Sob forte pressão, ministra da Saúde diz estar de “consciência tranquila”. “Nunca desistirei”

  • Lusa
  • 8 Julho 2025

Ana Paula Martins está "absolutamente de consciência tranquila" e nunca irá desistir das missões que lhe forem confiadas pelo primeiro-ministro, assegura.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, afirmou esta terça-feira que está “absolutamente de consciência tranquila” e nunca irá desistir das missões que lhe forem confiadas pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.

“Eu estou absolutamente de consciência tranquila, naturalmente, e todos os dias trabalho — quero que os portugueses saibam isso — para resolver problemas”, disse a governante aos jornalistas, após ser questionada se iria desistir do socorro em Portugal, na sequência dos mais recentes casos a envolverem o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). E precisou: “Nunca desistirei de nenhuma das missões que me forem conferidas pelo primeiro-ministro”.

Falando após a apresentação do “Relatório da Reformulação dos Alimentos em Portugal — 2018-2023” no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, Ana Paula Martins reiterou que “nunca” fugirá dos problemas. “Eu não fujo e não fugirei de nenhum problema. E assumir responsabilidades significa ficar, resolver, dar a cara de uma maneira empática, com a compaixão pelas situações e pelos desfechos que, naturalmente, são absolutamente indesejáveis e que nós temos sempre que compreender, mas não desistirei, enquanto o primeiro-ministro, assim o entender, de melhorar o Serviço Nacional de Saúde”, vincou.

Ana Paula Martins acrescentou que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “é chave mestra da resposta à saúde a todos, todos, todos, sobretudo àqueles que mais precisam”.

Na última semana, duas mulheres grávidas, da região de Setúbal, perderam os seus bebés e um homem em estado grave esperou mais de cinco horas para ser transferido do Hospital da Covilhã para os Hospitais da Universidade de Coimbra.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Universalis mudou oficialmente o nome para Acrisure Portugal

  • ECO Seguros
  • 8 Julho 2025

“A alteração reflete um alinhamento estratégico mais profundo com a identidade global do grupo e marca o início de uma nova fase de inovação e crescimento acelerado”, indica a corretora.

A Universalis passa a operar oficialmente sob o nome Acrisure Portugal a partir desta terça-feira, anunciou a corretora.

Segundo a corretora com mais de cinco décadas no mercado português, “alteração reflete um alinhamento estratégico mais profundo com a identidade global do grupo e marca o início de uma nova fase de inovação e crescimento acelerado”. Importa relembrar há dois anos a corretora americana Acrisure adquiriu a totalidade do capital da Universalis.

jose-rodrigues-universalis
José Rodrigues, CEO da Acrisure Portugal: “Este momento simboliza o culminar de um processo de integração iniciado há dois anos e reforça o nosso compromisso de longo prazo com os clientes e parceiros”

A nova identidade será implementada gradualmente em todos os pontos de contacto da marca: site, comunicação institucional, redes sociais, materiais comerciais e relacionamento com os clientes.

Não obstante a alteração do nome, a estrutura de gestão, os contactos e a operação da empresa permanecem inalterados. A agora Acrisure Portugal continuará a exercer a sua atividade sob a mesma liderança e sob supervisão da ASF.

“Este momento simboliza o culminar de um processo de integração iniciado há dois anos e reforça o nosso compromisso de longo prazo com os clientes e parceiros” afirma José Rodrigues, CEO da Acrisure Portugal. “Mantemos a mesma equipa e a mesma proximidade de sempre, agora com o apoio e a escala de uma marca global.”

“Vemos muitas oportunidades de crescimento para a Acrisure no mercado português. O Ricardo, o José e toda a equipa têm sido parceiros fantásticos ao longo dos últimos anos, ajudando-nos a implementar o modelo único da Acrisure em Portugal. Estamos entusiasmados por continuar a desenvolver este território em conjunto”, afirma Jason Howard Presidente da Acrisure Internacional.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Uría Menéndez assessorou o Grupo Saeta em financiamento no valor de 340 milhões

A equipa da Uría Menéndez foi liderada por José António Reymão Nogueira (associado principal, Bancário e Financeiro) e contou com Diogo Zambujo e com Marta Pontes.

A Uría Menéndez assessorou o Grupo Saeta no financiamento, no valor global de 340 milhões de euros, concedido por um sindicato composto por vários bancos nacionais e internacionais e outras entidades financeiras, destinado ao “repowering” de parques eólicos localizados em Penamacor e Sabugal (aumentando a sua capacidade de 144MW para 164MW) e à hibridização com até 120MW de várias centrais fotovoltaicas localizadas em Portugal.

A assessoria prestada pela Uría Menéndez cobriu todas as fases do processo, incluindo a fase de “due diligence”, estruturação do financiamento e o pacote de garantias, a negociação de todos os documentos financeiros e o acompanhamento do cumprimento das condições precedentes para o desembolso do financiamento, bem como o fecho da operação.

A operação de financiamento, estruturada através de uma emissão de obrigações integradas junto da Interbolsa – Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores, dada a sua natureza e objeto, assumiu uma estrutura jurídica complexa que incluiu várias tranches, com diferentes condições para o seu desembolso ao longo do tempo, e a coordenação e constituição de garantias relevantes no setor da energia renovável.

Com o fecho da operação, o valor de 320 milhões de euros reforça o potencial de crescimento e inovação no mercado português de energias renováveis, colocando esta transação como um marco importante no desenvolvimento de projetos de geração eólica e fotovoltaica.

A equipa da Uría Menéndez foi liderada por José António Reymão Nogueira (associado principal, Bancário e Financeiro) e contou com Diogo Zambujo (associado sénior, Bancário e Financeiro) e com Marta Pontes (sócia, Fiscal) para a assessoria fiscal da operação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresas que incubam empresas? Affinity procura empreendedores entre os colaboradores

Através deste modelo de intraempreededorismo, a consultora de tecnologias de informação já tem seis empresas em operação e algumas superam os 3 milhões de euros de faturação anual.

A Affinity está à procura, entre os atuais e novos colaboradores, de empreendedores para construírem o seu próprio negócio dentro da consultora de tecnologias de informação (IT). Já tem seis em operação e algumas superam os 3 milhões de euros de faturação anual. “Não andamos à procura de mais negócios; andamos à procura de mais líderes”, refere o CEO.

“O intraempreendedorismo não se decreta, cultiva-se. A decisão de transformar uma unidade numa ‘entidade corporativa autónoma’ nasce de uma combinação de três fatores essenciais: Maturidade de liderança — avaliamos se existe um líder com visão, capacidade de execução e compromisso com a cultura Affinity; evidência concreta de oportunidade de mercado — a unidade deve estar posicionada num nicho ou setor com procura clara, margem relevante e potencial de crescimento sustentável; e capacidade comprovada de gerir o ciclo completo de negócio — desde a identificação de oportunidades, passando pela contratação, entrega e retenção de talento e clientes”, elenca Carlos Pais Correia, CEO da Affinity, questionado pelo ECO sobre os critérios que determinam a autonomização de uma área de negócio.

“Só após esse percurso é que avançamos para a formalização como “AfC” (Affinity Company), criação de marca própria, equipa de gestão dedicada, plano de negócio, com maior autonomia estratégica e responsabilidades reforçadas”, sintetiza o CEO.

Na Affinity, damos palco a quem quer fazer acontecer. As AfCs são a nossa forma de transformar talento em liderança corporativa, com impacto, com liberdade para crescer e responsabilidade para entregar. Quando alguém demonstra visão, consistência e cultura, nós abrimos caminho. Não andamos à procura de mais negócios; andamos à procura de mais líderes.

Carlos Pais Correia

CEO da Affinity

Com esta estratégia de incubação de intraempresas, já existem seis unidades internas: duas no Porto e quatro em Lisboa. Algumas delas, como a Nexus AfC (Affinity Company) e a Mamba AfC (Affinity Company), contam com mais de 50 colaboradores e atingiram faturações superiores a três milhões de euros por ano, detalha a consultora. “Cada unidade tem identidade e cultura próprias, visão estratégica distinta e responsabilidades bem definidas, como qualquer empresa no mercado”.

“Não partimos de áreas, partimos de pessoas, de líderes. O nosso modelo não procura oportunidades de negócio em abstrato, mas sim intraempreendedores com a ambição e energia para criar algo à medida dentro da Affinity, na área de serviços de consultoria tecnológica, com o nosso apoio”, diz o CEO quando questionado sobre se a consultora estava neste momento em busca de alguma área de negócio específico.

“O modelo de intraempreendedorismo da Affinity, através das AfCs (AffinityCompanies), é uma resposta estruturada ao talento que quer ir mais longe dentro da organização. Pode acontecer com um spin-off interno de uma das marcas existentes, ou uma startup interna criada from scratch“, explica ainda

“É uma plataforma onde líderes com provas dadas têm espaço para criar, escalar e liderar com autonomia, mas dentro de uma cultura comum. É assim que criamos valor duradouro: ao dar liberdade com responsabilidade a quem tem vontade de construir”, diz.

“Na Affinity, damos palco a quem quer fazer acontecer. As AfCs são a nossa forma de transformar talento em liderança corporativa, com impacto, com liberdade para crescer e responsabilidade para entregar. Quando alguém demonstra visão, consistência e cultura, nós abrimos caminho. Não andamos à procura de mais negócios; andamos à procura de mais líderes”, finaliza.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CMS Portugal assessora Finangeste em investimento de 60 milhões na Quinta do Contador

A operação foi liderada pela Sócia da área de prática de Urbanismo, Sara de Almeida Barroso e contou com a participação da Associada, Inês Machado da Silva.

A CMS Portugal assessorou a Finangeste, uma das principais promotoras imobiliárias em Portugal e também empresa de recuperação de créditos, num investimento de 60 milhões na Quinta do Contador, em Tomar. O projeto, que contempla a construção de 345 habitações, espaços comerciais, escritórios e residências para estudantes, em Tomar, está previsto avançar em setembro.

A operação foi liderada pela sócia da área de prática de Urbanismo, Sara de Almeida Barroso e contou com a participação da Associada, Inês Machado da Silva.

A construir na chamada Quinta do Contador, localizada às portas do centro urbano, a menos de dois quilómetros do Instituto Politécnico de Tomar, o novo loteamento integrará habitação, num total de 345 unidades, “incluindo um número significativo de fogos sob o regime de custos controlados”, assim como espaços comerciais, escritórios e residências para estudantes.

O projeto irá ocupar uma área de cerca de 199 mil metros quadrados, prevendo uma área de construção de 44 mil metros quadrados acima do solo, “com baixo índice de construção de 0,25 e diversas cedências para espaços públicos, reforçando o compromisso com a integração urbana e a qualidade do espaço”, enfatiza a Finangeste, em comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cinemas portugueses com melhor junho em espectadores desde 2019

  • Lusa
  • 8 Julho 2025

Junho deste ano representou ainda um aumento de 41,8% nas receitas face ao mesmo mês do ano passado.

Os cinemas portugueses receberam, em junho, 994 mil espectadores, o que representa um aumento de 34,6% face ao homólogo do ano anterior e o melhor número desde 2019, revelou o Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA).

Já nas receitas, de acordo com os dados do semestre divulgados pelo ICA, os cinemas portugueses atingiram, em junho, 6,5 milhões de euros, no que foi o melhor junho nesta categoria desde que há registos, ou seja, pelo menos 2004, um fator que pode justificar-se pelos aumentos dos preços dos bilhetes.

Junho deste ano representou ainda um aumento de 41,8% nas receitas face ao mesmo mês do ano passado.

No acumulado, o primeiro semestre de 2025 registou 35,1 milhões de euros de receita e 5,5 milhões de espectadores, no que são subidas, respetivamente, de 20,6% e 16,6% face ao ano anterior. Estes números significam que também o primeiro semestre de 2025 é o melhor desde 2019, quando foram registados 6,7 milhões de espectadores e 35,6 milhões de euros de receita.

O filme mais visto do ano, no primeiro semestre, em Portugal foi “Lilo e Stitch”, com 560 mil espectadores e 3,5 milhões de euros de receita em pouco mais de um mês desde a estreia.

No domínio dos filmes portugueses, a obra mais vista este ano continua a ser “On Falling”, de Laura Carreira, com 13 mil espectadores e 75 mil euros de receita acumulada desde a estreia em março.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fábricas de automóveis faturam 5.300 milhões e empregam mais de 7.300 pessoas em Portugal

  • Lusa
  • 8 Julho 2025

Volkswagen Autoeuropa registou em 2024 o maior volume de negócios entre as cinco fábricas de automóveis do país e liderou também no emprego com 4.842 trabalhadores em Palmela.

As cinco fábricas de automóveis no país faturaram cerca de 5.300 milhões de euros, com a Autoeuropa a representar mais de 70% do volume de negócios, e empregaram 7.321 trabalhadores em 2024, segundo dados da ACAP.

De acordo com o relatório “Estatísticas do Setor Automóvel”, divulgado pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP), a Volkswagen Autoeuropa em Palmela (Setúbal) registou um volume de negócios de 3.800 milhões de euros no ano passado, seguindo-se a Stellantis em Mangualde (Viseu) com 973 milhões faturados.

A Mitsubishi Fuso Truck Europe em Abrantes (Santarém) com 334 milhões (os últimos dados disponíveis são de 2023), a Toyota Caetano com 83,1 milhões e a CaetanoBus com 107 milhões de euros (ambas com sede em Vila Nova de Gaia, Porto) completam a lista.

No que diz respeito ao número de trabalhadores, a Autoeuropa também liderou, com 4.842 pessoas empregadas, enquanto a CaetanoBus tinha 830 trabalhadores no ano passado, a Stellantis 814, a Mitsubishi Fuso Truck Europe tinha 600 e a Toyota Caetano 235.

A nível de automóveis ligeiros de passageiros, a Autoeuropa produziu 236.023 veículos em 2024 (90,5% do total), um aumento de 7,2% face aos 220.100 produzidos em 2023.

Também a Stellantis, responsável pelos restantes 9,5% do total da produção de ligeiros de passageiros, aumentou a sua produção de 23.101 unidades em 2023 para 24.907 no ano passado.

Já quanto aos veículos comerciais, a Stellantis produziu 61.109 unidades em 2024 (85,3% do total), menos 86 veículos do que no ano anterior, enquanto a Mitsubishi Fuso Truck passou de 11.854 veículos produzidos em 2023 para 7.926 em 2024 e a CaetanoBus diminuiu a produção para 56 unidades, após 107 veículos produzidos em 2023.

Pelo contrário, a Toyota Caetano foi a única fábrica que aumentou em quase 35% a produção de veículos comerciais, passando de 1.874 unidades em 2023 para 2.525 no ano passado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Finanças libertam 200 milhões de euros para liquidar pagamentos em atraso no SNS

Executivo autorizou uma transferência de 200 milhões de euros para ULS e IPO liquidarem pagamentos em atraso há mais de 90 dias na compra de medicamentos e de dispositivos médicos.

O Governo autorizou uma transferência de 200 milhões de euros para entidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), com o objetivo de liquidar os pagamentos em atraso há mais de 90 dias, informou o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças.

“As Unidades Locais de Saúde (ULS) e dos Institutos Portugueses de Oncologia (IPO) vão receber cerca de 200 milhões de euros para o pagamento de dívidas destas entidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), com o objetivo de robustecer a respetiva sustentabilidade financeira”, referem os dois Ministérios num comunicado conjunto divulgado esta terça-feira.

A verba foi autorizada com destino “à liquidação dos pagamentos em atraso há mais de 90 dias, relativos à aquisição de medicamentos e de dispositivos médicos”.

“Importa assegurar a sustentabilidade das entidades do SNS que prestam cuidados de saúde, a melhoria da sua eficiência operacional, a adequação dos recursos disponíveis e a valorização do seu bom desempenho”, defende o Executivo.

A execução da medida será acompanhada e monitorizada pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e pela Inspeção-Geral de Finanças (IGF).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CMVM volta a desafiar empresas a provar que têm lugar na bolsa

Num mercado de capitais onde as empresas fogem mais do que entram, a CMVM avança com a segunda edição do Sandbox Market4Growth, com o intuito de atrair mais do que 16 empresas da primeira experiência

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) prepara-se para lançar a segunda edição do programa Sandbox Market4Growth, numa altura em que os números da primeira experiência revelam tanto o potencial como os desafios de aproximar as empresas portuguesas ao mercado de capitais.

De 25 empresas inscritas inicialmente, apenas 16 conseguiram cumprir os requisitos de seleção e participar efetivamente no programa da primeira edição, como a Fapajal Papermaking, uma das mais antigas fábricas de papel do país fundada em 1755, e a reconhecida Lanidor, que realizou a primeira emissão obrigacionista de 2 milhões de euros no final do ano passado através da plataforma Raize, no seguimento da sua participação no programa da CMVM.

Segundo Luís Laginha, presidente do regulador, a primeira edição da Sandbox Market4Growth reuniu empresas de diferentes dimensões e setores, desde startups até negócios com mais de 50 milhões de euros de faturação.

Para a Fapajal, uma empresa centenária especializada na produção de papel tissue, a Sandbox permitiu “aprender mais sobre o mercado de capitais para, num futuro próximo, entrar no mercado”, refere Nuno Mourão, CFO da empresa.

Este programa foi lançado em novembro de 2023 para permitir às empresas simular o acesso ao mercado de capitais português sem custos e com o acompanhamento especializado da CMVM e de mais de 20 parceiros. “A principal função da Sandbox passa por ajudar a ultrapassar os receios, as preocupações que possam afastar as empresas do mercado, que possam estar relacionadas com o desconhecimento ou mitos relacionados com o mercado”, explica Luís Laginha, no seguimento da sua intervenção do lançamento da segunda edição do programa, esta terça-feira, na sede da CMVM, em Lisboa.

A iniciativa funciona em três fases distintas: diagnóstico personalizado do nível de preparação da empresa, simulação do processo de acesso ao financiamento através do mercado de capitais, e experiência de permanência em mercado, incluindo a prestação de informação à CMVM. “A Sandbox tem o benefício muito grande de trazer mais empresas para o mercado e para criar uma mentalidade de mercado que permita criar mais liquidez”, referiu João Duque, presidente e professor do ISEG, na sua intervenção como keynote speaker do evento.

Entre os casos de maior destaque da primeira edição da Sandbox está a Lanidor, uma empresa têxtil que enfrentou dificuldades durante a crise económica entre 2011 e 2013, quando perdeu cerca de 40% do volume de negócios. “Tem-se a ideia que o mercado é um ‘bico-de-sete cabeças’, que é só para os grandes”, refere José Nogueira, responsável da Lanidor, sublinhando que a participação no programa da CMVM permitiu à empresa “olhar para o mercado como fonte alternativa para financiar a nossa operação.”

O propósito da Sandbox não é tornar o mercado mais atrativo, porque não intervimos no valor acrescentado do mercado, mas facilitar o caminho que dá acesso a esse mercado.

Luís Laginha

Presidente da CMVM

A Fapajal Papermaking, por sua vez, representa outro perfil de participante. Nuno Mourão, CFO da empresa, explica que “qualquer empresa industrial precisa de estar a investir”, desde logo porque “a tecnologia vai evoluindo, sendo preciso estar continuamente a investir”, o que obriga a estar atento a alternativas de financiamento da operação.

Para a Fapajal, uma empresa centenária especializada na produção de papel tissue, a Sandbox permitiu “aprender mais sobre o mercado de capitais para, num futuro próximo, entrar no mercado”, estando convencido de que “a médio prazo a Fapajal entrará no mercado, primeiro através de uma emissão de obrigações”.

Mercado de capitais em transformação

O lançamento da segunda edição da Sandbox Market4Growth surge num contexto desafiante para o mercado de capitais nacional, com a bolsa a enfrentar dificuldades em atrair novas empresas cotadas, como fica espelhado pelo maior “êxodo” de empresas da bolsa em 2024 desde 2018, e com PSI, índice de referência da bolsa portuguesa outrora constituído por 20 títulos, a contar atualmente com apenas 15 cotadas.

Para combater esta fuga da bolsa nacional e com o propósito de atrair novas empresas ao mercado, também a Euronext tem promovido programas semelhantes ao da CMVM, com o intuito de mudar este ambiente de “costas voltadas” das empresas para a bolsa, mas com poucos resultados.

Porém, a experiência da Lanidor ilustra o papel crescente das plataformas de crowdfunding como alternativa ao financiamento tradicional. A empresa utilizou a Raize, uma plataforma portuguesa de financiamento colaborativo que foi a primeira a ser autorizada pela CMVM em 2018 e que, no ano passado, obteve licença para operar em toda a União Europeia. A Raize é detida em 33,10% pela Flexdeal, uma sociedade de investimento para o fomento da economia que tem como objetivo reforçar o financiamento às pequenas e médias empresas portuguesas.

Luís Laginha de Sousa reconhece que “o propósito da Sandbox não é tornar o mercado mais atrativo, porque não intervimos no valor acrescentado do mercado, mas facilitar o caminho que dá acesso a esse mercado”. João Duque acrescenta que a iniciativa tem “o mérito muito interessante de podermos aprender a errar sem as consequências de errar no teste final”.

A segunda edição da Sandbox Market4Growth representa assim uma oportunidade renovada para aproximar as empresas portuguesas do mercado de capitais, numa altura em que a necessidade de diversificação das fontes de financiamento se torna cada vez mais premente para o tecido empresarial nacional.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Neerlandesa Terberg prepara “maior esforço financeiro de sempre” na limpeza urbana em Portugal

Seis anos após entrar em Portugal com a compra da Resitul, a fabricante de equipamentos para limpeza urbana e gestão de resíduos vai abrir um novo centro no Algarve e ampliar as instalações em Lisboa.

O grupo neerlandês Terberg, um dos principais fabricantes mundiais de equipamentos para limpeza urbana e gestão de resíduos, anunciou esta terça-feira o reforço de investimento em Portugal até 2030, naquele que será “o maior esforço financeiro de sempre do grupo no país”.

Os planos para esta nova fase envolvem a ampliação das instalações em Lisboa, a abertura de um novo centro no Algarve, o reforço da rede de oficinas próprias em todas as regiões do território continental e ainda a criação de uma academia técnica dedicada à formação de motoristas e operadores para “acompanhar a evolução dos equipamentos e das exigências normativas”.

Foi em 2019 que a multinacional entrou em Portugal com a aquisição da Resitul, que diz ter permitido à empresa quadruplicar a equipa e criar um centro operacional no Porto que reforçou a presença e capacidade de resposta no Norte do país. Alentejo e Algarve foram outras regiões prioritárias através da “contratação de técnicos exclusivos” e afetos apenas a estas regiões para se aproximar dos clientes e responder ao pós-venda e à venda direta de peças.

A força internacional da Terberg permitiu-nos trazer know-how e soluções que não existiam no país e que nos permitem apresentar soluções completas aos nossos clientes.

Sónia Santos

CEO da Resitul

Com operações ativas em localidades como Porto, Gaia, Coimbra, Lisboa, Cascais, Seixal, Santiago do Cacém, Serpa, Albufeira, Portimão, Tavira ou Lagoa, a Terberg sublinha em comunicado que este reforço de investimento em Portugal nos próximos cinco anos “consolida o país como um dos principais centros de operação e inovação do grupo no sul da Europa”.

Destacando a entrega recente de uma frota de 12 varredoras elétricas ao município do Porto, já integradas no serviço de higiene urbana, o grupo destaca ainda o projeto-piloto, em parceria com a Mercedes-Benz, que resultou no desenvolvimento de uma viatura 100% elétrica que já está a ser testada por várias autarquias “em contexto real” na limpeza urbana.

A principal barreira a esta transformação, mais do que financeira, é tecnológica e operacional. A força internacional da Terberg permitiu-nos trazer know-how e soluções que não existiam no país e que nos permitem apresentar soluções completas aos nossos clientes e assim apoiar os grandes desafios que o setor de limpeza urbana e recolha de resíduos enfrentam em Portugal”, aponta Sónia Santos, CEO da Resitul.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal com ok final para gastar em defesa sem impacto no défice

  • Lusa
  • 8 Julho 2025

Os ministros das Finanças da UE deram aval a que Portugal invista mais em defesa sem correr o risco de ter procedimento por défice excessivo.

Os ministros das Finanças da União Europeia (UE) deram aval a que Portugal invista mais em defesa sem correr o risco de ter procedimento por défice excessivo, aprovando a ativação da cláusula de escape nacional.

“O Conselho ativou hoje [terça-feira, 8 de julho] a cláusula de salvaguarda nacional ao abrigo do Pacto de Estabilidade e Crescimento para 15 Estados-membros, a fim de facilitar a sua transição para um aumento das despesas com a defesa a nível nacional, assegurando simultaneamente a sustentabilidade da dívida”, indica em comunicado a instituição europeia que junta os países da UE.

Reunidos em Bruxelas, os ministros decidiram então apoiar a avaliação feita no início de junho pela Comissão Europeia, quando o executivo comunitário considerou que, durante o período de 2025 a 2028, Portugal “está autorizado a divergir e a exceder as taxas máximas de crescimento da despesa líquida”, desde que isso não ultrapasse 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Além de Portugal, os ministros das Finanças da UE adotaram aval semelhante à ativação da cláusula de salvaguarda nacional de outros 14 Estados-membros, sendo eles Bélgica, Bulgária, República Checa, Dinamarca, Estónia, Grécia, Croácia, Letónia, Lituânia, Hungria, Polónia, Eslovénia, Eslováquia e Finlândia.

“A utilização desta flexibilidade deverá contribuir substancialmente para reforçar as capacidades de defesa e segurança da União Europeia e a proteção dos cidadãos. Reforçará igualmente a prontidão global da UE em matéria de defesa, reduzirá as dependências estratégicas, colmatará as lacunas críticas em termos de capacidades e reforçará a base tecnológica e industrial da defesa europeia em toda a União”, adianta o Conselho da UE.

Bruxelas fez esta recomendação de aprovação ao Conselho (Estados-membros) depois de, no final de abril, Portugal ter pedido formalmente à Comissão Europeia a ativação da cláusula que permite que parte do investimento em defesa fique isento do cumprimento das regras orçamentais, no âmbito da estratégia comunitária para fortalecer as capacidades militares da UE.

Num relatório sobre Portugal divulgado no início de junho, no âmbito do pacote de primavera do semestre europeu, a Comissão Europeia recomendou que o país “reforce a despesa global com defesa e a prontidão militar”, devendo para tal “respeitar os limites máximos de crescimento da despesa líquida” e “fazendo uso da margem prevista na cláusula de escape nacional para um aumento da despesa com defesa”.

A Comissão Europeia já avisou, porém, que vai monitorizar o desvio do país pelo necessário investimento em defesa, pedindo equilíbrio orçamental.

Em causa está um plano de 800 mil milhões de euros do executivo comunitário para reforçar a defesa da União Europeia, que prevê a possibilidade de os Estados-membros da UE ativarem a cláusula de salvaguarda nacional para poderem gastar sem correrem o risco de ter procedimentos por défice excessivo.

Para tal, é permitido um aumento da despesa pública com defesa num acréscimo máximo de 1,5% do PIB por ano, que resultará em 650 mil milhões de euros para quatro anos para o conjunto da União.

Na prática, com a ativação desta cláusula de salvaguarda nacional, os Estados-membros podem investir (de forma voluntária) mais em defesa sem essas despesas contarem para o saldo orçamental, o que evita procedimentos por défice excessivo.

Em Portugal, o Governo anunciou que irá antecipar para este ano a meta de 2% do PIB em defesa, depois de em 2024 ter alocado 1,58% do seu PIB ao setor (4,48 mil milhões de euros).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Unicórnio Sword Health tem 25 vagas para estágios remunerados

O programa, com duração de um ano, destina-se a recém-licenciados e alunos de mestrado das áreas de Engenharia, Tecnologia, Economia, Gestão, Operações e Recursos Humanos.

A Sword Health tem 25 vagas para estágios remunerados, tendo duplicado o número de vagas nesta segunda edição do programa de trainees. As candidaturas estão abertas até 31 de julho, e o programa arranca em setembro.

“Depois de uma primeira edição bem-sucedida, repetimos o programa, mais do que duplicando as vagas. Esta é uma das melhores formas que encontrámos para, por um lado, nos deixarmos contagiar pela frescura dos jovens talentos e, por outro, darmos a possibilidade a recém-graduados de poderem integrar a nossa equipa global, que está a transformar a prestação de cuidados de saúde através da tecnologia”, diz Jorge Meireles, CTO da Sword Health, citado em comunicado.

O programa destina-se a recém-licenciados e alunos de mestrado das áreas de Engenharia, Tecnologia, Economia, Gestão, Operações e Recursos Humanos, sendo que a maioria dos selecionados irá integrar a equipa de Tecnologia, mas também área de Produto, Financeira, Operações e ainda a equipa que dá apoio direto ao CEO Virgílio Bento, detalha a empresa.

O programa de estágios é remunerado e tem a duração de um ano. “O programa está alinhado com a mais recente política que define um novo patamar mínimo remuneratório na empresa”, diz fonte oficial quando questionada sobre o valor da remuneração.

No final de junho, a empresa anunciou que o salário mínimo é de 1.305 euros — “o aumento beneficia, sobretudo, colaboradores com determinadas funções ligadas à nossa gestão de supply chain“, adiantou fonte oficial ao ECO —, ao “valor acresce ainda o subsídio de refeição e os restantes benefícios que fazem parte da compensação oferecida pela Sword, tais como bónus anual, seguro de saúde”, entre outros, sendo que os trabalhadores que optem por residir no interior irão receber um prémio anual de 20%.

Centena de vagas para Portugal

A Sword está ainda à procura de 100 novos colaboradores em Portugal, sobretudo para reforçar as equipas de Inteligência Artificial, Tecnologia, Produto e Operações. A unicórnio tem hoje mais de 1.000 colaboradores, dos quais cerca de metade em Portugal.

(notícia atualizada com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.