Vinhos e azeites do Estado entram na carteira da distribuidora Vinalda

Os produtos da Companhia das Lezírias, empresa de capitais públicos com 140 hectares de vinha e 70 de olival que o Governo já pôs a salvo da privatização, passam a ser distribuídos pela Vinalda.

A histórica Companhia das Lezírias, que iniciou a atividade vitivinícola em 1881 com a plantação da primeira vinha, fechou um acordo com a Vinalda para a distribuição exclusiva das principais marcas de vinhos e de azeites que são produzidas pela maior exploração agropecuária e florestal do país, detida a 100% pelo Estado.

Com 140 hectares de vinha e 70 de olival, numa exploração que ultrapassa os 21.300 hectares, a empresa pública que o Governo excluiu da análise de empresas a privatizar, sem esclarecer porque foi considerada “estratégica”nessa lista só estão também a RTP, a Caixa Geral de Depósitos e a Águas de Portugal –, diz que esta parceria “decorre da estratégia de crescimento da presença no mercado dos vinhos”.

Justificando a escolha da Vinalda pela “reconhecida competência e experiência neste tão disputado setor”, o novo presidente da Companhia das Lezírias, Eduardo Oliveira e Sousa, que assumiu o cargo em agosto após liderar durante sete anos a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e ser eleito deputado nas listas da Aliança Democrática (AD) nas eleições de março de 2024, espera “resultados à altura das expectativas”.

“A consolidação e o crescimento de uma marca dependem de parcerias estratégicas, que acreditam na qualidade e no valor dos nossos vinhos, dando corpo a uma nova etapa na afirmação da marca Companhia das Lezírias”, frisa Oliveira e Sousa, num comunicado que refere a necessidade de aumentar os canais de distribuição e o reconhecimento dos seus vinhos no mercado, acompanhando o aumento de produção e da qualidade.

Na carteira da Vinalda, que se apresenta como a mais antiga distribuidora nacional de bebidas alcoólicas, fundada em 1947, entram os azeites Companhia das Lezírias e Alter Real, e as várias referências de vinhos das marcas Tyto alba, Herdade de Catapereiro (propriedade onde se situam as vinhas e a adega), Senhora de Alcamé e as gamas de topo da Companhia das Lezírias (1836, Séries Singulares e Senhora Companhia).

Adega da Herdade de Catapereiro (Companhia das Lezírias)

“Os vinhos da Companhia das Lezírias vêm complementar o portefólio da Vinalda, que já há algum tempo não tinha qualquer produtor na região dos Vinhos do Tejo. (…) Estas marcas [são] uma referência histórica na vinificação das castas Fernão Pires e Castelão, contribuindo para o fortalecimento da nossa proposta com forte ambição, uma imagem muito apelativa e uma excelente relação qualidade-preço”, resume Bruno Amaral, administrador da empresa distribuidora.

Com uma exploração agrícola e florestal que se estende por mais de 20 mil hectares, incluindo a Lezíria de Vila Franca de Xira, a Charneca do Infantado, o Catapereiro e os Pauis de Magos, Belmonte e Lavouras, a empresa nacionalizada em 1975 gere também, desde agosto de 2013, a Coudelaria de Alter e a Coudelaria Nacional. Tem perto de uma centena de trabalhadores efetivos e fechou 2023 com lucros de 2,53 milhões de euros (14% acima do ano anterior) e um volume de negócios de 9,8 milhões de euros.

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Lusa deve passar na totalidade para as mãos do Estado no final de janeiro ou início de fevereiro

O processo de compra das participações da Lusa que faltam ao Estado "deve estar concluído no final deste mês ou início do próximo", adiantou o presidente do conselho de administração da Lusa.

Depois da compra, em julho, dos 45,71% da participação da Global Media e da Páginas Civilizadas na Lusa por 2,49 milhões de euros, o Estado passou a deter 95,86% das ações da agência noticiosa. As restantes participações distribuem-se entre a NP – Notícias de Portugal (2,72%), Público (1,38%), RTP (0,03%) e Diário do Minho (0,01%), que devem ser adquiridas pelo Estado no final de janeiro ou início de fevereiro.

Uma vez que tanto o Público como o Diário do Minho e a RTP já deram luz verde a um acordo com o Governo para a compra das suas participações, falta apenas finalizar a compra da parte da NP – que tem um acordo parassocial –, cujo processo “deve estar concluído no final deste mês ou início do próximo”, uma vez que esta entidade necessita de realizar assembleia-geral, explicou Joaquim Carreira, presidente do conselho de administração da Lusa.

Assim a questão fica completamente resolvida“, disse Joaquim Carreira, que foi ouvido no Parlamento precisamente a propósito da alteração da estrutura acionista, do futuro modelo de governação da empresa, e do papel da Lusa na implementação do plano de ação para a comunicação social anunciado pelo Governo. Esta clarificação da estrutura da Lusa, disse, “traz mais agilidade” à agência.

Em novembro, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, tinha avançado que o Governo já tinha feito uma proposta para adquirir o restante do capital social da Lusa que ainda não detém, por um valor correspondente à avaliação da agência no âmbito das outras aquisições, adiantando ainda que o Governo não iria “regatear”.

“Temos hoje em dia uma maioria muito significativa, há uma oferta para se poder adquirir o restante, por razões essencialmente de benefício em atos de gestão”, começou por explicar Pedro Duarte na altura, referindo que tinha sido feita uma proposta que “é exatamente no mesmo valor que foi feita a avaliação da empresa a propósito das outras aquisições”.

O Estado não está disponível para regatear ou negociar, é um valor que foi encontrado e daí não sairemos”, afirmou ainda o ministro dos Assuntos Parlamentares.

Joaquim Carreira destacou também a presença da Lusa em vários cantos de Portugal e em “mais de 21 países, com especial destaque em África, em Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Angola, São Tomé”, e na Ásia, como Timor-Leste, Macau, China, além de estar na Europa e nas Américas. “No futuro contrato de serviço público, isto é uma referência que passo desde já, este equilíbrio de forças geográficas deveria ser reavaliado e, nalguns casos, reforçado“, defendeu o gestor.

O Plano de Ação para a Comunicação Social, apresentado pelo Governo em outubro, prevê descontos para serviços de interesse público da Lusa, com estes a variarem entre 50% a 75% para os órgãos de comunicação social regionais e locais e entre 30% e 50% para os media nacionais.

De acordo com o plano, esta medida entra em vigor após revisão do Contrato de Serviço Público com visto do Tribunal de Contas. O Plano de Ação para os media prevê também um novo modelo de governação para a Lusa, com a criação de um Conselho de Supervisão.

Sobre esta ideia de criação de um conselho de supervisão na agência de notícias – cujo interesse o ministro dos Assuntos Parlamentares tinha dito que passava pelo aumento da independência da Lusa face ao poder político –, o presidente do conselho de administração da Lusa disse que seria “muito importante“.

A importância deste órgão centra-se na “preservação dos valores da Lusa”, que apesar de tudo já tem um “grande escrutínio”, por parte de entidades como sindicatos, conselho fiscal ou conselho de redação. “Mas, do ponto de vista de qualidade de serviço e de objetivos de serviço público, que vão estar no novo contrato de concessão, não existe, pelo que é muito importante este conselho“, sublinhou o responsável.

O conselho de supervisão deve também pronunciar-se sobre a nomeação do presidente do conselho de administração e da sua renovação, disse Joaquim Carreira, que recomendou também que os mandatos deveriam ser maiores. “O Estado não tem a agilidade que devia ter e é preciso tempo para implementar medidas. É preciso sentido de continuidade“, afirmou.

A independência do conselho de administração e de toda a Lusa foi algo que também já foi falado com Pedro Duarte, adiantou Joaquim Carreira, com quem está de acordo nos princípios básicos, referiu.

Em setembro, o Governo também já tinha dito que pretendia reforçar a independência da Lusa para que esta seja imune a mudanças políticas. Para o ministro dos Assuntos Parlamentares, a Lusa tem de manter a sua atividade regular, “independentemente de mudarem os ministros ou o Governo ou de mudar a opinião de um ministro ou Governo. A Lusa tem de ser imune a isso”.

Segundo Joaquim Carreira, que defendeu que a Lusa “é mais do que nunca um elemento imprescindível” para apoiar os media em várias frentes da crise que o setor da comunicação social atualmente atravessa, a agência noticiosa conta com 264 trabalhadores, maioritariamente do sexo feminino, e cerca de 90 prestadores de serviço.

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Meta acaba com programa de fact-checking nos Estados Unidos

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2025

Segundo Mark Zuckerberg, "os verificadores [de factos] têm sido demasiado orientados politicamente e têm contribuído mais para reduzir a confiança do que para a melhorar", especialmente nos EUA.

A Meta vai acabar com o seu programa de verificação de factos nos Estados unidos, dando um passo atrás no combate à desinformação, avançou esta terça-feira o fundador da empresa, Mark Zuckerberg.

“Vamos acabar com os verificadores de factos e substituí-los por classificações comunitárias, semelhantes àquelas do X (antigo Twitter), começando pelos Estados Unidos”, declarou Mark Zuckerberg numa mensagem nas redes sociais.

Segundo o fundador do Facebook, “os verificadores têm sido demasiado orientados politicamente e têm contribuído mais para reduzir a confiança do que para a melhorar, especialmente nos Estados Unidos“.

O anúncio da Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp) surge numa altura em que os eleitores republicanos e o proprietário da rede social rival X, Elon Musk, se têm queixado repetidamente dos programas de verificação de factos, comparando-os a programas de censura.

“As recentes eleições parecem ser um ponto de viragem cultural que, mais uma vez, dá prioridade à liberdade de expressão”, afirmou o chefe da Meta.

Ao mesmo tempo, o grupo deveria rever e “simplificar” as suas regras de conteúdo em todas as suas plataformas e “pôr fim a um certo número de limites sobre temas como a imigração e o género, que já não fazem parte do discurso dominante”, acrescentou Zuckerberg.

O dono do Facebook tomou algumas decisões relacionadas com o Presidente eleito Donald Trump, incluindo um donativo de um milhão de dólares para o fundo que financia as cerimónias de tomada de posse previstas para 20 de janeiro.

O candidato republicano tem sido particularmente crítico da Meta e do seu patrão nos últimos anos, acusando a empresa de parcialidade e de apoiar pontos de vista progressistas. Donald Trump foi suspenso do Facebook após o ataque ao Capitólio em 06 de janeiro de 2021, mas a sua conta foi reativada no início de 2023.

Entre as mudanças que se avizinham, a Meta vai transferir a sua equipa de “confiança e segurança” da Califórnia, geralmente mais progressista, para o Texas, um estado culturalmente mais conservador.

“Isto vai ajudar-nos a criar a confiança de que necessitamos para fazer o nosso trabalho com menos preocupações de parcialidade entre as nossas equipas”, explicou Zuckerberg.

A empresa quer agora adotar uma abordagem mais personalizada, dando aos utilizadores um maior controlo sobre a quantidade de conteúdo político que querem ver no Facebook, Instagram ou Threads.

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Miranda Sarmento vai convocar reunião da comissão de vencimentos para avaliar salários no Banco de Portugal

Ministro das Finanças irá agendar reunião da comissão de vencimentos, aguardando apenas indicação por Mário Centeno do nome de um ex-governador para integrar esta entidade.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, irá convocar uma reunião da comissão de vencimentos do Banco de Portugal para avaliar a política salarial do regulador bancário. A informação foi avançada pelo Observador e confirmada pelo ECO. A decisão surge após a polémica em torno do salário que Hélder Rosalino, ex-administrador do Banco de Portugal (BdP), iria auferir caso mantivesse a decisão de aceitar a posição de secretário-geral do Governo.

A última reunião da comissão de vencimentos do supervisor bancário realizou-se há mais de uma década. Esta é composta pelo Ministro das Finanças ou um seu representante, que preside, pelo presidente do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal, Óscar Manuel Machado Figueiredo, e por um antigo governador, designado para o efeito pelo Conselho Consultivo, liderado por sua vez pelo atual governador, Mário Centeno. É precisamente pela indicação deste nome que o Ministério das Finanças aguarda para marcar a reunião, sabe o ECO.

Segundo sinalizou fonte governamental ao ECO, à partida não estarão em cima da mesa cortes salariais no Banco de Portugal, servindo a reunião para fazer uma avaliação da atual política remuneratória.

A Lei Orgânica do Banco de Portugal prevê que os membros do seu Conselho de Administração “têm direito à retribuição que for estabelecida anualmente” por esta comissão. Desde 2000, que os aumentos anuais das retribuições dos membros do Conselho de Administração são atualizados de acordo com os atribuídos ao funcionalismo da Administração Central, Local e Regional.

Em 2024, o Governador do Banco de Portugal auferiu mensalmente 18.177,18 euros, o vice-governador 17.041,11 euros e um administrador 15.905,04 euros.

(Notícia atualizada às 16h31)

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Novobanco manteve gestor suspeito em funções para não atrapalhar investigação do Ministério Público

Operações financeiras causaram “grande preocupação” junto do CEO Mark Bourke, que assume que se trata de uma “situação altamente indesejável” para o banco. BCE foi informado de tudo desde o início.

Carlos Brandão era administrador do NovobancoTIAGO PETINGA/LUSA

As operações financeiras que levaram ao despedimento de Carlos Brandão do Novobanco foram detetadas há cerca de três meses. “Causaram enorme preocupação” ao CEO que, prontamente, informou as autoridades do sucedido, incluindo o Banco Central Europeu (BCE), de acordo com as informações recolhidas pelo ECO. Mas durante este período o banco manteve o gestor em funções “para não interferir com a investigação do Ministério Público”, segundo explicou Mark Bourke numa comunicação enviada aos trabalhadores. “Foi necessário manter a pessoa em causa no seu cargo e garantir a estrita confidencialidade do assunto”.

De acordo com o Ministério Público, estão em causa factos que podem constituir a prática de crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e falsificação por parte do agora ex-administrador do Novobanco. Carlos Brandão será um dos dois arguidos que estão na mira das autoridades.

O Ministério Público iniciou a investigação na sequência da denúncia apresentada pelo CEO e pelo presidente do Conselho Geral e de Supervisão, Byron Haynes.

“Através dos processos internos do banco, foram identificadas operações financeiras suspeitas na esfera pessoal do indivíduo, que nos causaram grande preocupação. Na sequência de uma investigação interna, eu próprio e o presidente do Conselho Geral e de Supervisão informámos o regulador dessas operações suspeitas, e foi efetuada uma denúncia ao Ministério Público, que levou à investigação agora em curso”, revelou Mark Bourke num email interno a que o ECO teve acesso.

Carlos Brandão continuou em funções sem saber que estava a ser investigado. “Neste período, foram tomadas todas as medidas adequadas para proteger o banco e os seus stakeholders”, contou o CEO irlandês.

Tal como foi anunciado publicamente pelo banco, Mark Bourke também fez questão de sublinhar aos seus quadros que as operações foram realizadas “na esfera pessoal” de Carlos Brandão e que desta situação não resultou “qualquer impacto nos clientes, nas contas ou operações dos clientes, ou na situação financeira ou atividade do banco”.

Ainda assim, o líder do Novobanco assume que se trata de “uma situação indesejável” para o banco – que está em vias de iniciar um processo de venda por parte do fundo Lone Star.

Mark Bourke, CEO do Novo Banco, em entrevista ao ECO - 02FEV24
Mark Bourke, CEO do Novobanco, em entrevista ao ECOHugo Amaral/ECO

CEO chama ex-partner da KPMG Irlanda

Uma fonte adiantou ao ECO que, assim que as operações foram detetadas, o Novobanco informou de forma tempestiva o Mecanismo Único de Supervisão (MUS), o braço da supervisão financeira do BCE e que supervisiona os grandes bancos da Zona Euro. Com o Banco de Portugal a ser informado de todo o processo a todo o momento.

Carlos Brandão entrou no Novobanco em julho 2017 e era o administrador executivo responsável pela gestão de risco desde setembro de 2022. Antes esteve no Bankinter e no Barclays Portugal.

Mark Bourke vai desempenhar as funções de Carlos Brandão interinamente até ser nomeado um novo Chief Risk Officer (CRO), mas contará com o “apoio” de Paul Dobey, ex-sócio da KPMG Irlanda “com vasta experiência na área de gestão de risco”, segundo disse aos trabalhadores.

No final da comunicação, Mark Bourke fez um apelo aos trabalhadores para se manterem “focados na execução da estratégia do banco e no serviço aos clientes”.

“Não obstante o negócio do banco não ser de forma alguma afetado por estes acontecimentos, o facto de um executivo do banco ser alvo de investigação é um assunto muito sério e que está a ser tratado como tal pelo banco”, assumiu o CEO.

O Novobanco acabou de fechar um acordo com o Fundo de Resolução que permitirá ao fundo Lone Star desencadear o processo de venda. A operação poderá ter lugar em maio. Os americanos detêm 75% do capital do banco, enquanto os restantes 25% estão nas mãos do Fundo de Resolução e da Direção-Geral do Tesouro e Finanças.

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Costa defende reforço das relações com Índia em desafios geopolíticos

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2025

"A Índia é um dos nossos principais parceiros globais. É momento de reforçar as nossas relações e avançar para uma agenda estratégica”, defende António Costa.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, defendeu esta terça-feira o reforço das relações com a Índia e a colaboração nos desafios geopolíticos na Europa e na Ásia, depois de uma conversa com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

“Foi um prazer conversar novamente com meu amigo de longa data, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi […]. A Índia é um dos nossos principais parceiros globais. É momento de reforçar as nossas relações e avançar para uma agenda estratégica”, dá conta António Costa em comunicado divulgado na rede social X.

O presidente do Conselho Europeu recordou que está prevista uma cimeira entre a União Europeia e a Índia este ano. “Falámos sobre preocupações que partilhamos, dedicámos atenção à segurança, lei internacional e a maneiras de colaborar para debelar os desafios geopolíticos na Europa e na Ásia”, acrescentou o ex-primeiro-ministro português.

Em 2024 cumpriram-se 20 anos do início das relações diplomáticas, políticas e comerciais entre o bloco comunitário e a Índia.

De acordo com dados consolidados de 2019, a União Europeia é o principal parceiro comercial da índia, representando mais de 11% do comércio total que a Índia tem com o exterior e 14% das exportações do país são para a Índia

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GEOTA alerta para impacto do “elevado número” de centrais solares no Alqueva

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2025

Quatro centrais estão em fase de licenciamento, concretamente a da Sobreira de Baixo, numa área de 445 hectares, e a do Alqueva, com 570 hectares.

A organização ambientalista GEOTA alertou esta terça-feira para os impactes ambientais e sociais cumulativos da possível instalação de quatro centrais fotovoltaicas de grandes dimensões na zona de Alqueva, no Alentejo, apontando para a falta de planeamento e clareza.

Em comunicado, o Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) considerou que os quatro projetos “não são adequadamente considerados nos estudos de impacte ambiental (EIA)” de cada uma das centrais solares.

“Parece também haver falta de planeamento estratégico e pouca clareza sobre a viabilidade técnica da utilização do ponto de injeção na rede de transporte de eletricidade da barragem do Alqueva para uma capacidade solar total que é mais do dobro da capacidade de injeção”, salientou.

O GEOTA realçou que são quatro as centrais em fase de licenciamento para este território, concretamente a da Sobreira de Baixo, com uma potência instalada de 242 MW (megawatts) e uma área de 445 hectares, e a do Alqueva, com uma potência instalada de 432 MW, num terreno com 570 hectares.

A central de Cristovão Colombo I, que terá uma potência instalada de 474 MW e ocupará um terreno com 895 hectares, e a flutuante, com uma potência instalada de 84 MW numa superfície com 250 hectares e que inclui uma potência eólica de 70 MW, são as restantes. Caso os quatro projetos avancem, contabilizou a organização ambientalista, as centrais terão no total 1,3 GW (gigawatt) de potência instalada (1.232 MW de fotovoltaico e 70 MW de eólico) e ocuparão uma área total de cerca de 1.700 hectares.

É necessário esclarecer a compatibilidade dos quatro projetos para injetar eletricidade na subestação do Alqueva, assegurando a estabilidade da rede e um reduzido nível de curtailment [encurtamento] da produção”, sublinhou. Para o GEOTA, estes projetos, a concretizarem-se, “terão impactes negativos, significativos e em parte irreversíveis nos solos, linhas de água, paisagem, fauna e flora num território com valor ecológico relevante”.

“Os EIA destacam a presença de várias espécies de fauna e flora ameaçadas e emblemáticas nas áreas propostas para as centrais solares, incluindo evidências da presença recente de lince ibérico”, observou. Segundo a organização ambientalista, a construção das centrais solares da Sobreira de Baixo e do Alqueva implicará no total “o abate de 460 azinheiras e 22 sobreiros adultos”.

“Considerando a dimensão dos projetos, as medidas de mitigação e de compensação, embora relevantes, são insuficientes e apresentam um potencial reduzido, pouco quantificável e dificilmente monitorizável a longo prazo”, acrescenta o GEOTA. Por outro lado, de acordo com o GEOTA, os projetos apresentam “poucas contrapartidas para a socioeconomia local, incluindo ao nível de geração de emprego”, pois estão previstos “apenas dois empregos diretos no caso da central da Sobreira de Baixo e quatro na central do Alqueva”.

“O GEOTA urge os promotores a aumentarem a sua ambição na redução dos impactes das centrais e na sua compensação, por exemplo, reduzindo a dimensão da área afetada pela central, aumentando a área a reflorestar”, frisou. Acrescentou que também lhes pede que compatibilizem as centrais com outras atividades económicas e que beneficiem as comunidades locais com intervenções de reabilitação energética das habitações e de apoio à instalação de sistemas fotovoltaicos.

A Lusa tentou contactar para obter um comentário os presidentes das câmaras de Moura, Vidigueira e Portel, todas na zona de Alqueva, mas sem sucesso.

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PS aceita lei dos solos mas vai apresentar duas alterações

  • ECO
  • 7 Janeiro 2025

Alexandra Leitão vai propor duas alterações à lei dos solos: que os preços das futuras casas fiquem abaixo da mediana e que exista uma continuidade na paisagem urbanizada.

Cinco dias depois de o decreto-lei ter sido chamado à Assembleia da República para a apreciação, a pedido do Bloco de Esquerda, do Livre, PCP e PAN, o PS quebrou o silêncio em relação às alterações ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (conhecida por lei dos solos). A líder parlamentar dos socialistas admitiu esta terça-feira, durante um debate promovido pela TSF, que o PS vê com bons olhos a decisão do Governo em entregar às autarquias o poder de reclassificar os terrenos. No entanto, vai, ainda assim, propor duas alterações.

“Considerar que um preço moderado é 125% da mediana, quer dizer que consideram que pode haver reclassificação do uso dos solos para pôr no mercado casas 25% acima do valor da média. Isso é um erro e ninguém compreende que se considere moderado um preço que fica 25% acima da mediana”, afirmou Alexandra Leitão durante um debate com o líder do PSD, Hugo Soares.

“É algo que o Partido Socialista não concordará nunca e, portanto, vamos introduzir propostas de alteração por esse diploma”, frisou durante a sua intervenção no debate na TSF.

Além disso, o PS vai propor que se mantenha a exigência, que estava vertida na versão anterior da lei, de que essa alteração de solos para urbanos só possa ser possível em contiguidade. Segundo a líder socialista, aquilo que o PS pretende é “evitar” a “criação de ilhas urbanizadas, sem contiguidade com o contínuo urbano”.

Sobre o facto de o decreto-lei ter sido publicado em Diário da República e promulgado pelo Presidente da República durante a pausa do Natal, Alexandra Leitão lança críticas ao Governo argumentando que estas alterações pediam por um “debate bem mais alargado”.

Tal como ECO avançou, o Bloco de Esquerda, Livre, PCP e PAN apresentaram um pedido de apreciação parlamentar à Lei dos Solos, na Assembleia da República, e esta terça-feira, durante a Conferência de Líderes, o pedido foi formalizado.

Em causa está a alteração à lei dos solos que permite que os terrenos rústicos sejam convertidos em “habitação pública e acessível a custos controlados”. A reclassificação do solo de rústico para urbano fica “limitado aos casos em que a finalidade seja habitacional ou conexa à finalidade habitacional e usos complementares”. Marcelo considerou as alterações como um “entorse significativo” mas não a travou em Belém, decidindo-a promulgar.

Além de Marcelo, também a antiga deputada e ex-vereadora da Câmara de Lisboa, Helena Roseta, lançou um apelo num artigo de opinião no jornal Público, e no qual denuncia os vários elementos problemáticos no diploma. O repto foi ouvido pelos partidos à esquerda, que formalizaram no mesmo dia um pedido de apreciação.

Ao ECO, a arquiteta referiu ter ficado “contente” com a eficácia do repto lançado, argumentando que o diploma, tal como está, “não é aceitável”. “Nem o procedimento”, diz. “Fazer isto à socapa, fora do Parlamento, não é aceitável”, atirou.

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Macau proíbe importação de frango de Lisboa após casos de gripe aviária

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2025

O território importou cerca de 110 toneladas de carne de frango congelada de Portugal nos primeiros nove meses de 2024.

A região semiautónoma chinesa de Macau proibiu esta terça-feira a importação de carne de frango e derivados, incluindo ovos, do distrito de Lisboa, na sequência da deteção de casos de gripe aviária. “Os pedidos de importação de carne de frango e produtos derivados provenientes de zonas com surtos de gripe aviária não serão aprovados”, disse o Instituto de Assuntos Municipais (IAM) de Macau.

Num comunicado, o IAM disse estar preocupado com os surtos de gripe aviária registados não só em Portugal como na Hungria e na Coreia do Sul. O instituto prometeu “continuar a controlar rigorosamente os alimentos frescos importados e vendidos em Macau através de um mecanismo eficaz de inspeção de importação e de quarentena”.

Horas antes, também a região vizinha de Hong Kong tinha anunciado uma proibição “para proteger a saúde pública”, na sequência de uma notificação da Organização Mundial de Saúde Animal. O território importou cerca de 110 toneladas de carne de frango congelada de Portugal nos primeiros nove meses de 2024, de acordo com dados oficiais citados num comunicado do Centro para a Segurança Alimentar (CFS, na sigla em inglês).

O CFS disse já ter contactado as autoridades portuguesas e que vai acompanhar “de perto” a situação e as informações emitidas pela Organização Mundial de Saúde Animal. “Serão tomadas as medidas adequadas em resposta ao desenvolvimento da situação”, referiu o comunicado.

A gripe das aves foi detetada numa exploração de galinhas poedeiras em Sintra, Lisboa, tendo sido aplicadas medidas de controlo e erradicação, anunciou na segunda-feira a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV). “A 03 de janeiro, foi confirmado um foco de infeção por vírus da gripe aviária de alta patogenicidade (GAAP) numa exploração de galinhas poedeiras, no concelho de Sintra, distrito de Lisboa”, lê-se numa nota da DGAV.

As medidas de controlo e erradicação já foram implementadas e incluem a inspeção do local onde a doença foi detetada, o abate dos animais infetados e a limpeza das instalações. Foram ainda impostas restrições à movimentação e as explorações com aves nas zonas de restrição (num raio de 10 quilómetros em redor do foco) estão a ser vigiadas.

A DGAV pediu ainda a todos os operadores que comuniquem qualquer suspeita de doença, sublinhando que a deteção precoce dos focos “é essencial para a implementação célere de medidas de controlo”. Já hoje, a Direção-Geral da Saúde (DGS) informou que não há registo de pessoas com sintomas ou sinais sugestivos de infeção humana pelo vírus H5N1, detetado naquela exploração de galinhas no concelho de Sintra.

Num comunicado, a DGS sublinhou que a transmissão deste vírus para humanos “é um evento raro”, com casos esporádicos registados a nível global, e que “o vírus não se transmite através do consumo de carne”.

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PS Madeira afasta maioria absoluta e quer liderar coligação contra PSD

Paulo Cafôfo, líder socialista regional, afasta maioria absoluta. Élvio Sousa, líder do JPP, terceira força política, afasta entendimento pré-eleitoral e diz estar a preparar equipa para governar.

O líder socialista na Madeira disse nesta terça-feira, à saída da audiência com o Presidente da República em Belém, que “o PS quer liderar uma outra solução de Governo”. Atribuindo culpa pela instabilidade política na região autónoma ao adversário Miguel Albuquerque, Paulo Cafôfo disse que “a democracia deve funcionar e o entendimento entre os partidos deve existir, pondo de lado divergências que possam existir”.

Um dos potenciais aliados dos socialistas, o Juntos Pelo Povo, terceira força política na Madeira, já afastou coligações pré-eleitorais. Élvio Sousa, líder do partido, relembrou a vontade manifestada nas últimas eleições regionais, de “liderar um Governo”. Sobre essa posição de 2024, relativa a um novo bloco de governação da Madeira, frisou: “Para o JPP liderar. Não o PS. Que isso fique clarificado. Para o JPP liderar um Governo. Estamos preparados, estamos prontos para governar. Estamos há cerca de um mês a preparar um programa e uma equipa de Governo. O Governo que pretendemos instituir, e estamos a falar linguagem governativa, é um Governo de alternativa que vem da sociedade.”

Relativamente a uma eventual ambição de maioria absoluta socialista, Paulo Cafôfo deixou esta terça-feira subentendido que está afastada essa possibilidade, ao fim de quase cinco décadas de liderança do PSD. “Estamos num quadro em que temos consciência e noção de que não há nenhum partido sozinho que consiga formar uma solução governativa”, assumiu.

Assim, Paulo Cafôfo indicou que “o PS quer liderar uma outra solução de governo”. “Achamos que a democracia deve funcionar e o entendimento entre os partidos deve existir, pondo de lado divergências que possam existir e convergindo no que é o superior interesse dos madeirenses”, indicou o socialista.

Sobre a coincidência temporal entre a possível data de eleições regionais a 9 de março — defendida por Élvio Sousa –, e o Carnaval, Cafôfo defendeu que “não podem ser as épocas festivas a interferir na democracia”.

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Gestor demitido do Novobanco investigado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e falsificação

Carlos Brandão, administrador demitido esta terça-feira pelo banco, foi constituído arguido, sendo suspeito de crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e falsificação.

Carlos Brandão, o administrador do Novobanco afastado esta terça-feira, foi constituído arguido e está a ser investigado por “factos suscetíveis de constituírem a prática de crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e falsificação“. Há um segundo arguido que, segundo apurou o ECO, não pertence ao banco.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma ainda, em comunicado, que, no âmbito do inquérito que está a ser dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), “estão a ser realizadas diligências de busca para identificação e apreensão de documentos e outros meios de prova de interesse para a descoberta da verdade“.

Foram autorizadas “quatro buscas domiciliárias, uma busca em estabelecimento bancário e sete buscas não domiciliárias“, em que participaram um magistrado do Ministério Público, um magistrado judicial e vários elementos da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, incluindo seis peritos da Unidade de Perícia Tecnológica e Informática.

Além de Carlos Brandão foi constituído um segundo arguido, cuja identidade não é revelada. Segundo apurou o ECO, não é trabalhador do Novobanco.

O Conselho Geral e de Supervisão do Novobanco aprovou a destituição com justa causa de Carlos Brandão do cargo de membro do Conselho de Administração Executivo e Chief Risk Officer (CRO), com efeitos imediatos.

“Esta decisão foi tomada no seguimento da identificação, através de processos internos do Banco, de operações financeiras suspeitas realizadas na sua esfera pessoal, as quais deram origem a uma denúncia às autoridades”, lê-se no comunicado ao mercado divulgado pelo banco esta terça-feira.

Operações financeiras que estão na mira do Ministério Público e estarão relacionadas com os crimes de que o antigo gestor é suspeito.

A denúncia, feita em outubro, partiu do próprio banco. “Após deteção da situação, o Banco iniciou uma investigação interna e apresentou uma denúncia junto do Ministério Público, o que levou ao início de uma investigação que está agora em curso. De igual modo, o Banco reportou o assunto ao regulador e à autoridade de supervisão competente nesta matéria”, acrescenta o banco liderado por Mark Bourke.

Carlos Brandão entrou no Novobanco em julho 2017 e era o administrador executivo responsável pela gestão de risco desde setembro de 2022. Antes esteve no Bankinter e no Barclays Portugal.

A instituição financeira garante que não foi afetada, nem os seus clientes. “As operações em causa não estão relacionadas nem envolvem, de forma alguma, o Banco e, como tal, não têm qualquer impacto nos clientes, em contas ou operações de clientes, na posição financeira ou na atividade do Banco, nas suas operações comerciais, no sistema de gestão de riscos nem nos seus colaboradores”, garante o Novobanco no mesmo comunicado.

(Notícia atualizada às 16h15)

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Número de pessoas empregadas no Norte atinge máximo de 13 anos

Boletim da CCDR-N mostra que a população empregada no Norte do país aumentou 1,3% no terceiro trimestre de 2024, resultando na criação de 22.700 novos postos de trabalho.

O total de pessoas empregadas no Norte do país atingiu 1,78 milhões no terceiro trimestre de 2024, o valor mais alto desde 2011, mostra o boletim Norte Conjuntura elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

“A população empregada no Norte do país aumentou 1,3% no terceiro trimestre de 2024, face ao período homólogo do ano transato, resultando na criação de 22.700 novos postos de trabalho”, indica o relatório trimestral divulgado esta terça-feira.

O boletim mostra também que o setor dos serviços impulsionou o crescimento do emprego do Norte no terceiro trimestre de 2024, com um aumento homólogo de 3,1% na população empregada, o equivalente a 35.500 novos postos de trabalho. Por outro lado, o setor primário e secundário registaram perdas de 3.900 e nove mil empregos, respetivamente.

No mesmo período, a educação destacou-se pelo acréscimo de 24.500 empregos, o maior crescimento homólogo entre os diferentes ramos de atividade do Norte. Por outro lado, as indústrias transformadoras reduziram 15.700 postos de trabalho, acentuando a tendência de queda que persiste há seis trimestres consecutivos.

No que diz respeito ao setor do turismo, as dormidas nos estabelecimentos turísticos do Norte aumentaram 5,7% no terceiro trimestre de 2024 face ao período homólogo de 2023, enquanto em Portugal o crescimento foi de 3%.

A taxa de desemprego do Norte diminuiu de 6,3% para 6,2% entre o segundo e o terceiro trimestre de 2024, aproximando-se do valor nacional, que é de 6,1%.

Já os salários líquidos mensais dos trabalhadores por conta de outrem no Norte registaram um aumento real de 8,2% em relação ao terceiro trimestre de 2023, superior à média nacional, que foi de 7,7%.

“As notícias de recuperação da economia do Norte ganham, também, sustentação pelo crescimento das exportações de bens, que cresceram 1,9% em termos homólogos, invertendo a tendência de queda dos quatro trimestres anteriores. Em Portugal, o aumento foi de 9,4%”, afirma CCDR-N em comunicado.

Nota ainda para a taxa de inflação do Norte que diminuiu de 3,1% para 2,5% entre o segundo e o terceiro trimestre de 2024, enquanto em Portugal a diminuição foi de 2,7 para 2,2% durante o mesmo período.

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