologia, possa pagar contas, ver o saldo ou realizar uma transferência sem se perder nos menus. Esta máxima também se deve aplicar a assuntos mais complexos, como é o caso dos investimentos.

A pensar nestas temáticas, o Millennium bcp lançou recentemente o Hub de Investimentos, com o objetivo de oferecer uma experiência de navegação mais fluida e eficiente para o utilizador através do design, sem que a performance da aplicação seja prejudicada.

Mais inteligente, rápido e automático

O Hub de Investimentos é a nova área na App Millennium para investir de forma mais inteligente, mais rápida e mais automática. Mas, afinal, o que é que permite este novo Hub de Investimentos?

Em primeiro lugar, permite o acesso a uma área única com todos os seus investimentos agregados, onde pode ver a valorização global. Além disso, o investidor pode investir por família de produto, ou seja, ter acesso a produtos de investimento diversificados e com exposição a várias geografias, setores e temas (fundos de investimentos, certificados e ETF).

Já tem as suas metas de investimento traçadas? Agora na app Millennium pode criar objetivos personalizados a partir de 30€ com os produtos de Reforma e Investimento Automatizado. Além disso, pode consultar as ordens de investimento nos últimos 30 dias com possibilidade de cancelamento (se for aplicável) sem sair do sofá.

Se ainda não começou a investir, pode começar por aceder à área de literacia financeira com artigos sobre vários temas de investimentos e preencher (ou atualizar) o questionário de investidor para conseguir investir. Este questionário permite ao banco evitar que compre um produto que não compreende ou em relação ao qual não está consciente dos riscos.

Além destas funcionalidades, a app Millennium tem todo um conjunto de opções que promete facilitar a vida dos seus utilizadores. O Appropósito, uma websérie com diferentes episódios, explica de uma forma descontraída como pode aplicar estas funcionalidades em contexto de vida real.

MTrader para investidores mais experientes

A MTrader é a app do Millennium para quem já tem alguma experiência e quer investir na Bolsa. Mais do que uma simples plataforma de negociação, a MTrader oferece uma ampla gama de funcionalidades e conteúdos que ajudam os investidores a tomar decisões informadas.

Com a MTrader, tem acesso a análises de especialistas sobre os principais temas que estão a influenciar o mercado, permitindo-lhe estar sempre atualizado. Além disso, a app oferece informações sobre as empresas com maior potencial de valorização, baseadas no consenso dos analistas, e apresenta um ranking das empresas mais negociadas.

Para facilitar a sua pesquisa, pode também explorar os separadores temáticos, que destacam as empresas e os títulos mais comentados entre os grandes investidores globais.

Se deseja otimizar as suas decisões de investimento, a MTrader é a solução certa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.