Barragens de Miranda reavaliadas em mais do dobro para efeitos de IMI

  • ECO
  • 28 Outubro 2024

No espaço de um ano, as duas barragens do concelho de Miranda do Douro passaram a valer mais 139 milhões de euros. IMI anual a pagar pela concessionária passa de 324 mil para 741 mil euros.

Barragem de Miranda do Douro, uma das que foram reavaliadas para efeitos de cálculo de IMIVítor Oliveira/Flickr

As barragens de Miranda do Douro foram reavaliadas este ano para se saber quanto é que a atual concessionária tem de pagar de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). Em novembro de 2023, tinham sido avaliadas em 108,2 milhões de euros, mas, no espaço de quase um ano, o valor disparou 128%, para 247,1 milhões de euros, avança o Público.

Na apreciação anterior, o VPT da central de Picote foi fixado em 55,7 milhões de euros, enquanto, na nova avaliação, o cálculo passou para 135,3 milhões, o que corresponde a uma diferença é de 79,6 milhões. Quanto à barragem de Miranda do Douro, tinha sido avaliada em 52,4 milhões e, agora, passou para 111,9 milhões de euros, mais 59,4 milhões. Segundo o jornal, como o IMI no concelho é de 0,3%, o montante a pagar anualmente pela concessionária Mohvera passa de 324 mil para 741 mil euros.

Este aumento expressivo no VPT destas barragens deve-se à mudança dos critérios de apuramento do Valor Patrimonial Tributário (VPT), que passou a considerar os equipamentos utilizados para a produção de energia como componentes dos imóveis. Em Miranda do Douro estão localizadas duas das seis centrais que a EDP vendeu ao consórcio da Engie em 2020, como parte de um negócio que está atualmente a ser investigado por suspeitas de fraude fiscal.

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Confiante de que as parcerias “são benéficas na construção da marca”, José Almeida, da Betano, na primeira pessoa

A Betano patrocina os três grandes e tem Cristina Ferreira como embaixadora. "Ter os meios e os ativos para poder fazer um bom trabalho" é o sonho de qualquer marketeer, diz o responsável.

No final de agosto, a Betano tornou-se parceira da Repsol, proporcionando aos clientes um desconto adicional no combustível bem como vantagens e ofertas na sua casa de apostas desportivas. A longo prazo, José Almeida, marketing manager da Betano, acredita que as parcerias “são sempre benéficas no processo de construção e crescimento da marca”.

“Nós somos consumidores de uma multiplicidade de produtos de diferentes categorias. O que estamos a tentar com a Repsol passa por uma tentativa de construção de um ecossistema em que os nossos clientes sintam que existe uma vantagem adicional, além de tudo aquilo que já oferecemos em termos de produto”, começa por explicar numa conversa com o +M.

“Nessa perspetiva, acho que as parcerias – num sentido lato – que nós viermos a estabelecer no futuro e que de alguma forma possam ajudar a construir uma melhor experiência para os nossos clientes, são sempre benéficas neste processo de construção e crescimento da marca. Da nossa parte continuaremos a tentar estabelecer novas parcerias com outras marcas no futuro e a construir vantagens competitivas para a marca. E isso acaba por se refletir naquilo que é a experiência dos nossos utilizadores e em última análise naquilo que depois é também o nosso crescimento como marca”, acrescenta.

Quando fala em parcerias, José Almeida diz referir-se a uma série de iniciativas com outras empresas e organizações com o objetivo de trazer vantagens para os seus consumidores e que englobam também, por exemplo, a parceria com clubes de futebol. Em Portugal, a marca é patrocinadora oficial do Futebol Clube do Porto, Sport Lisboa e Benfica e Sporting Clube de Portugal.

Mas a Betano também se associou a diversas competições de futebol, como ao Euro 2024 ou ao Mundial 2022, sendo que se tornou recentemente patrocinadora oficial global da Liga Europa e Liga Conferência.

O futebol é, na verdade, uma grande aposta transversal à “grande maioria” dos mercados em que o grupo Kaizen – ao qual a Betano pertence – opera. “Faz parte do nosso DNA, estabelecer parcerias com clubes ou competições que nós consideramos que fazem match com a marca”, refere José Almeida, acrescentando que “é natural” que em Portugal essa aposta seja “ainda mais reforçada” tendo em conta o facto de “ser um território fundamental para a nossa marca e de o futebol ser um dos fenómenos mais apelativos para os portugueses”.

“Sólida” seria a escolha de José Almeida caso tivesse de definir a comunicação da Betano numa palavra. “Acho que somos muito consistentes naquilo que fazemos, independentemente do canal em que comunicamos. Acho que existe uma grande consistência na forma como comunicamos, como nos dirigimos aos nossos consumidores e a outros stakeholders“, refere.

Há cerca de quatro anos enquanto marketing manager da Betano, José Almeida considera que a experiência “tem sido muito desafiante”, particularmente porque quando entrou – em maio de 2020 – havia uma grande incerteza quanto ao futuro.

“Era muito incerto como a pandemia ia afetar a marca e os consumidores. Felizmente foi uma fase que foi ultrapassada e acho que nós, enquanto marca, também fizemos um bom trabalho nessa altura de continuarmos a ser relevantes para os consumidores durante esse período“, diz o responsável de marketing de 37 anos, que acha que algumas marcas podem ter cometido um “erro” ao “acharem que em função do momento que se vivia podiam deixar de comunicar e deixar de estar presentes no dia a dia dos consumidores”.

“Nós não o fizemos – e bem -, e a verdade é que ao longo destes quatro anos acho que tenho conseguido contribuir para o crescimento da marca. Tem sido muito interessante acompanhar esta construção, é um trabalho de todos os dias. Temos alguns daqueles que diria serem os mais interessantes ativos de marketing que se podem trabalhar, nomeadamente os clubes de futebol, e agora mais recentemente a parceria com a Cristina Ferreira. E acho que isso é o sonho de qualquer marketeer, ter os meios e os ativos para poder fazer um bom trabalho“, diz.

Atualmente lidera uma equipa “relativamente pequena” ao nível local, de seis pessoas, mas que trabalha com “uma série de outras equipas, que prestam serviços transversalmente a vários mercados e que estão na sua grande maioria em Atenas, os nossos headquarters, na Grécia, e aqui já estamos a falar de várias equipas compostas por algumas dezenas de pessoas”, explica. Em termos de agências a Betano trabalha com a Media Gate (agência de meios) Blat (criatividade) e a LLYC (comunicação).

O seu percurso profissional começou a ser trilhado há cerca de 15 anos, na Havas, onde esteve cerca de um ano, passando então para a área do jogo, para uma empresa chamada Dhoze. Passados cerca de dois anos e meio, foi convidado a integrar a equipa que fundou o Placard, onde permaneceu pouco mais de dois anos antes de se juntar à Bet.pt. Foi passados quase quatro anos que assumiu então a liderança de marketing de Betano.

Ao dia de hoje, recorda que quando tomou a decisão de sair dos Jogos Santa Casa para um “operador de jogo que ainda estava no processo de obter a licença”, muitas pessoas à sua volta, incluindo família, “acharam que seria uma decisão um bocadinho louca”.

Mas a verdade é que não só essa mas também outras decisões que tenho tomado a nível profissional têm reforçado aquele adágio popular de que a sorte protege os audazes. E, portanto, acho que é importante, particularmente em determinadas fases da vida, especialmente quando somos mais novos, termos a liberdade ou confiança de arriscar“, diz, acrescentando no entanto que “a sorte também dá muito trabalho”.

Oriundo das Caldas da Rainha, José Almeida fez o que considera ser o “percurso normal” de vir para Lisboa estudar e trabalhar. É nesta cidade que vive com a mulher, uma filha de quatro semanas e uma outra de nove anos, consigo em “part-time”.

Da infância e adolescência nas Caldas da Rainha recorda-se de tempos “relativamente diferentes” daqueles que são hoje vividos, embora não goste de fazer “esse papel de velho do Restelo”. Considera que viveu uma infância feliz, com amigos na rua, a andar de bicicleta e a jogar à bola, mas também já a começar a jogar alguns jogos de computador, “embora não com a frequência com que são jogados hoje em dia”.

A prenda de Natal da avó era sempre a mesma: uma bola de futebol, ou não andasse José Almeida sempre com uma bola atrás de si e a jogar futebol sempre que possível. Ainda hoje, só não o faz mais vezes porque perdeu os amigos do futebol para o padel, lamenta.

Atualmente, a nível desportivo, como o padel não o convence, limita-se ao crossfit. Para lá do desporto, gosta de ler, ouvir música, ir ao teatro, ver filmes tanto no cinema como em casa, passear, viajar e “acima de tudo”, de ter os amigos e família à volta de uma mesa. “Acho que é uma descrição que se enquadra dentro do mais normal possível, mas basicamente é mesmo isso”, diz.

A última viagem que fez foi aos ilha açoriana da Terceira, à qual nunca tinha ido, mas a curiosidade sobre aquele que considera ser um “mundo completamente diferente” leva a que a sua viagem de sonho seja ao Japão.

A nível musical, ouve “um pouco de tudo”, colecionando também alguns vinis. “Posso dizer que os últimos vinis que comprei foram tão diferentes como um de David Bowie e o mais recente do Jamie XX, portanto sou bastante eclético nos meus gostos”, conta.

Considerando-se uma pessoa justa e honesta, elege como o maior desafio da sua vida ajudar a que as suas filhas se “tornem boas pessoas com o coração no sítio certo”.

José Almeida em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

Uma das campanhas que me marcou mais recentemente foi a da Tux & Gill sobre o luto parental para a associação Acreditar. Admiro não só a sensibilidade com que o tema foi tratado, mas, particularmente, o facto de ter contribuído efetivamente para uma mudança na sociedade. A nível internacional, diria a “Whassup?” (DDB Chicago) da Budweiser – uma ideia simples, uma execução perfeita e incrivelmente eficaz, tudo aquilo que uma boa campanha publicitária deve ser.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

Para alguém que, tal como eu, utiliza dados sempre que possível para suportar as suas decisões, as mais complexas são sempre aquelas para as quais não existe mais nada a que recorrer senão o instinto. Acredito, no entanto, que a nossa intuição é tanto melhor quanto mais bem preparados estivermos.

3 – No (seu) top of mind está sempre?

A minha equipa. Sem eles, não há marca, não há vendas, não há clientes, não há nada. Ter uma equipa motivada, alinhada com os objetivos da organização, em que consiga fomentar a transparência, o sentido de responsabilidade e a participação de todos é um grande desafio, mas fundamental para o sucesso.

4 – O briefing ideal deve…

De forma simples, diria que o briefing ideal deve funcionar como os hemisférios do cérebro, explicar o porquê e que a resposta a esse briefing explique o como. Do lado da marca, devemos fornecer de forma clara, concisa e lógica toda a informação sobre o desafio, o porquê, para que despolete, do lado da agência, uma resposta a este estímulo com uma ideia, e o como.

5 – E a agência ideal é aquela que…

Defende os interesses dos seus clientes como se fossem os seus, que conhece a marca “inside out” e com quem trabalhamos a uma só voz. É também uma responsabilidade nossa, enquanto marketeers, sermos mais abertos com as agências com que trabalhamos para garantir esta colaboração umbilical.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Julgo que é necessário distinguir criatividade e risco, são duas dimensões diferentes – podemos, no meu entender, ser ousados criativamente e estar a jogar pelo seguro e vice-versa. O que acredito ser realmente importante é ter bem presente o posicionamento da marca e conseguirmos adaptar a comunicação às diferentes circunstâncias.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Exatamente o mesmo que faria com um orçamento limitado: investir, testar, repetir.

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

A maioria da publicidade em Portugal é feita por excelentes profissionais, que merecem melhores condições, e boas ideias que ainda encontram alguma resistência no conservadorismo latente de algumas organizações. De qualquer forma, penso que está a mudar para melhor, e ainda bem.

9 – Construção de marca é?

Um trabalho de todos os dias, é sermos capazes de nos colocar constantemente no papel dos consumidores e saber responder às suas necessidades.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Não sei se seria muito bem-sucedido, mas diria DJ ou chef de cozinha. Sempre me deu muito prazer fazer algo que deixa os outros felizes, e a música ou a comida são, porventura, duas das melhores formas de o fazer.

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Ricardo Costa: “Conselho para as lideranças? Não escolham pessoas que vos dizem ámen”

  • ECO
  • 28 Outubro 2024

Gosta muito que lhe digam que não e não se importa de ser o “mais estúpido da sala”. Ricardo Costa, Chairman do grupo Bernardo da Costa é o quinto convidado do podcast “E Se Corre Bem?”

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Será a felicidade lucrativa? Ricardo Costa, Chairman do grupo Bernardo da Costa, acredita que sim, mas vai ainda mais longe com esta ideia no que diz respeito à cultura empresarial. “[A felicidade] é a prática de gestão que conduz a mais produtividade e lucro para as organizações”, afirma.

Este é um dos valores em que o grupo Bernardo da Costa acredita e promove ativamente. Para isso, criaram o Departamento da Felicidade, que inicialmente se focava num programa de benefícios, com a expectativa de que todos os colaboradores iriam gostar.

"O que o Departamento da Felicidade faz é ouvir, perguntar e perceber”

Ricardo Costa, Chairman do grupo Bernardo da Costa

No entanto, uma das falhas mais comuns de muitos líderes, apontada por Ricardo Costa, é a presunção de saber o que os seus colaboradores realmente desejam. “O que o Departamento da Felicidade faz é ouvir, perguntar e perceber”, afirma o engenheiro, explicando que mais do que serem todos diferentes, os colaboradores têm uma forma distinta de atingir a sua felicidade e é nesta individualidade que este departamento também tem evoluído.

Apesar de valorizar tudo aquilo que envolve o salário emocional, Ricardo Costa refere que este tipo de benefícios não deve nunca substituir o salário real. Defensor de que os portugueses não são pouco produtivos, mas mal pagos, Ricardo Costa afirma que a sua empresa esteve sempre acima o salário mínimo nacional.

Porém, continua a ser desafiante procurar a felicidade de 350 colaboradores. Para o gestor, o que causa infelicidade é uma expectativa frustrada, por isso, considera a comunicação como um pilar chave para a gestão das expectativas, sendo o mais transparente possível.

Como conselho para as lideranças, Ricardo Costa diz para não escolherem pessoas que “vos diz dizem ámen”. “Não tenho problema nenhum em ser a pessoa mais estúpida da sala. Então se for na minha empresa, com a minha equipa, adoro. Porque é sinal de que tenho pessoas mais inteligentes do que eu e que vão ser sempre muito melhores do que eu”, afirma.

Quais devem ser as competências de um colaborador, a desigualdade de género e a liderança fora da caixa (que exige liberdade e simplicidade), foram outros dos temas abordados neste episódio.

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, que Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

Se preferir, assista aqui:

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Mota-Engil excluída de concurso do metro de Bogotá após protesto de consórcio espanhol

  • ECO
  • 28 Outubro 2024

Construtora foi desqualificada após consórcio espanhol ter protestado por alegados conflitos de interesses com empresas chinesas. Poderia ter sido o maior projeto da história da empresa.

A Empresa Metro de Bogotá (EMB) e a banca multilateral que vai financiar a construção da segunda linha do metro da capital da Colômbia desqualificaram o consórcio composto pela Mota-Engil e pela China Railway Rolling Stock Corporation (CRRC) do concurso para a adjudicação da obra, avança esta segunda-feira o Jornal de Negócios.

A decisão, tomada no final da semana passada, decorre de um protesto apresentado por um consórcio concorrente, formado pelas espanholas Sacyr, Acciona e CAF, relativo a um eventual conflito de interesses entre os restantes interessados que integram empresas chinesas. Em causa está o facto de a construtora estatal chinesa CCCC controlar diretamente uma empresa que faz parte de outro consórcio — a China Harbour Engineering Company Limited (CHEC), que concorria juntamente com a Xi’an Rail Transportation Group Company Limited — e, simultaneamente, ter uma participação na Mota-Engil. Tal daria à CCCC “a possibilidade de influenciar as duas propostas”, justificam a EMB e a banca multilateral.

O consórcio formado pela Mota-Engil e a CRRC foi um dos quatro pré-qualificados em agosto de 2023 no concurso para a construção e operação da nova linha de metro de Bogotá durante 30 anos, sendo que este projeto, de dois mil milhões de dólares (mais de 1,8 mil milhões de euros), seria o de maior dimensão até à data na história da construtora portuguesa. Na América Latina, o consórcio da empresa liderada por Carlos Mota dos Santos ganhou três contratos nos últimos anos para a construção de novas linhas de metro em Medellín (Colômbia), Monterrey e Guadalajara (México).

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Aicep “na estrada” para apoiar empresas de regiões periféricas

  • Lusa
  • 28 Outubro 2024

Iniciativa "AICEP na Estrada", que visa levar a entidade às regiões do interior e periféricas do país, arranca esta semana. Pretende apoiar as empresas nos processos de capacitação e acesso a mercados

A iniciativa “AICEP na Estrada”, que visa levar a entidade às regiões do interior e periféricas do país, arranca esta semana para apoiar as empresas nos processos de capacitação e acesso a mercados, disse à Lusa o presidente. A primeira região a ser alvo desta iniciativa é ilha Terceira, Açores, e acontece já no próximo dia 31 de outubro.

“É uma iniciativa que visa levar a AICEP [Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal] às regiões (…) do interior do país e periféricas para dar a conhecer o conjunto de atividades” e a estratégia da entidade, explicou Ricardo Arroja. No fundo, “explicar às pessoas (…) qual é o mandato de atuação da AICEP”, que se dedica à captação de investimento direto estrangeiro (IDE) e também à promoção das exportações”.

Em segundo lugar, “procura também dar a conhecer aos locais o conjunto de atividades concretas que a AICEP pode desempenhar e em que medida é que pode também auxiliar as empresas nos seus próprios processos de capacitação e acesso a mercados”, prosseguiu o presidente da AICEP.

“Para tal, vamos ter a Academia AICEP neste evento nos Açores e vamos também ter a AICEP Global Parques, que é uma subsidiária da AICEP que faz a gestão de parques industriais, precisamente porque há muitas zonas do país onde há território disponível, mas frequentemente não existe o know-how de gestão de parques industriais”, sendo esta “uma atividade na qual nós também podemos intervir”, acrescentou.

Além disso, serão também agraciadas “algumas empresas que se tenham destacado em cada região, não só em termos de crescimento do volume de negócios, mas também em termos de crescimento do número de empregados, procurando traduzir aqui o conceito da empresa de alto crescimento [High Growth Firm], que é habitualmente utilizado na União Europeia”, destacou.

Isso também permite a estas empresas “apresentarem as suas atividades na mesa redonda que se segue e discutirmos também questões mais gerais de política económica, incluindo pontos a explorar e custos de contexto a ultrapassar, que possam ser identificados pelas respetivas empresas”.

Em suma, o objetivo é levar a AICEP às regiões do país “onde às vezes é preciso fazer uma disseminação mais intensa pelo facto de o conhecimento não estar tão publicitado e concretizar em que áreas é que AICEP pode efetivamente acrescentar valor às empresas locais e servir de plataforma para que empresas locais que tenham perspetiva e ambição de crescerem nos mercados internacionais o possam fazer“, sintetizou.

Ricardo Arroja adiantou que se pretende “fazer uma iniciativa destas a cada dois meses, idealmente mensal, em locais diferentes”. O segundo destino “já está identificado”, mas “nesta fase ainda não posso divulgar”, concluiu.

A iniciativa contará com especialistas da AICEP que irão apresentar os principais programas desenvolvidos com vista ao sucesso no processo de internacionalização, bem como incentivos e outros serviços disponibilizados pela Agência.

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Hoje nas notícias: Despedimentos, Mota-Engil e barragens

  • ECO
  • 28 Outubro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O número de despedimentos coletivos até ao final de agosto supera o total de 2023. A Mota-Engil ficou de fora do concurso para a construção da segunda linha do metro de Bogotá, após protesto de um consórcio espanhol, também na corrida, por alegado conflito de interesses. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Empresas despediram mais até agosto do que em todo o ano de 2023

Nos primeiros oito meses deste ano, 318 empresas avançaram com processos para o despedimento coletivo de 4.190 trabalhadores, dos quais 3.929 foram efetivamente despedidos. No total do ano passado, apesar do maior número de empresas (431) a comunicarem despedimentos coletivos, houve 3.819 pessoas envolvidas em despedimentos coletivos, tendo sido efetivamente despedidas 3.622 pessoas. Estes dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT) mostram que a quantidade de pessoas alvo de despedimentos coletivos até agosto deste ano já superou o total do ano de 2023. A retração do consumo, especialmente em setores como vestuário e calçado, ajudam a explicar esta tendência, segundo as confederações empresariais.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Espanhóis põem Mota-Engil fora do metro de Bogotá

A Empresa Metro de Bogotá (EMB) e a banca multilateral que vai financiar a construção da segunda linha do metro da capital da Colômbia desqualificaram o consórcio da Mota-Engil e da China Railway Rolling Stock Corporation (CRRC) do concurso para a obra. A decisão, tomada no final da semana passada, decorre de um protesto apresentado pelo consórcio concorrente formado pelas espanholas Sacyr, Acciona e CAF sobre um eventual conflito de interesses entre os restantes interessados que integram empresas chinesas. Em causa está o facto de a construtora estatal chinesa CCCC controlar diretamente uma empresa que faz parte de outro consórcio e, simultaneamente, ter uma participação na Mota-Engil. Tal daria à CCCC “a possibilidade de influenciar as duas propostas”, justifica a EMB.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Reavaliação do IMI fez disparar valor das barragens de Miranda

As barragens de Miranda do Douro foram reavaliadas este ano para se saber quanto é que a atual concessionária tem a pagar de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). Em novembro de 2023, tinham sido avaliadas em 108,2 milhões de euros, mas, no espaço de quase um ano, o valor disparou 128%, para 247,1 milhões de euros. Este aumento exponencial deve-se à mudança dos critérios de apuramento do Valor Patrimonial Tributário (VPT), que passou a considerar os equipamentos utilizados para a produção de energia como componentes dos imóveis. Em Miranda do Douro estão localizadas duas das seis centrais que a EDP vendeu ao consórcio da Engie em 2020, como parte de um negócio que está atualmente a ser investigado por suspeitas de fraude fiscal.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Fatura da Sorte parada há quase um ano deixa dois milhões de euros por dar

Suspensa desde janeiro, a “Fatura da Sorte” tem por atribuir prémios num total de quase dois milhões de euros em Certificados do Tesouro, valor que, até ao final do ano, pode subir para 2,2 milhões. A decisão de suspender o concurso foi tomada ainda pelo Governo de António Costa, mas está agora nas mãos do atual Executivo de Luís Montenegro, com o Ministério das Finanças a admitir apenas que a questão está a ser analisada, ainda sem conclusões.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Air France disponível “para todos os cenários” na privatização da TAP

Esta segunda-feira, a Air France-KLM vai reunir com o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, para reforçar o interesse em entrar na corrida da compra da TAP. A empresa admite estar “aberta” tanto a um cenário de privatização maioritária como de privatização minoritária da companhia aérea portuguesa, sublinhando que “continua a acompanhar o processo — que ainda não foi iniciado — e, por isso, aguarda com expectativa os termos específicos do processo e o calendário que vier a ser definido pelo Governo português”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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O dia em direto nos mercados e na economia – 28 de outubro

  • ECO
  • 28 Outubro 2024

Ao longo desta segunda-feira, 28 de outubro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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SEUR vai contratar 2.500 profissionais para as campanhas de Black Friday, Natal e saldos

  • Servimedia
  • 28 Outubro 2024

De 11 de novembro a 12 de janeiro, a SEUR espera movimentar mais de 32 milhões de encomendas, com picos de cerca de 1.100.000 encomendas por dia.

A SEUR recrutará 2.500 profissionais para as campanhas de Black Friday, Natal e Vendas. Este ano, mais uma vez, a Black Friday, uma data que já se tornou parte integrante do calendário comercial espanhol, marcará novamente o início da campanha de Natal.

Assim, a partir de 11 de novembro e até ao final dos saldos de janeiro, terá lugar uma das campanhas de vendas mais importantes do ano. Durante estas semanas, o SEUR espera movimentar mais de 32 milhões de encomendas.

De acordo com as estimativas da SEUR, o dia de maior afluência de encomendas será 2 de dezembro, altura em que a empresa espera movimentar cerca de 1.100.000 encomendas. Uma vez mais, este ano, os principais destinos destes envios serão Madrid, Valência, Barcelona, Bilbau, Sevilha e Málaga.

A SEUR vai recrutar 2.500 profissionais, principalmente motoristas de entregas, trabalhadores de armazém e pessoal de atendimento ao cliente. Por outro lado, a empresa também reforçará as suas infra-estruturas para aumentar a sua capacidade com a incorporação de novos armazéns de distribuição e ampliações dos centros para garantir a gestão e o transporte de todos os envios.

Estes centros contarão também com uma frota de veículos alargada, concretamente a SEUR incorporará na sua frota 2.000 veículos, acrescentando reboques, furgões e veículos ligeiros de última milha, 25% dos quais sustentáveis, para garantir os prazos de entrega a todos os utilizadores.

“A campanha de Natal é uma altura chave tanto para os consumidores finais como para as empresas de todos os tipos. O nosso objetivo durante estes meses é ser o parceiro de transporte mais fiável para os nossos clientes empresariais e a empresa mais eficiente para os consumidores finais. As compras de Natal tendem a ser mais especiais e é por isso que estamos a reforçar toda a nossa cadeia de valor com antecedência suficiente para garantir que cumprimos as nossas promessas de entrega durante toda a campanha”, disse Benjamín Calzón, Diretor de Operações da SEUR.

SEUR COLD

A solução de transporte com temperatura controlada da SEUR aumentará a sua capacidade em 30%, com mais de 6.500 m2, para fazer face à elevada procura de entregas de produtos frescos nesta altura do ano.

SEUR Cold já é um dos serviços mais procurados da empresa e no ano passado registou um crescimento sustentado de 15%, reforçando a posição da empresa como líder em Espanha na categoria de entregas com temperatura controlada. Assim, a SEUR Cold aumentou a sua capacidade de entrega de 7.000 envios diários para mais de 8.000 no último ano, o que demonstra a crescente preferência dos clientes por este tipo de serviço.

Este aumento é acompanhado pela expansão da sua frota especializada, que conta atualmente com mais de 450 veículos, dedicados tanto às entregas de longo curso como à distribuição local. Para além disso, 82 dos armazéns da empresa estão equipados com instalações de refrigeração, contribuindo para a excelência na gestão do transporte a temperatura controlada de embalagens contendo produtos como alimentos frescos, que são dos mais procurados no Natal.

FORA DE CASA

A SEUR salientou que os serviços Out of Home, concebidos para se adaptarem às necessidades e horários dos clientes, oferecem nesta campanha uma variedade de opções de recolha e entrega de encomendas online, que serão fundamentais para agilizar todos os procedimentos.

Neste sentido, a SEUR contará com mais de 9.500 pontos de recolha ativos distribuídos por toda a Espanha. Esta rede inclui, para além das lojas de conveniência, 1.000 ‘lockers’ que facilitam um serviço de recolha mais flexível e acessível para os clientes. Este serviço reforça o compromisso da empresa com a inovação e a sustentabilidade.

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Madrid lidera o crescimento das despesas de saúde em Espanha, em contraste com a contração geral, segundo o Instituto Coordenadas

  • Servimedia
  • 28 Outubro 2024

Nos últimos cinco anos, Madrid aumentou as suas despesas de saúde em quase 31%, atingindo uma despesa estimada de 10.850 milhões de euros em 2023.

Este aumento excede consideravelmente o aumento médio nacional, que não ultrapassa os 20%, demonstrando o empenho e o reforço do seu sistema de saúde, de acordo com o Instituto Coordenadas.

A evolução das despesas de saúde tem variado entre as comunidades autónomas, mas todas enfrentam um desafio comum: o problema estrutural das listas de espera. É o que se conclui da análise efetuada pelo grupo de peritos do Instituto Coordenadas de Governação e Economia Aplicada (ICGEA), que estudou as despesas de saúde realizadas nos últimos anos pelas diferentes comunidades autónomas, destacando as grandes diferenças entre as necessidades e prioridades regionais.

Num contexto de flutuações económicas e de desafios pandémicos, as despesas com cuidados de saúde sofreram grandes flutuações nos últimos cinco anos. Entre 2018 e 2020, observou-se um aumento significativo, impulsionado principalmente pela pandemia de covid-19, com início em março de 2020, que levou a um aumento da procura de serviços médicos, equipamentos e pessoal. No entanto, apesar de a despesa nacional em saúde ter aumentado de 71.000 milhões de euros em 2018 para 84.500 milhões de euros em 2023, a tendência ascendente está a mostrar sinais de esgotamento, com uma redução da despesa de quase 1% em 2022, de acordo com os relatórios mais recentes, e uma estimativa semelhante em 2023, gerando preocupação entre especialistas e organizações sobre a sustentabilidade futura do sistema público de saúde. Nem todas as comunidades autónomas seguiram esta tendência.

Segundo o Instituto Coordenadas, quando estes dados são desagregados por Comunidade Autónoma, os contrastes são gritantes. Os contrastes são gritantes. Diz que, enquanto algumas regiões seguiram a tendência nacional de cortes, outras estão a aumentar os seus investimentos em saúde, com Madrid a liderar o caminho, que registou um crescimento nas suas despesas de saúde – desde 2018 – de cerca de 31%, com uma despesa estimada em 2023 de 10.850 milhões de euros, representando mais de 43% do orçamento total da comunidade e muito acima da média nacional de 20%, posicionando-se como a região com o maior compromisso de reforçar o seu sistema de saúde.

“Embora as despesas nacionais com a saúde tenham registado flutuações nos últimos cinco anos, a região de Madrid tem seguido um padrão de crescimento sustentado. O esforço contínuo de Madrid para reforçar o seu sistema de saúde, refletido no recente anúncio de um aumento recorde dos orçamentos para 2025, posiciona esta região como uma das mais resistentes e mais bem preparadas para enfrentar os desafios atuais e futuros do sistema de saúde”, afirma Jesús Sánchez Lambás, vice-presidente executivo do Instituto Coordenadas.

DESPESAS DE SAÚDE EM ESPANHA

No período de 2018-2024, as despesas de saúde em Espanha têm mostrado tendências flutuantes, com uma ligeira contração a nível nacional nos últimos anos, mas com diferenças significativas entre territórios. A nível nacional, as despesas de saúde registaram altos e baixos neste período, principalmente devido à pandemia de COVID-19 e à subsequente estabilização do sistema de saúde, passando de cerca de 70,2 mil milhões de euros em 2018 para 84,5 mil milhões de euros em 2023, refletindo uma estabilização do sistema, o que representa um crescimento no período de cinco anos de cerca de 20%.

No entanto, em 2022, registou-se uma contração de cerca de 1% nas despesas de saúde, para cerca de 85,1 mil milhões de euros, em parte devido à retirada de muitas das medidas extraordinárias adotadas durante a pandemia, que se manteriam em 2023.

No que diz respeito às comunidades, o Instituto Coordenadas defende que Madrid se destaca pelo aumento do investimento em saúde nos últimos anos, posicionando-se como uma das regiões com maior empenho no reforço do seu sistema de saúde. O CAM aumentou as suas despesas de saúde em quase 31% entre 2018 e 2023, com uma despesa estimada em 2023 que ultrapassaria os 10.850 milhões de euros, concentrando o seu investimento em melhorias nos cuidados primários e hospitais, melhoria das infra-estruturas/modernização das instalações, recrutamento de pessoal, redução das listas de espera ou transformação digital do sistema de saúde, entre outras medidas.

Por sua vez, indica que a Comunidade Valenciana passou de 7,1 mil milhões em 2018 para 9,2 mil milhões em 2023, o que representa um crescimento de 29%, com investimentos destinados principalmente à redução das listas de espera e à modernização das instalações hospitalares.

A Andaluzia registou um aumento de 28% em cinco anos, atingindo 12,2 mil milhões em 2023, com investimentos centrados na melhoria dos cuidados primários e na contratação de pessoal de saúde.

A Catalunha registou um crescimento ligeiramente inferior, de 25 %, passando de 10,6 mil milhões para 13,3 mil milhões de euros, com a tónica na melhoria dos cuidados primários e das infra-estruturas hospitalares.

O País Basco também aumentou os seus orçamentos para a saúde, embora com um aumento mais modesto de 18 %, de 3,9 mil milhões de euros em 2018 para 4,6 mil milhões de euros em 2023, sendo as principais áreas de investimento os cuidados primários, a transformação digital e a melhoria das infraestruturas hospitalares.

DESAFIO ESTRUTURAL

As listas de espera tornaram-se um dos maiores desafios estruturais do sistema de saúde espanhol. Nos últimos anos, o aumento da procura de serviços de saúde, combinado com a escassez de recursos e de pessoal em determinadas áreas, conduziu a longos tempos de espera, tanto nos cuidados primários como nos especializados. Apesar dos esforços das comunidades autónomas para resolver o problema, a disparidade regional e os efeitos a longo prazo da pandemia de COVID-19 acentuaram a situação, com listas de espera cirúrgicas com uma média de 121 dias a nível nacional, enquanto as listas de espera para consultas especializadas se situam em 94 dias, de acordo com os últimos dados disponíveis do Ministério em junho de 2024.

Nos últimos anos, grande parte dos esforços das comunidades autónomas tem sido orientada para a redução das listas de espera, sendo Madrid, País Basco e La Rioja as regiões que mais evidenciaram este compromisso, segundo o Instituto Coordenadas. No caso específico de Madrid, refere que a implementação de um plano específico para o período 2022-24, com um investimento de 215 milhões de euros, “permitiu consolidar a sua posição como a região com a lista de espera cirúrgica mais curta, com um atraso médio de 47 dias, menos 74 dias do que a média nacional, seguida do País Basco, com 61, e La Rioja, com 64”.

No caso das listas de espera para consultas de especialidade, o País Basco é, com 49 dias, a região com a menor demora, menos 45 dias do que em toda a Espanha, seguido de La Rioja, com 58, e Madrid, com uma demora média de 60 dias, salientou.

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SO-LA-Na Entertainment inaugura o ‘Club Flamenco Cartagena’ como a nova sede oficial do Festival Cante de las Minas

  • Servimedia
  • 28 Outubro 2024

SO-LA-NA Entertainment é a empresa responsável por iniciativas como Flamenco Real e Fiesta Flamenca.

Aurelio Solana, presidente da SO-LA-NA Entertainment, salienta que “este é um clube privado a partir do qual vamos trazer os principais artistas de flamenco do mundo a Cartagena. O ‘tablao’ que temos aqui acolherá as melhores figuras desta forma de arte que estão atualmente a atuar em locais como o Teatro Real de Madrid, o Liceu de Barcelona, os Estados Unidos, Abu Dhabi, Dubai, China e Austrália, para citar apenas alguns”.

A produtora é um dos principais intervenientes na internacionalização do flamenco e, no ano passado, realizou mais de 500 espetáculos de flamenco fora de Espanha. Lucho Ferruzzo declarou que “Aurelio Solana projetou o flamenco a um nível sem precedentes, chegando a realizar espetáculos nos quatro melhores museus espanhóis: El Prado, Reina Sofía, Thyssen-Bornemisza e a Galería de Colecciones Reales, onde se expõem as obras dos artistas mais universais”. Por sua vez, Joaquín Zapata, presidente da Fundación Cante de las Minas, assinalou que “o Club Flamenco Cartagena que hoje abre é, a partir de hoje, a terceira sede oficial do Festival Internacional, juntamente com a Catedral del Cante de La Unión e El Corral de la Morería em Madrid”.

Patricia Donn atuou na cerimónia de abertura. Com apenas 27 anos, para além de bailarina, é coreógrafa, realizadora e fez várias digressões internacionais. No seu espetáculo, foi acompanhada pelo guitarrista Juan Antonio Mateos e pela cantora Rocío Martínez.

O evento contou com a presença de empresários locais como José María Fernández Uñaz, Francisco Fuentes, Alberto de la Corte, José Luis Reverte, Tomás Martínez Pagán, Andrés Baraza, José Ángel Díaz e Carlos Andreu, entre outros. Esta nova iniciativa conta com parceiros como o Grupo Ership, Daniel Gómez, SFRTRUCKS Logística Integral, Ayala Abogados, Bolea Saez Seguros y Reaseguros, Agencia Marítima Blázquez, Pinturas Briz, Carlos Andreu Auditores-Abogados, PROIMED Suministros Industriales, MTP MANTEPUERTO S.L. e IBERMED.

O Club Flamenco Cartagena está situado na rua Jiménez de la Espada, 31. Estrelas do flamenco como El Yiyo, Amador Rojas, Manu Soto/Juan Fernández, Ofelia Márquez, Ricardo Fernández del Moral, Daniel Casares e Nazaret Reyes, entre outros, atuarão neste local nos próximos meses.

 

 

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Costa passa por São Bento para moldar estratégia para o Conselho Europeu

Antigo primeiro-ministro está de regresso à sua antiga residência, em São Bento, para um encontro com Luís Montenegro. Agora como futuro presidente do Conselho Europeu.

O primeiro-ministro recebe esta segunda-feira o futuro presidente do Conselho Europeu, em São Bento, para discutir o futuro da Europa. A passagem por Lisboa faz parte do processo de transição levado a cabo por António Costa, que se prepara para tomar posse a 1 de dezembro como responsável pela instituição que representa os chefes dos 27 Estados-membros em Bruxelas. Ao todo, o ex-primeiro-ministro já visitou 22 países, sendo a passagem por Portugal uma das últimas desta pequena tournée pela Europa.

Os encontros com os chefes de Estado e do Governo do bloco europeu decorrem no âmbito dos preparativos de António Costa para assumir a presidência do Conselho Europeu. Além de se reunir com os antigos colegas com quem percorria os corredores de Bruxelas, quando ainda era chefe de Governo, António Costa tem estado a reunir-se com os chefes das instituições europeias competentes. O objetivo? Preparar o próximo mandato de dois anos e meio à frente do Conselho Europeu.

O objetivo destas reuniões passa por ouvir e compreender melhor a opinião dos dirigentes da União Europeia e ajudar o próximo presidente a delinear um plano de ação para os próximos meses. Ao que o ECO apurou, em cima da mesa, estarão os temas ligados à guerra na Ucrânia, o escalar do conflito do Médio Oriente, a defesa, as relações externas da União Europeia, as migrações, a competitividade, o alargamento e o quadro financeiro plurianual.

Ouvidos os 27 Estados-membros, e já depois da tomada de posse a 1 de dezembro, António Costa apresentará os resultados destes encontros que estarão integrados no plano de ação do Conselho Europeu a curto e médio prazo.

O encontro com Luís Montenegro, no Palácio de São Bento, está agendado para o meio-dia, não estando prevista uma conferência de imprensa nem declarações aos jornalistas.

Apesar de estar ainda em fase de auscultação dos chefes de Governo, o futuro gabinete de António Costa, em Bruxelas, já começa a ganhar forma, para estar completamente operacional em dezembro. Enquanto decorre a passagem de pastas, estão já operacionais o futuro chefe de gabinete e atualmente chefe de equipa de transição, Pedro Lourtie; o chefe adjunto da equipa de transição David Oppenheimer, uma porta-voz, Maria Tomasik, bem como três assistentes, sabe o ECO.

António Costa foi nomeado em 27 de junho pelos 27 Estados-membros como o próximo presidente do Conselho Europeu, na sequência das eleições europeias que deram a vitória, a nível europeu, ao grupo político do qual o PSD e CDS fazem parte, o Partido Popular Europeu (PPE). A vitória permitiu que a presidência da Comissão Europeia ficasse nas mãos dos conservadores do PPE, atualmente ocupada por Ursula von der Leyen, e a do Conselho Europeu no domínio dos socialistas.

O nome do ex-primeiro-ministro foi o único proposto para a presidência da instituição que representa os 27 Estados-membros, tendo conseguido a maioria qualificada necessária para ser aprovado. António Costa será o primeiro português e socialista no cargo desde que foi criado, no âmbito do Tratado de Lisboa, em 2009, e sucederá ao belga Charles Michel que liderou o órgão durante cinco anos (dois mandatos). António Costa tomará posse a 1 de dezembro para um mandado de dois anos e meio, renovável, mas a expectativa é de que esse seja renovado à semelhança do que aconteceu no passado.

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Iberdrola, Cox e Repsol estão empenhadas no mercado do armazenamento de energia, que registará um crescimento anual de 21% até 2030

  • Servimedia
  • 28 Outubro 2024

O mercado global de armazenamento de energia crescerá a uma taxa anual de 21% para atingir 137GW/442GWh em 2030, de acordo com as previsões da BloombergNEF.

O relatório da entidade também assinala que o aumento do investimento neste mercado está a ser impulsionado por iniciativas políticas, como a Lei de Redução da Inflação nos Estados Unidos, que incentiva a implantação de investimentos privados que contribuam para a consecução dos objetivos climáticos, bem como o plano REPowerEU, que procura reduzir a dependência da União Europeia dos combustíveis fósseis.

Neste cenário, as multinacionais espanholas estão empenhadas em apostar neste tipo de investimentos ligados à luta contra as alterações climáticas, onde o armazenamento de energia é fundamental, pois permite uma melhor gestão da energia produzida por fontes renováveis.

A Iberdrola acaba de apresentar dois novos projetos de armazenamento de baterias na Austrália, os maiores até à data no país, que elevarão a sua capacidade total para mais de 1.500 gigawatts-hora.

A empresa, presidida por Ignacio Sánchez Galán, anunciou no início deste ano a instalação de seis sistemas de armazenamento de energia em baterias com uma capacidade combinada de 150 megawatts, que serão construídos em Castela e Leão, Extremadura, Castela-La Mancha e Andaluzia e que foram reconhecidos como Projetos Estratégicos de Recuperação e Transformação Económica (Perte), na sua divisão de energias renováveis, hidrogénio verde e armazenamento (ERHA).

No caso da Cox, a multinacional espanhola de água e energia fechou recentemente alianças estratégicas neste sentido, tornando-se acionista da Malta, uma empresa destinada a acelerar o desenvolvimento de soluções inovadoras e pioneiras no armazenamento a longo prazo e que também tem como investidores, entre outros, a Breakthrough Energy Ventures, a iniciativa liderada por Bill Gates, juntamente com Marc Zuckerberg, Jeff Bezos, Jack Ma e Richard Branson, para promover tecnologias verdes que contribuam para o desenvolvimento das energias renováveis.

A empresa presidida por Enrique Riquelme, que sublinhou que esta aliança era um reconhecimento da tecnologia e do know-how da Cox, assinou também um acordo de colaboração em setembro passado com a chinesa Gotion, através do qual prevê desenvolver centrais de produção de energias renováveis com baterias na Europa, África, Emirados Árabes e América.

Entretanto, a Repsol incorporou um sistema de armazenamento de energia de 4 MW na sua refinaria de Puertollano, conhecido como BESS Autoconsumo Puertollano. Este sistema é composto por oito contentores com baterias de lítio-ferrofosfato (LFP), que terão uma capacidade de 16.256 kWh. Graças a este módulo, a Repsol poderá armazenar a energia solar gerada durante as horas de maior radiação para a sua posterior utilização, otimizando assim o consumo energético da refinaria.

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