Nova lei dos solos trava especulação com casas construídas a preços moderados

Lei publicada nesta segunda-feira impõe que limite ao preço de venda seja definitivamente inscrito no registo predial, aplicando-se a futuras transações.

A nova lei dos solos, inserida no plano “Construir Portugal”, foi publicada nesta segunda-feira em Diário da República, definindo os critérios para que terrenos rústicos sejam convertidos em “habitação pública e acessível a custos controlados”. A reclassificação do solo de rústico para urbano fica “limitado aos casos em que a finalidade seja habitacional ou conexa à finalidade habitacional e usos complementares”.

Uma das dúvidas que autarcas deixaram ao ECO/Local Online aquando do anúncio da nova lei, no final de novembro, foi a forma como seria prevenida uma futura especulação das habitações construídas ao abrigo desta medida e que, obrigatoriamente, terão de cumprir critérios de custos controlados – “é importante garantir que haja um bom acompanhamento para evitar abusos ou especulação”, alertava então o autarca de Portimão, Álvaro Bila.

No artigo 72-B, o Governo deixa explícito que o limite do preço de venda terá de ficar inscrito no registo predial – “a afetação a habitação de valor moderado e a sujeição a limite do preço de venda de cada fração autónoma de edifício em propriedade horizontal e de cada prédio urbano destinados a habitação são factos obrigatoriamente sujeitos a registo predial”.

Adicionalmente, fica assegurado que, num contrato de promessa compra e venda e num registo de venda, será inscrito que se trata de habitação de valor controlado e com limite do preço de venda.

Ou seja, em futuras transações aplicam-se sempre os critérios de preço definidos na legislação. Para estabelecer o “valor moderado”, o preço do metro quadrado de área bruta privativa (o que cada um tem no imóvel para seu uso privado) tem por teto máximo 125% da mediana do concelho onde está o imóvel ou 225% da mediana nacional.

Caso esta medida seja desrespeitada, a penalização será a “anulabilidade”, escreve o Governo na lei promulgada pelo Presidente da República no dia 26 e agora publicada.

Tal como já era sabido desde a criação desta medida no Conselho de Ministros do final de novembro, 70% da área acima do solo nestes imóveis têm de se destinar a habitação pública e à venda por valores moderado. O termo “moderado” é realçado na lei, ficando claro que “não se confunde com outros conceitos, como ‘custos controlados’, na medida em que procura abranger o acesso pela classe média, ponderando valores medianos dos mercados local e nacional, e definindo valores máximos para assegurar maior equidade”.

Segundo realça este diploma, a construção de casas novas decaiu acentuadamente do início do século para esta década, com todo o volume de meio ano de 2022 a corresponder a um só mês de 2002, pelo que “o aumento do número de solos destinados à construção de habitação não só contribui para a expansão e concretização do plano «Construir Portugal», como também fortalece a capacidade do Estado em promover políticas habitacionais eficazes, sustentáveis e alinhadas com as necessidades da população”.

Para estabelecer estas novas zonas de construção, deverão ser escolhidos locais que confinem com áreas urbanas existentes, obrigatoriedade que se exclui na habitação para trabalhadores agrícolas, o que abre porta à construção em locais hoje sem qualquer ligação a perímetro urbano.

De fora da reclassificação do uso do solo para urbano ficam “unidades de terra com aptidão elevada para o uso agrícola, nos termos da Reserva Agrícola Nacional”, bem como várias tipologias de terrenos identificadas no Artigo 72-B. Estas incluem, entre outras, áreas integradas no Sistema Nacional de Áreas Classificadas, áreas abrangidas por programas especiais da orla costeira, albufeiras de águas públicas e estuários, zonas de inundação, aproveitamentos hidroagrícolas, terrenos de Reserva Ecológica Nacional (REN), faixa marítima de proteção costeira, praias, dunas, arribas, e zonas ameaçadas pelo mar ou por cheias.

Para levar adiante estas alterações, haverá “deliberação da assembleia municipal, sob proposta da câmara municipal, refletindo, assim, um processo de decisão colegial, transparente e suscetível de integral escrutínio”, explana o Decreto-Lei. Ao município é conferido “direito de preferência após a primeira transmissão de prédios ou de frações autónomas construídas em solos reclassificados”, lê-se ainda, embora não fique esclarecido se este direito acrescenta algo ao que a legislação portuguesa já prevê para as transmissões normais de imóveis realizadas em qualquer parte do país.

Quanto à preocupação de abuso da simplificação da alteração de uso do solo, deixada por autarcas ao ECO/Local Online, esta não fica afastada, ao colocar a decisão apenas dependente do Executivo municipal e da assembleia municipal, que em casos de uma mesma força política maioritária, deixa de ter de cumprir critérios hoje obrigatórios numa alteração de Plano Diretor Municipal.

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Nomeado novo conselho de administração da ULS da Região de Leiria

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2024

O médico Manuel Carvalho vai presidir ao Conselho de Administração da ULS da Região de Leiria. Paulo Pereira Lopes, Filipa Alves Esperança e Neusa Magalhães também entram na unidade.

O novo Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Região de Leiria, presidido pelo médico Manuel Carvalho, foi esta segunda-feira nomeado, segundo uma circular informativa à qual a agência Lusa teve acesso.

Na circular, assinada por Manuel Carvalho e dirigida a todos os profissionais da ULS, lê-se que, por despacho do diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), António Gandra D’Almeida, foram designados para exercer funções no Conselho de Administração da ULS da Região de Leiria o enfermeiro diretor Paulo Pereira Lopes e as vogais executivas Filipa Alves Esperança e Neusa Magalhães.

Catarina Faria (diretora clínica para a área dos cuidados de saúde hospitalares) e Denise Cunha Velho (diretora clínica para a área de cuidados de saúde primários), ambas reconduzidas, completam o Conselho de Administração. O despacho produz efeitos desde esta segunda.

Numa mensagem de cessação de funções, o ex-presidente da ULS, Licínio de Carvalho, afirmou que terminou esta segunda-feira o seu mandato por decisão da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, garantindo que o Conselho de Administração sai de “consciência tranquila, com sentimento de dever cumprido”.

Agradecendo a todos os que acompanharam nesta missão, Licínio de Carvalho adiantou que servir o SNS “foi uma grande honra e uma enorme responsabilidade”.

“Honra que sempre procurámos enobrecer, responsabilidade que sempre assumimos independentemente dos custos” pessoais, familiares, sociais, laborais e profissionais inerentes, acrescentou. No sábado, a Lusa noticiou que o Conselho de Administração da ULS da Região de Leiria foi demitido pelo Ministério da Saúde.

Nesse dia, a Direção Executiva do SNS fez saber que “procedeu a mudanças em alguns conselhos de administração de ULS de acordo com novas estratégias e abordagens de gestão”. O médico Manuel Carvalho foi até há cerca de um mês coordenador da Unidade de Saúde Familiar de Santiago, nos Marrazes, concelho de Leiria.

A área de influência da ULS da Região de Leiria corresponde aos concelhos de Alcobaça, Batalha, Leiria, Marinha Grande, Nazaré, Ourém, Pombal e Porto de Mós. Compreende três hospitais (Leiria, Pombal e Alcobaça) e 10 centros de saúde.

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Marcelo ouve partidos a 7 de janeiro sobre crise na Madeira

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2024

O Presidente da República agendou a para a próxima semana a audição dos partidos, com lugar na assembleia regional da Madeira, após uma moção de censura derrubar o governo de Miguel Albuquerque.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai ouvir os partidos representados na Assembleia Legislativa da Madeira em 7 de janeiro, na sequência da moção de censura ao Governo Regional aprovada em 17 de dezembro.

Segundo uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado vai ouvir na terça-feira, a partir das 13:00, “nos termos constitucionais”, os partidos políticos representados no parlamento madeirense, pela seguinte ordem: PSD, PS, JPP, Chega, CDS-PP, IL e PAN.

O artigo 133.º da Constituição da República estabelece que compete ao Presidente da República “dissolver as Assembleias Legislativas das regiões autónomas, ouvidos o Conselho de Estado e os partidos nelas representados”.

Marcelo Rebelo de Sousa anunciou, na véspera de Natal, que iria ouvir os partidos representados na Assembleia Legislativa Regional da Madeira no início de janeiro e convocar o Conselho de Estado, após ter recebido o representante da República para esta região autónoma, Ireneu Barreto.

“Recebi ontem o Representante da República, que me explicou que tinha tentado o que estava ao seu alcance para formar um governo com base na atual composição da Assembleia Legislativa, não foi possível, todas as forças políticas quiseram eleições, umas mais depressa, outras menos”, relatou.

O chefe de Estado referiu que, nos termos da Constituição, tem de ouvir os partidos e convocar o Conselho de Estado para poder exercer o poder de dissolução da Assembleia Legislativa Regional. Interrogado se já se tinha decidido pela dissolução, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Ainda não, tenho de ouvir os partidos. Eu vou ouvir os partidos e, portanto, na altura, naturalmente, chegarei à conclusão de qual é o seu ponto de vista”.

A Assembleia Legislativa da Madeira aprovou em 17 de dezembro, com votos a favor de todos os partidos da oposição – PS, JPP, Chega, IL e PAN, que juntos somam mais de metade dos deputados – a moção de censura apresentada pelo Chega ao Governo Regional minoritário do PSD chefiado por Miguel Albuquerque.

PSD e CDS-PP votaram contra. Os dois partidos que suportam o Governo Regional têm um acordo parlamentar, mas não asseguram maioria absoluta.

A aprovação da moção de censura, inédita na Região Autónoma da Madeira, implicou, segundo o respetivo o Estatuto Político-Administrativo, a demissão do Governo Regional, constituído em 6 de junho, que permanecerá em funções até à posse do novo executivo. Este executivo tomou posse após as eleições regionais antecipadas de 26 de maio, que ocorreram devido à queda do anterior executivo por demissão de Miguel Albuquerque, após ter sido constituído arguido num processo sobre suspeitas de corrupção no arquipélago.

A Assembleia Legislativa Regional da Madeira é composta por 47 deputados, dos quais atualmente 19 são do PSD, 11 do PS, nove do JPP, quatro do Chega e dois do CDS-PP, enquanto IL e PAN têm um representante cada. O Chega apresentou esta moção de censura em 6 de novembro e justificou-a com as investigações judiciais que envolvem Miguel Albuquerque e quatro secretários regionais, todos constituídos arguidos.

Entretanto, o representante da República ouviu os partidos com assento no parlamento regional e comunicou que todos defendem eleições “o mais depressa possível” e que não foi possível encontrar uma solução governativa no atual quadro parlamentar. Segundo o artigo 19.º da Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, em caso de dissolução, o Presidente da República deve marcar a data da eleição dos deputados “com a antecedência mínima de 55 dias”.

Ireneu Barreto adiantou que a data “mais provável” para a realização de eleições antecipadas é 9 de março, ressalvando, no entanto, que esse cenário “depende exclusivamente da vontade do senhor Presidente da República, depois de ouvir os partidos e o Conselho de Estado”.

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PS pede audição da ministra da Saúde para explicar demissões em três unidades de saúde

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2024

Num "período crítico de resposta" nas urgências, o PS defende que "o foco deveria estar na boa articulação de recursos" e não numa "mudança de cadeiras" com motivo de "gestão partidária".

O PS anunciou esta segunda-feira o pedido de audição parlamentar da ministra da Saúde para explicar as recentes exonerações das administrações de três Unidades Locais de Saúde (ULS), considerando que a motivação do Governo foi a “gestão partidária” destes cargos.

“O Grupo Parlamentar do PS vai chamar a ministra da Saúde ao parlamento para esclarecer as exonerações das administrações das unidades locais de saúde de Leiria, da Lezíria e do Alto Alentejo, ocorridas nos últimos dias deste ano”, pode ler-se num comunicado enviado às redações.

O objetivo deste pedido de audição de Ana Paula Martins, segundo os socialistas, é que sejam explicados os motivos que levaram o Governo a decidir estas exonerações quando se enfrenta “um período crítico de resposta aos utentes nas urgências” e “o foco deveria estar na boa articulação de recursos para responder aos utentes”.

“É precisamente neste contexto, que o Governo enceta uma mudança de cadeiras, que só pode ter como motivo a gestão partidária e pouco transparente dos cargos de responsabilidade pública”, acusam os deputados do PS. Segundo o PS, estas exonerações acontecem depois de “um verão onde o Serviço Nacional de Saúde deu várias mostras de incapacidade ao nível da resposta às populações” e na sequência da demissão do então diretor executivo do SNS, Fernando Araújo.

“A política de saúde deste Governo tem sido demitir, exonerar e substituir”, condenam. O PS refere ainda a reação da Associação dos Administradores Hospitalares que apontou “a injustiça de muitas das substituições agora feitas durante este período de festas, bem como o perigo da politização de cargos eminentemente técnicos e não de natureza política”.

Os socialistas comprometem-se a continuar a acompanhar este tema, acusando o Governo “de total incapacidade em cumprir o que prometeu aos portugueses em campanha eleitoral”. O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Lezíria foi demitido pelo Ministério da Saúde, informou na noite de sábado a própria estrutura dirigente numa mensagem de despedida.

Também no sábado o Conselho de Administração da ULS da Região de Leiria, presidido por Licínio de Carvalho, foi demitido pelo Ministério da Saúde, disse então à agência Lusa fonte da tutela. Na sexta-feira, a SIC Notícias revelou que o até à data Conselho de Administração da ULS do Alto Alentejo, presidido por Joaquim Araújo, tinha sido demitido pelo Governo.

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Excedente orçamental volta a encolher. Despesa sobe 10,4% e receita de IRS cai 5,4%

Saldo das contas públicas reduz-se em 7,5 mil milhões de euros face a novembro de 2023. Evolução resulta da variação da despesa (10,4%) ser superior à da receita (5,3%).

O excedente orçamental do Estado encolheu para 2,1 mil milhões de euros até novembro, na ótica de caixa, uma redução de 1,2 mil milhões de euros face a outubro e de 7,5 mil milhões de euros face ao período homólogo, de acordo com os dados da Direção-Geral do Orçamento divulgados esta segunda-feira. Esta evolução resulta da variação da despesa (10,4%) ser superior à da receita (5,3%).

Este resultado encontra-se influenciado pela transferência, em 2023, da totalidade das responsabilidades asseguradas através do
Fundo de Pensões do Pessoal da Caixa Geral de Depósitos (FPCGD) para a Caixa Geral de Aposentações (CGA). Descontando este efeito, o excedente reduziu-se menos face a igual período do ano passado: cerca de 4,5 mil milhões de euros.

A despesa aumentou 10,4% face ao período homólogo, tendo a despesa primária registado um acréscimo de 10,9%. Esta evolução resulta, em parte, do aumento de 13% verificado nas transferências devido ao comportamento das pensões e de outros abonos e das restantes prestações sociais, em particular as destinadas às instituições sem fins lucrativos e as relativas ao abono de família.

Paralelamente verificou-se uma subida de 8,5% das despesas com pessoal, influenciada pela atualização generalizada das remunerações para todos trabalhadores em funções públicas, e, em menor nível, do efeito resultante da medida especial de aceleração do desenvolvimento das carreiras na Administração Pública.

A pressionar esteve também a despesa com a aquisição de bens e serviços, que registou um acréscimo de 10,4%, destacando-se o crescimento ocorrido no Serviço Nacional de Saúde (SNS), com realce no pagamento de medicamentos e serviços de saúde, bem como a evolução do subsetor da Administração Local.

Receita com IRS recua

A receita fiscal do Estado subiu 2,2% para 53,7 mil milhões de euros até novembro face ao período homólogo. Para este resultado contribuem principalmente os desempenhos do IRC, com uma subida de 15,4%, do IVA, com um aumento de 2,2%, e do ISP, comum acréscimo de 10,9%.

A receita arrecadada com estes impostos mais do que compensam a quebra de 5,4% do IRS, cuja trajetória ligeiramente crescente até setembro (+1,1% em termos acumulados) se inverteu devido à aplicação das novas tabelas de retenção na fonte, assinala a DGO.

Deste modo, até novembro, a receita com os impostos diretos subiu 0,6% para 23,5 mil milhões de euros e com os impostos indiretos aumentaram 3,5% para cerca de 30,2 mil milhões de euros.

Paralelamente, as contribuições para os sistemas de proteção social aumentaram 9,8%, fundamentalmente devido à evolução das contribuições para a Segurança Social (10,3%). No entanto, a DGO salienta também o crescimento das contribuições para a CGA (7%), influenciado pelo perfil de entregas de quotizações por parte das entidades empregadoras, pela variação do número de subscritores da CGA e pelo incremento da massa salarial face ao mês homólogo de 2023.

(Notícia atualizada às 16h19)

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Madeira não acatou normas orçamentais de utilização de saldos bancários em 2023, avança TdC

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2024

O relatório do Tribunal de Contas destaca que “permanecem os constrangimentos relacionados com os pagamentos através de contas bancárias junto da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública”.

O Tribunal de Contas (TdC) indicou esta segunda-feira que o Governo da Madeira não deu “pleno acatamento” em 2023 à recomendação que apontava para o “estrito cumprimento das normas orçamentais sobre a utilização de saldos bancários e de tesouraria”.

De acordo com o relatório de Verificação Externa da Conta do Tesoureiro do Governo Regional de 2023, “permanecem os constrangimentos relacionados com os pagamentos através de contas bancárias junto da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública”.

O Tribunal de Contas considera que tais constrangimentos “complexificam significativamente a revisão e o controlo das operações, nomeadamente por entidades externas”.

Apesar das melhorias instrutórias dos procedimentos, considera-se que não foi dado pleno acatamento à recomendação formulada à Secretaria Regional das Finanças [em 2022] que visava o estrito cumprimento das normas orçamentais sobre a utilização de saldos bancários e de tesouraria”, lê-se no relatório.

O TdC esclarece que, em 2023, o Governo Regional da Madeira, na altura de coligação PSD/CDS-PP, não respeitou a “fundamentação concreta e a comprovação expressa do preenchimento dos requisitos legais exigidos” em momento anterior ao das operações executadas nesse âmbito.

No relatório, o Tribunal de Contas renova a recomendação ao secretário regional das Finanças para o “estrito cumprimento das normas orçamentais sobre a utilização de saldos bancários e de tesouraria”, bem como para que “diligencie pela apresentação ao ministro das Finanças de uma proposta de regularização legislativa das classificações económicas da receita e da despesa em uso pela Região Autónoma da Madeira”.

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BCE e Alemanha devem ter reservas em criptomoedas, defende ex-ministro das Finanças alemão

Christian Lindner argumenta que Trump vai adotar uma "política extremamente progressista em relação às criptomoedas" e a Europa não deve ficar para trás, tornando-se dependente dos EUA.

O ex-ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, defende que o Banco Central Europeu e o Bundesbank deveriam incluir criptomoedas, como a bitcoin, nas suas reservas, além do ouro e divisas estrangeiras. O líder dos liberais (FDP) argumenta que a Europa não deve ficar dependente dos EUA nesta matéria.

“A nova administração Trump está a prosseguir uma política extremamente progressista em relação às criptomoedas, como a bitcoin”, disse Lindner à agência de notícias alemã. Os EUA querem tornar-se líderes no setor cripto, além de deterem a moeda de referência mundial, o dólar.

Em Washington, fala-se até sobre o banco central americano adicionar criptoativos às suas reservas juntamente com moedas e ouro”, acrescentou Lindner.

Apesar de reconhecer que tanto o BCE como o Bundesbank são independentes nas suas decisões, o ex-ministro alemão, demitido no mês passado por chanceler Olaf Scholz, a Alemanha e a Europa não deveriam deixar-se ficar para trás e deveriam equacionar a possibilidade de constituir reservas em criptomoedas.

De acordo com o líder do FDP, a inclusão de criptomoedas nas reservas seria uma forma de fortalecer a resiliência destas reservas, uma vez que estes ativos representam agora uma parte significativa do aumento da riqueza a nível global.

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Cartão CCB passa a gratuito para jovens até 25 anos

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2024

O cartão CCB vai permitir a quem tenha menos de 25 anos entrar livremente no Museu de Arte Contemporânea durante um ano e ter 30% de desconto em espetáculos produzidos pelo Centro Cultural de Belém.

O Centro Cultural de Belém (CCB) vai disponibilizar gratuitamente a jovens até aos 25 anos um cartão que dá acesso livre ao Museu de Arte Contemporânea e 30% de desconto em espetáculos de produção própria, anunciou esta segunda-feira a instituição.

Esta iniciativa consiste em tornar gratuito para os jovens daquela faixa etária o cartão CCB, permite entrar livremente no Museu de Arte Contemporânea (MAC/CCB) durante um ano e ter 30% de desconto em espetáculos produzidos pelo Centro Cultural de Belém.

Além destes benefícios, o cartão de fidelização oferece descontos em atividades do Serviço Educativo e de Mediação do Museu, nomeadamente cursos de artes, convites para ações exclusivas, como visitas guiadas e conversas com curadores, a oferta de um bilhete para um espetáculo à escolha no aniversário do portador do cartão, estacionamento gratuito em dias de espetáculo e descontos nas lojas e espaços de restauração, acrescenta o CCB, em comunicado.

Com a gratuitidade deste cartão, “a Fundação Centro Cultural de Belém (FCCB) pretende aumentar este segmento de público e potenciar o seu acesso à atividade cultural do CCB, quer no campo das artes performativas e do pensamento, quer das artes visuais, patentes no novo MAC/CCB”.

A administradora da FCCB, Madalena Reis, de uma “programação bastante diversificada e eclética” para o próximo ano, já anunciada em novembro, destaca uma linha muito virada para o público mais jovem, como é o caso do espetáculo “Sol em Gémeos”, de Filipe Sambado & Luca Argel, em maio.

Outro exemplo deste alinhamento mais juvenil é a mostra “31 Mulheres. Uma exposição de Peggy Guggenheim”, que estará patente entre 26 de fevereiro e 15 de junho no MAC/CCB, com co-curadoria de Patricia Mayayo e Nuria Enguita, diretora artística do MAC/CCB.

À boleia deste livre-trânsito, os jovens portadores do Cartão CCB poderão ainda assistir, em fevereiro, ao regresso do Ballet de Lorraine ao Grande Auditório do CCB, 30 anos após a sua última performance no mesmo espaço.

Este grupo apresentará, em parceria com o Centro Coreográfico Nacional, os espetáculos “A Folia”, do coreógrafo português Marco da Silva Ferreira, e “Static Shot”, de Maude Le Pladec.

O MAC/CCB irá também receber a exposição “Chantal Akermann. Viajando”, com curadoria de Laurence Rassel, entre abril e setembro, e um debate sobre o “Ativismo Climático”, em fevereiro, no âmbito do programa de micro-conferências do Museu.

O administrador da FCCB Delfim Sardo sublinha que o sistema de venda de bilhetes demonstra a necessidade de continuar “a atrair o público mais jovem”, o que se consegue através de uma programação que vá “ao encontro dos seus interesses artísticos, mas também criando-se condições de democratização no acesso à cultura”.

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Berlim acusa Elon Musk de tentar influenciar eleições na Alemanha

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2024

O jornal Welt publicou um artigo em que Musk defende que a Alternativa para a Alemanha (AfD) é "o último vislumbre de esperança" para a Alemanha.

O Governo alemão acusou esta segunda-feira o empresário norte-americano Elon Musk de tentar influenciar as eleições legislativas alemãs marcadas para o final de fevereiro com o seu apoio a um partido de extrema-direita. “Elon Musk está a tentar influenciar as eleições federais com as suas declarações”, acusou Christiane Hoffmann, vice-porta-voz do Governo, durante uma conferência de imprensa.

“Ele é livre de expressar a sua opinião”, mas isso equivale, sublinhou, a “uma recomendação eleitoral para um partido que é monitorizado” pela Inteligência Interna Alemã, “porque é suspeito de ser de extrema-direita”. Na Alemanha, a qualificação de “extrema-direita” para um movimento político pode justificar a vigilância policial, devido ao receio de que possa minar a ordem constitucional.

No sábado, o jornal Welt publicou um artigo em que Musk defende que a Alternativa para a Alemanha (AfD) é “o último vislumbre de esperança” para a Alemanha. O homem mais rico do mundo reafirmou uma posição já expressa a 20 de dezembro numa mensagem na sua rede social X que criou mal-estar no país em plena campanha eleitoral.

A AfD é creditada com uma média de 19% das intenções de voto nas sondagens, ficando em segundo lugar atrás da oposição conservadora, na liderança com 32%. O embaraço na Alemanha é proporcional à crescente influência que o multibilionário parece ter no futuro mandato do Presidente eleito norte-americano, Donald Trump, na qual assumirá a chefia do Departamento de Eficiência Governamental.

A 8 de novembro, Musk já tinha chamado “louco” ao chanceler alemão, Olaf Scholz, após a dissolução da coligação governamental, e a 20 de dezembro, após o ataque com um carro no mercado de Natal de Magdeburgo, chamou-lhe “idiota incompetente” e pediu-lhe que se demitisse.

O presidente do Partido Social Democrata alemão, Lars Klingbeil, comparou o comportamento de Elon Musk ao do Presidente russo, Vladimir Puti, dizendo que “ambos querem que a Alemanha seja enfraquecida e mergulhada no caos”. Bem posicionado para se tornar o próximo chanceler, o líder do partido conservador alemão CDU, Friedrich Merz, criticou ainda a plataforma pró-AfD de Elon Musk, que apelidou de “intrusiva e pretensiosa”.

“Não me lembro que na história das democracias ocidentais tenha havido um caso comparável de interferência na campanha eleitoral de um país amigo”, disse Merz.

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Taxa de controlo de tráfego aéreo baixa 5,8% em 2025

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2024

As companhias aéreas vão pagar 163,3 euros pela taxa unitária de controlo de tráfego aéreo à NAV em 2025, menos dez euros que este ano.

A taxa unitária de controlo de tráfego aéreo, paga pelas companhias aéreas à NAV, vai baixar para 163,30 euros em 2025, menos cerca de 10 euros ou 5,8% que o valor aplicado este ano, segundo portaria hoje publicada.

“O quantitativo de taxa unitária de terminal utilizado para o cálculo da taxa de terminal devida pelos serviços de navegação aérea de terminal prestados nos aeroportos e aeródromos mencionados no artigo anterior é fixado em 163,30 euros”, lê-se na portaria assinada pelo secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, e publicada em Diário da República.

A taxa aplica-se nos aeroportos de Lisboa, do Porto, Faro, Madeira, Porto Santo, Santa Maria, Ponta Delgada, Horta e Flores e também no Aeródromo Municipal de Cascais, onde a NAV Portugal presta serviços de navegação aérea de terminal.

Este valor é determinado pelo Governo, após parecer da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).

A taxa de terminal é cobrada pela realização de operações de controlo de tráfego aéreo de aproximação e aeródromo, incluindo a utilização das ajudas rádio necessárias à aterragem ou descolagem e é definida por unidade de tonelada métrica do peso máximo de descolagem.

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Euribor a seis meses renova mínimos de dois anos

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2024

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa caíram nos principais prazos, tendo renovado mínimos de dois anos na maturidade de seis meses.

As Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, voltaram a descer nos principais prazos, com a taxa a três meses a alcançar um mínimo desde março de 2023 e a seis meses um mínimo desde dezembro de 2022, segundo dados da Bloomberg.

  • A taxa Euribor a seis meses, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, desceu hoje para 2,562%.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, baixou para 2,454%, após ter atingido um mínimo de 2.348 no dia 04 de dezembro.
  • Já a Euribor a três meses caiu para 2,678%, um novo mínimo desde 16 de março de 2023.

Em 12 de dezembro, o Banco Central Europeu (BCE) cortou pela quarta vez este ano e pela terceira reunião consecutiva as taxas diretoras em 25 pontos base, o que tem impacto direto nas taxas Euribor.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a outubro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,36% do stock de crédito à habitação com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 33,13% e 25,54%, respetivamente.

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Após concurso deserto, Governo reforça verba para ligações de serviço público aéreo dos Açores

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2024

Depois de anterior concurso ter ficado deserto, o Governo viu-se obrigado a aumentar verba para ligações de serviço público aéreo dos Açores com o continente e a Madeira, para 62,5 milhões de euros.

O Governo reforçou em 17,5 milhões de euros as ligações de serviço público aéreo dos Açores com o continente e Madeira, totalizando 62,5 milhões, depois de o anterior concurso ter ficado deserto.

Segundo a Resolução publicada esta segunda-feira no Diário da República, o Conselho de Ministros autorizou o aumento do valor do concurso destinado a assegurar as rotas não liberalizadas Lisboa-Horta, Lisboa-Santa Maria, Lisboa-Pico e as ligações entre as ilhas de São Miguel e Terceira com o Funchal pelo período de cinco anos.

“Considerando o hiato de tempo entretanto decorrido, importa proceder à reprogramação dos encargos inicialmente previstos, aumentando o valor máximo da despesa global autorizada para 62,5 milhões de euros”, lê-se na publicação.

O Governo lembra que, em outubro de 2023, a verba para as obrigações de serviço público dos Açores tinha sido fixada no montante máximo de 45 milhões de euros, tendo o concurso público (lançado em 14 de março de 2024) recebido apenas uma proposta que acabou excluída por apresentar um preço contratual superior em “mais de 20% ao preço base”.

“O referido concurso ficou, consequentemente, deserto. Nestes termos, importa modificar as condições para as rotas em causa, procurando reduzir os critérios impostos, e dar início a novo procedimento concursal, na modalidade de concurso público internacional”, justifica o executivo.

A 5 de dezembro, o Governo liderado por Luís Montenegro já tinha anunciado a reprogramação dos encargos com os serviços aéreos em várias rotas entre Lisboa, Açores e Madeira, até 2030, para lançar um novo concurso público internacional.

Nessa altura, o Governo da República justificou o aumento com a necessidade de ajustar as condições contratuais para as rotas de modo a assegurar a “exequibilidade e eficácia das referidas obrigações de serviço público”.

Em 15 de julho, o secretário de Estado das Infraestruturas prometeu relançar as obrigações de serviço público do transporte aéreo entre os Açores e o continente o “mais rapidamente possível”, mas considerou “difícil” compensar a SATA por realizar aquelas rotas sem concurso.

“Vamos relançá-lo o mais rapidamente possível. O concurso ficou vazio. Obviamente, isso tem de nos levar a uma reflexão sobre os termos do próprio concurso. Repetir o mesmo seria insanidade. Temos de refletir sobre as condições do concurso. Queremos fazê-lo o mais rapidamente possível. É uma obrigação”, afirmou o governante, após uma reunião com o Governo Regional dos Açores.

A SATA foi a única a concorrer ao concurso público para assegurar a operação, mas acabou excluída por reivindicar um valor superior ao preço base.

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