Do mar português para o mundo

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  • 4 Dezembro 2024

Debater oportunidades e desafios para os setores da pesca, aquicultura e indústria transformadora de produtos do mar são os objetivos da 4ª edição da Expo Fish, que arrancou esta segunda-feira.

Esta é a maior plataforma dedicada à internacionalização e à promoção das atividades no setor da pesca e da comercialização do pescado, e um “ponto de encontro para a inovação, e de valor acrescentado no setor da pesca, aquicultura e atividades relacionadas com a sua comercialização”, afirmou Sérgio Faias. Aproveitando a sessão de abertura da 4ª edição da Expo Fish, que começou esta segunda-feira em Lisboa e que termina hoje, o presidente do Conselho de Administração da Docapesca recordou que esta iniciativa procura, acima de tudo, promover o que de melhor se faz em Portugal nas atividades relacionadas com a economia azul. “Queremos contribuir para que a excelência dos produtos das nossas águas, aliado ao saber fazer de muitas gerações, e às mais recentes tecnologias possam ser partilhadas com o mundo ajudando a consolidar a marca Portugal”, apontou.

"No percurso de internacionalização do pescado português precisamos do empenho de todos os segmentos do setor, com o objetivo de acrescentar valor para todos”

Sérgio Faias, presidente do Conselho de Administração da Docapesca

Sérgio Faias reconhece, contudo, que este é um desafio ousado, uma vez que “a cadeia de valor do pescado é complexa, onde participam vários agentes económicos com diferentes preocupações, vários canais do mar ao prato e nem sempre lineares”. Adicionalmente, outros desafios como a dificuldade que o país tem em ganhar escala, uma vez que a diversidade das espécies que habitam o mar português é muito abrangente e que as quantidades que podem ser capturadas de forma sustentável são reduzidas, ou a capacidade de dar resposta às necessidades de grandes cadeias logísticas, exponenciam a complexidade para o setor. O responsável da Docapesca acredita, no entanto, que a solução passa por uma afirmação pela qualidade e não pela quantidade, procurando nichos de mercado que valorizem acima de tudo as caraterísticas dos produtos.

Sérgio Faias, presidente do Conselho de Administração da Docapesca

Mas este é um caminho que deve ser feito em conjunto. “No percurso de internacionalização do pescado português precisamos do empenho de todos os segmentos do setor, com o objetivo de acrescentar valor para todos”, salienta Sérgio Faias. Na sua opinião é fundamental a existência de uma cadeia logística e de comercialização bem consolidada, uma indústria que prepare, transforme e acrescente valor ao produto, e uma frota de pescadores que diariamente disponibilize pescado com frescura e qualidade.

Aumentar o rendimento de quem está no mar todos os dias é, nas palavras da Secretária de Estado das Pescas, o resultado que se pretende ao manter o foco na internacionalização e na valorização do pescado. Cláudia Monteiro de Aguiar, que fechou a sessão de abertura da 4ª edição da Expo Fish, recorda que os setores da pesca, aquacultura e transformação do pescado “formam um pilar fundamental da economia do mar, mas também um pilar fundamental da economia do nosso país”.

A governante disse ainda que pesca não se cinge à captura dos recursos que estão nos mares nacionais. “Pesca é tradição, cultura, gastronomia, turismo, e todo este efeito multiplicador que gera no nosso país deve ser enaltecido, valorizado e apoiado”.

O nosso peixe é o melhor do mundo

Sem dúvidas de que “o nosso peixe é o melhor do mundo”, Cláudia Monteiro de Aguiar sublinha a importância de continuar a apostar na internacionalização deste setor que emprega cerca de 60.000 pessoas, além dos empregos indiretos relacionados, o que reforça a sua importância em termos económicos e sociais.

Qualidade, frescura e sustentabilidade dos recursos nacionais devem, na perspetiva da Secretária de Estado, ser elementos essenciais para levar o produto nacional além-fronteiras, através da internacionalização. Um caminho que, acredita a governante, está a ser percorrido com sucesso, apesar do potencial de crescimento que ainda encerra. Em 2023, as exportações de pescado, com destaque para o pescado congelado, cresceram 12 e 13%, respetivamente, ultrapassaram os 1.300 milhões de euros. Já o preço médio tem estado a subir, tendo crescido 5,2% até setembro deste ano.

Cláudia Monteiro de Aguiar, Secretária de Estado das Pescas

Segundo Cláudia Monteiro de Aguiar, o Ministério da Agricultura e Pescas tem vindo a apoiar o setor com um objetivo de fundo: atribuir valor acrescentado ao pescado capturado, através de uma estratégia e valorização dos produtos e dos subprodutos da pesca e da aquicultura. “Acreditamos na importância da modernização do setor, na importância da sua internacionalização, e apoiamos a transformação digital de todas as empresas que estão relacionadas com o setor”.

Para fazê-lo, a governante recorda que existem fundos europeus, com um chapéu de fundos marítimos para a pesca e a aquacultura, no Programa Mar 2030, que prevê uma dotação de 539 milhões de euros. Neste programa, a Secretária de Estado revela que existem mais de 1.700 projetos aprovados e uma taxa de compromisso de 36%.

Além deste programa, existem também apoios no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) na componente transição verde e digital e segurança das pescas, com uma dotação de 21 milhões de euros. Aqui, diz Cláudia Aguiar, a taxa de execução é de 42%, “muito superior à média nacional”.

Ao longo do primeiro dia, um conjunto de painéis de debate sob o mote do ‘Desafio do Peixe no Mundo’, apresentaram as oportunidades e as dificuldades de entrar noutros mercados com o pescado e os produtos derivados nacionais, e partilharam experiências de quem já deu o primeiro passo na internacionalização. Japão, França, Espanha, Brasil e Estados Unidos foram os mercados abordados e analisados por cerca de duas dezenas de empresários, representantes de associações do setor e do AICEP.

Manuel Tarré, Presidente da Associação Nacional da Indústria pelo Frio e Comércio de Produtos Alimentares

No final do dia, e em jeito de conclusão, Manuel Tarré (Associação Nacional da Indústria pelo Frio e Comércio de Produtos Alimentares), Rodrigo Souza (Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe), Paulo Mónica (Associação dos Industriais do Bacalhau), Francisco Avelelas (Associação Portuguesa de Aquacultores) e João Zorrinho (AICEP) debateram, linhas gerais, o que precisa de mudar neste setor. De forma praticamente unânime, os representantes destas associações reconheceram que faltam lideranças competentes, legislação e regulação mais adequada, políticas públicas e apoio às PME. À parte de uma vertente mais institucional, todos destacam o “trabalho notável” dos empresários do setor.

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PwC lança “Work Academy”, um projeto pioneiro na Europa que certifica a formação dos seus profissionais

  • Servimedia
  • 4 Dezembro 2024

Este projeto permite que a formação e a experiência profissional dos seus colaboradores sejam acreditadas com um diploma universitário.

A PwC Espanha apresentou a “Work Academy”, um projeto pioneiro na Europa que permite que a formação e a experiência profissional dos seus colaboradores sejam acreditadas com um diploma universitário.

O presidente da Georgia Tech University e único espanhol à frente de uma das principais universidades americanas, Ángel Cabrera, deu uma aula magistral sobre as oportunidades que se abrem na relação entre a universidade e o mundo empresarial no encontro “Talento e Negócios” que a empresa realizou ontem em Madrid e que reuniu cerca de 200 pessoas do mundo empresarial, académico e social.

Gemma Moral, sócia responsável pelo Capital Humano da PwC, moderou em seguida uma mesa redonda com a participação de Jon Azua, decano do projeto Work Academy da PwC, Almudena Román, CEO interina do ING Espanha e Portugal, e Alfonso Díaz Segura, Diretor Corporativo de Operações Empresariais do Grupo Educacional CEU, na qual se analisou como a aproximação entre universidades e empresas pode contribuir para fomentar o talento.

Durante a sua intervenção, Ángel Cabrera afirmou que “a Work Academy é uma oportunidade para combinar o melhor dos dois mundos: a universidade e a empresa”. Depois de passar em revista a evolução da instituição a que preside, explicou como a Inteligência Artificial nos obriga a adaptar a forma como fazemos o nosso trabalho ou a mudar: “Ou se aprende a utilizar ferramentas de IA ou se muda de carreira”, sublinhou. Na mesma linha, sublinhou que “é difícil inovar, escalar no modelo tradicional, mas isso pode ser feito, mesmo a partir da universidade tradicional”. Demos o exemplo da Georgia Tech: “Somos obrigados a inovar porque agora vivemos muito mais tempo e, devido à velocidade a que a tecnologia muda, temos de nos adaptar. Através de iniciativas como esta, pensamos na aprendizagem ao longo da vida, gerando programas para ajudar a mudar de carreira”.

Gemma Moral, sócia responsável da PwC e responsável pela moderação da mesa redonda, afirmou que “o talento é o que vai diferenciar as empresas”. “O maior valor dos nossos profissionais é o facto de poderem estudar e formar-se continuamente. Esta é a nossa prioridade estratégica. Através de uma colaboração pioneira com a Universidade CEU San Pablo, queremos chegar a 4.500 profissionais certificados em quatro anos graças ao programa Work Academy”, sublinhou.

Por outro lado, Jon Azua, decano do projeto Work Academy, resumiu a missão do programa em poucas palavras: “A essência da Work Academy é aprender trabalhando e trabalhar aprendendo, além de criar valor para a sociedade, empresas e instituições”. Quando questionado sobre a visão do projeto, Azua centrou-se no ativo mais valioso para qualquer empresa: as pessoas. Neste sentido, quis salientar que “a generosidade bem entendida, a co-criação de valor, desempenha um papel muito importante, pois todos precisamos uns dos outros”.

No bloco seguinte do dia, Almudena Román, CEO em exercício do ING Espanha e Portugal, salientou que a Work Academy demonstra a confiança da PwC nos seus métodos e o compromisso da empresa com os seus profissionais: “Penso que é uma iniciativa muito útil e inovadora”. Depois de explicar a estratégia de flexibilidade e diferenciação do ING, Román assinalou que “o talento é a semente fundamental das empresas”.

Para Alfonso Díaz Segura, Diretor Corporativo de Operações Empresariais do CEU Educational Group, a universidade tem como objetivo “formar boas pessoas e bons profissionais para terem um impacto positivo no mundo”. Díaz afirmou também que o programa Work Academy quebra o paradigma na relação entre a universidade e a empresa. “Para nós, tem sido um percurso de aprendizagem. As competências em temas como a comunicação, a liderança ou o autoconhecimento, as competências de poder, estão na base do ensino superior, estão incluídas nos currículos, mas o difícil não é falar de algo, mas torná-lo possível. E é aí que temos um caminho a percorrer”, observou.

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Fábrica 2030: Portugal pode aproveitar debilidades na Europa

  • ECO Seguros
  • 3 Dezembro 2024

Foi ideia lançada pelo primeiro-ministro na conferência Fábrica 2030, organizada pelo ECO e que esta terça-feira se realizou na Alfândega do Porto.

O primeiro-ministro Luís Montenegro, Paulo Portas, antigo vice-primeiro-ministro, Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, Nuno Amado, chairman do BCP, e muitos outros protagonistas estiveram esta terça-feira na conferência Fábrica 2030, organizada pelo ECO dando orientações sobre o presente e futuro das empresas portuguesas e, entre elas, as empresas de seguros.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, com António Costa, diretor do ECO: As incertezas que estão no horizonte na Alemanha e em França podem “condicionar o futuro próximo”.

O primeiro-ministro destacou a estabilidade política, orçamental e social em Portugal, em contraponto com a agitação no resto da Europa. Insistiu no tema da segurança e co-responsabiliza oposição por OE2025.

Luís Montenegro admitiu que “as incertezas que estão no horizonte” na Alemanha e em França podem “condicionar o futuro próximo”, lembrando a instabilidade política e financeira que atravessam as duas maiores economias europeias. No entanto, o primeiro-ministro recusa “lamuriar-se” e assume mesmo que Portugal pode nesta fase “impor-se” no contexto internacional, aproveitando as debilidades nos outros países do Velho Continente.

Paulo Portas, antigo vice-primeiro-ministro acredita que Portugal pode “oferecer estabilidade num mundo instável”.

Paulo Portas referiu que Portugal não está imune à crise na Europa, mas pode “oferecer estabilidade num mundo instável”. O antigo vice-primeiro-ministro antecipa “um elevado grau de imprevisibilidade nas atuais relações internacionais” e avisa que “é melhor não brincar aos défices nem às dívidas“.

Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto. Urge diversificar os “mercados de destino das nossas exportações”.

Rui Moreira disse que “OE2025 comporta riscos para a despesa pública” e que Portugal precisa de apostar no talento, inovação e competitividade para não ficar para trás na zona euro. E que urge diversificar os “mercados de destino das nossas exportações”.

O prémio entregue pelo ECO que pretende distinguir os empresários que assumem riscos, criam valor, e contribuem para o crescimento económico e prosperidade do país foi entregue a António Mota, ex-presidente da Mota-Engil.

António Mota, ex-presidente da Mota-Engil, foi distinguido com o prémio entregue pelo ECO ‘Lifetime Achievement’ na conferência Fábrica 2030. O galardão pretende distinguir os empresários que assumem riscos, criam valor, e contribuem para o crescimento económico e prosperidade do país.

“Tenho uma derrota monumental na minha vida”, assinala António Mota. O ex-dirigente indica que na “construção trabalhamos na África toda, mas nunca estivemos em Espanha”. Lamenta que a construtura portuguesa “nunca tenha conseguido lá entrar” e “nunca tenha feito nenhuma obra”, destacando “temos de arranjar forma de irmos para lá ou eles não virem para cá”.

Nuno Amado, chairman do BCP: “Não é a ideologia, é a economia que vai ter impacto no nosso futuro”.

O chairman do BCP, Nuno Amado defendeu que não é com ideologia que se vai melhor as condições de vida dos portugueses. “Não é a ideologia, é a economia que vai ter impacto no nosso futuro. E o Estado devia aferir os custos de contexto para saber até que ponto estão a ser um peso ou um benefício para a economia. Neste momento são excessivos”, enquadrou.

Veja todas as intervenções em www.eco.pt

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Operação Influencer: Costa diz que “é deixar o Ministério Público trabalhar”

António Costa sublinha que "não temo nada. Quem não deve, não teme. Estou tranquilo e respeito as instituições. O Ministério Público tem naturalmente o seu tempo".

O ex-primeiro ministro António Costa admitiu, em entrevista ao Observador, que “se houvesse indícios, a lei obrigava a ser constituído como arguido. Não fui constituído como arguido, deduz-se, portanto, que não havia indícios que justificassem essa constituição e depois disso não tive mais notícias”, referindo-se à sua ida ao DCIAP para prestar declarações no âmbito da Operação Influencer, que aconteceu no final de maio deste ano.

“Só quem está a fazer a investigação lhe pode dizer. Tenho a consciência tão tranquila como tinha antes. Fiz o que me competia, pedi para ser ouvido, fui ouvido. Se houvesse indícios, a lei obrigava a ser constituído como arguido. Não fui constituído como arguido, deduz-se, portanto, que não havia indícios que justificassem essa constituição e depois disso não tive mais notícias”, diz o ex-líder socialista relativamente à investigação que resultou na sua demissão e queda do Governo de maioria absoluta do PS.

Questionado sobre se teme que isto seja uma investigação tão prolongada como a da Operação Marquês, que já vai há 10 anos, António Costa sublinha que “não temo nada. Quem não deve, não teme. Estou tranquilo e respeito as instituições. O Ministério Público tem naturalmente o seu tempo, os seus meios, os seus critérios de investigação. É deixá-los trabalhar”, concluiu.

Em maio deste ano, António Costa foi ouvido esta sexta-feira pelo DCIAP mas na qualidade de “declarante” e não de arguido. A equipa do Ministério Público que está com a Operação Influencer, atualmente liderada pela procuradora Rita Madeira, decidiu ceder ao pedido feito por António Costa para ser ouvido no processo em que o antigo chefe de governo socialista foi identificado como suspeito de crime de prevaricação. O ECO sabe que a audição demorou cerca de uma hora e meia e não foi perguntado nada que não seja já público ao ex-líder socialista. Nem tão pouco foi referida a palavra ‘prevaricação’, o crime de que alegadamente Costa é suspeito.

“Tendo em consideração as notícias que estão a ser divulgadas, confirmamos que o Dr. António Costa foi hoje ouvido na qualidade de declarante, na sequência do requerimento por si apresentado em 2 de abril de 2024. No âmbito da inquirição, prestou todos os esclarecimentos solicitados pelo Ministério Público, não tendo sido constituído arguido. Mantém-se, como até agora, totalmente disponível para colaborar em tudo o que o Ministério Público entender necessário”, segundo explicaram os advogados João Cluny e Diogo Serrano, ao ECO.

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Lisboa aprova referendo ao Alojamento Local

  • ECO
  • 3 Dezembro 2024

A proposta de referendo que teve os votos a favor da esquerda (e abstenção do PCP) segue agora para o Tribunal Constitucional que vai avaliar a constitucionalidade da consulta aos lisboetas.

A assembleia municipal de Lisboa aprovou esta terça-feira um referendo ao Alojamento Local (AL) na capital. A proposta de referendo teve os votos favoráveis dos deputados do PS, BE, Verdes, PAN, Livre; os votos contra do PSD, Chega, IL, CDS, Aliança e PPM e a abstenção do PCP e MPT.

A proposta, que inclui duas perguntas, segue agora para os juízes do Palácio Ratton avaliarem a constitucionalidade da consulta aos lisboetas que partiu de uma iniciativa dos cidadãos. No dia 8 de novembro, o Movimento Referendo pela Habitação entregou 6.500 assinaturas para promover o referendo, que, caso tenha a luz verde do Tribunal Constitucional (TC), será o primeiro a realizar-se no país por iniciativa de um movimento de cidadãos.

O TC tem agora 25 dias para apreciar as duas perguntas e, sem obstáculos na frente constitucional, cabe à autarquia liderada por Carlos Moedas terá cinco dias para marcar a data do referendo, que deve ter lugar 40 a 60 dias depois, ou seja, na primavera.

A primeira pergunta é se os lisboetas concordam em alterar o regulamento municipal do AL para que a Câmara, no prazo de 180 dias, ordene o “cancelamento dos alojamentos locais registados em imóveis destinados a habitação”. A segunda questão é se concorda em mudar o regulamento do AL “para que deixem de ser permitidos alojamentos locais em imóveis destinados a habitação”.

O Movimento defende que os imóveis licenciados para habitação não devem ter fins turísticos. A resposta “sim” à primeira pergunta coloca em risco os AL que existem na cidade, desde que o referendo tenha uma participação superior a 50% dos eleitores recenseados.

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Ex-comissário europeu suspeito de branqueamento de capitais

  • ECO
  • 3 Dezembro 2024

Várias casas ligadas a Didier Reynders, ex-comissário europeu da justiça, foram alvo de buscas pela polícia esta terça-feira. O caso envolve a lotaria do país, liderada pelo belga no passado.

Didier Reynders, que até ao passado sábado ocupava a pasta da justiça na Comissão Europeia, é suspeito de branqueamento de capitais pela polícia belga, avança o jornal Le Soir. Várias casas e propriedades ligadas ao ex-comissário europeu, foram esta terça-feira alvo de rusgas policiais na sequência de uma investigação que envolve a lotaria nacional do país.

Ao longo de uma década, o ex-Comissário Europeu terá comprado bilhetes eletrónicos – vales de 1 a 100 euros –, num esquema que terminava com transferências suspeitas para a sua conta bancária privada.

Reynders foi responsável pela Lotaria Nacional belga entre 2007 e 2011, mas os alegados crimes terão decorrido após esse período. Terá alegadamente iniciado o branqueamento de capitais enquanto ainda estava ativo na política belga e suspeita-se que tenha prosseguido esta prática durante o seu mandato como comissário.

Até agora, não se sabe ao certo a origem dos fundos usados por Reynder, que terá agora de provar a sua origem legal.

As buscas fazem parte de uma investigação de branqueamento de capitais que decorre há meses. Mas Reynders foi visado apenas esta terça-feira, dois dias após a nova Comissão de von der Leyen ter iniciado funções uma vez que os investigadores esperaram pelo fim do mandato, altura em que perdeu a sua imunidade enquanto comissário europeu.

Enquanto ainda era comissário, a polícia belga teria de obter autorização do Colégio de Comissários – do qual Reynders era membro – para efetuar uma busca na sua casa o que teria colocado em risco a investigação.

O Ministério Público belga foi alertado pela própria Lotaria Nacional e pela Unidade de Processamento de Informações Financeiras da Bélgica (CTIF-CFI), órgão que recebe comunicações relativas a transações que possam estar relacionadas com o branqueamento de capitais ou o financiamento do terrorismo.

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Biden evoca angolanos escravizados e diz que os dois países são “lição para o Mundo”

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2024

O discurso de Biden centrou-se na ligação histórica entre os dois países, marcada pela escravatura, e nos milhões de dólares que os EUA já investiram e estão dispostos a investir em África e Angola.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, evocou esta terça-feira a memória dos milhões de africanos escravizados, entre os quais muitos angolanos, e disse que a relação entre Angola e EUA é uma “lição para o mundo”.

Joe Biden cumpriu, no Museu Nacional da Escravatura, a sua última etapa da visita em Luanda, discursando perante dezenas de pessoas, entre as quais membros do Governo angolano, dirigentes de partidos da oposição angolana, empresários e líderes associativos, bancários e ativistas.

O discurso centrou-se na ligação histórica entre os dois países, marcada pela escravatura, e nos milhões de dólares que os EUA já investiram e estão dispostos a investir em África e Angola.

Bem disposto, apesar da chuva persistente que acinzentou as vistas para a ilha do Mussulo e ensopou a audiências, Biden gracejou, pediu aplausos e insistiu no empenho norte-americano com Árica, voltando ao passado para recordar a marcha forçada de muitos homens e mulheres nascidos livres em Angola, levados como escravos para a América e batizados numa fé estrangeira contra a sua vontade, naquele mesmo edifício onde hoje funciona o museu e que serviu anteriormente como capela.

“Cruel, brutal, desumanizante”, disse Biden a propósito da origem da nação, frisando que desde a guerra civil até ao movimento de direitos humanos a história dos EUA foi marcada pela injustiça racial. O Presidente dos EUA salientou que quis honrar a ligação entre dois povos e homenagear gerações de angolanos e famílias americanas, frisando que é dever das grandes nações enfrentar a história, motivo pelo qual escolheu aquele local para falar.

Sobre a atual relação com Angola, disse que evoluiu de distante para “mais forte do que nunca hoje”, garantindo que foi seu objetivo construir uma parceria forte com o continente da África, trazendo o dinamismo do setor privado americano e a experiência do governo norte-americano para apoiar as aspirações dos líderes e empresários africanos.

“Mais de 20 diretores de agências governamentais e membros do meu gabinete viajaram para a África, distribuindo mais de 40 mil milhões de dólares em investimentos até agora”, disse Biden, elencando, também, mais de 1.200 negócios novos entre as empresas africanas e americanas, totalizando 52 mil milhões de dólares, incluindo investimentos em energia solar, telecomunicações, infraestruturas e parcerias com companhias americanas para expandir as oportunidades para o turismo.

Sobre Angola, afirmou que os Estados Unidos investiram 3 mil milhões de dólares no decurso da sua administração promovendo todos os setores, da energia, à saúde e desporto, sendo atualmente Angola campeã de basquete da Liga Africana depois de ser lançada pela liga norte-americana.

O chefe de Estado norte-americano disse ainda que os EUA apoiam o aumento da presença da África no Conselho de Segurança da ONU nas Nações Unidas e anunciou mais de mil milhões de dólares em ajuda humanitário para os africanos deslocados. “Nós sabemos que os líderes africanos ou cidadãos procuram mais do que ajuda”, prosseguiu, sublinhando que os EUA querem expandir a relação em África, passando de ajuda para investimentos e comércio.

Joe Biden considerou que nenhum lugar em África é atualmente mais emocionante do que Angola, nomeadamente devido ao Corredor do Lobito, cujo financiamento estará em foco numa conferência internacional, quarta-feira, em Benguela, na qual vai participar.

Biden abordou igualmente a parceria entre Angola e os Estados Unidos no que diz respeito ao apoio à paz e à segurança na região, parabenizando João Lourenço pela sua liderança na mediação dos conflitos regionais e por falar contra a guerra da Rússia contra a Ucrânia. “É importante, é importante que os líderes falem”, reforçou.

Biden, que está nas últimas semanas da sua presidência, disse aos presentes que poderiam aplaudi-la, ou não, e acrescentou que fazia questão de vir a Angola porque acredita que o futuro passa por este país e por África e a história de Angola e dos Estados Unidos, que estavam de costas viradas durante a guerra fria e agora trabalham ombro a ombro, “é uma lição para o mundo”.

“Apenas temos que lembrar de quem somos: Somos angolanos, somos americanos”, concluiu.

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Presidente do Supremo Administrativo critica “indústria da litigância” e abuso de recursos

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2024

O presidente do Supremo Tribunal Administrativo (STA), o conselheiro Jorge Aragão Seia, apontou problemas da jurisdição administrativa e fiscal, “vítima do sucesso” da sua própria reforma.

O presidente do Supremo Tribunal Administrativo criticou hoje a “indústria da litigância” ao serviço de interesses particulares e administrativos e o abuso dos recursos até à última instância processual, “expressão evidente” de um “estado de insanidade institucional”.

No discurso de encerramento da cerimónia comemorativa dos 20 anos do Tribunal Central Administrativo Sul (TCA Sul), que hoje decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, o presidente do Supremo Tribunal Administrativo (STA), o conselheiro Jorge Aragão Seia, apontou problemas da jurisdição administrativa e fiscal, “vítima do sucesso” da sua própria reforma.

 

Para o presidente do STA, a justiça administrativa foi vítima “das diversas vias processuais que abriu, de um oportunismo processual que abriu e não consegue combater de modo eficaz, e também da funcionalização do uso e abuso do processo administrativo e tributário para a prossecução de interesses alheios ao objeto do litígio e que explicam também uma parte dos lugares-comuns da crise, com especial destaque para a morosidade”.

Para Aragão Seia a questão explica-se em parte por alguns atores judiciários não terem “devidamente internalizados” alguns “deveres funcionais e deontológicos”, mas também “um modelo de sociedade que desvirtuou a essência dos litígios judiciais”.

“Hoje litiga-se, porque a litigância em si é uma indústria que se alimenta e retroalimenta. É por isso que o litígio só consegue terminar com a decisão da reclamação da última decisão judicial antes do trânsito em julgado e não é porque a questão seja complexa, ou particularmente difícil, ou duvidosa. É assim porque em boa parte dos casos interessa ser assim, interessa aos sujeitos privados e interessa às entidades administrativas. É assim porque culturalmente se convencionou que menos do que isso é desinteresse dos mandatários representantes legais ou má administração”, criticou o juiz conselheiro.

Aragão Seia apontou às partes, “entidades administrativas incluídas”, ou seja, também o Estado, “uma espantosa criatividade na exploração dos meios processuais”, desde providências cautelares a processos principais, a todos os tipos de recursos e incidentes, e aos tribunais e às decisões judiciais “citações doutrinais estéreis, fundamentações laterais e prolixas, que consomem tempo funcional em excesso e alguns casos acabam até por não esclarecer de forma clara as partes”.

“Garantir que todas as decisões judiciais têm que ser recorríveis é uma exigência do Estado de Direito. Verificar que uma percentagem esmagadora das decisões judiciais são recorridas e muitas até à última instância processual possível é uma expressão evidente do estado de insanidade institucional a que chegámos. É por causa deste contexto cada vez mais dificil fazer e propor reformas, porque é também mais dificil fazer diagnósticos racionais do sistema da justiça administrativa e fiscal”, disse o presidente do STA.

O juiz conselheiro considerou necessário “reformas processuais que travem a insanidade da ‘recorrite’”, reformas estatutárias que aumentem os “poderes de gestão” dos tribunais de forma transparente, mais produtividade, mas também que “não se avolumem erros de política legislativa que desprestigiam e apoucam esta jurisdição”, meios estruturais e materiais “condignos com a sua função”.

Considerou ainda “condição necessária e imprescindível” à melhoria da jurisdição “que o regime de recrutamento e formação de juizes e a configuração da carreira permitam selecionar profissionais com perfil adequado e elevadas qualificações em vez de potenciar que este processo se transforme num regime de ‘novas oportunidades’ para quem não singra em outras carreiras jurídicas”.

O presidente do STA apelou ainda para que “o poder político não seja complacente com o que está mal, para abrir novos caminhos para a privatização e desinstitucionalização no âmbito da arbitragem dos litígios administrativos e fiscais”, considerando-o um “imperativo de dignidade institucional”.

“Infelizmente, a justiça administrativa e fiscal parece hoje capturada por um discurso quantitativo que chega a ser confrangedor se quisermos atentar no facto que o que está em causa é uma função estadual essencial ao bom funcionamento do Estado de Direito e não uma linha de produção industrial”, criticou.

Ressalvou que “os números importam, claro”, mas o aumento das pendências deve levar a que “o legislador se interesse pelo problema com o objetivo de o resolver e não de o utilizar como argumento para construir soluções extrajurisdicionais”.

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Governo procura alternativas a projeto da Galp. “O interesse no lítio mantém-se”, garante Pedro Reis

O Governo colocou-se "imediatamente em campo, a mapear e radiografar o que poderiam ser promotores alternativos com projetos equivalentes". 

O ministro da Economia, Pedro Reis, afirma que o Governo está a “mapear e radiografar” projetos alternativos ao da refinaria de lítio da Galp, o qual a empresa cancelou. Ao mesmo tempo, garante que “o interesse no lítio e refinação de lítio mantém-se”, com base no contacto com investidores.

O Governo português tem sempre obrigação de procurar alternativas a projetos ou promotores que tenham manifestado desistência, desinteresse ou um compasso de espera”, indicou Pedro Reis, na apresentação do Plano de Ação para as matérias-primas críticas, que se realizou esta terça-feira no ministério do Ambiente.

O ministro proferiu estas declarações confrontado pelos jornalistas com a questão de se iria tentar “substituir” o projeto da Galp, após o cancelamento. Pedro Reis indica que, assim que foi informado desta desistência, o Governo se colocou “imediatamente em campo, a mapear e radiografar o que poderiam ser promotores alternativos com projeto equivalentes”.

Neste âmbito, mostra-se confiante, tendo por base um contacto “quase semanal” com investidores e as informações que lhe chegam da Aicep. “O interesse no lítio e refinação de lítio mantém-se”, garante. Apesar de a indústria automóvel, em particular a mobilidade elétrica, não estar a viver os melhores dias, o potencial do lítio “não se esgota no tema automóvel”, estendendo-se ao armazenamento de energia para a indústria e rede elétrica.

Temos sinais positivos. Vamos ver se os conseguimos trazer a bom porto“, rematou, depois de ter ressalvado: “Não se decreta a obrigatoriedade do investimento. Promove-se a atração de investimento”.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot aumenta para 26 milhões de euros

  • ECO
  • 3 Dezembro 2024

O jackpot desta terça-feira ronda os 26 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 26 milhões de euros, decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot subiu depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 3 de dezembro:

Números: 23, 25, 34, 46 e 47

Estrelas: 6 e 8

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Governo admite alterar lei do subsídio social de mobilidade

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2024

A reação surge depois de os CTT terem recusado pagar o subsídio, atribuído nas ligações aéreas entre Açores e Madeira e entre as duas regiões e o continente, a imigrantes residentes nas regiões.

O Governo da República disse esta terça-feira que está a trabalhar na legislação do modelo de atribuição do subsídio social de mobilidade para evitar situações de desigualdade entre residentes, mas assegurou que se limitou a aplicar a lei.

“Na decorrência do relatório apresentado pelo grupo de trabalho, o Governo encontra-se a trabalhar não só na clarificação do modelo de atribuição do subsídio social de mobilidade e na sua desmaterialização através de uma plataforma digital, mas também na uniformização da legislação entre as regiões autónomas de molde a, simultaneamente, evitar situações de desigualdade entre cidadãos residentes”, lê-se numa nota conjunta dos ministérios das Finanças e das Infraestruturas e Habitação.

A reação do executivo surge depois de os CTT terem recusado pagar o subsídio social de mobilidade, atribuído nas ligações aéreas entre Açores e Madeira e entre as duas regiões e o continente, a imigrantes residentes nas regiões autónomas.

Em causa estão os decretos-lei que regulam a atribuição do subsídio social de mobilidade nas duas regiões, publicados em 2015, que definem como requisito para acesso ao reembolso que os passageiros sejam “cidadãos de nacionalidade portuguesa ou de outro Estado membro da União Europeia ou de qualquer outro Estado com o qual Portugal ou a União Europeia tenham celebrado um acordo relativo à livre circulação de pessoas”.

Podem ainda ser considerados passageiros residentes os familiares de cidadãos da União Europeia que “tenham adquirido o direito de residência permanente em território português” ou os cidadãos de qualquer Estado “com o qual Portugal tenha celebrado um acordo relativo ao estatuto geral de igualdade de direitos e deveres entre cidadãos portugueses e países terceiros”.

Na nota enviada esta terça, o Governo salienta que “não foi alterada qualquer norma jurídica ou dada nova interpretação, apenas foi detetada uma falha na aplicação da lei no passado”.

O executivo adianta que, desde que tomou posse, “tem vindo a intensificar o controlo sobre a aplicação do subsídio social de mobilidade” e que, na sequência desse reforço de fiscalização, detetou uma falha na sua implementação “no que respeita aos beneficiários elegíveis”.

“De acordo com o previsto na lei, são considerados residentes equiparados os trabalhadores nacionais de Estados Membros da UE, do Espaço Económico Europeu ou qualquer outro país com o qual Portugal ou a UE tenha celebrado um acordo relativo à livre circulação de pessoas ou relativo ao estatuto geral de igualdade de direitos e deveres, pelo que, apenas estes são elegíveis para efeitos de atribuição do subsídio social de mobilidade”, lê-se na nota.

O Governo Regional dos Açores defendeu uma “clarificação” da lei que regula o subsídio social de mobilidade, de forma a garantir que “todos os residentes” na região tenham direito àquele apoio independentemente da nacionalidade.

“As pessoas têm número fiscal, contribuem com os seus impostos, são residentes e estão legais nos Açores. Para nós, todos os residentes têm de ter um tratamento igual e todos os residentes têm direito ao subsídio de mobilidade”, afirmou a secretária do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas aos jornalistas, acrescentando que já pediu esclarecimentos ao Governo da República.

Já o presidente da Associação dos Imigrantes nos Açores (AIPA) considerou que se trata de uma “medida discriminatória” e pediu a sua reversão.

“Tendo em conta que estamos a falar de pessoas que têm a sua residência fiscal nos Açores, são pessoas que cá trabalham, cá residem e cá fazem os seus descontos para os cofres do Estado, obviamente que é uma medida discriminatória e que mina o tal discurso de integração, de interculturalidade, de acolhimento e de valorização da diversidade cultural”, disse à agência Lusa Leoter Viegas.

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KGSA aposta em Imobiliário e Urbanismo com a entrada José Diogo Marques como sócio e reforça equipa de M&A com Joana Pinhal

Paralelamente, a equipa de M&A e Venture Capital é fortalecida com a entrada de Joana Pinhal, como consultora.

José Diogo Marques integra a KGSA como sócio da área de Imobiliário e Urbanismo. Paralelamente, a equipa de M&A e Venture Capital é fortalecida com a entrada de Joana Pinhal, como consultora.

Com mais de 12 anos de experiência em escritórios e em grandes projetos imobiliários e urbanísticos, José Diogo Marques, que transita agora da Cuatrecasas, lidera esta nova área dedicada ao apoio a investidores e promotores, em todas as fases do ciclo de investimento imobiliário, incluindo transações, planeamento urbanístico, gestão de projeto e resolução de litígios.

José Diogo Marques, considera que esta nova etapa é duplamente desafiante e entusiasmante. É desafiante pelo momento histórico e pelo ciclo geopolítico e económico que nos espera; e é entusiasmante, porque a KGSA tem uma abordagem de futuro para a advocacia, ambiciosa e inteligente, com a qual me identifico plenamente”.

Reforço da equipa de M&A e Venture Capital

A entrada de Joana Pinhal como consultora, reforça a área de M&A e Venture Capital. Com experiência na área, Joana Pinhal vem apoiar operações de M&A e capital de risco, com foco em empresas tecnológicas, fundos de investimento e family offices. Entre outras experiências, Joana Pinhal foi associada da Uría Menéndez e Head of Legal da Capital Criativo (atual C2 Capital Partners), uma das principais firmas de capital de risco portuguesas.

Para Gonçalo Simões de Almeida, co-managing partner da KGSA, “a integração destes dois advogados são um marco fundamental na nossa estratégia de crescimento. A experiência do José Diogo, alinhadas com o nosso ADN, são determinantes para afirmar a posição da KGSA como parceiro de referência no setor imobiliário”.

Cláudia Raposo Correia, co-managing partner e sócia da área de M&A, destaca que “2024 foi marcado por um crescimento constante em clientes e operações. Antecipamos que 2025 seja mais um ano deste crescimento acelerado e sabemos que a Joana Pinhal, com a sua experiência em dezenas de operações de capital de risco e M&A, é uma mais-valia para a KGSA e um reforço importante na equipa para responder a essa procura acrescida e para continuarmos a prestar serviços de elevada qualidade.”

Joana Pinhal afirma que “integrar a KGSA é uma oportunidade única de contribuir para transações que moldam o futuro de empresas inovadoras, ao mesmo tempo que colaboro com uma equipa focada em antecipar tendências e oferecer soluções de impacto”.

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