Antas da Cunha Ecija integra Nuno Castelão como of counsel

O advogado transita da A&O Shearman e terá a seu cargo a gestão da nova área de prática de Bancário, Financeiro e Mercado de Capitais da sociedade.

A Antas da Cunha Ecija acaba de anunciar a integração de Nuno Castelão como of counsel. O advogado transita da A&O Shearman e terá a seu cargo a gestão da nova área de prática de Bancário, Financeiro e Mercado de Capitais da sociedade.

De acordo com Fernando Antas da Cunha, managing partner da Antas da Cunha Ecija: “O percurso profissional do Nuno Castelão fala por si. Ao longo dos últimos 25 anos, tornou-se um dos mais respeitados advogados portugueses a atuar na área financeira, fruto de uma carreira internacional ímpar, dividida entre São Paulo, Londres, Luxemburgo e Lisboa”.

E acrescenta: “A incorporação do Nuno e a aposta na área de prática de Bancário, Financeiro e Mercado de Capitais, estão perfeitamente alinhadas com a estratégia de crescimento que traçámos e que temos vindo a implementar, e reflete o objetivo de construir, em todas as áreas, equipas de referência, com capacidade para dar uma resposta de excelência aos desafios que regularmente nos são lançados pelos nossos clientes”. Fernando Antas da Cunha termina, sublinhando: “O Nuno está em perfeita sintonia com a força, a energia e a forma de estar que nos caracteriza, e partilha dos nossos valores e princípios. Nesse sentido, estamos muito satisfeitos por podermos contar com o seu contributo”.

Nuno Castelão tem 25 anos de experiência na área financeira. Trabalhou no ABNAmroBank (Lisboa), RoyalBankof Scotland (Londres), VdA (Lisboa) e Allen & Overy / A&OShearman (Londres e Luxemburgo). Possui experiência nos mais diversos aspetos jurídicos que caracterizam as operações de financiamento, quer no que diz respeito a empréstimos bancários (bilaterais ou através de sindicatos bancários) – incluindo green loans e sustainability – linked loans – quer através do mercado de capitais nacional e internacional – incluindo green bonds, sustainability-linked bonds, Euro Medium Term Notes (Reg S), Global Medium Term Notes (Rule 144-A), obrigações séniores (Senior Preferred Notes), obrigações subordinadas (Senior Non-Preferred Notes e High Yield Bonds), instrumentos híbridos destinados ao reforço dos rácios de capital de bancos (Additional Tier 1 e Tier 2) e Asset Backed Securities (securitizações e obrigações cobertas).

Ao longo da sua carreira, Nuno Castelão participou ainda em inúmeras operações internacionais de financiamento, com recurso a estruturas de Private Equity / Leverage Finance, Acquisition Finance, Asset Finance, Real Estate Finance, Structured Finance e outras, para o financiamento de operações correntes de empresas (Working Capital). Acompanhou igualmente a reestruturação de diversas operações de financiamento (Liability Management), com destaque para a reorganização da estrutura de capital de bancos, tendo sido responsável, nesse âmbito, pela negociação com o Bank of England e o Financial Stability Board, da reconfiguração da estrutura de capital e fundos próprios do Royal Bank of Scotland, para a tornar compatível com os requisitos aplicáveis de MREL e TLAC.

Nuno Castelão possui também experiência nas áreas da regulação bancária e da regulação de serviços financeiros.

A nova área de prática de Bancário, Financeiro e Mercado de Capitais da Antas da Cunha Ecija aposta em competências ao nível de Fintech, serviços de pagamento, Web3, Blockchain, tokenização, ICOs, IDOs, INOs, Metaverso, Smart Contracts e Smart Contracts Workflows, DeFi, prestação de serviços de criptoativos e legislação de temas tecnológicos.

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Relatório de procurador especial indica que Trump seria condenado se não tivesse sido eleito

  • Lusa
  • 14 Janeiro 2025

Procurador Jack Smith, que se demitiu na semana passada, "defendia que as provas eram suficientes para obter e sustentar uma condenação em julgamento” para Donald Trump.

Um relatório do procurador especial Jack Smith, publicado esta terça-feira pelos media norte-americanos, indica que Donald Trump teria sido condenado pela alegada tentativa de anular o resultado eleitoral de 2020 caso não tivesse vencido agora.

No relatório é dito que o procurador “defendia que as provas eram suficientes para obter e sustentar uma condenação em julgamento”.

O relatório de Smith foi enviado esta madrugada ao Congresso pelo Departamento de Justiça, depois de a juíza Aileen Cannon ter dado luz verde à divulgação do documento.

Smith afirmou no relatório que ele e os colaboradores atuaram sempre segundo a lei e concluíram que Trump, presidente entre 2016 a 2021, levou a cabo “uma série de esforços criminosos para manter o poder” depois de ser derrotado pelo atual Presidente, Joe Biden, nas eleições de novembro de 2020.

O procurador especial Jack Smith demitiu-se do Departamento de Justiça na sexta-feira, três dias depois de entregar o relatório ao procurador-geral dos EUA, Merrick Garland.

A demissão de Jack Smith não é surpreendente, uma vez que Trump tinha dito que uma das primeiras coisas que faria quando regressasse à Casa Branca seria afastar o procurador especial.

O Presidente eleito reagiu à demissão acusando Jack Smith de empreender “uma caça às bruxas com fins políticos”, que também atribuiu à justiça norte-americana.

Trump entra na Casa Branca em 20 de janeiro como o primeiro Presidente norte-americano a ser condenado num processo criminal, após ter sido condenado, sem punições, por pagamentos ilegais para comprar o silêncio da atriz pornográfica Stormy Daniels, com quem terá mantido uma relação extraconjugal.

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Papa condena populismos e defende divorciados e homossexuais na sua autobiografia

  • Lusa
  • 14 Janeiro 2025

Autobiografia com o título "Esperança", escrito na primeira pessoa em colaboração com Carlos Musso, chega esta terça-feira às livrarias com mais de 350 páginas.

O Papa Francisco lamenta o crescimento dos populismos, defende os homossexuais e divorciados, e critica os tradicionalistas católicos ao mesmo tempo que pede um novo papel da Igreja num tempo de conflitos e incertezas, comparável ao primeiro milénio.

Na sua autobiografia Esperança, que sai esta terça-feira para as livrarias, Francisco avisa para o risco do populismo em que vários países estão mergulhados: “as promessas que se baseiam no medo, acima de tudo, o medo do outro são a censura habitual dos populismos e o início das ditaduras e das guerras. Pois para o outro, o outro és tu”.

No seu livro de mais de 350 páginas, o Papa recordou também a declaração que assinou sobre as “bênçãos aos irregulares”, numa referência aos divorciados ou católicos que não cumpram as exigências da doutrina, publicada pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, em dezembro de 2023.

“Abençoam-se as pessoas, não as relações”, porque “na Igreja, são todos convidados, mesmo as pessoas divorciadas, mesmo as pessoas homossexuais, mesmo as pessoas transexuais”, escreve Francisco, comentando a polémica.

A “primeira vez que um grupo de transexuais veio ao Vaticano, saíram a chorar, comovidas porque lhes tinha dado a mão, um beijo… Com se tivesse feito algo de excecional para elas. Mas são filhas de Deus! Podem receber o batismo nas mesmas condições dos outros fiéis e nas mesmas condições dos outros, podem ser aceites na função de padrinho ou madrinha, bem como ser testemunhas de um casamento”, acrescentou o Papa, que condenou as leis contra a homossexualidade.

“São mais de 60 os países no mundo que criminalizam homossexuais e transexuais, uma dezena até com a pena de morte, que por vezes é efetivamente aplicada”, mas “a homossexualidade não é um crime, é um facto humano e a Igreja e os cristãos não podem, por isso, permanecer indolentes diante desta injustiça criminosa”, defende.

Sobre as reformas que imprimiu na Igreja, Francisco considera que nunca esteve sozinho no processo de decisão, minimizando a resistência em setores da Igreja, “na maioria das vezes ligadas a um escasso conhecimento ou a alguma forma de hipocrisia”.

“Os pecados sexuais são aqueles que a alguns causam mais rebuliço”, mas “não são, de facto, os mais graves”, ao contrário de outros como “a soberba, o ódio, a mentira, a fraude ou a prepotência”.

“É estranho que ninguém se preocupe com a bênção de um empresário que explora as pessoas, e esse é um pecado gravíssimo, ou com quem polui a casa comum, enquanto se escandaliza quando o Papa abençoa uma mulher divorciada ou um homossexual”, comenta no livro editado pela Nascente, da editora Penguin Random House.

Já sobre as tendências para um regresso ao tradicionalismo, como as missas em latim, pré-Concílio Vaticano II, Francisco recorda que essa possibilidade só será concedida em “casos particulares”, porque “não é saudável que a liturgia se torne ideologia”.

No que respeita à guerra na Ucrânia, Francisco recorda que, no dia a seguir à invasão da Rússia, cancelou todas as audiências e dirigiu-se pessoalmente à embaixada russa na Santa Sé.

“Era a primeira vez que um Papa o fazia” e “foi um Papa claudicante que se apresentou ao embaixador Avdeev para exprimir toda a preocupação”, recorda, acrescentando: “implorei o fim dos bombardeamentos, augurei o diálogo, propus uma mediação do Vaticano entre as partes, dizendo estar disposto a ir a Moscovo o mais depressa possível”, mas o ministro dos Negócios Estrangeiros iria responder depois que este “não era o momento”.

“O povo ucraniano não é apenas um povo invadido, é um povo mártir, perseguido já nos tempos de Estaline com um genocídio por fome, o Holodomor, que causou milhões de vítimas” e, nestes conflitos, “os interesses imperiais, de todos os impérios, não podem, uma vez mais, ser postos à frente das vidas de centenas de milhares de pessoas”, acrescentou.

“Atualmente, existem 59 guerras em curso no mundo: conflitos declarados entre nações ou grupos organizados, étnicos, sociais”, entre outros, envolvendo quase um terço das nações, elencou o Papa.

Isto “deveria bastar para desmascarar a insensatez da guerra como instrumento de resolução dos problemas: é apenas uma loucura que enriquece os mercadores de morte e que os inocentes pagam”, escreveu Francisco, que se mostra preocupado com o peso crescente das redes sociais e dos processos de desinformação.

“Aquela democracia pela qual os nossos avós lutaram em tantas partes do mundo, não parece gozar de ótima saúde, exposta também ela ao risco de uma virtualização que substitui a participação ou o vazio de significado”, com um “sistema informativo baseado nas redes sociais, nas mãos de poderosíssimas oligarquias”.

Quanto ao futuro, escreve, “a Igreja seguirá em frente, na sua história”. “Eu sou apenas um passo” e “também o papado amadurecerá; eu espero que amadureça, olhando também para trás, que assuma cada vez mais o papel do primeiro milénio”, resumiu.

Para o dirigente religioso, a Igreja deve “sair da rigidez, o que não significa cair no relativismo, mas seguir em frente” e “escapar à tentação de controlar a fé, pois o Senhor Jesus não deve ser controlado, não precisa de cuidadores nem de tutores”. “O Espírito é liberdade” e “a liberdade é também risco”, avisou.

O livro Esperança, escrito na primeira pessoa em colaboração com Carlos Musso, chega às livrarias para assinalar o Jubileu da Igreja Católica, dedicado ao mesmo tema. Na obra, Francisco conta as suas origens como Jorge Bergoglio, nascido em 1936, filho de imigrantes italianos e o seu percurso individual, parte dele durante a “longa e terrível noite” da ditadura argentina.

 

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“O grande desafio é continuarmos a crescer de forma sustentável e consolidada”

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  • 14 Janeiro 2025

Pedro Machado, Secretário de Estado do Turismo, que esteve presente na cerimónia de lançamento da campanha recente da CTP, reforçou o valor do turismo como uma força económica transversal.

O Secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, considera a campanha Eu conto com o Turismo crucial para destacar não só a relevância económica do turismo, mas também o seu papel enquanto motor de transformação social e territorial em Portugal.

“É muito importante sensibilizar os portugueses, que muitas vezes têm alguma dificuldade em reconhecer a excelência do produto que temos em Portugal nas suas sete regiões e nos seus mais de 22 produtos turísticos com que hoje nos posicionamos internacionalmente”, afirmou Pedro Machado. Para o governante, a campanha desempenha um papel essencial ao dar visibilidade às oportunidades criadas pelo turismo e ao reforçar a ligação dos portugueses às suas próprias realidades culturais e territoriais.

Pedro Machado também abordou o impacto do turismo nas regiões rurais e menos favorecidas. “Portugal está cada vez mais convicto em fazer das suas regiões uma unidade na projeção internacional. Percebemos que estes novos consumidores querem conhecer não apenas os destinos mais clássicos e do litoral, mas o nosso Portugal mais interior e profundo”, referiu Pedro Machado.

Pedro Machado, Secretário de Estado do Turismo

Pedro Machado reforçou ainda o valor do turismo como uma força económica transversal, com impacto direto em áreas como a hotelaria, a restauração e a animação turística, mas também no comércio e no poder aquisitivo das comunidades locais. “É importante, porque ajuda a criar mais modelos de negócio. Hoje vemos jovens a abraçar o turismo em projetos diversos, recuperando e transformando produtos clássicos que exportamos para novos mercados”, apontou.

Quanto ao futuro, Pedro Machado destacou que o grande desafio para o turismo em Portugal é “continuarmos a crescer de forma sustentável e consolidada”, garantindo a qualidade da experiência para os mais de 30 milhões de turistas internacionais que visitam o país. “É este triângulo entre o crescimento, a sustentabilidade e o grau de satisfação que é o grande desafio para 2025”, concluiu o Secretário de Estado.

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Hoje nas notícias: elétricos, insolvências e Montenegro

  • ECO
  • 14 Janeiro 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Governo vai utilizar a verba não executada em 2024 dos incentivos para a mobilidade elétrica para reforçar o montante já previsto para este ano. Apesar de uma redução no número de empresas encerradas no último ano, verificou-se uma subida dos pedidos de insolvência, liderado pelo setor do têxtil e da moda. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Cheques para elétricos carregados com mais dinheiro

A fraca adesão aos apoios para a compra de automóveis, motas e bicicletas elétricas registada em 2024 vai aumentar em mais de 50% o montante para estes incentivos em 2025. Segundo fonte oficial do Ministério do Ambiente e Energia, “a verba não executada em 2024 acresce ao apoio previsto para 2025, no caso dos avisos dos veículos de emissões nulas”, pelo que, em vez dos 10 milhões de euros da dotação deste ano, o Fundo Ambiental terá um montante que poderá ser 30% a 40% superior, para um total de 13,5 milhões.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Têxtil e moda impulsionam subida das insolvências em 2024

O ano de 2024 terminou com menos 14,5% de encerramentos de empresas do que 2023. A consultora Informa DB contabilizou 13.138 empresas que fecharam portas no último ano — o valor mais baixo desde, pelo menos, 2013 –, sendo que tecnologias de informação e transportes foram os únicos setores em que se verificaram ligeiras subidas. Por outro lado, embora se mantenham abaixo dos dois anos anteriores à pandemia, os pedidos de insolvência aumentaram 8,3% em 2024, para um total de 2.082. Destes, 328 estavam ligados ao têxtil e à moda, numa subida de 27% face ao ano anterior e representando 16% do total de insolvências.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Montenegro é o político mais popular. Supera Marcelo

A par da sondagem que mostra um crescimento das intenções de voto na Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro é também o político mais popular neste momento, superando mesmo Marcelo Rebelo de Sousa. No barómetro de janeiro da Pitagórica, o primeiro-ministro recebeu 53% de avaliações positivas e 38% negativas. Este saldo positivo de 15 pontos compara com os 10 pontos do Presidente da República (53% de avaliações positivas e 43% negativas). Já os líderes do PS, Pedro Nuno Santos, e do Chega, André Ventura, tiveram saldos negativos de 28 e 43 pontos, respetivamente.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Alexandra Leitão vai ser candidata do PS à Câmara de Lisboa

Alexandra Leitão vai ser a cabeça de lista do PS à Câmara de Lisboa. Os estudos de opinião internos levados a cabo pelos socialistas mostraram a atual líder parlamentar do partido na Assembleia da República como a candidata com condições mais vantajosas para enfrentar Carlos Moedas, atual presidente da autarquia, tais como o facto de ser um nome visto como capaz de ter o apoio da esquerda. A direção do PS não fez qualquer confirmação oficial, mas a informação era dada como certa ao final da noite por vários dirigentes distritais do partido.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

Separação de freguesias cria mais 163 presidentes de junta

A desagregação de 132 uniões de freguesias vai criar 163 novos lugares para presidentes de junta, a tempo das próximas eleições autárquicas, que deverão ocorrer em setembro ou outubro. O número foi calculado a partir da diferença entre as autarquias a restaurar (295) e a quantidade que será extinta. O projeto-lei que reverte a chamada “Lei Relvas”, de 2013, vai ser votada no Parlamento na sexta-feira, tendo a aprovação garantida pelos votos favoráveis de PSD, PS, BE, PCP, Livre e PAN.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

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Elon Musk negoceia compra do TikTok? “Pura ficção”, responde chinesa ByteDance

  • Lusa
  • 14 Janeiro 2025

Bloomberg avança que Pequim pondera possibilidade de Elon Musk adquirir operações norte-americanas do TikTok, caso plataforma seja proibida no país. Utilizadores descarregam alternativa Xiaohongshu.

As autoridades chinesas estão a ponderar a possibilidade de Elon Musk adquirir as operações norte-americanas do TikTok, caso a plataforma seja proibida nos Estados Unidos até ao final da semana, noticia a agência de notícias Bloomberg.

“Altos funcionários chineses já discutiram planos de contingência para o TikTok como parte de uma discussão mais alargada sobre como trabalhar com a administração de Donald Trump, uma das quais envolve Musk”, disseram fontes confidenciais, citadas pela Bloomberg.

No ano passado, os EUA aprovaram uma lei que obriga o gigante chinês do entretenimento ByteDance a vender o TikTok até 19 de janeiro de 2025, sob pena de ser proibido no país, onde a aplicação tem 170 milhões de utilizadores.

O caso foi parar ao Supremo Tribunal dos Estados Unidos, que ouviu os argumentos de ambas as partes na sexta-feira: Washington diz querer evitar os riscos de espionagem e manipulação por parte de Pequim, enquanto a rede social e as associações acusam a lei de sufocar a liberdade de expressão. Uma clara maioria dos juízes estava preparada para autorizar a proibição.

O Governo chinês e a ByteDance sempre se opuseram abertamente à venda da parte norte-americana do TikTok.

Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX, causou surpresa quando anunciou a sua intenção de comprar o Twitter no início de 2022. Após meses de reviravoltas e ataques à plataforma, acabou por adquiri-la por 44 mil milhões de dólares (43 mil milhões de euros). Musk mudou-lhe então o nome para X e utilizou-o amplamente para apoiar Donald Trump, para além das suas grandes contribuições financeiras para o republicano.

“Num cenário imaginado pelo Governo chinês, o X assumiria o controlo do TikTok americano e geriria as duas empresas em conjunto”, descreve a Bloomberg. O artigo refere, no entanto, que as deliberações são “preliminares”.

Donald Trump, que vai assumir a presidência dos Estados Unidos dentro de uma semana, tentou proibir o TikTok no final do primeiro mandato, em 2020, também em nome da segurança nacional. Desde então, voltou atrás, afirmando ter “um fraquinho” pela aplicação e pelo seu público jovem.

Elon MuskLusa

Além de automóveis elétricos e foguetões, Elon Musk cofundou outras empresas, a mais recente das quais, a xAI, é especializada em inteligência artificial (IA) generativa, que requer montanhas de dados frescos: as redes sociais são ideais para alimentar modelos de IA.

O empresário também assumiu responsabilidades políticas. Donald Trump pediu-lhe que liderasse uma missão de aconselhamento externo para fazer poupanças maciças nos orçamentos federais.

Venda a Musk para evitar encerramento nos EUA é “pura ficção”

Entretanto, o TikTok, propriedade da empresa chinesa ByteDance, já veio classificar como “pura ficção” a possibilidade de a plataforma de partilha de vídeos curtos ser vendida a Elon Musk, caso o Supremo Tribunal dos Estados Unidos decrete o seu encerramento.

“Não se pode esperar que façamos comentários sobre algo que é pura ficção”, reagiu a empresa, num comentário citado pela agência de notícias Efe.

A China criticou repetidamente “a repressão” dos EUA ao TikTok, afirmando que se trata de “uma tática de intimidação” que acabará por “sair pela culatra” aos EUA. O Estado chinês tem ações de classe preferenciais na ByteDance que lhe dá direito de veto sobre qualquer decisão.

O encerramento do TikTok nos EUA pode ocorrer apenas um dia antes do regresso de Trump ao cargo, a 20 de janeiro. Enquanto no primeiro mandato (2017-2021) o republicano tentou proibir a rede social, desta vez pediu ao Supremo Tribunal dos EUA que impedisse a entrada em vigor da lei até à tomada de posse, depois de ter prometido na campanha que iria “salvar o TikTok”.

Musk, que se tornou um dos aliados mais próximos de Trump, tem interesses significativos na China, onde está localizada a principal base de produção global da sua empresa Tesla. O magnata já defendeu, em abril passado, que “o TikTok não deve ser proibido nos EUA”. “Fazê-lo iria contra a liberdade de expressão, e não é isso que os EUA defendem”, disse.

Americanos descarregam alternativa Xiaohongshu

Entretanto, a rede social chinesa Xiaohongshu passou a constar no topo da lista das aplicações mais descarregadas pelos utilizadores da Apple nos Estados Unidos, perante a iminência do bloqueio do TikTok no país, previsto para 19 de janeiro.

Na plataforma, a chegada de utilizadores estrangeiros foi saudada com a referência “refugiados do TikTok”. O portal de notícias local Sina cita alguns utilizadores norte-americanos que se dizem indignados com o iminente encerramento do TikTok, referindo que escolheram o Xiaohongshu precisamente por terem ouvido dizer que é semelhante àquela plataforma de partilha de vídeos curtos.

Depois de a rede social chinesa ter chegado ao topo da tabela da Apple, a influenciadora Jen Hamilton, com quase quatro milhões de seguidores, carregou um vídeo no TikTok em que se apresenta em chinês e outro em que afirma, a rir: “É impossível subestimar o quão pouco me importa que os chineses tenham os meus dados. (…) Não me importo”.

O atual número dois na tabela de descarregamentos dos iPhone é o Lemon8, o concorrente do Xiaohongshu desenvolvido pela empresa-mãe do TikTok, a empresa tecnológica chinesa ByteDance.

O Xiaohongshu (“pequeno livro vermelho” em mandarim, conhecido como RedNote em inglês) estreou-se em 2013 como uma aplicação de avaliação de compras e evoluiu para uma mistura de Instagram e Pinterest, centrando-se em funcionalidades como apresentações de fotografias, recomendações dos utilizadores e comércio eletrónico.

Depois de ganhar força entre os jovens chineses durante a pandemia, a rede social tem agora 300 milhões de utilizadores ativos mensais, 79% dos quais são mulheres.

No entanto, o portal de notícias TechCrunch afirmou que a plataforma está centrada nos utilizadores chineses e não tem planos para estabelecer operações nos Estados Unidos, apesar da sua súbita explosão de popularidade naquele país.

O sucesso do Xiaohongshu atraiu investidores como os gigantes digitais chineses Tencent e Alibaba, o que fez com que a empresa fosse avaliada em cerca de 17 mil milhões de dólares (16,7 mil milhões de euros).

 

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Fundación Jiménez Díaz celebra 13 anos de liderança na prevenção do suicídio

  • Servimedia
  • 14 Janeiro 2025

Desde a sua implementação, o programa pioneiro “Código 100” garantiu a continuidade dos cuidados aos doentes.

Em 2012, a Fundación Jiménez Díaz (FJD) lançou o “Código 100”, uma iniciativa pioneira destinada a prestar cuidados imediatos e personalizados a pacientes em risco de suicídio. Ao longo destes 13 anos, o programa demonstrou “a sua eficácia na prevenção do comportamento suicida e no tratamento precoce de possíveis doenças subjacentes”, consolidando-se como uma referência no domínio da saúde mental em Espanha.

O “Código 100” garante uma continuidade de cuidados que começa no serviço de urgência após a deteção de uma tentativa de suicídio ou de uma ideação suicida. Nos primeiros sete dias, o paciente é avaliado pelo Serviço de Psiquiatria e é estabelecido um plano de acompanhamento com a duração de um ano. Esta abordagem intensiva e personalizada tem sido fundamental para reduzir significativamente o risco de comportamentos suicidas repetidos.

No 13.º aniversário da implementação desta iniciativa, e com o objetivo de relembrar aos médicos dos Cuidados de Saúde Primários, que estão na linha da frente dos cuidados médicos, em que consiste este programa e como funciona, para que saibam como agir se se depararem com um caso de risco, o hospital de Madrid organizou um webinar no qual foi destacado como o “Código 100” assegura a continuidade dos cuidados desde o Serviço de Urgência até à avaliação inicial pelo Serviço de Psiquiatria durante os primeiros sete dias, bem como na conceção de um plano de consultas de acompanhamento para um ano inteiro.

Estudos recentes demonstraram que o contacto precoce com o doente, sobretudo nas primeiras 72 horas, e o acompanhamento contínuo durante o primeiro mês, reduzem significativamente o risco de repetição do comportamento suicida aos seis meses. Este acompanhamento permite a criação de um laço terapêutico essencial, em que o doente perceciona a consulta como um lugar seguro e o profissional como um aliado em momentos de crise.

ADAPTAÇÃO

Neste sentido, a Dra. Ana María de Granda Beltrán, especialista do Serviço de Psiquiatria da FJD, sublinhou a importância de um atendimento “frequente e personalizado”, adaptado às necessidades de cada paciente, e que é “essencial para prevenir novos comportamentos suicidas e tratar precocemente possíveis doenças subjacentes”.

Num país onde, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, foram registados 4.227 suicídios em 2022, programas como o “Código 100” são essenciais para abordar este problema de saúde pública. Graças a esta iniciativa, a Fundação Jiménez Díaz, com a sua abordagem inovadora e compromisso sustentado, posicionou-se como uma referência na luta contra o suicídio e demonstrou, ao longo de mais de uma década de resultados positivos, como a prevenção e o acompanhamento personalizado podem ser fundamentais para transformar os cuidados de saúde mental em Espanha.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 14 de janeiro

  • ECO
  • 14 Janeiro 2025

Ao longo desta terça-feira, 14 de janeiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Clubes indignados com a intervenção do Governo no “caso Olmo”: “Põe em risco o controlo económico da LALIGA e é uma falta de respeito”

  • Servimedia
  • 14 Janeiro 2025

Desde a decisão do Conselho Superior de Desportos de aceitar o pedido do FC Barcelona para suspender a anulação das licenças de Dani Olmo e Pau Víctor, vários clubes manifestaram a sua oposição.

São eles os mais afetados por esta decisão governamental e interpretam-na “como uma falta de respeito pelas equipas que cumprem um controlo económico que todos concordaram em aplicar para construir uma competição mais justa e com mais garantias, a fim de evitar os problemas financeiros do passado, que levaram mesmo, no passado, ao desaparecimento de clubes devido a situações económicas insustentáveis”.

Os primeiros a pronunciarem-se foram o presidente do Athletic Club, Jon Uriarte, e o futebolista Iñaki Williams, que na altura se encontravam a poucas horas de defrontar o FC Barcelona na meia-final da Supercopa, e que manifestaram fortemente a sua oposição à decisão do CDS.

Outros clubes, como o Real Valladolid e o Málaga CF, também tornaram públicas as suas queixas na sequência da decisão do CDS: “É uma total falta de respeito. É uma falta de respeito total. É uma queixa comparativa muito grave e cria um precedente muito perigoso. É a LALIGA que regula a competição e a Federação gere as licenças”, afirmou Jorge Santiago, porta-voz do Real Valladolid.

No final da semana passada, o UD Las Palmas e o Atlético de Madrid também se pronunciaram sobre o caso. Os canários afirmaram num comunicado que “a resolução emitida ontem pelo CSD surpreendeu-nos desfavoravelmente e, da parte do UD Las Palmas, expressamos o nosso absoluto desacordo”.

Os encarnados afirmam, noutro comunicado, que a decisão do CDS “põe em causa as regras do jogo” e argumentam que houve “uma intervenção governamental” que cria “um precedente perigoso” e incentiva os clubes a “infringir as regras”.

Mas foi este fim de semana, durante a jornada da LALIGA, que mais vozes se levantaram contra a resolução do CSD. O Deportivo Alavés, representado pelo seu presidente, Alfonso Fernández de Trocóniz, declarou que esta medida cautelar “permite-lhes competir com outras regras que não as que foram aprovadas por unanimidade”. “Estamos surpreendidos e surpreendidos. É um ataque que põe em causa o controlo económico e a integridade da competição”.

Fran Canal, diretor-geral do CA Osasuna, também afirmou que “temos de lutar para que as equipas continuem a competir dentro de um controlo económico. Não é algo imposto pela LALIGA, mas algo que todos os clubes da competição exigem para que não haja mais clubes endividados e que tenham de desaparecer como aconteceu no passado”.

De Sevilha, José María del Nido Carrasco, presidente do Sevilha CF, admitiu que “estamos extremamente embaraçados com a decisão do CSD, porque veio avaliar e alterar as regras do jogo que todos temos. Para inscrever um jogador, como fizemos com Rubén Varga, temos de cumprir o controlo económico, temos de ter um limite para o custo do plantel depois de a Federação nos emitir a licença”.

Del Nido assegurou ainda que “neste país parece que se és do Barça e do Real Madrid, há regras que se aplicam a ti, e se és do resto dos mortais, aplicam as regras de uma forma diferente. E a verdade é que isto é muito, muito perigoso, porque também acredito que é uma falta de respeito para com o resto dos intervenientes no futebol e, claro, para com os nossos adeptos”.

O diretor da Área Corporativa e Porta-voz Institucional do Real Valladolid, Jorge Santiago, também foi contundente ao descrever o assunto como “uma infração comparativa muito grave”. “É uma total falta de respeito por aqueles que fazem parte desta competição. Abre um precedente perigoso.

Xavi Andreu, diretor de comunicação do RCD Espanyol, sublinhou que “qualquer equipa, seja ela primeira ou segunda, começa a competição com determinados critérios e, com isto, abrimos um precedente muito complicado que, obviamente, obriga agora a LALIGA a recorrer ao Tribunal de Litígios Administrativos”.

“Estamos convencidos de que o controlo económico é muito saudável para a sustentabilidade dos clubes da primeira e segunda divisões. É por isso que acreditamos que a decisão do CDS deve ser revista, porque não ajuda em nada o que todos nós queremos, que é uma boa imagem para o futebol espanhol.

Martín Ortega, diretor-geral do CD Leganés, disse estar “surpreendido porque se trata de uma resolução que foi adotada sem ouvir previamente a LALIGA ou a Federação, que estavam de acordo sobre o que deveria ser a resolução”.

Também porque, no final, se trata de uma resolução do CDS que é “diferente dos critérios que tinham sido adotados até agora, tanto pelo próprio CDS como pelos tribunais ordinários”. Desta forma, confessaram sentir-se “preocupados porque pode ser um precedente perigoso para a integridade da competição e pode prejudicar o controlo económico que tanto bem tem feito ao futebol espanhol nos últimos tempos”.

Borja Oubiña, analista e assistente do RC Celta, também manifestou o seu desconforto face a esta situação: “No Celta, gostaríamos de ver a maior igualdade de tratamento possível relativamente a estas questões e esperamos que essa igualdade de tratamento seja alargada a todos os clubes”.

As próximas semanas serão fundamentais nesta matéria, enquanto ontem Dani Olmo já jogou alguns minutos da final da Supertaça de Espanha contra o Real Madrid. O mundo do futebol espera que “não tenhamos de lamentar acontecimentos irreversíveis que adulteram uma competição que é a liga mais importante do mundo e que deve zelar pela sua reputação dentro e fora das nossas fronteiras”.

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“Entre transformações e aquisições, há uma mudança no paradigma” da media, diz responsável da Wavemaker

Frederico Correia, managing director da Wavemaker, antecipa em discurso direto os desafios de agências de meios, meios e anunciantes para 2025.

Manter a “vantagem competitiva de continuarmos a ser parceiros relevantes no negócio dos clientes, em detrimento de sermos apenas centros de implementação de campanhas” continuará a ser “o desafio mais intenso” das agências de meios este ano, aponta Frederico Correia, managing director da Wavemaker. Na opinião do responsável da maior agência do GroupM, se do ponto de vista internacional se continua a ouvir falar em consolidação, localmente o desafio é o da relevância. “A agilidade de adaptar as estratégias globais ao mercado português deverá continuar a traduzir-se na capacidade de saber tomar boas decisões em contexto local”, concretiza.

Para os anunciantes, sobretudo quando se fala em marcas globais, o desafio será idêntico. “Continuarem a ter a capacidade de tomar decisões com base no contexto local, que é muito particular, é essencial para o seu sucesso“, defende, realçando que fatores macro, como o desenrolar dos acontecimentos na Ucrânia e no Médio Oriente, bem como a tomada de posse do novo Presidente dos EUA, serão “absolutamente decisivos”.

Quanto aos meios, prossegue, “o sucesso de cada um dos publishers em Portugal será sempre proporcional à importância e à relevância que os consumidores lhes possam dar“. O ano que agora termina revelou, da parte dos meios, uma enorme vontade de transmitir dinamismo e vivacidade. Lançamento de novos canais e plataformas, muita transformação em alguns suportes, muita aposta em tecnologia, e a realidade é que o mercado correspondeu. Correspondeu com investimento, com crença e com criatividade, e isso refletiu-se no crescimento do mercado”, aponta.

“Acima de tudo, todos os stakeholders do mercado têm de estar conscientes da sua responsabilidade e do papel que desempenham para que o mercado se mantenha relevante e a crescer”, resume.

“Mais do que olhar para o que está a acontecer em geografias que pouco ou nada têm que ver com a realidade local, importa antes de mais conhecer com profundidade a realidade do nosso mercado, o nosso consumidor, os hábitos e as diferenças de consumo em cada região do país, servirmo-nos da tecnologia de ponta de que dispomos para sermos mais eficientes e demonstrarmos com resultados, que para se fazer bem no nosso mercado, é preciso cá estar e conhecer bem a nossa realidade”, defende ainda Frederico Correia.

Quais são os grandes desafios das agências de meios para este ano?

Temos vindo a assistir no último ano a movimentações no panorama das agências de meios que podemos considerar disruptivas. Entre transformações e aquisições, há claramente uma mudança no paradigma que sentimos estar a acelerar.

Se do ponto de vista global, continuamos a ouvir cada vez mais falar em consolidação, localmente, continuo a acreditar que o desafio, continua a ser o da relevância. A agilidade de adaptar as estratégias globais ao mercado português deverá continuar a traduzir-se na capacidade de saber tomar boas decisões em contexto local.

Termos a vantagem competitiva de continuar a ser parceiros relevantes no negócio dos clientes em detrimento de sermos apenas centros de implementação de campanhas, continuará a ser o desafio mais intenso.

Continuo a acreditar que este desafio se ultrapassa com conhecimento técnico, com informação relevante relativamente ao consumidor português e seus comportamentos, com criatividade e naturalmente com a tecnologia adaptada e ajustada à nossa realidade.

E dos anunciantes e também dos meios?

Do lado dos anunciantes, acreditamos que o desafio é de certa forma semelhante, principalmente quando olhamos para as marcas globais. Continuarem a ter a capacidade de tomar decisões com base no contexto local, que é muito particular, é essencial para o seu sucesso. Por outro lado, o contexto económico global incerto, trará naturalmente consequências localmente.

Penso que estamos todos muito expectantes com o desenrolar dos acontecimentos quer na Ucrânia, quer no Médio Oriente, bem como a tomada de posse do novo presidente dos EUA, que são naturalmente fatores macro que exercem grande influência nas economias globais, e que naturalmente se refletem em mercados de menor dimensão, como é o caso do português.

Acredito que estes fatores macro serão absolutamente decisivos no que diz respeito à evolução do mercado publicitário português.

Do lado dos meios, importa continuar a reforçar a relação com os consumidores de uma forma sustentada. O sucesso de cada um dos publishers em Portugal será sempre proporcional à importância e à relevância que os consumidores lhes possam dar. É, pois, crucial continuar a construir relações de confiança com quem os vê, ouve e lê.

Penso que estamos mais ou menos de acordo, que um pouco por influência das redes sociais e da liberdade que estas conferem aos seus utilizadores, os meios de comunicação social estão hoje a viver uma relação menos próxima e fiel com os seus públicos. A disseminação de informações contraditórias, as fake news e a polarização de opiniões, deixaram os meios de comunicação social numa posição desconfortável quando comparados com o passado recente, em que a sociedade olhava para canais de televisão, rádios e jornais como fontes de informação absolutamente credíveis.

Hoje vivemos um paradigma substancialmente diferente, em que importa reconquistar a confiança dos consumidores, não apenas trabalhando com rigor a qualidade a informação e o conteúdo produzido, mas ajustando ao mesmo tempo, esse mesmo conteúdo aos públicos que se procura fidelizar.

Como antecipa o investimento publicitário em 2025?

O cenário atual é de elevada instabilidade, pelo que as estimativas são, nesta fase, bastante voláteis. No entanto todos os indicadores vão no sentido de podermos apontar para um crescimento do mercado publicitário em Portugal situado num intervalo entre os 4% e os 6%.

Quais são os meios com maior potencial de crescimento e de quebra? Porquê?

Penso que nesse tópico não iremos assistir a nenhuma grande disrupção face ao ano anterior. Acredito que o media mix das campanhas não se vai alterar de um momento para o outro.

Estamos convictos que a alocação dos investimentos seguirá a tendência dos últimos anos, em que deveremos sempre considerar o binómio objetivos de comunicação/consumo de media em Portugal e a partir daqui definir o melhor media mix para o cumprimento desses objetivos.

Naturalmente que a TV continuará a desempenhar um papel essencial em tudo o que está relacionado com a construção de marca a par do OOH, que tem em Portugal um papel muito distinto da maioria das restantes geografias da Europa.

Não é de todo expectável que o crescimento do investimento nas mais diversas disciplinas de digital possa vir a retrair, pelo que importa continuar a avaliar e a medir de que forma esses investimentos se transformam em retorno.

A rádio, que por cá também continua a demonstrar uma enorme resiliência e vigor, continuará a ser parte determinante na obtenção de resultados em determinadas campanhas com objetivos muito próprios e acredito que poderá crescer de forma consolidada.

Quanto à imprensa escrita e ao cinema, estou convicto de que o seu papel continuará a ser tático, em determinados momentos e com um propósito específico, não sendo expectável que se venha a registar um crescimento exponencial, continuarão a ser pontos de contacto bastante relevantes nas estratégias de muitos anunciantes no mercado.

No último ano assistimos a várias novidades nos media. Como olha para o setor?

Olho para o futuro do setor com muita confiança. Acima de tudo com muita confiança de que os intervenientes do mercado saberão continuar a contribuir para o crescimento da indústria com muita responsabilidade.

O ano que agora termina, revelou da parte dos meios uma enorme vontade de transmitir dinamismo e vivacidade. Lançamento de novos canais e plataformas, muita transformação em alguns suportes, muita aposta em tecnologia, e a realidade é que o mercado correspondeu. Correspondeu com investimento, com crença e com criatividade, e isso refletiu-se no crescimento do mercado.

Mas não podemos parar. Acima de tudo, todos os stakeholders do mercado têm de estar conscientes da sua responsabilidade e do papel que desempenham para que o mercado se mantenha relevante e a crescer. E a responsabilidade vai do planeador júnior, ao diretor de marketing passando pelo comercial do suporte A ou B. Todos temos um papel a desempenhar e temos de o fazer da forma mais profissional e rigorosa possível.

Serei sempre um defensor da tecnicidade que a disciplina de media possui. O mercado português tem nuances em que essa tecnicidade faz a diferença entre o atingir ou não atingir os objetivos. Os números contam, a sua correta leitura influencia o resultado e enquanto profissionais do setor, temos a responsabilidade de querer todos os dias saber mais e entregar melhor.

Mais do que olhar para o que está a acontecer em geografias que pouco ou nada têm que ver com a realidade local, importa antes de mais conhecer com profundidade a realidade do nosso mercado, o nosso consumidor, os hábitos e as diferenças de consumo em cada região do país, servirmo-nos da tecnologia de ponta de que dispomos para sermos mais eficientes e demonstrarmos com resultados, que para se fazer bem no nosso mercado, é preciso cá estar e conhecer bem a nossa realidade.

Recuando a 2024, que pontos destaca como os mais positivos e negativos do último ano?

Penso que nestes momentos de balanço nos devemos focar essencialmente no que retirámos de positivo. Em relação ao menos bom, é tirar ilações e acima de tudo, sendo possível… evitar.

Acima de tudo importa fazer das coisas bem feitas um ponto de partida para o ano que agora se inicia. E a verdade é que assistimos a muitas coisas bem feitas no nosso mercado.

Acima de tudo importa destacar tudo aquilo que revelou que o mercado está dinâmico e empenhado em crescer, quer seja por via dos meios que lançaram novos projetos, alguns deles bastante interessantes e que podem num futuro próximo tornar-se referência no mercado, por via do crescimento no investimento publicitário registado e demonstrando da parte dos anunciantes uma confiança grande no que a indústria está a fazer pelas suas marcas.

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“Há uma ditadura da oferta de emprego, mas está a terminar”. Ouça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”

Os portugueses trabalham, em média, 38,4 anos. É esse o valor que dá título a este podcast que se debruça em entrevistas quinzenais sobre os temas mais quentes do mundo do trabalho.

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João (nome fictício) é gestor de projeto e está à procura de uma nova oportunidade de trabalho. Encontrou uma oferta online e candidatou-se, sem prestar muita atenção à empresa que está a anunciar a vaga. É a isto que Luís Sottomayor chama de “ditadura da oferta de emprego”. Mas isso, prevê o CEO da consultora Talent Portugal, está a terminar.

Neste episódio do podcast “Trinta e oito vírgula quatro”, falamos de employer branding, conflitos entre gerações e do direito dos candidatos a terem informação sobre os empregadores.

Luís Sottomayor, CEO da Talent Portugal, em entrevista ao podcast do ECO “Trinta e oito vírgula quatro”Hugo Amaral/ECO

“O mercado está muito dominado, especialmente o mercado digital, pela ditadura da oferta de emprego. Mas está a terminar. Vejo uma oferta. Muitas vezes nem sei para que empresa estou a concorrer e isso é algo que não faz sentido“, sublinha o responsável.

Por outro lado, Luís Sottomayor alerta que “assim como há talento escondido, também há muitas empresas que estão escondidas“. É aí que o employer branding deveria entrar, sendo que, neste momento, são mais as grandes empresas a investir nessas estratégias, conta o CEO.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas, à boleia, também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Neste mês de janeiro, vamos explorar essa questão do ponto de atração de talento.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 14 Janeiro 2025

O presidente da CGD vai ao Parlamento e Carlos Costa Neves toma posse enquanto secretário-geral do Governo. Já a Jerónimo Martins divulga os dados operacionais relativos a 2023.

No mesmo dia em que Paulo Macedo, presidente da Caixa Geral de Depósitos, vai ao Parlamento explicar o plano de redução de serviços prestados nas agências e do número de trabalhadores, Carlos Costa Neves toma posse como secretário-geral do Governo, após a desistência de Hélder Rosalino. Já a dona do Pingo Doce apresenta esta terça-feira os dados operacionais relativos o ano passado, enquanto o INE mostra como evoluiu a atividade turística em novembro.

Paulo Macedo vai ao Parlamento

O presidente da Caixa Geral de Depósitos vai esta terça-feira ao Parlamento explicar o plano de redução de serviços prestados nas agências e a diminuição do número de trabalhadores, especialmente em regiões do interior e nas ilhas. Esta audição surge depois de a Comissão de Trabalhadores da CGD ter dito que estas reduções fazem com que a empresa esteja a incumprir a sua missão de serviço público.

Carlos Costa Neves toma posse enquanto secretário-geral do Governo

Esta terça-feira também fica marcada pela tomada de posse de Carlos Costa Neves enquanto secretário-geral do Governo, que foi nomeado para a função depois da desistência de Hélder Rosalino, na sequência da polémica sobre o salário. Ao assumir oficialmente o cargo, Costa Neves vai ver suspensa a subvenção de cerca de 3.400 euros que tem recebido, todos os meses, da Caixa Geral de Aposentações (CGA), e deverá auferir a remuneração prevista na lei, que corresponde a um valor base de 4.989,47 euros, aos quais se somam cerca de mil euros em despesas extra. Ao todo, Costa Neves vai receber um salário de cerca de seis mil euros brutos.

Como evoluiu a operação da Jerónimo Martins?

A Jerónimo Martins apresenta esta terça-feira os dados operacionais relativos ao total do ano passado. A dona do Pingo Doce fechou os primeiros nove meses do ano com um resultado líquido de 440 milhões de euros, o que representa uma quebra de 21,2% face aos 558 milhões de euros reportados em igual período do ano passado. No total de 2023, as vendas da Jerónimo Martins dispararam 20,6%, superando o “marco” dos 30 mil milhões de euros, num crescimento que foi justificado pela empresa com o “foco na competitividade de preço e no crescimento em volume”.

Como vão os preços da habitação na Europa?

O Eurostat, o gabinete de estatísticas da União Europeia, divulga hoje estatísticas relativas ao índice de preços de habitação própria (owner-occupied housing price index), bem como sobre as vendas de casas, relativamente ao terceiro trimestre de 2024. Segundo dados recentes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a inflação nos custos da habitação continua elevada em algumas economias avançadas, entre as quais Portugal, tendo o país ficado em quinto no ranking de maior subida de preços.

Como se comportou o turismo em novembro?

Já o Instituto Nacional de Estatística (INE) apresenta dados sobre a atividade turística em novembro. De acordo com a estimativa rápida já anteriormente divulgada pelo INE, as dormidas aumentaram 4,1% até novembro, sendo que a subida foi de 2,5% nos residentes e de 4,8% nos não residentes.

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