Passe ferroviário, Agência para o Clima e simplificação de regras nas renováveis. Vem aí novo pacote para o ambiente

  • ECO
  • 4 Outubro 2024

No Conselho de Ministros extraordinário agendado para esta sexta-feira, o Governo irá apresentar um "pacote" de medidas ligadas ao ambiente. Conheça as medidas já conhecidas.

O Governo vai realizar esta sexta-feira, no Entroncamento, um Conselho de Ministros extraordinário que servirá para apresentar um pacote de medidas na área do ambiente. Além de apresentar os detalhes sobre o novo passe ferroviário, o Executivo vai ainda anunciar um alargamento do passe social gratuito para os jovens até aos 23 anos. Com esta alteração na medida, que será suportada, em parte, com 35 milhões de euros do Fundo Ambiental, modalidade passará a abranger mais 200 mil jovens, avança o Expresso.

Incluído no pacote de medidas estará a oficialização da nova “Agência para o Clima“, considerada por fonte oficial do Ministério do Ambiente e Energia (MAEn) como o “braço operacional na transição climática, tendo por missão assegurar a gestão e a coordenação geral dos fundos, programas e projetos nacionais, europeus e internacionais, a cargo da área governativa do Ambiente e Energia”.

Será ainda aprovada uma simplificação das regras nos licenciamentos de projetos de grande e pequena dimensão na área das energias renováveis. O MAEn esclarece que a simplificação da lei servirá para “facilitar a criação de mais comunidades de energia para autoconsumo e duplicar a distância permitida entre os consumidores que as vão criar nas regiões de baixa densidade populacional, incentivando a sua criação no interior do país”. A simplificação será dirigida a pequenos consumidores, como condomínios, universidades e pequenas empresas.

Passe no Intercidades com reserva obrigatória

O Passe Ferroviário Verde vai ser válido no serviço Intercidades, em segunda classe, sendo obrigatória a “reserva de lugar antecipada”, mas com um limite de antecedência máxima de 24 horas. Será ainda permitido reservar lugar, sem custos, no máximo para duas viagens distintas por dia.

Segundo um documento da CP, a que a Lusa teve acesso, a reserva “terá de ser feita nas bilheteiras da CP e nas novas Máquinas de Venda Automática instaladas nas estações da área Metropolitana de Lisboa”. Posteriormente – num prazo que o documento indica que será em breve – a reserva de viagem para o Intercidades ficará disponível na bilheteira online e na App da CP.

De fora do alcance deste passe ferroviário ficam os serviços Alfa Pendular e Internacional Celta, e a primeira classe dos serviços Intercidades e InterRegional.

Relativamente aos comboios urbanos, o documento indica que o Passe Ferroviário Verde pode ser usado em todos os urbanos de Coimbra, mas nos de Lisboa e do Porto a utilização está limitada às viagens fora das respetivas áreas metropolitanas.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 4 de outubro

  • ECO
  • 4 Outubro 2024

Ao longo desta sexta-feira, 4 de outubro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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“Não é irrecusável”. PS vai apresentar “em breve” contraproposta ao Governo para viabilizar Orçamento

  • ECO
  • 4 Outubro 2024

Pedro Nuno Santos "quer evitar eleições", mas Alexandra Leitão assinala que o partido “não concorda” com as modulações propostas pelo Governo no IRS Jovem e que no IRC “o ponto não é ser 2% ou 1%”.

Pedro Nuno Santos vai apresentar “em breve” uma contraproposta à que foi entregue pelo Governo para as negociações do Orçamento do Estado. Propôs ao PS a redução do IRC para 20% em 2025 e modelação do IRS Jovem, isto é, não deixou cair as duas linhas vermelhas apontadas pelos socialistas, mas avançou com algumas cedências.

Na quinta-feira à noite, à saída da sede do PS, para onde se deslocou depois do encontro ao final da tarde com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, o secretário-geral socialista deixou uma porta aberta à negociação. “Nós queremos evitar eleições e queremos evitar um chumbo do Orçamento. Daremos o nosso contributo”, respondeu.

Nós queremos evitar eleições e queremos evitar um chumbo do Orçamento. Daremos o nosso contributo.

Pedro Nuno Santos

Secretário-geral do PS

Também a líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, reconheceu a “aproximação”, mas assinalou que a contraproposta do Executivo “não é irrecusável”. Sobre o IRS Jovem, a deputada indicou que o partido “não concorda” com as modulações propostas: o alargamento da aplicação dos 30 para os 35 anos e da duração da medida de cinco para 13 anos.

quanto ao IRC, Alexandra Leitão resumiu que “o ponto não é ser 2% ou 1%”, mas “uma política pública de que o PS discorda”, recordando que o objetivo final do Executivo é chegar aos 17% no final da legislatura. “Esta é uma linha vermelha que não foi cumprida”, sentenciou.

Pedro Delgado Alves, outro destacado dirigente do PS, em declarações na SIC Notícias, corroborou que no IRS Jovem “continua a haver uma perda de receita substancial” e que só o alargamento da medida a não licenciados foi proposta pelo PS, indiciando igualmente que os socialistas farão finca-pé no que toca ao alargamento na idade e no tempo.

Pedro Delgado Alves, Pedro Nuno Santos e Alexandra Leitão durante o debate quinzenal na Assembleia da RepúblicaHugo Amaral/ECO 3 outubro, 2024

Já numa intervenção no canal Now, Fernando Medina reconheceu que o Governo “fez um esforço sério de aproximação”, falando numa “vitória do PS”, mas repetiu as críticas de outros responsáveis socialistas à ideia “excessiva” de passar dos cinco para os 13 anos de aplicação do IRS Jovem. Ainda assim, o ex-ministro das Finanças confia que “estamos no bom caminho para a viabilização do Orçamento do Estado”.

O Governo fez um esforço sério de aproximação ao PS. (…) Estamos no bom caminho para a viabilização do Orçamento do Estado.

Fernando Medina

Ex-ministro das Finanças

Segundo adiantou à Lusa fonte do partido, Pedro Nuno Santos vai reunir-se na terça-feira à noite com o grupo parlamentar socialista sobre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), ou seja, dois dias antes de terminar o prazo para o Governo entregar o documento na Assembleia da República.

O Expresso noticia esta sexta-feira que a estratégia do líder do PS tem sido definida mais em conversas privadas com os dirigentes do que em reuniões da direção – ainda não houve qualquer encontro depois das férias – e cita dirigentes do partido a assinalar que “ir para eleições por causa de um ponto de IRC não é sustentável” e “seria muito difícil de explicar”. Uma situação que poderia ser “trágica” para o partido, por dar a Montenegro o argumento ao eleitorado de que quis baixar os impostos e o PS não deixou.

Miranda Sarmento: IRS Jovem e IRC “idealmente fora” da discussão do OE

Esta sexta-feira, num artigo de opinião publicado no Jornal Económico, o ministro das Finanças sublinha que “é necessário baixar o IRS sobre os jovens” e também “fundamental baixar a carga fiscal das empresas”, notando que “Portugal tem a segunda taxa nominal marginal, em sede de IRC, mais elevada da OCDE e uma das taxas efetivas marginais mais elevadas”. “Os investidores estrangeiros olham para estes números antes de tomarem decisões de investimento”, argumenta o governante.

Por outro lado, defende Joaquim Miranda Sarmento, “como temos defendido desde o início, estas duas alterações estruturais aos impostos devem ser discutidas de forma autónoma, com um debate sério e rigoroso, dando tempo ao Parlamento para se pronunciar, idealmente fora do âmbito da discussão do Orçamento do Estado”.

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Albert Zorrilla, novo Diretor Geral da Zitro Espanha

  • Servimedia
  • 4 Outubro 2024

A Zitro nomeou Albert Zorrilla como seu novo Diretor Geral para Espanha, com o objetivo de reforçar a sua posição num dos mercados-chave da empresa.

Com uma sólida formação em negócios internacionais, marketing, comércio eletrónico e estratégias multicanal, Zorrilla traz consigo mais de dez anos de experiência no setor, onde se destacou pelo seu profundo conhecimento do mercado e pela obtenção de importantes resultados em operações de retalho e digitais.

Ao longo da sua carreira, Albert Zorrilla demonstrou as suas capacidades de gestão empresarial e de liderança de equipas, qualidades que coloca agora ao serviço da Zitro. Além disso, o seu conhecimento da legislação do jogo e a sua estreita colaboração com os reguladores regionais e as associações do setor reforçam o seu perfil como o líder certo para esta nova fase.

Com a sua chegada, Albert Zorrilla contribuirá para a inovação e a implementação de novas estratégias que consolidarão ainda mais a posição da empresa como fornecedora do setor. Segundo a empresa, a sua experiência permitir-lhe-á liderar o crescimento da Zitro em Espanha e enfrentar os desafios do futuro “com uma abordagem de vanguarda e estratégica”.

“A entrada de Albert Zorrilla na Zitro representa uma oportunidade única para desenvolver ainda mais a liderança da empresa no mercado espanhol, mantendo o compromisso da empresa com a inovação e a excelência em todos os seus produtos e serviços”, acrescentou.

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Hoje nas notícias: offshore da Madeira, ambiente e malparado

  • ECO
  • 4 Outubro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Portugal só recuperou 66 milhões de ajudas ilegais da zona franca da Madeira. Passe social até aos 23 vai ser alargado e abranger mais 200 mil jovens. Governo vai iniciar negociações sobre alterações ao modelo de gestão das escolas a 21 de outubro. Estas são algumas das notícias em destaque esta sexta-feira.

Portugal ainda só recuperou 66 milhões de ajudas ilegais na Zona Franca da Madeira

O Estado português ainda só recuperou 66 milhões dos cerca de 840 milhões de euros que está obrigado a exigir às empresas da Zona Franca da Madeira que beneficiaram de uma redução do IRC durante vários anos de forma ilegal, por não cumprirem as regras de acesso a esse incentivo fiscal especial. Há contribuintes que se recusam a pagar e isso já obrigou a Autoridade Tributária e Aduaneira a emitir perto de 500 certidões de dívidas para tentar cobrar cerca de 450 milhões de euros em falta.

Leia a notícia completa em Público (acesso pago).

Governo aprova passe social gratuito até aos 23 anos e simplifica regras para energias renováveis

No Conselho de Ministros extraordinário desta sexta-feira, o Governo vai anunciar um alargamento do passe social gratuito para todos os jovens até aos 23 anos, independentemente de estudarem ou não. Com esta alteração, a medida passa a abranger, pelo menos, mais 200 mil jovens. Ademais, irá oficializar a “Agência para o Clima”, “o braço operacional na transição climática, tendo por missão assegurar a gestão e a coordenação geral dos fundos, programas e projetos nacionais, europeus e internacionais, a cargo da área governativa do Ambiente e Energia”. O pacote de medidas do Ministério do Ambiente, a serem anunciadas esta tarde, inclui ainda a simplificação das regras nos licenciamentos de projetos de grande e pequena dimensão na área das energias renováveis.

Leia a notícia completa em Expresso (acesso pago).

Governo vai mudar gestão das escolas

O Ministério da Educação, Ciência e Inovação vai rever o modelo de gestão das escolas. Manuel Teodósio, vice-secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE) indicou que um novo modelo de gestão começará a ser discutido com os sindicatos no dia 21 de outubro, com vista a estar concluída no primeiro trimestre de 2025. “Em cima da mesa estará a forma de eleição dos diretores, o grau de autonomia das escolas e outros temas. A FNE está a auscultar os professores sobre estas matérias”, lê-se na notícia.

Leia a notícia completa em Correio da Manhã (acesso pago).

Santander vende 160 milhões de malparado

O Santander Portugal colocou à venda uma carteira de malparado no valor de 160 milhões de euros, com a maioria a ser crédito malparado (unlikely to pay) de grandes devedores. Esta carteira de non-performing loans (NPL) é mista, entre secured e unsecured, mas as grandes posições são créditos com garantias. O mercado de venda de crédito malparado pelos bancos acontece numa altura em que o Governo diz ter uma proposta legislativa de transposição da diretiva relativa aos gestores e compradores de créditos, com a finalidade de salvaguardar a proteção dos consumidores.

Leia a notícia completa em Jornal Económico (acesso pago).

Grupo dinamarquês despede uma centena em Gaia após incêndio na fábrica

Três meses depois de ter sofrido um incêndio, a DAT-Schaub Portugal, sediada em Vila Nova de Gaia, vai avançar com um lay-off, 25 rescisões amigáveis e um despedimento coletivo de 125 trabalhadores. Na altura do incêndio, a administração da empresa dinamarquesa garantiu que os funcionários continuariam em funções até finais de agosto, com os salários e subsídios de férias assegurados, apesar de toda a área de produção ter ficado destruída. No entanto, e face à duração das obras de recuperação da produção e a intenção de vir a construir uma fábrica de menor dimensão, a administração comunicou aos funcionários uma redução dos quadros.

Leia a notícia completa em Jornal de Notícias (acesso pago).

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Alsea, RBI, Restalia, McDonald’s e Areas lideram por número de restaurantes no ranking da restauração organizada

  • Servimedia
  • 4 Outubro 2024

A restauração organizada está a atravessar um bom momento em Espanha.

No ano passado, o setor registou um volume de negócios superior a 10.000 milhões de euros, consolidando e crescendo em relação aos níveis anteriores à pandemia e demonstrando a solidez de um setor que conquistou o favor dos consumidores e também dos investidores e empresários.

25% dos 16.000 restaurantes que fazem parte de uma grande cadeia em Espanha pertencem a 5 grandes grupos, com um total de mais de 4.000 restaurantes. Estes operadores, que lideram um mercado em plena expansão, são a Alsea, a RBI, a Restalia, a McDonald’s e o Grupo Areas.

Embora o nome do principal operador em Espanha não seja muito reconhecido pelos consumidores, as marcas que gere são-no. A Alsea é o operador de restauração responsável por marcas tão populares como a Domino’s Pizza, Starbucks, Ginos e Vips. Presente na América Latina e na Europa, possui um total de 13 marcas a nível mundial. Em Espanha, opera 7 marcas, incluindo, para além das VIPs acima mencionadas, a Foster’s Holywood e a TGI Fridays, com um total de 1.125 restaurantes.

O segundo operador por número de estabelecimentos em Espanha é a RBI, sigla de Restaurant Brands Iberia, propriedade do fundo de investimento Cinven, que detém a Master Franchise da Burger King, Tim Hortons e Popeyes em Espanha e Portugal. Os seus 905 restaurantes no nosso país conferem-lhe a posição de prata neste ranking.

Em terceiro lugar está a Restalia, o nome da holding que detém marcas nacionais tão conhecidas como 100 Montaditos, The Good Burger, Cervecería La Sureña e as mais jovens Pepe Taco e Panther. Com mais de 700 pontos de venda, este grande operador tem também uma característica distintiva, pois é a exceção no setor, uma vez que continua a ser, após 25 anos de história, o único grande grupo que continua a pertencer ao seu fundador. O controlo do grupo continua nas mãos do empresário José María Capitán, que não cedeu nenhuma percentagem do seu capital aos investidores.

A cadeia americana McDonald’s, que conta com 600 pontos de venda em Espanha, é a quarta da lista. A marca anunciou ambiciosos planos de expansão no nosso país que incluem a abertura de 200 novas franquias nos próximos 4 anos, com o objetivo de chegar aos 800 restaurantes em 2028.

O top 5 é completado pelo Grupo Areas, um operador que agrupa diferentes marcas com presença em aeroportos, estações, áreas de serviço e postos de gasolina. Conta com um total de 605 pontos de venda em Espanha.

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5 coisas que vão marcar o dia

Esta sexta-feira há reunião do Conselho de Ministros no Entroncamento e os autarcas têm de entregar o levantamento que fizeram aos prejuízos nos concelhos causados pelo fogo.

No dia em que o Conselho de Ministros se reúne no Entroncamento, termina o prazo para os municípios entregarem às CCDR o levantamento dos prejuízos causados pelos fogos de setembro. Já as regiões ultraperiféricas da Madeira e dos Açores debatem o setor das pescas enquanto nos EUA são divulgados os dados do desemprego relativos a setembro.

Reunião do Conselho de Ministros

O Conselho de Ministros do XXIV Governo Constitucional reúne-se pelas 15h00 desta sexta-feira, na Câmara Municipal do Entroncamento, seguido de um briefing que pode ser acompanhado em direto. Este encontro com os jornalistas decorre no Centro Cultural do Entroncamento.

Câmaras entregam levantamento de prejuízos causados pelos fogos

Termina esta sexta-feira o prazo para as câmaras municipais, cujos concelhos foram atingidos pelos fogos de setembro, entregarem às Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro e do Norte o levantamento que realizaram junto das pessoas e empresas afetadas. Habitação, agricultura e património são as áreas abrangidas. Entretanto, o Presidente da República já pediu ao Governo “uma resposta imediata: rápida, rigorosa e eficaz”.

Reunião das regiões ultraperiféricas da Madeira e dos Açores

As regiões ultraperiféricas da Madeira e dos Açores reúnem-se numa convenção sobre pescas. Entre os assuntos a debater constam o estatuto das Regiões Ultraperiféricas, o desenvolvimento sustentável do setor das pescas e a quota dos tunídeos.

Prossegue greve dos Sapadores Bombeiros de Lisboa

Os Sapadores Bombeiros de Lisboa continuam em greve até 13 de outubro. O protesto foi convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa, para exigir a revisão do Estatuto de Pessoal dos Bombeiros Profissionais da Administração Local. Entre as reivindicações constam a revisão da tabela remuneratória ou uma justa progressão e promoção na carreira. Centenas de bombeiros sapadores ocuparam, esta quarta-feira, a escadaria da Assembleia da República, e exigiram um aumento salarial para compensar a subida da inflação e um subsídio de risco semelhante ao que foi dado às forças de segurança.

EUA divulgam taxa de desemprego

São divulgados os dados do desemprego relativos a setembro nos Estados Unidos da América (EUA). A taxa de desemprego subiu em julho duas décimas, para 4,3%, o nível mais alto desde outubro de 2021.

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Jaume Sabater e Stoneweg recebem o prémio de Melhor Negócio Imobiliário do Ano

  • Servimedia
  • 4 Outubro 2024

Os World-Class District Awards 2024 também distinguiram a cidade de Bilbau e o fundo Stoneshield, entre outros.

A Stoneweg, gestora de investimentos imobiliários, ganhou o prémio La Vanguardia para o Melhor Negócio Imobiliário do Ano nos World-Class District Awards 2024. O prémio, arrecadado pelo cofundador e CEO da empresa, Jaume Sabater, reconhece a aquisição estratégica da plataforma europeia do Cromwell Property Group, um negócio que consolida a posição da Stoneweg como um ator-chave no setor imobiliário europeu.

Ao aceitar o prémio, Jaume Sabater declarou que “este prémio é um reconhecimento dos esforços contínuos da nossa equipa e do seu empenho no nosso plano de expansão na Europa. A aquisição da Cromwell Property Group não só fortalece a nossa posição no mercado, como também reforça a nossa capacidade de oferecer soluções inovadoras no setor imobiliário”.

A cerimónia de entrega de prémios, que decorreu no evento The District 2024, reconheceu, entre outros galardoados, a Stoneshield como Melhor Fundo do Ano; a cidade de Bilbau na categoria de Melhor Destino para Investimento Imobiliário, pela candidatura apresentada ao projeto Zorrotzaurre como exemplo de regeneração urbana e inovação; e o Plan Vive em Madrid, que recebeu o prémio de Melhor Projeto ou Desenvolvimento Imobiliário. Este último, uma iniciativa pioneira de colaboração público-privada, que se centra na construção de cerca de 6.500 habitações na Comunidade de Madrid, uma solução fundamental para fazer face ao desafio do acesso à habitação.

A conferência District 2024, que teve lugar em Barcelona, reuniu mais de 12 700 executivos de 30 países, bem como representantes de grandes empresas internacionais como a Blackstone, a Brookfield e a Hines. A cimeira constituiu um espaço fundamental para analisar as tendências e os desafios do setor. Este ano, temas como a ascensão dos ativos alternativos e o papel crescente de Espanha como destino atrativo para o investimento imobiliário tiveram especial destaque.

Um dos resultados mais importantes do The District 2024 foi o seu impacto económico, com um retorno de mais de 27 milhões de euros para a cidade de Barcelona. Este resultado não só reforça a imagem da cidade como centro de eventos internacionais de alto nível, mas também sublinha a sua capacidade de atrair líderes mundiais do setor imobiliário.

Barcelona continua a consolidar a sua posição como destino estratégico de investimento graças às suas modernas infra-estruturas, excelente conetividade e clima favorável aos negócios, elementos que foram essenciais para o sucesso desta cimeira. O evento também desempenhou um papel decisivo na atração de capital estrangeiro, posicionando a cidade como uma referência no mercado imobiliário europeu.

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Sustentabilidade pelo país: ECO Cidade arranca no Palácio de Mafra

  • Local Online
  • 4 Outubro 2024

ECO Cidade é um projeto que resulta de uma parceria entre o ECO, o Local Online e a Sociedade Ponto Verde. Sustentabilidade e reciclagem são os temas em destaque.

Sabe como é feita a gestão dos resíduos no seu concelho? Ainda tem dúvidas sobre as boas práticas da reciclagem? Com o objetivo de promover a sustentabilidade e discutir temas como o da reciclagem e o da gestão de resíduos, o ECO, o Local Online e a Sociedade Ponto Verde uniram-se para discutir o que de melhor se faz nestas áreas, em Portugal, passando por vários concelhos do país.

Mafra, conhecida pelo seu património natural e histórico, será o palco inicial do ECO Cidade já no dia 5 de novembro.

A entrada é gratuita, mas sujeita a inscrição aqui.

PROGRAMA

10h00 Abertura

António Costa, Diretor do ECO
Ana Isabel Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde
Hugo Moreira Luís, Presidente da Câmara Municipal de Mafra

10h30 Boas Práticas de Reciclagem

Ana Isabel Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde
Nuno Soares, Presidente da Tratolixo
Lúcia Bonifácio, Vereadora de Mafra
Beatriz Freitas, Secretária-Geral da AIVE

Moderação: Alexandre Batista, Editor do Local Online

11h15 Coffee-break

11h30 Gestão de Resíduos Urbanos

Ana Cristina Carrola, Vogal do Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente

12h00 Encerramento

José Alho, Vice-Presidente da CCDR Lisboa e Vale do Tejo

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No marketing, “a inteligência artificial sem estratégia é um brinquedo”, defende Bruno Oliveira

A ideia foi defendida na conferência "Disruption 2024 - Como a IA está a mudar a indústria da publicidade", do IAB. O tema do risco de homogeneização da criatividade também esteve em destaque.

Bruno Oliveira, head of digital hub & e-Business da Sumol+Compal

“Está a haver uma adoção acelerada desta ferramenta, mas não se pode ir porque os outros estão a ir. A inteligência artificial sem estratégia é um brinquedo. A inteligência artificial é estratégica porque pode ter muito impacto em casos de produtividade, otimização de tarefas, capacidade de trabalhar dados de forma mais rápida e criar insights para desenvolver a área de negócio e de inovação” da marca, afirmou Bruno Oliveira, head of digital hub & e-Business da Sumol Compal.

A ideia foi defendida na conferência “Disruption 2024 – Como a IA está a mudar a indústria da publicidade”, organizada pelo IAB com o objetivo de colocar em discussão as inovações, estratégias disruptivas e tendências que estão a moldar o futuro da inteligência artificial na publicidade.

Bruno Oliveira chamou ainda à atenção para o facto de a IA dever ser encarada como uma ferramenta ou um ponto de partida e não como um fim. “A IA vai permitir poupar muito em pitchs e na fase da idealização, porque permite esquematizar e tangibilizar melhor o que está tanto na cabeça do cliente como da agência”, disse.

No entanto, “é preciso focar na curadoria. O que a IA vai permitir é que sejamos menos executantes mas mais curadores“, disse, explicando que é preciso ir afinando os resultados gerados pela inteligência artificial, ferramenta que “valoriza o conhecimento”. “Quem tem mais conhecimento vai conseguir utilizar muito melhor a ferramenta, porque lhe vai também aplicar mais conhecimento”, acrescentou.

“Arriscando” que 50% do marketing já é automatizado atualmente, nas mais diversas áreas, desde a personalização de conteúdos à otimização de processos ou gestão de informação, Bernardo Rodo afirmou que esta automação “existe porque há o objetivo de padronizar comportamentos e personalizar respostas”, algo que se tenta fazer da maneira mais eficiente possível.

Bernardo Rodo, managing director da OMD Portugal.

O managing director da OMD Portugal alertou também para o problema da aplicação generalizada da IA no marketing, uma vez que esta tecnologia assenta num “sistema de imitação” que recorre ao que já foi feito, não tendo propriamente ideias novas.

Bernardo Rodo mostrou-se ainda “surpreendido” pelo facto de a tecnologia de IA estar a ser bastante aplicada no campo da criatividade.

“O nosso cérebro tem problemas muito complexos – é dado a distrações, a erros, a fadiga – e nós não conseguimos executar algumas tarefas. Mas conseguimos sobrepor tarefas e conseguimos compreender e interpretar contextualmente tarefas ambíguas. Portanto, é com muita surpresa que vejo que hoje metade da atividade que é pedida nos sistemas generativos são tarefas criativas“, referiu.

Quero uma IA que lave a loiça para que eu tenha ideias, possa pintar e escrever. Não quero que uma IA que tenha ideias, pinte ou escreva, para eu lavar a loiça“, afirmou ainda.

O mesmo alerta, quanto ao risco de homogeneização das marcas e da sua criatividade, também foi feito por Daniel Knapp, chief economist do IAB Europe. Embora a IA possa conduzir a uma maior eficiência, se todos usarem os mesmos modelos de IA, corre-se o risco de as marcas não se distinguirem e de não haver diferenciação entre concorrentes, argumentou.

Esta ideia foi ainda partilhada por Bruno Oliveira, que defendeu que se as marcas começarem a fazer a sua criatividade de igual forma, “vai ser tudo igual”, algo que já é sentido em algumas indústrias específicas, afirmou sem especificar.

Daniel Knapp, chief economist do IAB Europe

A ideia de que a IA já integra as estratégias dos anunciantes foi defendida na intervenção de Daniel Knapp, lembrando que acontece através de várias formas, desde a personalização ao business planning, a previsões, criatividade, aumento da eficiência ou análise de quando devem ser lançadas promoções.

Segundo Knapp, as próprias plataformas – como a Meta – estão a lançar ferramentas criativas de IA para ajudar os anunciantes. Estas plataformas, explicou, conseguem assim ter acesso ao conteúdo dos anunciantes, ao mesmo tempo que “aprendem” com ele para melhorar o processo e as suas ferramentas, estabelecendo-se assim um ciclo.

As agências também estão a apresentar projetos que apontam para a adoção da IA na publicidade e no marketing, refere. Estas agências, que atualmente estão a ser pior remuneradas pelo seu serviço, segundo Knapp, podem também ser beneficiadas com a IA, que ajudará a otimizar o trabalho.

Em relação ao impacto da IA nos empregos, Daniel Knapp sublinhou desde logo que este é inegável, mas que são sempre feitas extrapolações em momentos de revolução tecnológica – à semelhança do que já aconteceu no passado -, embora esteja comprovado que os períodos de automação têm tido como consequência um crescimento do número de empregos.

Segundo Knapp, muitos estudos e projeções incorrem no erro de dar um emprego como substituível por IA só por usar esta ferramenta. Na verdade, em muitos empregos, a IA pode de facto ser uma ferramenta auxiliar, mas não uma substituta, argumentou.

Sobre esta questão, Bruno Oliveira defendeu a ideia de que “a IA não vai matar trabalhos“. “O que vai mudar é a complexidade ou a forma como vamos valorizar a força de trabalho. Vai ser muito mais importante o sentido crítico“, afirmou.

Ainda na perspetiva de recursos humanos, o head of digital hub & e-Business da Sumol+Compal disse considerar que as empresas vão precisar de dar uma formação base aos colaboradores, desde logo para potenciar a utilização da IA, fazendo uma analogia com a condução de um carro: “É completamente diferente quando nos dão um carro para a mão e explicam como conduzi-lo. Muitas pessoas andam com as ferramentas de IA em segunda, quando dá para andar em quarta ou quinta“, disse.

Bruno Oliveira defendeu ainda um trabalho de autoaprendizagem e que os profissionais, principalmente na área do marketing, “têm de ser mais autodidatas”. Além disso, a implementação de ferramentas na IA – que é mais difícil de acontecer em empresas grandes do que pequenas – deve ser feita numa “lógica de top-down“, ou seja, começando no topo da hierarquia e replicando-se em sentido descendente.

Esta ideia parece já estar em prática, uma vez que Bernardo Rodo apresentou dados que indicavam que quem mais usa ferramentas de IA nas organizações são os seus líderes e que quanto mais alto o nível de liderança, maior é a utilização destas tecnologias.

Eleanor Drage, investigadora da Universidade de Cambridge.

Já Eleanor Drage, investigadora da Universidade de Cambridge, considerou que a IA tanto pode trazer coisas boas como más. “É o veneno e a cura“, disse numa abordagem aos efeitos sociais da inteligência artificial, onde defendeu que a questão essencial não está no facto de a IA se poder “virar contra” a sociedade, mas sim o facto de esta estar a ser mal programada por não se ouvir a população.

A investidora considerou ainda que é necessário um aumento da literacia da sociedade no que diz respeito a esta matéria, e que para se fazer uso deste tipo de tecnologia deve haver conhecimento, principalmente dentro das empresas que trabalham com IA, desde logo pelas questões éticas que são levantadas.

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É “impossível” alargar frota de autocarros 100% elétricos em Portugal, diz Flixbus

A empresa que lançou em setembro o primeiro autocarro de longa distância 100% elétrico em Portugal afirma que as limitações da rede de carregamento não permitem pensar num alargamento da frota.

Depois de ter estreado, em setembro, a primeira rota entre Lisboa e Porto que é percorrida por um autocarro 100% elétrico, a Flixbus indica ao ECO/Capital Verde que “é impossível” estender a iniciativa devido às limitações da rede de carregamento em Portugal.

Neste momento é impossível pensar num alargamento da frota”, afirma Pablo Pastega, vice-presidente na Flixbus para a Europa Ocidental, em declarações ao ECO/Capital Verde. “Podemos pensar em ter mais dois ou três autocarros 100% elétricos, mas, com as condições atuais, não é possível fazer mais do que isso. Isto porque falta, em Portugal, uma rede de postos de carregamento”, explica o mesmo responsável.

De acordo com Pastega, a rota que a empresa inaugurou recentemente só foi possível dado o apoio dos parceiros, AV Feirense e EDP, que fornece energia através de um ponto de carregamento nas instalações em Sacavém.

O autocarro operado pela Flixbus, da marca chinesa Yutong, tem autonomia para cerca de 400 quilómetros e tem realizado duas viagens por dia, uma em cada sentido, sete dias por semana. É carregado no final de cada viagem, sendo que o carregamento demora, em média, duas horas e 45 minutos a passar dos 20% aos 100%. A viagem tem decorrido sem problemas a assinalar, garante a Flixbus.

“É importante que as autoridades competentes, sejam nacionais ou locais, pensem estrategicamente na questão da descarbonização dos transportes, de forma a termos terminais preparados para o carregamento de autocarros de longa distância – os chamados expressos”, remata. Como exemplo positivo, aponta Leiria, cujos planos para o novo terminal incluem postos de carregamento elétricos para os expressos. “Leiria será a primeira cidade a disponibilizar esta infraestrutura, já a partir de 2025”, diz.

Mais do que interferir com os desígnios desta empresa, “sem uma rede de abastecimento que cubra o país todo, independentemente da fonte de energia, não vai ser possível pensar em atingir essas metas [do Plano Nacional da Energia e Clima 2030]”, afere o responsável. As metas só são realistas, na sua opinião, se houver um plano estratégico para as atingir.

Financiamento público aquém

Além do entrave da infraestrutura, o representante da Flixbus aponta ainda a falta de apoios: “Não há qualquer tipo de apoio para os autocarros de longa distância”, sendo que o financiamento à aquisição de frotas limpas apenas está disponível para estes autocarros urbanos e interurbanos. E um autocarro de longa distância 100% elétrico custa o dobro de um autocarro a gasóleo, estima. Outra medida que sugere como incentivo é a redução das portagens para os veículos com menos emissões.

Questionado sobre se a Europa está a falhar na promoção da fileira das baterias, tendo em conta também a recente instabilidade em torno das finanças da sueca Northvolt, onde o respetivo Governo recusa injetar capital, Pastega concede que “sem um desenvolvimento adequado para a transição, por exemplo, através de financiamento público, será difícil para o setor descarbonizar-se”. Considera que “é obviamente importante que as autoridades competentes salvaguardem a investigação e o desenvolvimento de tecnologias e combustíveis alternativos para apoiar a transformação do setor dos transportes”.

Não são só elétricos

A FlixBus tem vindo a testar cinco tecnologias alternativas de combustível e de propulsão. Desde 2018 que a transportadora tem testado autocarros alimentados a eletricidade, biogás e biofuel, possuindo também vários autocarros equipados com painéis solares.

Em breve, a Flixbus vai lançar o primeiro projeto de pilha de combustível de hidrogénio da Europa, um projeto em parceria com a Freudenberg Fuel Cell e-power Systems e a ZF Friedrichshafen AG, mas fá-lo fora das fronteiras portuguesas. Apesar das dificuldades, a transportadora considera que os autocarros de longa distância a funcionar com baterias elétricas são os que mais facilmente podem ser implementados por cá.

Estas iniciativas inserem-se no compromisso da Flix de descarbonização total da frota na Europa até 2040. Estando comprometida com a iniciativa SBTi (Science-Based Target Initiative), a empresa de transporte tem de reduzir as emissões de âmbito 1 e 2 (ou seja, as diretamente geradas pela Flix) em cerca de 54% até 2032.

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Metro do Porto quer adiar em um ano expansão da linha metrobus para Matosinhos

Atraso pode ser explicado por não haver data para o início da construção da extensão da linha de metrobus até à praça Cidade do Salvador, em Matosinhos. Processo está “judicialmente suspenso”.

A expansão para Matosinhos da linha de metroBus até Matosinhos está atrasada. A Metro do Porto pediu um adiamento por um ano à estrutura que gere o Plano de Recuperação e Resiliência para concluir a extensão para 31 de dezembro de 2025.

“Encontrando-se a expansão a Matosinhos contratualizada com a Estrutura de Missão Recuperar Portugal com prazo de execução definido para o dia 31 de dezembro de 2024, foi já solicitado, pela Metro do Porto, à referida estrutura de Missão o adiamento do prazo para 31 de dezembro de 2025, por forma a salvaguardar toda a faturação e pagamentos referentes à extensão da linha, bem como ao contrato do fornecimento de veículos e central de hidrogénio”, revela o Ministério das Infraestruturas numa resposta a uma pergunta colocada pelo Partido Comunista. Em causa está um investimento de 66 milhões de euros do PRR, assegurado integralmente por subvenções a fundo perdido.

Este atraso pode ser explicado em parte pelo facto não haver uma data para o início da execução do contrato de construção da extensão da linha de metrobus até à praça Cidade do Salvador, em Matosinhos porque o processo está “judicialmente suspenso”.

“O prazo para a empreitada de construção da extensão da linha de metroBus até à praça Cidade do Salvador, em Matosinhos, é de oito meses”, explica o Ministério das Infraestruturas. Mas, “na presente data, não se pode indicar quando se iniciará a execução do respetivo contrato, uma vez que o processo se encontra judicialmente suspenso”, acrescenta a resposta.

“A segunda fase está ligeiramente atrasada, cerca de dois meses, devido às reclamações dos concorrentes, esperando-se para breve a adjudicação”, alertava já o relatório da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, divulgado no verão e que sugeria que este investimento precisava de acompanhamento. E defendia que “haja uma articulação célere, entre a autarquia e o Metro do Porto, para acautelar em tempo útil todas as autorizações para utilização das vias públicas, para obras”.

Outro dos problemas que o metroBus enfrenta é o das carruagens. Porque as estações são à esquerda, os autocarros da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) não podem operar no canal de metroBus entre a Avenida da Boavista e a Praça do Império. E por isso foi necessário comprar novas carruagens a hidrogénio verde. O primeiro concurso público internacional para o material circulante e o sistema de produção de hidrogénio para operar o sistema de BRT da Boavista ficou deserto e foi necessário lançar um segundo concurso.

A entrega do material circulante está prevista para abril de 2025, mas o Ministério liderado por Miguel Pinto Luz, explica que está a trabalhar com “o fabricante” para que as carruagens cheguem no final do ano. O objetivo é que se possa iniciar então “testes de circulação e comunicação com os diferentes sistemas, assim como a respetiva operação”.

Mas para “mitigar as dificuldades e atrasos gerados, a Metro do Porto incluiu no caderno de encargos do procedimento a possibilidade de se instalar uma estação móvel de abastecimento, precavendo eventuais atrasos na construção da infraestrutura ou no posterior licenciamento”, explica o ministério de Miguel Pinto Luz. “Desta forma, está garantida a operação a hidrogénio verde, logo que se concretize a disponibilização dos veículos”, conclui.

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