Parlamento holandês vota contra plano para rearmar Europa

  • ECO
  • 11 Março 2025

Os partidos, que suportam o governo, criticam o alívio das regras do défice e querem travar qualquer cenário de financiamento através de eurobonds.

O governo holandês votou contra a proposta da Comissão Europeia de Rearmar a Europa, reclamando o relaxamento das regras de dívida. Os partidos PVV, NSC e BBB, que suportam o governo, votaram a favor de uma moção para não participar do Rearm Europe, avança o NL Times.

Este plano apresentado na semana passada pela presidente da Comissão Europeia envolve 800 mil milhões de euros, incluindo empréstimos de 150 mil milhões e o alívio das regras do défice. O líder do NSC, Pieter Omtzigt, disse que o financiamento lembra os eurobonds: “Isso aumenta o risco de uma nova e profunda crise da dívida”.

Ainda esta segunda-feira, a Holanda disse estar “contra” e a Alemanha ser “bastante cética” relativamente a uma eventual nova emissão de dívida conjunta na União Europeia (UE) para financiar investimentos em defesa e segurança, porque isso poder “enfraquecer as economias”.

“A Holanda não é a favor de [novas emissões] dívida comum precisamente porque não é uma solução a longo prazo, porque mais dívida também está a enfraquecer as nossas economias e [porque] precisamos de aumentar a nossa segurança e impulsionar as nossas economias, e não é possível fazer isso com mais dívida estrutural”, disse na segunda-feira, o ministro holandês das Finanças, Eelco Heinen, no âmbito da reunião do Eurogrupo em em Bruxelas.

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Nova Expressão avança com processo contra antiga administração da Inapa

Este é o segundo processo aberto por acionistas contra a antiga administração, liderada por Frederico Lupi, na sequência do processo de insolvência do grupo. Há ainda uma ação popular contra a PwC.

A Nova Expressão, o segundo maior acionista da Inapa, com mais de 10% do capital, avançou com uma ação judicial contra todos os membros da anterior administração da distribuidora de papel que seguiu para insolvência. Este processo, que já tinha sido admitido pela Nova Expressão, junta-se a outro aberto contra os gestores por outro antigo acionista da empresa com quase 5% do capital, e a uma ação popular contra a PwC pela auditoria feita aos relatórios e contas da empresa de distribuição de papel.

A ação movida pela Nova Expressão, que controlava 10,85% do capital da Inapa, deu entrada na última sexta-feira, 7 de março, no Juízo Central Cível de Sintra, juntando-se a outra movida pela sociedade Carisvalor, que detinha 4,99% do grupo português, que tinha entrado no mesmo tribunal no passado mês de setembro.

Frederico Lupi, CEO da Inapa, é alvo de ações judiciais de acionistas da falida InapaInapa

O processo visa todos os membros do anterior conselho de administração da Inapa: Frederico Lupi (CEO); Inês Louro (CFO); Afonso Chaby Rosa; João Miguel Luís; Víctor Barros; Emília Frazão; Patrícia Caldinha; Fernando Sanz Pinto.

A Nova Expressão já tinha afirmado, em agosto, estar preparada para defender os seus direitos “em todas as instâncias” e não descarta “exigir responsabilidades” à anterior administração da Parpública e à gestão da empresa, numa reação à saída de José Realinho de Matos da presidência da Parpública, substituído por Joaquim Cadete.

O grupo de Pedro Baltazar afirmava, na altura, que poderia “exigir responsabilidades a quem criou a situação atual: a anterior administração da Parpública e a Comissão Executiva do Conselho de Administração da Inapa”.

O pedido de insolvência foi formalizado no passado dia 29 de julho, depois de a empresa ter comunicado, no dia 21 de julho, que o colapso na Alemanha era inevitável, uma vez que não conseguiu aprovação da Parpública, o seu maior acionista, para uma injeção de emergência de 12 milhões de euros, o que teria repercussão na atividade da holding, puxando-a também para a falência.

A antiga gestão da Inapa, que no relatório e contas relativo ao exercício de 2023, apresentado em junho, um mês antes do colapso do negócio na Alemanha, garantia a continuidade das operações, assegurando que “a Administração concluiu que a Empresa dispõe de recursos adequados para manter as atividades, não havendo intenção de cessar as atividades no curto prazo, pelo que considerou adequado o uso o pressuposto da continuidade das operações na preparação das demonstrações financeiras”, atirou as culpas da insolvência para a Parpública, o maior acionista, com cerca de 45% do capital.

A pronunciar-se pela primeira vez diretamente sobre o caso no Parlamento, em janeiro, o ex-presidente da Parpública, Realinho de Matos, disse que o problema na Inapa “era muito mais estrutural do que conjuntural” e ia muito além dos 12 milhões de emergência pedidos para evitar falência.

A Inapa não conseguiu sobreviver à sucessão de aquisições” que fez, argumentou José Realinho de Matos no Parlamento, considerando que a empresa “deu um passo maior que a perna”, o que criou uma “situação impossível”.

A assembleia de credores, realizada no passado dia 27 de setembro, aprovou as propostas que constavam no relatório do administrador de insolvência, Bruno Costa Pereira, para a venda da Inapa Packaging por 20 milhões de euros e da Inapa France por 25 milhões de euros.

A Inapa Portugal ainda tentou evitar o desfecho do grupo, mas sem sucesso. A companhia tinha apresentado um pedido para entrar em processo de revitalização especial (PER), numa tentativa de salvar a empresa na sequência da insolvência do grupo, mas não conseguiu viabilizar um plano de revitalização e deverá avançar para a insolvência.

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Tribeca Festival regressa a Lisboa no outono para segunda edição

  • + M
  • 11 Março 2025

Após a edição inaugural de 2024, o Tribeca Festival Lisboa cresce agora para três dias de programação. Apresenta uma variedade de filmes, séries, podcasts, showcases musicais, e conversas ao vivo.

O Tribeca Festival regressa a Lisboa no outono para a sua segunda edição, aumentando a sua duração para três dias. O evento realiza-se entre 30 de outubro e 1 de novembro de 2025 na Unicorn Factory Lisboa.

“O primeiro ano do Tribeca Festival Lisboa foi uma experiência incrível e única para o público português. Estamos entusiasmados por acolher este evento mais uma vez, onde vamos aumentar o talento, o conteúdo de qualidade e as conversas inesquecíveis. Agradecemos pela parceria inabalável e estamos ansiosos por escrever este novo e emocionante capítulo juntos”, diz Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa, citado em comunicado.

Já Jane Rosenthal, cofundadora e CEO da Tribeca Enterprises, refere que o festival encontrou em Lisboa no ano passado “um lar longe de casa, um refúgio criativo repleto de inspiração e inovação”. “A Tribeca acredita que as cidades florescem quando as suas comunidades artísticas são apoiadas, e é por isso que esta parceria significa tanto para nós, e estamos honrados em continuar a partilhar a nossa plataforma global com o incrível talento da cidade”, acrescenta.

Após a edição inaugural do ano passado, o Tribeca Festival Lisboa cresce agora para três dias de programação, apresentando uma “variedade de filmes independentes dos EUA, filmes portugueses, séries, podcasts e showcases musicais, bem como conversas ao vivo com estrelas internacionais e locais”, refere-se em nota de imprensa.

A primeira edição do festival Tribeca Festival Lisboa abriu com a estreia em Portugal de “Anora”, filme que ganhou cinco Óscares na 97ª edição dos Academy Awards, incluindo Melhor Filme. Contou ainda com conversas ao vivo com os cofundadores do Tribeca, Robert De Niro e Jane Rosenthal, Whoopi Goldberg, e com figuras como como Patty Jenkins, Griffin Dunne, Chazz Palminteri, Ricardo Araújo Pereira, Daniela Ruah, Sara Sampaio, Joaquim de Almeida e César Mourão.

Com base no sucesso do primeiro ano, o festival deste ano conta com espaços melhorados, exibições aprimoradas e uma atmosfera ainda mais acolhedora para todos os participantes“, acrescenta-se na mesma informação.

Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, cidade que acolhe o evento, refere também que o Tribeca Festival reforça o compromisso da capital com a cultura e a inovação artística. “Receber este prestigiado festival na Unicorn Factory não só destaca a energia criativa da cidade, mas também consolida Lisboa como um grande polo cultural global. É uma honra dar as boas-vindas ao Tribeca mais uma vez, e estamos ansiosos pelas experiências enriquecedoras que trará para a nossa comunidade”, acrescenta.

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Hernâni Dias nega pressões sobre funcionária da Entidade para a Transparência

  • Lusa
  • 11 Março 2025

Depois de sair do Governo por ter criado imobiliárias já em funções, Hernâni Dias negou qualquer pressão sobre a técnica superior da EpT com a qual contactava numa “relação enorme de confiança”.

O ex-secretário de Estado Hernâni Dias reafirmou ter consultado por telefone a Entidade para a Transparência (EpT) sobre o caso da criação de empresas imobiliárias enquanto era governante e negou pressões sobre uma técnica da entidade.

Em resposta à deputada do BE Joana Mortágua, o ex-governante afirmou que nunca disse ter “um parecer” da EpT, porque os contactos que manteve foram telefónicos com a técnica que estava a acompanhar os seus processos de declarações obrigatórios na entidade.

“Em momento algum me ouviu dizer que eu tinha um parecer. Eu disse que contactei a EpT, foi exatamente nesses termos. E não tenho culpa absolutamente nenhuma que os órgãos de comunicação social deturpem aquilo que foi aqui dito na audição do dia 4 de fevereiro e que depois inquinem aquilo que é a interpretação e as respostas que são dadas pelas várias entidades”, declarou, numa audição na Comissão parlamentar do Poder Local, pedida pelo BE.

O ex-governante negou ainda qualquer pressão sobre a técnica superior da EpT com a qual contactava numa “relação enorme de confiança”.

“Não senti ali nenhuma mal-estar da senhora relativamente ao meu contacto, nem pouco mais ou menos. Mas posso dizer-vos inclusivamente que a relação que mantínhamos era muito cordial, de uma pessoa extremamente solícita no fornecimento das informações”, disse. Hernâni Dias afirmou que sempre esteve “de boa-fé neste processo” e que lhe pareceu que “esta técnica jurista estava igualmente de boa-fé” nas respostas às informações que foi solicitando.

“Não havia aqui nenhuma tentativa de esconder o que quer que fosse, porque não havia necessidade nenhuma disso (…). Tanto mais, que eu já o repeti, já o disse e repito, nenhuma destas sociedades que foi constituída, tinha – não tinha, não tem hoje, e posso garantir que não terá no futuro – qualquer negócio feito que tenha a ver com a lei dos solos”, considerou.

O ex-governante sublinhou que a primeira empresa foi declarada logo após a sua constituição, e que a segunda não o foi logo porque ele próprio entendeu “que, não estando diretamente envolvido nesta segunda sociedade, uma vez que quem fazia parte era a primeira empresa”, que lhe pertencia, “não seria obrigado” a declará-la.

Mesmo assim, enviou um email à EpT em06 de janeiro, no qual questionava sobre a necessidade de declarar a segunda imobiliária, mas “até hoje” não obteve resposta. “Também não sei se agora vale a pena ter. Já declarei as duas sociedades, efetivamente, nas declarações onde eu tinha já de as colocar. Vou agora declarar também na declaração como deputado, uma vez que retomei a função no dia 01 de março”, disse.

Hernâni Dias destacou que “a partir de hoje, não haverá nenhuma documentação, nenhuma informação que pedirá à EpT que não seja por escrito”. O ex-governante afirmou ainda que, após a audição de 04 de fevereiro no parlamento, em que afirmou ter estabelecido contacto com a EpT por causa das empresas, não voltou a contactar com a mesma técnica, uma vez que lhe foi atribuído outro contacto dentro da Entidade para acompanhar as suas declarações daí para a frente.

Antes, os deputados ouviram a presidente da Entidade para a Transparência, Ana Raquel Moniz, que considerou inverosímil que o ex-secretário de Estado tenha contactado o organismo antes de criar as empresas. A responsável sublinhou que não está entre as competências deste organismo dar pareceres.

Ana Raquel Moniz disse ainda que uma funcionária se queixou de ter sido pressionada pelo governante. Em janeiro, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que na altura era secretário de Estado do Ministério que tutela essas alterações.

O mesmo canal de televisão tinha revelado que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança. Posteriormente, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O primeiro-ministro aceitou no dia 28 de janeiro o pedido de demissão do agora ex-secretário de Estado que, na qualidade de cidadão, prestou esclarecimentos no parlamento em 4 de fevereiro. Nessa audição, Hernâni Dias afirmou ter contactado com a EpT para perceber se a sua posição como governante permitia a criação da empresa.

O organismo respondeu afirmativamente, disse, explicando apenas que Hernâni Dias não poderia ter a maioria do capital social da empresa, nem ser sócio-gerente, duas condições que não abrangiam a sua posição nas empresas.

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Parque solar ‘abate’ mais de 1000 sobreiros em Coimbra e compensa com 7400 no Marvão

  • Lusa
  • 11 Março 2025

Para que o projeto possa vir a ser concretizado, a tutela "declara de imprescindível utilidade pública" a construção dos três parques solares.

Cerca de 7.400 sobreiros vão ser plantados em Marvão, distrito de Portalegre, pela empresa Anadia Green, para compensar o abate de 1.070 árvores da mesma espécie em Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, onde pretende construir três parques solares.

Num despacho publicado em Diário da República (DR), assinado pela ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, e pelo secretário de Estado das Florestas, Rui Pereira, é explicado que a empresa pretende instalar um projeto solar fotovoltaico constituído por três parques solares em Corteses, Quinta do Vale e São Fipo, em Condeixa-a-Nova. Para que o projeto possa vir a ser concretizado, a tutela “declara de imprescindível utilidade pública” a construção dos três parques solares.

De acordo com o documento, para que o projeto avance, foi solicitada autorização para proceder ao “abate de 1.070 sobreiros”, nomeadamente 970 sobreiros jovens e 100 sobreiros adultos, que radicam numa área de 12,31 hectares de povoamento.

O projeto dos parques solares, que envolve um investimento ordem dos 18,5 milhões de euros vai contribuir, segundo o Ministério do Ambiente e Energia, para a criação de emprego e “ajudará a combater a assimetria” da balança comercial, com a redução das necessidades de importação de energia e/ou derivados. No despacho é mencionado que a empresa apresentou um projeto de compensação e o respetivo plano de gestão, prevendo a arborização com sobreiro de “uma área de 18,49 hectares”, a qual poderá ser inferior devido a afloramentos rochosos no local, “mas nunca inferior a 15,39 hectares”, plantando “um total de 7.396 árvores”.

Além disso, a área de compensação em Marvão substituirá o atual pinhal por um povoamento puro de sobreiros e castanheiros, promovendo a sustentabilidade florestal. A plantação vai ocorrer na propriedade da Malhada do Vale, localizada na Freguesia de São Salvador da Aramenha, no concelho do Marvão, em pleno Parque Natural da Serra de São Mamede. Por último, o despacho refere que o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), faça o acompanhamento próximo da implementação do projeto de compensação

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Capital de risco compra dois centros comerciais em Caldas da Rainha e Guarda

A Point Capital Partners, que também detém o Tavira Gran Plaza e o Torreshopping, notificou a Autoridade da Concorrência da aquisição do La Vie Caldas da Rainha e La Vie Guarda.

 

O fundo de capital de risco Shoppings Iberia – da portuguesa Point Capital Partners – notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da compra do controlo exclusivo dos centros comerciais La Vie Caldas da Rainha e La Vie Guarda, informou o regulador esta terça-feira.

Os donos do Tavira Gran Plaza e do Torreshopping pretendem ficar com mais dois shoppings em território nacional, cujo nome oficial é Centro Novo Caldas da Rainha e do Centro Novo Guarda, embora operem com as designações La Vie Caldas da Rainha Shopping Center e La Vie Guarda Shopping Centre.

O novo negócio da Point Capital Partners far-se-á através do fundo Shoppings Ibéria I, que está a investir 100 milhões de euros em centros comerciais e imobiliário de retalho. No entanto, o valor alocado a estes dois ativos não foi especificado.

A AdC recebeu a notificação prévia do comprador a 6 de março e está a receber observações sobre este negócio até daqui a 10 dias úteis.

“Quaisquer observações sobre a operação de concentração em causa devem identificar o interessado e indicar o respetivo endereço postal, email e nº de telefone. Se aplicável, as observações devem ser acompanhadas de uma versão não confidencial, bem como da fundamentação do seu caráter confidencial, sob pena de serem tornadas públicas”, detalha a autoridade liderada por Nuno Cunha Rodrigues.

Fundada em 2021, a Point Capital Partners está sediada na zona das Amoreiras, em Lisboa, e tem como sócios Luís Paulo Tenente, ex-CEO do Banif Capital, e Sérgio Silva, CEO do Vigent Group, que detém a metalomecânica Metalogalva. Bruno Afonso, diretor financeiro do Vigent Group, também faz parte da administração da gestora de fundos, cujos investimentos estão centrados em imobiliário e investigação e desenvolvimento.

Já no verão passado o ‘envelope’ deste fundo foi utilizado para adquirir o centro comercial algarvio Tavira Gran Plaza e o TorreShopping, em Torres Novas, através da compra da totalidade do capital social da sociedade DPPFB.

O La Vie Caldas da Rainha (na fotografia) tem mais de 60 lojas, incluindo um hipermercado Auchan, cinco salas de cinema, cerca de 440 lugares de estacionamento cobertos e espaço de restauração com esplanada. Por sua vez, La Vie Guarda, gerido pela Widerproperty, tem quatro pisos com lojas, quatro salas de cinema e 395 lugares de estacionamento.

Os La Vie têm mudado de mãos nos últimos anos. Em 2022, o La Vie Porto foi vendido pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) e, no ano passado, a gestora de ativos Tikehau Capital anunciou que ia investir 52 milhões de euros para transformar o centro comercial na baixa do Porto num novo centro empresarial.

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IP vai estudar mais três ligações a Espanha em alta velocidade

Plano Ferroviário Nacional aprovado pelo Governo prevê estudo de ligações entre Porto e Madrid, Aveiro e Salamanca e Faro e Huelva.

Além da ligação ferroviária em alta velocidade entre Lisboa e Madrid, a Infraestruturas de Portugal (IP) vai estudar a construção de uma linha entre Porto e Madrid, outra entre Aveiro e Salamanca e ainda outra entre Faro e Huelva.

A avaliação destas novas linhas consta da resolução do Conselho de Ministros, aprovada esta segunda-feira, na véspera da discussão da moção de confiança ao Governo, que aprova o Plano Nacional Ferroviário.

Em fase avançada estavam já os estudos para a ligação entre o Porto e Vigo, através de Valença. O estudo da linha entre Lisboa e Madrid já tinha sido aprovado, tendo a Infraestruturas de Portugal (IP) submetido, entretanto, uma candidatura a fundos do Mecanismo Interligar a Europa para custear essa avaliação.

Agora o Governo soma o estudo da ligação de Alta Velocidade entre Porto/Vila Real/Bragança/Espanha, da ligação entre Aveiro/Viseu/Salamanca e da ligação de Alta Velocidade entre Faro/Huelva. A intenção de avançar com estas linhas foi anunciada durante a última cimeira ibérica entre o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o seu homólogo espanhol, Pedro Sánchez.

O Ministério das Infraestruturas destaca ainda como prioridades na ferrovia a modernização e eletrificação da Linha do Vouga, com ligação à Linha do Norte em condições de plena interoperabilidade, e “a avaliação das opções para uma ligação direta da Linha do Oeste a Lisboa, nomeadamente à Linha de Cintura”.

O Governo defende que a aprovação do Plano Nacional Ferroviário visa “afirmar a rede ferroviária, num horizonte de médio e longo prazo, como um modo de transporte de elevada capacidade e sustentabilidade ambiental, assegurando uma cobertura adequada do território com ligação aos centros urbanos mais relevantes, bem como as ligações transfronteiriças ibéricas e a integração na rede transeuropeia”.

É determinante para Portugal recuperar o atraso na ferrovia. Definir prioridades e apostar na modernização ferroviária é um processo complexo que se arrasta há anos e que temos de ter a coragem de prosseguir se queremos honrar os compromissos internacionais e, acima de tudo, os compromissos com os portugueses”, diz o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, citado em comunicado.

Os últimos anos têm sido marcados por atrasos significativos na concretização das obras na ferrovia. A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) conclui, no início deste ano, que o Ferrovia Ferrovia 2020, lançado há quase nove anos com um investimento de 2,1 mil milhões, apresenta um desvio de seis anos e nove meses.

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Cinemas perderam em fevereiro quase 300 mil espectadores face a janeiro

  • Lusa
  • 11 Março 2025

Na comparação de fevereiro passado com o mês homólogo de 2024, os valores também são de perda, de 8,7% de audiência e 4,1% de receita de bilheteira.

Os cinemas portugueses registaram, em fevereiro, uma perda de 1,9 milhões de euros e de cerca de 296 mil espectadores face a janeiro, revelou hoje o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA).

As estatísticas mensais do ICA, de consumo de cinema no circuito comercial, indicam que nos 28 dias de fevereiro, a exibição de filmes contou com 781.809 espectadores, o que representou 4,9 milhões de euros de receita bruta de bilheteira.

Comparando com os 31 dias de janeiro, estes valores representam uma quebra de 1,9 milhões de euros e 296.246 entradas.

Na comparação de fevereiro passado com o mês homólogo de 2024, os valores também são de perda, de 8,7% de audiência e 4,1% de receita de bilheteira.

A soma dos dados de exibição de janeiro e fevereiro deste ano, no entanto, superam os do período homólogo de 2024, com acréscimos de 1,3 milhões de euros de receita (para um total de 11,8 milhões de euros) e de 123 mil bilhetes emitidos (para um total de 1.859.864 espectadores).

Dos filmes estreados e exibidos em janeiro e fevereiro, o mais visto foi “Ainda estou aqui”, do realizador brasileiro Walter Salles, que conquistou 293.267 espectadores e 1,8 milhões de euros de bilheteira.

Neste período, o filme que valeu a Fernanda Torres um Globo de Ouro e foi premiado com um Óscar de Melhor Filme Internacional superou “Mufasa: O Rei Leão”, de Barry Jenkins, e “Sonic 3: O filme”, de Jeff Fowler, tanto em audiência como em receita.

“Banzo”, da realizadora Margarida Cardoso, foi o filme português mais visto este ano nos cinemas, com 2.264 espectadores e 12.326 euros de receita.

Do total de 1,8 milhões de entradas registadas em janeiro e fevereiro, cada sessão de cinema contou, em média, com 22 espectadores.

Em fevereiro, o circuito de exibição comercial de cinema contava com 512 salas, das quais 218 (42,6%) são exploradas pela NOS Lusomundo Cinemas e 58 (11,3%) pertencem à exibidora Cineplace.

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Hotel Mundial investe 20 milhões de euros na renovação do edifício

  • Lusa
  • 11 Março 2025

O hotel, na praça Martim Moniz, atingiu uma taxa de ocupação de 83% em 2024 enquanto renovava o lobby e o bar.

O Grupo PHC Hotels investiu 20 milhões de euros, em 2024, na renovação do edifício do Hotel Mundial, situado na praça Martim Moniz em Lisboa.

O diretor-geral de operações do grupo PHC Hotels, Miguel Andrade, disse esta terça-feira, em Lisboa, num encontro com jornalistas, que o Hotel Mundial atingiu uma taxa de ocupação de 83% em 2024 enquanto renovava o lobby e o bar.

Miguel Andrade avançou ainda que irão renovar o primeiro piso do hotel para atender a reuniões e eventos corporativos numa aposta de entrada nesse mercado com a implementação de oito salas de reuniões.

De acordo com o diretor, a questão do preço da energia fez com que o hotel tivesse que implementar medidas de contenção, contudo ainda houve um aumento na ordem dos 10% dos custos energéticos.

O grupo conta com cerca de 450 colaboradores e iniciou um programa de formação em parceria com a Universidade Nova de Lisboa para dar competências aos trabalhadores, tendo em conta que o grupo admite ter uma taxa de retenção de profissionais na ordem dos 67%.

Miguel Andrade afirmou ainda que “não há ninguém a receber o salário mínimo nacional” no Hotel Mundial. O diretor abordou ainda a questão da inteligência artificial (IA), admitindo que esta não pode substituir o trabalho dos profissionais da hotelaria.

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Consumidores portugueses querem que marcas atuem como agentes de mudança

  • + M
  • 11 Março 2025

Os consumidores, que se olham a si próprios como agentes de mudança, esperam que também as marcas atuem como "enablers" dessa mudança, especialmente no que toca ao envolvimento com a comunidade local.

Os consumidores portugueses estão-se a tornar mais proativos, encarando também as marcas como entidades que devem potenciar o impacto da ação dos seus utilizadores. Mais de dois terços (68%) indicam mesmo que preferem marcas que se comportem como facilitadores de mudança e que os ajudem a ter um papel ativo na comunidade.

As conclusões são do estudo “Meaningful Brands”, realizado pela Havas Media Network e que inquiriu 156.500 pessoas — entre as quais 600 portuguesas –, de 24 mercados e mais de 2.600 marcas.

Os consumidores olham-se inclusive a si próprios como agentes de mudança. Segundo o estudo, 88% procuram ter momentos de relaxamento e 60% esforçam-se por ter uma alimentação saudável e fazer exercício físico regularmente. Adotam também hábitos de consumo mais sustentáveis e, nesse sentido, procuram comprar apenas o que precisam e reciclar, por exemplo.

No entanto, onde estes “sentem maior necessidade de apoio ‘externo’ é no que toca ao envolvimento com a comunidade local, transparecendo uma vontade de maior envolvimento, que esbarra no desconhecimento de como o fazer”, refere-se em nota de imprensa.

Este comportamento espelha a “expectativa de que os consumidores têm de que as marcas atuem como enablers“. Inclusive, 68% dos portugueses inquiridos valorizam marcas que contribuam para o desenvolvimento da comunidade local, como seja através da implementação de programas de voluntariado ou momentos de convívio, por exemplo.

A grande maioria da sensibilidade dos inquiridos face ao bem-estar coletivo reflete-se na expectativa de que as marcas façam mais pelo planeta (81%), pela comunidade (78%) e só depois pelos consumidores, a nível individual (41%).

Ao nível do planeta, existe uma expectativa de que as marcas adotem programas de utilização responsável de recursos (48%), que fomentem um consumo consciente e sustentável (40%) e que compensem a sua pegada de carbono (42%). Já no que toca ao bem-estar individual, os consumidores procuram soluções práticas para poupar dinheiro (64%) e para simplificar a vida quotidiana (43%).

Neste sentido, “a questão da inovação responsável é um ponto essencial no contexto atual“, onde a tecnologia é vista com otimismo por 66% dos inquiridos, que reconhecem o seu potencial para melhorar a sua vida.

“Não obstante, esse entusiasmo vem acompanhado da necessidade de um uso mais responsável da tecnologia”, com as marcas que inovem de forma consciente e garantam a proteção dos consumidores a conseguirem “ganhar a sua confiança e admiração”.

“Num contexto muito polarizado e de permacrise, o estudo reflete o desejo crescente dos consumidores por mais controlo, com um novo sentido de positividade, resiliência e iniciativa. As marcas têm agora, mais do que nunca, a oportunidade de serem facilitadoras de mudança, de fortalecer um sentimento de pertença e de promover uma cultura inclusiva, que valorize a diversidade e a cooperação“, lê-se ainda em nota de imprensa.

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Tecnológica portuguesa Magic Beans abre ‘hub’ de vendas em Lisboa e prevê receitas de 5,6 milhões em 2025

A empresa de consultoria em ‘cloud’ faturou 4,1 milhões de euros no ano passado e anunciou esta terça-feira um International Sales Hub para servir os mercados globais.

A consultora tecnológica portuguesa Magic Beans anunciou esta terça-feira que fechou o último ano com uma faturação de 4,1 milhões de euros, o que representa um crescimento de 40% em relação a 2023. A empresa especializada em cloud antecipa ultrapassar a fasquia cinco milhões de euros.

A subida permite-lhe investir num novo centro operacional estratégico em Lisboa, que arranca com apenas seis pessoas mas vai aumentar “passo a passo”.

“Já tentámos ir mais depressa, mas a realidade diz-nos que não adianta”, afirmou CEO da Magic Beans, Vítor Rodrigues, num almoço com a imprensa.

O International Sales Hub da Magic Beans, que entrou em funcionamento na primeira semana de janeiro, é uma etapa no processo de internacionalização, uma vez que a empresa opera também em Espanha, na Bélgica, no Luxemburgo, em Itália, nos Países Baixos e na Suíça.

Trata-se de um hub que pretende colocar Portugal no epicentro das vendas globais e visa aumentá-las através do talento qualificado que está em Lisboa, bem como otimizar os investimentos com maiores retornos. “É um hub de venda e pré-venda. A consolidação da equipa de consultoria em Lisboa para ter mais massa crítica e passar conhecimento mais rápido e atuar melhor”, esclareceu o CEO, em declarações aos jornalistas.

Para 2025, a estimativa é alcançar uma taxa de crescimento homólogo de 36% para um volume de negócios de 5,6 milhões de euros e aumentar em 15% a margem de lucro. Chegar aos cinco milhões de euros de faturação é um plano antigo da Magic Beans. Questionado pelo ECO sobre o atraso de, pelo menos, dois anos, o CEO admitiu: “O plano foi afetado pela minha ambição, que chocou com a realidade do mercado”.

“Quando fazemos planos não imaginamos que entrem fatores como o conflito na Ucrânia. Vamos aprendendo com a experiência. Também tivemos de atrasar a entrada na Alemanha porque a economia alemã caiu. Este ano já temos uma estimativa de crescimento menos agressiva”, justificou Vítor Rodrigues.

Ainda assim, o CEO da Magic Beans garante que “2025 será um ano interessante”, destacando a recente entrada no Chile, onde está a trabalhar com a operadora de telecomunicações Entel, que tem 18 milhões de clientes, o quádruplo do que a Altice Portugal.

Ademais, espera que o mercado espanhol cresça com contratos de empresas maiores e passe a valer 20-25% do negócio global da empresa nacional, que é parceira de fornecedores de cloud como Amazon Web Services (AWS), Microsoft (Azure), Oracle, DataBricks e GCP.

Depois da IA, marca de segurança a caminho

A Magic Beans, que celebra oito anos, está a estudar o lançamento de novas marcas especializadas para servir os mais de 300 clientes. A área de segurança e compliance é a que está na pole position para ser um negócio autónomo.

Em 2024, a consultora tecnológica criou uma subsidiária exclusivamente dedicada aos dados e à Inteligência Artificial (IA). “Está a correr muito bem. Achámos que era a altura de investir nesta área com uma marca própria (Magic Data)”, comentou Vítor Rodrigues.

“Se não houver dados com qualidade não vale a pena. A IA tem de entregar valor. Se os dados forem maus não existe inteligência nenhuma. As empresas que não adotarem estas ferramentas vão ficar para trás”, assegura o especialista em tecnologia na ‘nuvem’.

Apesar de ver na computação quântica a próxima revolução digital, crê que ainda não está numa fase de implementação. “Vemos que a tecnologia quântica está mais perto e essa será outra grande revolução, embora ache que ainda vai durar mais tempo. Uma coisa é ter o hardware de processamento pronto, mas outra são as aplicações quânticas. A IA é mais rápida”, referiu o CEO da Magic Beans.

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Santa Casa vende apenas um dos cinco imóveis que levou a hasta pública

A instituição só vendeu a moradia em Loures de um conjunto de cinco propriedades avaliadas em 18,5 milhões de euros. Restantes quatro imóveis não receberam propostas.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) vendeu apenas um imóvel dos cinco que levou a hasta pública esta terça-feira de manhã. A moradia T1 em Loures foi vendida por 59.400 euros, mais 25 euros do que o preço base, confirma ao ECO fonte da instituição, enquanto os demais não receberam propostas.

Localizado na Rua Alves Redol, em Loures, o imóvel com logradouro, por reabilitar, recebeu apenas uma “única proposta válida por parte de uma empresa”, detalhou ao ECO a SCML. O valor base de alienação era de 59.375 euros.

Fonte da instituição confirmou também que os restantes imóveis avaliados em 18,5 milhões de euros “não receberam propostas”.

Esta foi a terceira hasta pública para a alienação de imóveis da Santa Casa. Entre os imóveis que a instituição tentou vender estava ainda um T1 no Seixal com um valor inicial de 121.025 euros.

Além destes, a Santa Casa tentou vender um terreno em Lisboa, na freguesia da Ajuda, com 13.640 metros quadrados, com um valor base de quase 13,4 milhões de euros.

Também em Lisboa, foram a leilão dois prédios em regime de propriedade total, para obras de reabilitação. Um na freguesia de Santo António, com cinco pisos acima do solo, por pelo menos 1,6 milhões de euros, e outro na freguesia de Arroios, com oito apartamentos e quatro lojas, por 3,4 milhões de euros.

Santa Casa já encaixou 12,7 milhões de euros com três hastas públicas

A primeira hasta pública da Santa Casa aconteceu a 4 de dezembro do ano passado e foram alienados quatro imóveis no valor de 700 mil euros: na Amadora, em Oeiras, no Seixal e na vila alentejana de Odemira, lê-se no site da Santa Casa.

No início do ano, a SCML realizou uma segunda hasta pública que rendeu quase 12 milhões de euros, com a alienação de dois imóveis, de acordo com a informação consultada pelo ECO no site da Santa Casa.

Estes leilões surgem no âmbito do plano de reestruturação da SCML, que prevê a alienação de “cerca de 80 milhões de euros” de património.

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