Alargamento da UE deve ser preparado “desde já”, diz António Costa

  • Lusa
  • 3 Outubro 2024

"O ideal seria que pudéssemos preparar a casa para acolher os que convidamos", disse o presidente eleito do Conselho Europeu, António Costa.

O presidente eleito do Conselho Europeu, António Costa, afirmou esta quinta-feira que tem de se “preparar desde já” o alargamento da União Europeia (UE), porque o bloco comunitário tem de ter as condições para acolher quem convida. “Temos de nos preparar para isso [o alargamento]. Deve ser desde já. Quando chegaremos a acordo, não sei. Mas temos de ter condições para acolher a quem vamos a convidar”, afirmou Costa, referindo-se à prevista inclusão da Moldova e da Ucrânia na UE.

E acrescentou: “O ideal seria que pudéssemos preparar a casa para acolher os que convidamos”. “Mas não tenho por certo que não tenhamos de fazer as duas coisas simultaneamente”, observou o ex-primeiro-ministro português numa intervenção no Fórum La Toja – Vínculo Atlântico, um encontro ibérico que hoje arrancou na Galiza, Espanha.

O que não deixa dúvidas ao presidente eleito do Conselho Europeu, que assume o cargo europeu em 1 de dezembro, é que o processo não pode ser adiado. “Para mim algo é claro: do ponto de vista geopolítico, não podemos atrasar o alargamento aos países dos Balcãs ocidentais. Temos de acolher a Moldava e desejar que a Ucrânia possa vencer a paz e decidir livremente o que quer fazer”, afirmou.

Em dezembro de 2023, o Conselho Europeu decidiu abrir as negociações formais de adesão à UE com a Ucrânia e a Moldova. A área dos Balcãs Ocidentais integra países como Albânia, Bósnia-Herzegovina, Macedónia do Norte, Montenegro e Sérvia, todos candidatos à adesão à UE. Em 2022, o Kosovo apresentou a sua candidatura à adesão. O Fórum La Toja nasceu há seis anos, na Galiza (Espanha), como um espaço para a reflexão e defesa dos valores que definem as sociedades democráticas.

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Generali Tranquilidade vai premiar as PME mais sustentáveis

  • ECO Seguros
  • 3 Outubro 2024

As pequenas e médias empresas podem candidatar-se até 13 de outubro. A EY é parceira e os resultados serão anunciados no final do ano pela Generali Tranquilidade. 

A Generali Tranquilidade vai premiar as pequenas e médias empresas (PME) mais sustentáveis a atuar em Portugal. Os prémios incluem produtos e serviços avaliados em mais de 20 mil euros e um extenso plano comunicação relativamente às atividades do SME EnterPRIZE.

Joana Pina Pereira, Chief Distribution Officer Tranquilidade Generali na sessão de apresentação da terceira edição do SME EnterPRIZE, prémio europeu de sustentabilidade do grupo Generali.

As empresas são distinguidas no âmbito da 3.ª edição do SME EnterPRIZE, prémio europeu de sustentabilidade do grupo Generali, que decorre em nove países em simultâneo. O prémio pretende distinguir as PME mais sustentáveis a operar em Portugal e na Europa, promovendo assim “o mérito e as melhores práticas”.

Este ano a Generali Tranquilidade vai oferecer às 10 melhores PME do concurso o programa VOICE Leadership Iniciativa, da Nova SBE, “destinado a dar formação e ferramentas aos líderes das PME para os tornar mais eficientes em diversas frentes, designadamente nas vertentes da sustentabilidade.

A PME vencedora recebe seguros da Tranquilidade até 10 mil euros, um diagnóstico global de segurança de riscos patrimoniais com identificação de potencias riscos ambientais no valor estimado de 5 mil euros, difusão e cobertura mediática e um troféu, diploma e selo digital “PME Sustentável | “Vencedor”.

Já PME que receber o troféu, diploma e selo digital “PME Sustentável | Menção Honrosa” vai ainda ter um vídeo promocional da empresa e difusão e cobertura mediática nos formatos papel, digital e TV.

O concurso tem como objetivo apoiar as PME “na jornada para a sustentabilidade, reconhecendo as práticas e modelos de negócio que aliam a competitividade à sustentabilidade.”.

O prémio valoriza as empresas que fomentam a redução de gases e o efeito estufa, a otimização de recursos e consumos, a reciclagem, recuperação de matérias-primas, economia circular e que impactam de forma positiva o bem-estar dos seus colaboradores e famílias e das comunidades em que atuam.

As pequenas e médias empresas podem candidatar-se até 13 de outubro. Os resultados são anunciados no final do ano pela Generali Tranquilidade.

A EY é o knowledge Partner da iniciativa e o júri composto por personalidades independentes.

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Montenegro encontra solução de consenso para agradar agricultores

A opção não foi reverter a extinção das Direções Gerais de Agricultura, mas partilhar a tutela das CCDR entre Agricultura e Coesão. CAP vai esperar para ver se funciona.

O ministro da Agricultura passa a partilhar a tutela política das CCDR com o ministro da Coesão e a ter a responsabilidade de nomear um vice-presidente nas várias CCDR. Esta foi a solução encontrada pelo primeiro-ministro para satisfazer as exigências da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) para assinar o acordo de concertação social.

A CAP pedia ao Executivo de Luís Montenegro que cumprisse a promessa feita em campanha e revertesse a decisão do Executivo socialista de extinguir as direções-gerais de agricultura e integrá-las nas CCDR. A opção de Montenegro foi dar poder político a José Manuel Fernandes sobre as CCDR e assim tentar resolver o problema.

O primeiro-ministro anunciou que o Conselho de Ministros vai passar a nomear, sob proposta do ministro da Agricultura, um vice-presidente para as CCDR, que passa a ter “tutela direta sobre esse vice”, no âmbito de “uma tutela mais larga que integra o ministro da Coesão, valorizando agricultura como setor estratégico e dando dimensão de desenvolvimento regional”, anunciou Luís Montenegro no debate quinzenal totalmente dominado pela viabilização da proposta de Orçamento do Estado para 2025.

Apesar de isso não ter ficado plasmado no texto do acordo de rendimentos, assinado terça-feira, o Executivo comprometeu-se a respeitar uma linha vermelha que fora traçada pela CAP. “O Governo optou por não reverter a decisão”, reconheceu ao ECO o secretário-geral da CAP, “mas acabou por fazer mais”, disse Luís Mira.

O ministro da Agricultura ter tutela partilhada sobre as CCDR é um ganho face ao que existia”, acrescenta Luís Mira. “O importante é perceber se vai funcionar ou não. Não é a semântica política”, frisou. “O problema é funcional e não uma diferença de ideologias”, repetiu, reiterado as declarações que já tinha feito ao ECO em agosto. “Dentro de seis meses vamos avaliar se está a funcionar e aí decidimos o que fazer.”

Nas Grandes Opções do Plano, o Governo diz pretender que o Ministério da Agricultura e Pescas “retome gradualmente as estruturas que perdeu” e que se acelere o ritmo de investimento de fundos europeus. Mas o ministro Adjunto e da Coesão, Manuel Castro Almeida, sempre foi a favor da integração das direções-gerais de agricultura, e já tinha dito que não haveria recuo, apesar de o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, ter admitido que a reversão estava a ser ponderada.

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Acordo sobre o Orçamento? Marcelo acredita “até ao último segundo” apesar de debate “crispado”

O Presidente da República reforçou que mantém a confiança na aprovação do orçamento, apesar do debate "crispado" na Assembleia da República.

O Presidente da República voltou a afirmar que acredita “até ao último segundo” num acordo para aprovar o Orçamento do Estado. Em declarações feitas enquanto decorria o debate quinzenal na Assembleia da República, cujo tema em destaque foi precisamente o Orçamento do Estado, Marcelo Rebelo de Sousa destacou “momentos muito crispados” no debate, mas realçou que a questão é saber se vai haver “uma trégua” para aprovar o documento.

“Houve debates de urgência, houve momentos muito crispados e duros. A democracia é isso. A questão é saber se em matérias que podem ser de acordo, se é possível haver acordo ou não”, realçou o Chefe de Estado, num momento em que ainda decorria o debate no Parlamento.

Marcelo frisou que é preciso perceber se, em temas que são de divergência, vai ser possível “haver uma trégua entre partidos”, no sentido de viabilizar o Orçamento do Estado para 2025. “Se é possível ou não haver um acordo relativamente ao orçamento, eu resumia nesta frase: Eu acredito até ao último segundo. Quando será o último segundo? Outubro, ou novembro? Até ao último segundo eu acredito. Veremos”, reforçou o presidente da República.

O presidente da República já tinha defendido a mesma posição durante a manhã, quando adiantou, em Viseu, que “até ao lavar dos cestos é vindima” e que acredita na aprovação do Orçamento.

As declarações surgem antes da reunião agendada entre o primeiro-ministro Luís Montenegro e o líder do PS, Pedro Nuno Santos, depois daquilo que foi um debate que terminou com os ânimos bastante exaltados. No final do debate, Montenegro admitiu não ter gostado de ouvir Pedro Nuno Santos dizer “em voz baixa” que foi um erro o PS ter viabilizado o programa do Governo.

A acusação do primeiro-ministro caiu mal junto do líder da oposição, que respondeu que o PS nunca viabilizou o programa do Governo, mas sim “chumbou uma moção de censura como teria chumbado uma moção de confiança”.

(Notícia atualizada às 18h04)

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Izidoro une-se à associação Manicómio e lança campanha dedicada à saúde mental

  • + M
  • 3 Outubro 2024

Entre outros meios, a campanha está presente numa edição especial de oito frascos exclusivos, durante o mês de outubro. A criatividade é da The Agência e o planeamento de meios da Nova Expressão.

É sob o mote “Sem tabus na saúde mental”, que a Izidoro e a Manicómio se uniram numa campanha que tem como objetivo desmistificar o tema da saúde mental. “Fazer terapia é um orgulho”, “A doença mental não te define como pessoa” ou “Chorar faz bem” são algumas das frases da campanha que podem ser encontradas na edição especial de oito frascos exclusivos de salsichas, à venda em outubro.

Esta campanha insere-se nos pilares de responsabilidade social e bem-estar que a marca tem vindo a promover de forma consistente ao longo dos últimos anos. Mais do que isso, reflete a identidade e personalidade da Izidoro – uma marca empática, que desafia o status quo e que, com os seus produtos entra diariamente na casa dos portugueses, partilhando os seus desafios”, diz Marco Andrade, diretor de marketing da Izidoro/Grupo Montalva, citado em comunicado.

“Foi neste contexto que a marca, reconhecendo a saúde mental como uma prioridade, criou, em parceria com a associação Manicómio, a campanha ‘Izidoro O Mentalista’, para inspirar as pessoas a falarem abertamente sobre saúde e doença mental”, acrescenta.

Já por parte do Manicómio, espaço de criação artística que cruza arte, saúde mental e direitos humanos, a diretora Catarina Gomes diz “crer que, pela primeira vez, uma marca portuguesa da indústria alimentar aposta numa iniciativa deste género”.

Esta parceria entre a Izidoro e o Manicómio foi uma surpresa para nós, por vermos uma marca a querer arriscar numa nova abordagem e formatos para falar sobre saúde mental. Permite-nos comunicar de forma acessível e disruptiva, reduzindo o estigma que ainda persiste. Ao integrarmos mensagens positivas e baseadas em dados científicos nos frascos dos produtos, garantimos que estas chegam a cada vez mais pessoas, especialmente durante o mês da saúde mental”, diz.

Ao lançar esta campanha, fomos ao encontro do Manicómio para compreender melhor os desafios da saúde mental. Dessa colaboração, surgiu uma campanha com frases simples e impactantes, que ajudam a desmistificar este tema tão importante. Sendo uma marca democrática, consumida por todos, os frascos funcionam como um elemento de guerrilha, que chega a casa e à mente dos portugueses sem tabus e julgamentos”, afirma Inês Silva, brand manager da Izidoro.

Desenvolvida pela The Agência, a agência criativa do Manicómio, a campanha “Izidoro O Mentalista” visa desmistificar os tabus associados à saúde e doença mental, abordando o tema de forma acessível e inclusiva.

A campanha está também presente no digital – onde se inclui uma landing page com informações sobre saúde mental e recursos práticos – em redes sociais, mupis e em autocarros em Lisboa e no Porto. É ainda promovida por influenciadores e embaixadores. A Nova Expressão foi a agência responsável pelo planeamento de meios.

Além da comunicação, a Izidoro vai realizar um donativo ao projeto Consultas sem Paredes, iniciativa do Manicómio que oferece consultas de saúde mental em espaços públicos, de forma a promover a inclusão social e o acesso facilitado ao tratamento.

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Una Seguros e Xiaomi Store unem-se pela prevenção do cancro da mama

  • ECO Seguros
  • 3 Outubro 2024

As empresas querem com esta campanha incentivar "a adoção de hábitos saudáveis e preventivos como parte essencial na luta contra esta doença".

Teresa Mendonça, diretora de marketing da Una Seguros: “o Outubro Rosa é um momento de reflexão e ação, e queremos motivar as pessoas a adotarem hábitos mais saudáveis que podem fazer a diferença”.

A Una Seguros juntou-se ao movimento Outubro Rosa, mês de prevenção do cancro da mama, e lançou uma campanha em parceria com a Xiaomi Store, anunciou a seguradora.

Na compra de um seguro de saúde com o prémio comercial (pago anualmente) acima de 250 euros da Una, é oferecido o relógio Xiaomi Redmi Watch 4 que promove a atividade física e monitoriza a saúde de forma integrada.

Com esta iniciativa, as companhias pretendem incentivar “a adoção de hábitos saudáveis e preventivos como parte essencial na luta contra esta doença”.

Segundo a seguradora, com esta campanha reforça o seu compromisso com a saúde e a prevenção do cancro da mama. “O diagnóstico atempado e os cuidados de saúde regulares são ferramentas poderosas na luta contra o cancro da mama. Por isso, a Una pretende não só promover o acesso a cuidados de saúde de qualidade, mas também incentivar da deteção precoce, que pode salvar vidas“, assinala.

“A prevenção começa com a consciencialização e o compromisso com a nossa própria saúde. O Outubro Rosa é um momento de reflexão e ação, e queremos motivar as pessoas a adotarem hábitos mais saudáveis que podem fazer a diferença“, afirma Teresa Mendonça, diretora de marketing da Una. “Estamos empenhados em promover não só o cuidado individual, mas também a importância da deteção precoce, que pode salvar vidas.”

Por seu lado, Hugo Ribeiro, responsável de marketing da Xiaomi Store Portugal, assinalou que o compromisso da empresa com a saúde e bem-estar se reflete nos produtos da empresa como os SmartWatches Xiaomi, visto que “que encorajam uma vida ativa e promovem a monitorização contínua da saúde. Acreditamos que, juntos, podemos contribuir para a prevenção e deteção precoce do cancro da mama”.

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Montenegro reitera que privatização da TAP não avança sem garantir hub de Lisboa e rotas estratégicas

  • Lusa
  • 3 Outubro 2024

Embora a visão do Governo para a TAP "seja a de privatização, de gestão privada e e capital privada", o primeiro-ministro não abre mão de um hub em Lisboa e rotas estratégicas.

O primeiro-ministro reiterou esta quinta-feira que, sem estar garantida manutenção do hub da TAP em Portugal e a operação de rotas estratégicas para o país, o Governo “tomará em mão a operação” da companhia aérea.

Em resposta à pergunta do deputado do PCP, Paulo Raimundo, no âmbito do debate com o primeiro-ministro na Assembleia da República, Luís Montenegro assegurou, como já tinha feito na passada sexta-feira, que, embora a visão do Governo para a TAP “seja a de privatização, de gestão privada e e capital privada”, o executivo não o fará sem ver garantidas estas duas condições.

“Não vamos fazer uma privatização só porque temos uma conceção de que o mercado funcionava melhor e a empresa também, se ela fosse privatizada”, afirmou o líder do Governo. Montenegro disse ainda que o Governo pretende replicar o que aconteceu em 2015, quando a TAP foi privatizada, disse, “tomando as garantias que são necessárias”. Para o primeiro-ministro essa operação acautelou o interesse público e estratégico de Portugal na TAP.

O primeiro-ministro criticou ainda os anteriores executivos socialistas, referindo que o PS fez um “acordo com as bancadas do Bloco de Esquerda e do PCP e, no decurso disso nacionalizou a TAP, injetou lá 3.200 milhões de euros e quando se viu livre e voltou a ter maioria absoluta, ficou com caminho aberto para recuperar o que (o Governo) tinha feito em 2015″.

A esta afirmação, Raimundo respondeu que “nunca pensou que o primeiro-ministro viesse valorizar o facto da TAP ter sido comparada com o dinheiro da TAP”.

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Empresas mais antigas e que mais exportam são as principais beneficiárias do PRR

Indústrias transformadoras, as atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares e as atividades financeiras e de seguros são as que recolhem os montantes mais significativos do PRR.

As empresas mais antigas e que mais exportam são as principais beneficiárias do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), revela um estudo do Banco de Portugal divulgado esta quinta-feira. O documento conclui também que os fundos foram canalizados para as empresas mais produtivas, mas essa conclusão só é válida caso sejam eliminadas da comparação as empresas cuja produtividade é significativamente superior à média nacional (os outliers).

“Uma comparação com o universo das empresas privadas não financeiras na economia portuguesa revela que as empresas beneficiárias do PRR apresentam uma idade média e mediana superior à observada no total da economia, independentemente da dimensão”, lê-se no Boletim Económico de outubro. “As empresas beneficiárias são, em média, 11 anos mais antigas”, precisa o estudo.

“No que respeita à abertura ao exterior, as empresas beneficiárias destacam-se por uma maior intensidade exportadora, particularmente acentuada nas microempresas e PME, onde o peso das exportações atinge, em média, 32% do volume de negócios, contrastando com os 7% observados no total dessas empresas”, acrescenta o documento.

Características das empresas beneficiárias do PRR do setor privado

“Estas empresas tendem, também, a ser mais produtivas. Apesar disso, nas grandes empresas, a média é muito inferior, devido a uma minoria de empresas não beneficiárias com produtividade muito elevada”, explica o BdP, que sustenta a sua conclusão pelo facto de a mediana ser superior nas empresas beneficiárias do PRR e o percentil 75 ser superior. Os outliers são observações que estão “acima do terceiro quartil mais 1,5 vezes o intervalo interquartil”.

O estudo revela ainda que o número de entidades com projetos aprovados é semelhante entre micro, pequenas, médias e grandes empresas. No entanto, como seria de esperar, o valor médio aprovado por entidade é superior nas grandes empresas. Mas o estudo, feito com base em dados da Recuperar Portugal e da Informação Empresarial Simplificada de 2022, mostra que quase metade dos fundos aprovados se destina às micro e pequenas empresas.

As indústrias transformadoras, como o fabrico de produtos químicos, fibras sintéticas, pasta e papel; as atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares, nomeadamente, investigação científica e desenvolvimento; e as atividades financeiras e de seguros são as que recolhem os montantes mais significativos. Acumulam 70% dos fundos aprovados, mais do dobro do seu peso no total da economia (30%).

Já “as atividades relacionadas com o comércio a grosso e a retalho, apesar de serem as mais preponderantes na economia, são pouco expressivas em termos de montantes aprovados”, revela o Banco de Portugal.

Repartição dos montantes aprovados no setor privado

Mas os beneficiários do PRR não são apenas as empresas. Aliás, a distribuição dos montantes aprovados são mais elevados no caso das empresas públicas (fora do perímetro), seguidos pelas Administrações Públicas e, por último, pelo setor privado.

Os projetos de maior dimensão são das empresas públicas fora do perímetro das administrações públicas, resultado das verbas atribuídas ao Banco Português do Fomento (268 milhões de euros), às Águas do Algarve (169 milhões de euros) e à Empresa de Eletricidade da Madeira (97 milhões de euros). E são estas verbas do Banco de Fomento atribuídas depois a capitais de risco para chegar às empresas que justificam o facto de as atividades financeiras surgirem em terceiro lugar. EM causa estão beneficiários como a Crest, a OxyCapital, a 3XP Global, a Touro ou a Growth, só para mencionar as cinco maiores beneficiárias.

Mas, é nas Administrações Públicas que se encontram as entidades com as maiores dotações aprovadas: Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (756 milhões de euros), Metropolitano de Lisboa (748 milhões), Infraestruturas de Portugal (512 milhões), Metro do Porto (418 milhões) e Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (301 milhões).

O Banco de Portugal alerta que, “nos grandes projetos a percentagem de pagamento é baixa”: 19% nas cinco entidades com maiores valores aprovados.

A constatação de atrasos é transversal a todo o documento, mas é também reconhecido que o problema não é apenas nacional. Ainda assim, Portugal está abaixo da zona euro quer ao nível do cumprimento das metas e marcos, quer do recebimento dos fundos. O cumprimento das metas e marcos a nível da zona euro é de 28%, mas em Portugal é de 23%. Mas, assim que quinto pedido de desembolso receber luz verde da Comissão Europeia – e se tudo o resto se mantivesse constante – Portugal passaria para 32%.

Cumprimento de marcos e metas do PRR

“Seria preciso submeter e aprovar o pedido para a sexta tranche ainda em 2024, para recuperar o atraso no cumprimento de metas e marcos face ao planeado”, lê-se no Políticas em Análise do Boletim Económico de outubro de 2024, dedicado ao tema “A implementação do PRR em Portugal”.

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Mário Ramires deixa direção do Nascer do Sol e do I

Um dos fundadores do Sol e diretor desde 2015 – ano em que substituiu José António Saraiva –, já não vai aparecer no cabeçalho na próxima edição. Vítor Rainho assume a direção interinamente.

Mário Ramires deixou a direção dos jornais Sol e I, títulos que vendeu no verão de 2022 à Alpac Capital, de Pedro Vargas David e Luís Santos, também donos da Euronews.

Da equipa fundadora do Sol, e diretor do jornal desde 2015 – ano em que substituiu José António Saraiva –, o jornalista já não vai aparecer no cabeçalho na próxima edição do semanário. Vítor Rainho, até aqui diretor executivo do Sol, assumiu interinamente a direção dos dois títulos.

Mário Ramires era também dono dos dois títulos desde 2015, ano em que criou a Newsplex e manteve a edição dos jornais até então da Newshold, de Álvaro Sobrinho. Em dezembro de 2020 o semanário Sol alterou o nome para Nascer do Sol. Semanas antes o i tinha passado a Inevitável. Entretanto, já em janeiro de 2023, o i passou a semanário.

Em julho de 2022, quando comprou os dois jornais a Mário Ramires, a Alpac Capital descrevia O Nascer do Sol e o i como “projetos de muita coragem e resilientes, que se afirmaram e consolidaram nos últimos anos como jornais independentes, disruptivos e contra os discursos politicamente corretos”.

Pedro Vargas David e Luís Santos justificavam a compra dos títulos da Newsplex como uma “contribuição para um Portugal mais livre, mais ambicioso e mais plural“, dizendo não se resignarem “com um país em que os media são um setor de subinvestimento e de resultados operacionais negativos”. “Não tem de ser assim”, afirmavam.

Acreditamos que o reforço da imprensa livre é um pequeno contributo que damos para que os portugueses não desistam do seu País e reencontremos o nosso lugar na história“, escreviam no comunicado no qual anunciavam a operação, citando exemplos como os de Marcelo Rebelo de Sousa, Francisco Pinto Balsemão, Paulo Portas e Miguel Esteves Cardoso, que “foram contributos inspiradores para termos um País desenvolvido, democrático e livre”.

Para além da direção dos dois títulos, Mário Ramires, com o qual não foi possível falar até ao momento, manteve-se na gestão da empresa até janeiro do último ano.

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Associação pede congelamento do imposto sobre espirituosas após quebra de receita

  • Lusa
  • 3 Outubro 2024

“A poucos meses de terminar o ano, é previsível que a execução fiscal do OE2024 em relação a esta categoria fique muito aquém do esperado”, avança a associação.

A receita fiscal nas bebidas espirituosas recuou três milhões de euros até agosto e deverá cair nove milhões até dezembro, apesar do aumento do imposto especial IABA, anunciou esta quinta-feira a associação setorial, apelando para o congelamento da taxa em 2025.

“O aumento do imposto IABA [imposto sobre o álcool, bebidas alcoólicas e bebidas adicionadas de açúcar ou outros edulcorantes] não só prejudicou as empresas do setor, hipotecando a sua capacidade de investimento e retirando-lhes competitividade, como também se refletiu numa diminuição da receita fiscal, não surtindo o efeito desejado face ao que era expectável”, sustenta o secretário-geral da Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE), citado num comunicado.

Neste contexto, João Vargas defende ser “fundamental que o Governo reavalie a política fiscal e procure soluções que equilibrem a necessidade de arrecadação com a sustentabilidade do setor, optando por um congelamento da taxa” no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). “A estabilidade fiscal, ou a cláusula stand-still [que mantém], que muitos países da União Europeia têm em vigor, seria vantajosa para as empresas e para o Estado, pois permitir-lhe-ia aumentar o valor arrecadado em impostos”, sustenta o dirigente associativo.

Uma análise da ANEBE/EY Portugal sobre a execução orçamental do IABA entre janeiro e agosto deste ano conclui que na categoria de bebidas espirituosas observou-se, em Portugal Continental e ilhas, uma quebra de três milhões de euros na receita fiscal arrecadada. “A poucos meses de terminar o ano, é previsível que a execução fiscal do OE2024 em relação a esta categoria fique muito aquém do esperado”, avança a associação, enfatizando que, “tal como a ANEBE previa no ano passado, e que agora se confirma, agravar este imposto não cria aumento de receita fiscal”.

Segundo recorda, “quando há um ano o Governo anunciou o agravamento dos impostos sobre as bebidas alcoólicas, aumentando o IABA em 10% no OE2024, a ANEBE contestou essa subida histórica, considerando-a irracional, pois já com o aumento de 4% de IABA no OE2023 a receita fiscal diminuíra 4,7 milhões de euros nos primeiros oito meses desse ano”. Os dados divulgados pela associação apontam ainda que também o valor das introduções no consumo de bebidas espirituosas recuou no Continente (-11,72%), Açores (-9,36%) e Madeira (-9,81%) de janeiro a agosto deste ano.

No total, foram declarados ao consumo menos 7.206 hectolitros de bebidas espirituosas comparativamente ao mesmo período do ano passado, detalha. Para a ANEBE, esta queda é “particularmente relevante num momento em que também o consumo advindo da atividade turística diminuiu e numa altura em que os operadores tentam ainda recuperar de uma crise de tesouraria que persiste desde a pandemia”.

Para a totalidade do ano 2024, as previsões da ANEBE/EY apontam para uma quebra homóloga de 7% na receita fiscal arrecadada na categoria das bebidas espirituosas, o equivalente a menos nove milhões de euros, apesar do aumento em 10% no valor da taxa de IABA.

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DBRS sobe rating do BCP: “Níveis de rentabilidade saudáveis ​​e reservas de capital sólidas”

Agência de notação financeira canadiana justifica a melhoria da nota para a dívida do BCP com a melhoria da rentabilidade e da qualidade dos ativos

A agência de notação financeira canadiana DBRS subiu o rating do BCP de BBB para BBB (elevado) para a dívida de longo prazo, com uma perspetiva “estável“. A entidade justifica a melhoria com a melhoria da rentabilidade do banco e a qualidade dos ativos.

“A melhoria das notações de crédito do BCP reflete a avaliação da Morningstar DBRS de que a qualidade dos ativos, os resultados e a capitalização do Banco melhoraram“, justifica a agência canadiana, em comunicado.

A DBRS considera ainda que o BCP conseguiu melhorar a sua rentabilidade e a geração de capital, à boleia das “taxas de juro mais elevadas e de uma elevada exposição a empréstimos com taxa variável“.

A agência realça ainda que a qualidade dos ativos do BCP melhorou, apesar das elevadas taxas de juro e da inflação, e o grupo continuou a fazer progressos na redução da exposição a créditos não produtivos (NPE). “O ambiente económico favorável em Portugal irá provavelmente melhorar as perspetivas para as operações domésticas do Banco e limitar a deterioração da qualidade dos ativos”, antecipa

O outlook estável “reflete a nossa opinião de que os riscos para as perspetivas estão equilibrados”. A DBRS refere que as provisões continuem elevadas devido aos riscos relacionados com o risco legal de créditos em francos suíços, um risco que tenderá a diminuir.

A perspetiva para a dívida do BCP “reflete a nossa expectativa de que o banco manterá níveis de rentabilidade saudáveis ​e reservas de capital sólidas“, conclui a DBRS.

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Mota-Engil melhor classificada para fornecer 8 autocarros à STCP

  • Lusa
  • 3 Outubro 2024

A STCP lançou um concurso público de três milhões de euros para comprar oito autocarros elétricos de cerca de nove metros. A proposta da Mota-Engil Renewing foi a melhor classificada.

A Mota-Engil Renewing foi a empresa melhor classificada no concurso público de fornecimento de oito autocarros elétricos de tipologia ‘midi’ à Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), segundo um relatório preliminar a que a Lusa teve acesso. De acordo com este relatório do júri que avaliou as propostas do concurso público, a que a Lusa teve acesso, a proposta da Mota-Engil Renewing foi a melhor classificada, com 124,2 pontos, e uma proposta de 2,75 milhões de euros.

Porém, segundo a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), não foi feita qualquer adjudicação à Mota-Engil Renewing, “uma vez que o concurso ainda não está sequer finalizado”. Segundo a empresa, “o relatório final com os resultados ainda não está elaborado e requer uma audiência prévia a todos os concorrentes antes da adjudicação”, que “ainda não ocorreu”.

No relatório, a segunda proposta melhor classificada foi a da CaetanoBus, com 122,8 pontos e preço mais baixo, de 2,72 milhões de euros, aproximadamente o mesmo valor do terceiro classificado, a Nam Kwong Portugal, que recebeu uma pontuação de 105,4 pontos. Por último, em quarto lugar ficou classificada a proposta da Splendid Eagle, com 83,1 pontos e 2,47 milhões de euros.

As propostas da Green Urban Mobility Solutions e da UIC – Unidade de Indústria Automecânica do Centro foram excluídas. No dia 6 de maio, a STCP lançou um concurso público de três milhões de euros para comprar oito autocarros elétricos de cerca de nove metros, ou seja, de tipolgia ‘midi’ (tamanho médio).

O concurso inclui também a instalação de uma estação de carregamento elétrico “composta por quatro carregadores duplos”, de acordo com um comunicado da STCP emtido à data. Dos três milhões de euros, 2,8 milhões dizem respeito à aquisição dos autocarros e os restantes 200 mil euros estarão alocados à estação de carregamento.

As oito novas viaturas terão uma autonomia mínima de 250 quilómetros e ficarão afetos à estação de recolha de Francos, onde será instalada a nova estação de carregamento.

(notícia corrigida às 18h37 com a indicação que se trata de um relatório preliminar)

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