Trump e Putin concordam em iniciar “de imediato” negociações sobre guerra na Ucrânia

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2025

"Acordámos trabalhar em conjunto de forma muito próxima, inclusive visitando os países um do outro", adiantou ainda o Presidente norte-americano, após ter falado ao telefone com Vladimir Putin.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, e o homólogo russo, Vladimir Putin, mantiveram esta quarta-feira uma longa conversa telefónica em que, entre outros assuntos, discutiram a guerra na Ucrânia e comprometeram-se a iniciar “de imediato” negociações sobre o assunto.

“Acordámos trabalhar em conjunto de forma muito próxima, inclusive visitando os países um do outro. Também concordámos que as nossas equipas iniciarão de imediato as negociações, e começaremos por telefonar ao Presidente (ucraniano, Volodymyr) Zelensky para o informar da conversa, o que farei agora mesmo”, declarou Trump. Mais tarde, o presidente dos EUA revelou que o encontro com o homólogo russo teria lugar na Arábia Saudita.

O chefe de Estado norte-americano sempre defendeu que a invasão russa da Ucrânia não se teria iniciado se ele estivesse na Casa Branca e, inclusive, antes de regressar à Presidência dos Estados Unidos tinha assegurado ser capaz de pôr fim ao conflito com apenas uma chamada a Putin e a Zelensky.

Trump telefonou depois ao Presidente ucraniano. Volodymyr Zelensky adiantou ter falado ao telefone com o homólogo norte-americano sobre as “possibilidades de alcançar a paz” na Ucrânia.

“Falámos longamente sobre as possibilidades de alcançar a paz”, declarou Zelensky, acrescentando que Trump partilhou com ele os “pormenores da sua conversa com Putin”, numa chamada telefónica que durou cerca de uma hora. Nela, debateram os próximos passos conjuntos para deter a guerra e alcançar “uma paz duradoura e sólida”, indicou o chefe de Estado ucraniano.

“Como disse o Presidente Trump, vamos a isso”, escreveu Zelensky nas suas redes sociais, ao relatar o conteúdo da conversa, que aconteceu pouco depois de Trump ter acordado por telefone com o Presidente russo, Vladimir Putin, impulsionar o processo de paz que o novo Governo norte-americano está a promover, para acabar com a guerra na Ucrânia.

Por sua vez, Trump afirmou que Zelensky “quer fazer a paz”, quando estão prestes a completar-se três anos de guerra, desde que a Rússia invadiu o território da Ucrânia vizinha, em fevereiro de 2022.

Já numa entrevista concedida ao diário britânico The Guardian, publicada na terça-feira, o Presidente ucraniano se tinha declarado disposto a “uma troca” de territórios com a Rússia, no contexto de eventuais negociações de paz mediadas pelos Estados Unidos, considerando que a Europa sozinha não conseguirá garantir a sua segurança.

“Se o Presidente norte-americano, Donald Trump, conseguir levar a Ucrânia e a Rússia à mesa das negociações, trocaremos um território por outro”, assegurou Zelensky, na entrevista, embora acrescentando não saber que território pediria Kiev em troca. “Não sei, veremos. Mas todos os nossos territórios são importantes, não há nenhuma prioridade”, afirmou.

Volodymyr Zelensky rejeitou durante muito tempo a ideia de negociações, afirmando querer vencer a Rússia no campo de batalha. Mas a Ucrânia está a ter dificuldades em deter o Exército russo, que está a conquistar terreno no leste do seu território.

Ao diário britânico The Guardian, o Presidente ucraniano declarou-se disposto a negociar, mas sublinhando que quer fazê-lo “a partir de uma posição de força”.

(Notícia atualizada às 22h02 com mais informação)

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SIC reembolsa antecipadamente empréstimo obrigacionista de 16 milhões de euros

  • Lusa e + M
  • 12 Fevereiro 2025

As obrigações do empréstimo 2021-2025 da SIC foram reembolsadas quatro meses antes do previsto, com a estação a pagar 16.131.510 euros.

A SIC reembolsou esta quarta-feira um empréstimo obrigacionista no valor de 16 milhões de euros, após ter antecipado a data do pagamento em quatro meses, de junho para fevereiro.

Segundo indicou fonte oficial da SIC à Lusa, as obrigações do empréstimo 2021-2025 da SIC foram reembolsadas, sendo que a estação pagou 16.131.510 euros.

Em novembro, a SIC decidiu propor uma antecipação do reembolso das obrigações 2021-2025 para fevereiro, em vez de junho, alinhando-o com o seu ciclo de tesouraria e a otimização das suas disponibilidades financeiras.

Esta proposta teve em vista “alinhar o reembolso das obrigações SIC 2021-2025 com o ciclo de tesouraria da SIC” e a otimização das suas disponibilidades financeiras, explicou a estação, na altura.

Para compensar os obrigacionistas pela antecipação do reembolso, a SIC ofereceu um prémio de participação de 0,245 euros por obrigação (cerca de 0,8167% do valor nominal) para os titulares que participarem validamente na assembleia e um prémio de reembolso de 0,15 euros por obrigação (0,50% do valor nominal) a ser pago na nova data de reembolso.

No ano passado a SIC também lançou uma operação de subscrição pública de obrigações (OPS), associada também a uma oferta pública de troca (OPT), no valor de 30 milhões de euros.

Para convencer os pequenos investidos a comprarem as “Obrigações Ligadas a sustentabilidade SIC 2024-2028” (“Obrigações SIC 2024-2028”), a SIC comprometeu-se a pagar uma taxa de cupão de 5,95%, com juros pagos semestralmente, durante quatro anos.

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De Bruxelas para Évora. CDU quer eurodeputado candidato à câmara

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2025

A escolha de João Oliveira como candidato a presidente da Câmara Municipal "traduz uma aposta prioritária da CDU em Évora", indica a coligação.

O eurodeputado comunista João Oliveira vai ser o cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal de Évora nas próximas eleições autárquicas, anunciou esta quarta-feira a coligação.

João Oliveira, 45 anos, advogado, foi deputado à Assembleia da República da X à XIV legislatura, entre 2005 e 2022, pelo círculo de Évora, de onde é natural. Foi líder da bancada parlamentar do PCP entre 2013 e 2022, integrando, a nível partidário, a Comissão Política do Comité Central.

Em comunicado, a Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV/ID) afirma que a escolha de João Oliveira como candidato a presidente da Câmara Municipal “traduz uma aposta prioritária da CDU em Évora”.

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Livro de receitas digital da Bimby alvo de ciberataque

Utilizadores da aplicação "Mundo de Receitas Bimby" podem ter dados como nome, morada, data de nascimento, número de telefone ou email comprometidos. Vorwerk garante que fez mudanças no servidor.

A Bimby sofreu um ataque informático ao seu livro digital de receitas, uma aplicação chamada “Mundo de Receitas Bimby”. Os utilizadores desta plataforma online da empresa alemã Vorwerk, destinada a atualizar os clientes sobre as tendências de culinária, podem ter dados como o nome, morada, data de nascimento, número de telefone ou email comprometidos.

Identificámos uma fuga de dados que afetou um servidor secundário de um dos nossos prestadores de serviços externos, que foi utilizado ilegalmente por terceiros para aceder a certos campos de dados”, informou a fabricante dos robôs de cozinha Thermomix, conhecidos como Bimby em Portugal, garantindo que desativou o aparelho atacado.

As informações que poderão ter sido afetadas pela fuga de dados são as que os ‘cozinheiros’ preencheram sobre as suas preferências de culinária Bimby na comunidade de receitas (perfil de utilizador). No entanto, nenhuma palavra-passe foi furtada pelos hackers entre os dias 30 de janeiro e 3 de fevereiro de 2025.

Quem subscreve a aplicação Cookidoo da Bimby, e paga uma mensalidade/anuidade que lhe dá acesso às receitas mais atualizadas e listas de compras de supermercado automáticas, não foi afetado pelo incidente.

“Após uma revisão imediata em estreita colaboração com o nosso prestador de serviços e especialistas internos em segurança e proteção de dados, a vulnerabilidade foi corrigida rapidamente e foram implementadas medidas adequadas”, garante a empresa.

Na linha de apoio ao cliente, a Bimby está esta quarta-feira a aconselhar os utilizadores a tomarem especial atenção aos cliques de sites duvidosos e a não responderem a comunicações que pareçam suspeitas. “Não fazer nada nem abrir anexos de remetentes duvidosos”, adverte-se em chamadas telefónicas com os clientes.

Quais são as principais recomendações da marca?

  • Fique atento a tentativas de phishing – os atacantes podem usar as informações expostas para enviar emails ou mensagens fraudulentas.
  • Tenha cuidado com chamadas ou emails inesperados que solicitem informações pessoais.
  • Considere atualizar as suas definições de segurança de email e ativar a 2FA sempre que possível.
  • Não precisa de mudar a sua palavra-passe, mas como uma boa prática de segurança, recomendamos a ativação da autenticação de dois fatores (2FA) sempre que aplicável.

O ECO sabe que os agentes comerciais da empresa foram informados sobre o sucedido com um comunicado oficial semelhante divulgado ao público no site oficial.

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Seguradoras impedidas de processar culpados dos incêndios no Havai

  • ECO Seguros
  • 12 Fevereiro 2025

O tribunal decidiu contra as seguradoras e a favor do Estado do Havai, permitindo que acordo de litígio sobre os incêndios florestais de Maui, no valor de 4 mil milhões de dólares, avance.

O Supremo Tribunal de Justiça do Havai não permite que as seguradoras avancem com ações judiciais contra os culpados dos incêndios florestais que afetaram Maui em 2023 para recuperarem as indemnizações que pagaram às vítimas suas seguradas.

Segundo comunicado pela instituição judicial americana, a única forma para as empresas de seguros recuperarem parte das despesas é solicitar aos réus o pagamento do mesmo montante pago em prémios pelos tomadores de seguro.

A decisão do tribunal determina assim que o valor acordado entre os réus para pagar às vítimas dos incêndios no valor de 4 mil milhões de dólares avance. “O dinheiro da indemnização dos arguidos reverterá diretamente para as vítimas dos incêndios e não para as companhias de seguros”, lê-se no comunicado.

“As companhias de seguros tinham-se recusado a entrar em acordo com os réus, alegando que tinham o direito de apresentar queixas contra estes, incluindo o Estado do Havai, para recuperar o que foi pago às vítimas do incêndio” lê-se no comunicado.

Os cerca de 4 mil milhões de dólares em causa é o valor considerado necessário para responder a todos os pedidos de indemnização decorrente dos incêndios de 8 de agosto de 2023. Foi um dos incêndios mais mortíferos do século tendo ceifado a vida a 102 pessoas e destruído o centro histórico de Lohaina em Maui.

“Continuarei a trabalhar com todas as partes, incluindo as que se opuseram ao acordo, para acelerar a nossa recuperação crítica como povo e como Estado”, afirma Governador Josh Green.

“Estamos muito satisfeitos por este obstáculo à resolução das reivindicações das vítimas do incêndio ter sido ultrapassado”, afirmou a Procuradora-Geral Anne Lopez.

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Diversificação de portefólio empurra rating da HDI para “AA-“

  • ECO Seguros
  • 12 Fevereiro 2025

A diversificação da carteira ajudou a HDI a estar menos vulnerável às mudanças das condições económicas globais, permitindo ter uma "capacidade muito forte para cumprir os compromissos financeiros".

A agência de notação financeira S&P Global Ratings subiu o rating do Grupo Talanx e da sua seguradora corporate & speciality, HDI Global SE, de “A+” (forte) para “AA-” (muito forte) com perspetiva estável.

Edgar Puls, CEO da HDI Global: “A atualização da nossa notação de crédito é uma prova da nossa resiliência financeira, permitindo-nos continuar a ser um Parceiro de Transformação fiável e de confiança para os nossos clientes a longo prazo”.

Por ratings entende-se a avaliação que a agência atribui à capacidade das empresas em pagar as dívidas nos tempos acordados.

Assim sendo, o grupo de serviços financeiros e a seguradora deixaram de ser avaliadas como sendo “suscetíveis às condições económicas e mudanças de circunstâncias” apesar da forte capacidade para alcançar os seus compromissos financeiros. Agora, a agência subiu-lhes o rating por considerar que têm uma “capacidade muito forte para cumprir os compromissos financeiros”.

A S&P Global Ratings justifica a atualização em alta da HDI com o seu reforço consistente nas demonstrações financeiras, assim como pela diversificação contínua dos fluxos de receitas entre as linhas de negócio e regiões a nível do grupo.

“Com esta decisão, a S&P reconheceu explicitamente o forte desenvolvimento da HDI Global SE no seio do Grupo Talanx, atuando como um forte interveniente nas áreas de Corporate & Specialty.”, indica a seguradora em comunicado.

“A atualização da nossa notação de crédito é uma prova da nossa resiliência financeira, permitindo-nos continuar a ser um Parceiro de Transformação fiável e de confiança para os nossos clientes a longo prazo. Estamos orgulhosos deste reconhecimento e de fazer parte de um grupo tão forte”, afirmou Edgar Puls, CEO da HDI Global.

A HDI Global SE reforçou no ano passado sua presença em Portugal com a abertura de uma sucursal em Lisboa. Esta iniciativa marca um passo significativo, já que a empresa atuava no país há mais de 20 anos sob o regime de livre prestação de serviços. Pela primeira vez a empresa entrou no ranking da produção dos prémios brutos das seguradoras de 2024, com uma produção de 5 milhões de euros, embora só tenha iniciado atividade no último trimestre do ano.

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Google lança novas ferramentas para ajudar pais a gerir dispositivos dos filhos

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2025

O Google Family Link permite aos pais definir e ajustar o tempo de inatividade e o horário escolar.

A Google anunciou esta quarta-feira novas ferramentas para ajudar os pais a gerir dispositivos como telemóveis, entre outros, dos seus filhos com o Google Family Link, que permite definir e ajustar o tempo de inatividade e o horário escolar.

O objetivo é manter as crianças mais seguras online e promover hábitos digitais saudáveis. O Family Link apresenta-se “mais intuitivo” e num novo “separador Tempo de Ecrã reúne todas as ferramentas de gestão de tempo de ecrã num único lugar de fácil acesso”, segundo a tecnológica.

Este separador, “além do resumo da utilização e dos limites de tempo específicos da aplicação e do dispositivo”, também permite aos pais definir e ajustar o tempo de inatividade e o horário escolar.

“Simplificamos os principais controlos para que os pais tenham tudo o que precisam na ponta dos seus dedos, incluindo a capacidade de gerir as definições dos dados da conta, aprovar downloads de aplicações e bloquear sites específicos”, adianta a Google.

Por exemplo, “os pais podem escolher as aplicações que serão silenciadas e limitadas e saber quais as aplicações que os seus filhos usam durante o horário escolar ou fora dele”.

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+M

Casa Branca impede acesso da Associated Press à Sala Oval por recusa em adotar “Golfo da América”

A Associated Press e a Associação de Correspondentes da Casa Branca consideram "alarmante" e "inaceitável" a decisão da administração de Donald Trump de barrar o acesso de um jornalista.

A Casa Branca impediu o acesso de um jornalista da Associated Press (AP) a um evento na Sala Oval na terça-feira, após exigir que a agência de notícias alterasse o seu estilo de escrita e passasse a adotar o nome de “Golfo da América” em vez de “Golfo do México”, conforme a renomeação ordenada por Donald Trump.

“Fomos informados pela Casa Branca de que se a AP não alinhasse os seus padrões editoriais com a ordem executiva do presidente Donald Trump de renomear o Golfo do México como Golfo da América, a AP seria impedida de ter acesso a um evento na Sala Oval. Esta tarde, o jornalista da AP foi impedido de comparecer à assinatura de uma ordem executiva”, refere Julie Pace, vice-presidente da Associated Press (AP), citada em comunicado.

É alarmante que o governo Trump puna a AP pelo seu jornalismo independente. Limitar o nosso acesso à Sala Oval tendo por base o conteúdo do discurso da AP não apenas impede severamente o acesso do público a notícias independentes, como viola claramente a Primeira Emenda“, acrescenta.

A Associação de Correspondentes da Casa Branca (WHCA) também reagiu, insurgindo-se contra a decisão da administração de Donald Trump. “A Casa Branca não pode ditar como os meios de comunicação dão as suas notícias, nem deve penalizar jornalistas em atividade porque está descontente com as decisões dos seus editores”, refere em comunicado Eugene Daniels, presidente da WHCA. “A ação da administração de proibir o acesso de um jornalista da Associated Press a um evento oficial aberto à comunicação social é inaceitável“, acrescenta.

Ainda antes da sua tomada de posse, Trump já tinha anunciado que pretendia mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América”, tendo assinado uma ordem executiva para que isso acontecesse assim que estivesse no cargo.

Três dias após o regresso do republicano à Casa Branca, a Associated Press divulgou que continuaria a referir-se ao Golfo do México pelo nome que já era conhecido, uma vez que, sendo uma agência de notícias global, “deve garantir que as designações geográficas sejam facilmente reconhecíveis para todos os públicos”.

Donald Trump também decretou que a montanha Denali, no Alasca, voltasse ao nome Monte McKinley, pelo qual era conhecida até 2015, altura em que Barack Obama ordenou que fosse renomeada como Denali, o seu nome indígena. Esta mudança, no entanto, foi acatada pela AP, uma vez que se refere a uma área localiza nos Estados Unidos e que Trump tem autoridade para mudar nomes geográficos dentro do país, justifica a agência.

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Canadá e UE afirmam “estreita relação” em Bruxelas

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2025

Canadá e os 27 "vão continuar a apoiar um sistema multilateral inclusivo e baseado em regras, assente nos princípios da Carta das Nações Unidas, e a defender a soberania, a integridade territorial".

O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau; o Presidente do Conselho Europeu, António Costa e a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, salientaram esta quarta-feira, em Bruxelas, a “estreita relação” e debateram questões económicas e diplomáticas.

Segundo um comunicado divulgado pelo Conselho Europeu, os responsáveis “salientaram a estreita relação entre o Canadá e a União Europeia (UE), que é sustentada por um Acordo de Parceria Estratégica e um Acordo Económico e Comercial Global (CETA)”.

Também foi debatida a “importância de trabalhar em conjunto para promover a segurança e a estabilidade económicas mundiais”, além das “fortes relações comerciais e de investimento entre o Canadá e a UE” e houve concordância sobre a “importância de renovar os esforços para fazer avançar e diversificar o comércio”, refere o comunicado.

Outro ponto abordado foi a “importância da cooperação entre o Canadá e a UE – inclusive no contexto da Presidência canadiana do G7 – para fazer face às atuais oportunidades e desafios num mundo complexo, competitivo e imprevisível”.

Lê-se ainda na nota divulgada que o Canadá e os 27 “vão continuar a apoiar um sistema multilateral inclusivo e baseado em regras, assente nos princípios da Carta das Nações Unidas, e a defender a soberania, a integridade territorial e a inviolabilidade das fronteiras como princípios fundamentais do direito internacional”.

A poucos dias do terceiro aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia, também foi reafirmado o “apoio inabalável” a Kiev, assim como foi saudado o acordo de cessar-fogo e de libertação de reféns entre o Hamas e Israel em relação ao conflito em Gaza, tendo os dirigentes apelado a “todas as partes” para que apliquem o compromisso.

“Sublinharam o seu empenho numa solução baseada na existência de dois Estados. Salientaram igualmente a importância de uma estrutura de governação política inclusiva liderada pela Síria”, acrescenta a mesma nota. Sobre as taxas aduaneiras anunciadas pelos Estados Unidos, o comunicado adianta terem sido tema na reunião, sem acrescentar mais dados, concluindo que foram debatidas “outras prioridades comuns e acordaram em manter-se em estreito contacto”.

“O presidente Costa e a presidente Ursula von der Leyen manifestaram a sua gratidão pelo contributo pessoal e pela liderança do primeiro-ministro Trudeau no reforço das relações Canadá-UE e na defesa de valores partilhados e da ordem internacional assente em regras”, segundo o mesmo comunicado.

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Candidato a bastonário dos advogados fez ajuste ilegal na Ordem, diz Tribunal de Contas

João Massano - atual presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados - é também candidato da bastonário dos advogados, nas eleições atecipadas marcadas para 18 e 19 de março.

O Tribunal de Contas (TdC) condenou o advogado João Massano – atual presidente do Conselho Regional de Lisboa e candidato da bastonário dos advogados – por contratos ilegais no valor de 115 mil e 200 euros.

Segundo avança a revista Sábado, entre 26 de julho de 2022 e março de 2023, o Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados pagou nove faturas de serviços de assessoria jurídica por ajuste direto – um método que o Tribunal de Contas (TC) considerou ilegal, assinadas pelo advogado João Massano.

No total, foram 115 mil e 200 euros em ajustes diretos, apesar da lei obrigar a que os contratos com este valor têm de passar por “procedimento por concurso público ou concurso limitado por prévias qualificações sem publicação de anúncio no Jornal Oficial da União Europeia”, pode ler-se no processo do TC de 2024, que concluiu que este ato “não foi legal” por violar as regras da contratação pública.

Relativamente à acusação de violação das normas legais ou regulamentares relativas à contratação pública, no âmbito da celebração de um contrato de aquisição de serviços de assessoria jurídica celebrado pela Ordem dos Advogados no ano de 2022, informamos que o processo de contratação inicial dos mesmos foi realizado durante a gestão que antecedeu o nosso mandato.
Quando a atual direção do CR Lisboa tomou posse, estes serviços de assessoria jurídica ao CRLisboa já estavam a ser prestados”

João Massano

A decisão do TdC refere ainda que estes contratos não foram logo publicados no Portal Base mas sim um mês depois do pagamento das nove faturas. Assim, o TC condenou João Massano por “infração financeira sancionatória”.

O presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados foi diretamente responsabilizado por ter sido o “agente da ação”; visto que “assinou o respetivo contrato” e, “detendo a competência para praticar o ato [de publicitar o trabalho], não o fez permitindo que a ilegalidade se verificasse”.

“Assim, relativamente à acusação de violação das normas legais ou regulamentares relativas à contratação pública, no âmbito da celebração de um contrato de aquisição de serviços de assessoria jurídica celebrado pela Ordem dos Advogados no ano de 2022, informamos que o processo de contratação inicial dos mesmos foi realizado durante a gestão que antecedeu o nosso mandato.
Quando a atual direção do CR Lisboa tomou posse, estes serviços de assessoria jurídica ao CR Lisboa já estavam a ser prestados”, segundo reposta dada por João Massano. “Assim, a direção do CR Lisboa, depois de analisar a qualidade do trabalho da profissional que havia sido contratada anteriormente para a área de contratação pública, concluiu que este possuía um rigor técnico acima do expectável. Para a direção do CR Lisboa foi evidente a mais-valia que a respetiva manutenção do prestador em causa trazia. Adicionalmente, destacaríamos que, como reconhecimento do seu trabalho, esta profissional foi posteriormente responsável por elaborar e organizar os procedimentos de recrutamento e seleção de formadores em todos os Conselhos Regionais do país”, acrescenta. “A profissional foi inicialmente contratada em setembro de 2018, tendo o contrato sido renovado em março de 2019, em outubro de 2019 e em julho de 2024, tendo o mesmo terminado em agosto de 2024. Apesar desta argumentação, e independentemente da profissional em causa ter sido contratada pelo CR Lisboa anterior, o Tribunal de Contas entendeu aplicar um critério mais formalista, considerando não serem atendíveis os fundamentos que na altura justificaram a contratação. Face ao exposto, consideramos evidente que não houve qualquer prejuízo para o CR Lisboa ou para a Ordem dos Advogados em geral, sendo que atendendo à qualidade e à quantidade de trabalho que foi desenvolvido pela prestadora em causa são manifestos os benefícios que daí resultaram”, concluiu.

Nos triénios anteriores ao mandato de João Massano, António Jaime Martins foi o Presidente do Conselho Regional de Lisboa da OA nos triénios 2014-16 e 2017-2019. Mas João Massano fazia parte desta equipa do ex-colega de escritório como vice-Presidente responsável pelo pelouro da Formação.

João Massano tornou-me sócio fundador da ATMJ em 2004. Mestre em Direito em 2006, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Manteve uma carreira académica durante cerca de 17 anos, como docente universitário na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, na Universidade Lusófona e na Universidade Moderna. Agora trabalha em prática individual, com escritório próprio.

Ligado ao Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados (CR Lisboa) desde 2011, primeiro, como Vogal-Tesoureiro do CR Lisboa (triénio 2011-2013) depois, nos dois mandatos seguintes, como Vice-Presidente responsável pelo pelouro da Formação (triénios 2014-2016 e 2017-2019) e, finalmente (desde 2019), como Presidente do CR Lisboa.

A bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro, anunciou a convocação de eleições antecipadas para todos os órgãos da instituição, incluindo o que lidera, o Conselho Geral (CG) no final de novembro. Os candidatos a bastonário são quatro: Fernanda de Almeida Pinheiro, João Massano, José Costa Pinto e Ricardo Serrano Vieira.

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+M

CTT procuram sugestões de temas para a sua edição de selos de 2026

  • + M
  • 12 Fevereiro 2025

Os CTT querem sugestões relacionadas com vultos da história e da cultura, datas da história e temas de projeção internacional ou que evoquem aspetos distintos do património cultural e natural.

Os CTT querem receber sugestões de temas para as suas coleções de selos do próximo ano. Qualquer pessoa pode enviar sugestões até ao dia 31 de março.

“Os selos são mensageiros privilegiados do património natural e cultural de um povo. Com o correio que enviamos, partilhamos apontamentos da nossa história e tradições, curiosidades literárias, exemplos de arquitetura e de biodiversidade. Assinalamos datas célebres, homenageamos vultos da nossa cultura, distinguimos momentos que, pela sua relevância, são de toda a humanidade”, referem os CTT, em comunicado.

Nesta ótica, os CTT solicitam que todos os interessados enviem sugestões de temas “que, pela sua importância, possam ilustrar os selos postais do próximo ano”.

As sugestões devem ir ao encontro de certos temas como os de “vultos da história e da cultura“, ou seja, “personalidades que, pelo seu percurso e obra incontornáveis, se destacaram no panorama nacional e cujas datas comemorativas do nascimento assinalamos (centenários, bicentenários e outras datas de relevo)”.

Outras duas áreas passam por “datas da história“, sendo procurados “acontecimentos que determinaram e contribuíram decisivamente para o desenvolvimento da nossa identidade como povo”, ou acontecimentos de “projeção internacional“, ou seja, “acontecimentos que, dada a sua relevância e o seu pendor global, marcam as relações de Portugal com outros povos e culturas, sendo merecedores de celebração mundial”.

Os CTT procuram ainda sugestões “temáticas“, relativas a “temas de âmbito geral que evocam aspetos distintos do nosso património cultural (material e imaterial) e natural, assinalando a nossa singularidade como povo”.

O envio das propostas deve ser feito até ao final do próximo mês de março para a responsável das Novas Emissões de Filatelia dos CTT, Lurdes Além, por via postal (para Avenida dos Combatentes, 43, 1643-001 Lisboa) ou através do email [email protected]

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BE quer ERC a avaliar idoneidade dos proprietários de media

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2025

O BE quer que a ERC avalie a idoneidade dos proprietários na autorização para início de atividade, antes da compra ou aumento de uma participação qualificada e durante todo o tempo de titularidade.

O BE apresentou esta quarta-feira um projeto de lei para que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) faça uma avaliação vinculativa à idoneidade de quem pretende adquirir participações em órgãos de comunicação social.

A iniciativa dos bloquistas foi apresentada ao ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, que ouviu esta manhã, na Assembleia da República, todos os partidos da oposição sobre o novo código para a comunicação social que o Governo tenciona entregar no parlamento antes do verão.

O BE pretende que a ERC avalie a idoneidade dos proprietários no âmbito da autorização para início de atividade, num momento prévio à aquisição ou aumento de uma participação qualificada e continuamente durante todo o tempo de titularidade de participação qualificada.

Nesta avaliação, segundo o BE, deve ser considerado o modo como quem pretende adquirir uma participação “gere habitualmente os negócios, profissionais ou pessoas” e exerce a profissão em “especial nos aspetos que revelem a sua capacidade para decidir de forma ponderada e criteriosa, assim como o cumprimento de todas as obrigações éticas e legais associadas ao exercício da atividade”.

A apreciação da idoneidade deve considerar se o proprietário ou potencial adquirente já foi condenado pela prática de um crime punível com pena de prisão superior a seis meses, em casos de branqueamento, administração danosa ou corrupção ativa, falsificação, tráfico de influência, insolvência por decisão judicial ou proibição, por autoridade judicial, de agir na qualidade de administrador.

O BE pretende que um parecer negativo da ERC impeça a aquisição de uma participação em empresas de comunicação social e estabelece que essa decisão deve ser comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), ao adquirente potencial e ao Banco de Portugal.

Em declarações aos jornalistas, a deputada do BE Joana Mortágua afirmou que, se tivesse havido esta fiscalização prévia na propriedade de empresas de media como a Global Media, Alpac Capital ou Trust In News, ter-se-ia evitado “situações de falência, falta de transparência e de enorme obscurantismo” dos interesses de quem detém os grupos de comunicação social.

Também em declarações após a reunião com o Governo, a dirigente do Chega Patrícia Carvalho defendeu que a legislação em causa está “bastante desatualizada” e que é urgente revê-la. A deputada disse ter transmitido ao Governo a preocupação do Chega sobre o facto de muitas vezes a “opinião confundir-se com informação, nomeadamente em canais de televisão”, considerando que a legislação deve deixar claro a diferença entre as duas.

Pela Iniciativa Liberal, Rodrigo Saraiva também concordou que a legislação que existe “está obsoleta”. O deputado defendeu ainda que “não faz sentido continuar a cobrar aos jornalistas” o valor da carteira profissional uma vez que é um documento obrigatório para exercer a profissão.

Pelo Livre, o deputado Rui Tavares considerou que o código para a comunicação social que o Governo está a apresentar aos partidos deveria incluir mais apoios aos media, nomeadamente ao jornalismo de investigação e sem fins lucrativos, e maior proteção dos arquivos.

A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, defendeu regras que impeçam “fenómenos como a concentração excessiva da titularidade de órgãos de comunicação social”, mais meios para a Entidade Reguladora para a Comunicação (ERC) e guias de boas práticas para lidar com fenómenos como as notícias falsas.

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