Mota-Engil quer novo concurso para segundo troço do TGV com preço mais alto ou menos obra

A construtora não vai contestar o "chumbo" do júri à sua proposta para o segundo troço da linha Porto-Lisboa e pretende que seja lançado um novo concurso.

Tudo indica que a Infraestruturas de Portugal terá mesmo de avançar com um novo concurso público para a construção do segundo troço da linha de alta velocidade Porto – Lisboa. O júri excluiu a proposta do único concorrente, a do consórcio liderado pela Mota-Engil, que não vai contestar a decisão. A construtora pretende o relançamento do processo. O CEO, Carlos Mota Santos, afirma ao ECO que ou o preço sobe ou a exigência da obra tem de ser reduzida.

O júri chumbou a proposta do consórcio Lusolav para o troço entre Oiã e Soure, por não corresponder inteiramente à solução técnica do caderno de encargos, apesar de encaixar no valor base previsto, de 1.604 milhões de euros. O agrupamento de sete construtoras portuguesas tinha dez dias para responder ao júri em sede de audiência prévia, mas não o vai fazer.

Não vamos contestar. No segundo troço o nosso objetivo foi provar a nossa capacidade de apresentar uma proposta otimizada que se encaixasse dentro do valor base”, afirma Carlos Mota Santos em entrevista ao ECO.

Não temos nenhum objetivo de contestar a decisão do júri, porque o nosso grande objetivo é que haja um novo concurso, necessariamente em condições distintas deste, de forma a que esse concurso saia o mais rapidamente possível para que o consórcio se possa posicionar e apresentar a proposta mais competitiva.

Carlos Mota Santos

CEO da Mota-Engil

“Não temos nenhum objetivo de contestar a decisão do júri, porque o nosso grande objetivo é que haja um novo concurso, necessariamente em condições distintas deste, de forma a que esse concurso saia o mais rapidamente possível para que o consórcio se possa posicionar e apresentar a proposta mais competitiva”, acrescenta o CEO da Mota-Engil.

Que condições distintas? Ou muda o preço ou o objeto do concurso, diz Carlos Mota Santos. “Se for a mesma solução base tem de aumentar o preço. Se não aumentar o preço, tem de ser uma solução base diferente”, refere. Outra possibilidade é uma combinação das duas alternativas.

Caso não seja alterado, o concurso para a segunda Parceria Público-Privada da linha Porto-Lisboa arrisca-se a ficar deserto. Era esperado que os consórcios espanhóis — Acciona, FCC e Ferrovial, e Sacyr com as portuguesas DST e ACA — avançassem com propostas, mas acabaram por não o fazer devido ao baixo preço. “Se for a mesma solução base, com o mesmo preço, vai ter o mesmo resultado”, alerta o presidente executivo da Mota-Engil. Ainda assim, garante que “o consórcio Lusolav vai estar presente em todos os concursos com o objetivo de ser o mais competitivo possível”.

O novo concurso deverá ser lançado ainda durante o primeiro semestre, tendo em conta que o trabalho mais pesado de preparação já foi realizado para o primeiro. O calendário da Infraestruturas de Portugal prevê a entrada em vigor do contrato em janeiro de 2026 e a conclusão das obras no final de 2030.

A IP aponta para janeiro de 2026 o lançamento do concurso público para a terceira e última PPP, para a construção e desenvolvimento do troço entre Soure e Carregado. Inclui a a construção de uma nova estação em Leiria e a transformação do bairro da zona da estação atual.

Quando estiver concluída, em 2032, a linha ferroviária de Alta Velocidade vai permitir viajar entre o Porto e Lisboa em 1h15, menos de metade das atuais 2h49. O custo total estimado é de 5.600 milhões de euros.

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Prejuízos atiram EDP Renováveis para mínimos de seis anos e eliminam 1,5 mil milhões em valor de mercado

As ações já chegaram a tombar perto de 16%, depois de a empresa de renováveis ter divulgado prejuízos de mais de 500 milhões de euros e que vai cortar 22% ao investimento em 2025 e 2026.

As ações da EDP Renováveis estão a negociar sob forte pressão no mercado acionista, com a empresa de renováveis a tombar mais de 15% para o valor mais baixo em seis anos, depois de ter reportado um prejuízo de 556 milhões de euros em 2024. As ações já chegaram a negociar mesmo abaixo dos oito euros por ação, levando a empresa a perder mais de 1,5 mil milhões de euros em valor de mercado.

Por volta das 13h45, a EDP Renováveis segue a descer 8,26%, para 8,665 euros. Contudo, a meio da manhã, os títulos já estiveram a afundar perto de 16%, tocando num mínimo de 7,97 euros, a cotação mais baixa em seis anos, levando a capitalização bolsista da empresa a encolher 1.533,8 milhões de euros face à última sessão.

A sessão está a ser marcada por um forte volume de negociação, com quase 4,5 milhões de títulos transacionados. Com a desvalorização registada pela empresa esta quinta-feira, os títulos acumulam uma queda de quase 14% no ano.

Numa reação a este desempenho bolsista, Miguel Stilwell disse esta quinta-feira tratar-se de uma “reação exagerada” do mercado: “Sinceramente, não consigo entender porque é que está a haver uma reação tão negativa.”

A castigar a empresa estão os números apresentados na quarta-feira, que levaram o CEO, Miguel Stilwell, a reconhecer que o ano “não foi ótimo” para a empresa, justificando a quebra com as imparidades que decidiu constituir em relação a projetos de eólico offshore nos Estados Unidos, face à incerteza criada pelas políticas de Donald Trump, e também com a decisão de não avançar com dois projetos na Colômbia.

Os resultados reportados pela empresa falharam por completo as previsões dos analistas. Os analistas antecipavam lucros de 188,5 milhões de euros, de acordo com a Reuters. Mas a empresa passou de lucros de 309 milhões de euros em 2023 para prejuízos de 556 milhões em 2024.

Enquanto isso, a “casa mãe” EDP, que também apresentou resultados na quarta-feira, informou que vai moderar o ritmo do investimento até 2026. A elétrica, que tem o mesmo CEO, põe um teto de 4,4 mil milhões de euros anuais nos volumes de investimento, 22% abaixo daquilo que estimava em maio do ano passado, quando colocou a fasquia nos 5,7 mil milhões de euros.

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Governo garante que apoio à bilha de gás continua em vigor e já pagou dois milhões às famílias

Há freguesias a adiantar os dez euros por botija de gás sem garantia de que o dinheiro será devolvido. A tutela diz que as 1.758 aderentes "encontram-se ativamente a apoiar" os beneficiários.

O Governo garantiu esta quinta-feira que o programa Bilha Solidária, que dá dez euros às famílias mais pobres para comprarem bilhas de gás, já atribuiu cerca de dois milhões de euros aos beneficiários desde a sua criação até janeiro de 2025, através de financiamento do Fundo Ambiental, e que se mantém em vigor.

O esclarecimento do Ministério do Ambiente e Energia surge após a notícia de que há juntas de freguesia que estão a adiantar os dez euros por botija de gás sem garantia de o dinheiro ser devolvido, porque o programa estará suspenso desde o início deste ano, segundo o Jornal de Notícias.

Há cerca de um ano que o Fundo Ambiental está autorizado a assumir encargos, no valor de 3,5 milhões de euros, com este programa de auxílio à aquisição de gás de petróleo liquefeito em garrafa (GPL), que abrange os beneficiários da tarifa social de eletricidade ou de prestações sociais mínimas.

Entre 2022 (ano em quando foi criado) e 6 de janeiro de 2025, foram pagos a mais de 215 mil beneficiários um valor acumulado de 2.153.280 euros, segundo o Governo.

A gestão da iniciativa está a cargo da ANAFRE – Associação Nacional de Freguesias, que faz a articulação com as freguesias o apoio de dez euros por garrafa de gás. Segundo o Ministério do Ambiente e Energia, as 1.758 freguesias aderentes em Portugal continental “encontram-se ativamente a apoiar” as pessoas que solicitam esta verba.

“Um dos principais objetivos do Ministério do Ambiente e Energia é garantir o acesso à energia a preços acessíveis, especialmente para as comunidades social e economicamente mais vulneráveis”, reitera o gabinete de Maria da Graça Carvalho, que aprovou um reforço de 2,5 milhões de euros do orçamento para o Bilha Solidária.

A recente criação da Agência Para o Clima vem reforçar o compromisso do Governo na aceleração e otimização de programas como o Bilha Solidária, promovendo uma resposta mais eficaz às necessidades das populações e assegurando a implementação de políticas sustentáveis de combate à pobreza energética”, conclui o Executivo, esclarecendo ainda que a tarifa social do gás já incorpora um desconto de 31,2%.

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Queda de 13% das ações da EDP Renováveis é “reação exagerada” dos mercados, diz CEO

"Sinceramente, não consigo entender porque é que está a haver uma reação tão negativa", reage Miguel Stilwell.

O CEO da EDP Renováveis, Miguel Stilwell, considera que o comportamento da ação da empresa nesta sessão — uma quebra em bolsa que já supera os 10% — é uma “reação exagerada” do mercado aos resultados conhecidos na tarde desta quarta-feira.

“Sinceramente, não consigo entender porque é que está a haver uma reação tão negativa”, disse Stilwell aos analistas, numa chamada telefónica no rescaldo da apresentação de resultados da EDP Renováveis, que passou de lucros de 309 milhões de euros em 2023 para prejuízos de 556 milhões em 2024.

Para o gestor, a reação pode estar relacionada com alguma falta de clareza no que respeita às perspetivas para a cotada, mas assegura que a intenção era “ser conservador” na informação partilhada e dar dados mais sólidos ao longo do ano.

Seja como for, “o mercado teve uma reação exagerada” face aos resultados de 2024 da EDP Renováveis: “Não vemos nenhuma justificação fundamental para o que vimos esta manhã”, afere o gestor, que também é líder do grupo EDP.

A ação da EDP Renováveis está a cair 10,02%, para 8,49 euros, mas já esteve a deslizar mais de 13% no início da manhã. A “casa-mãe” está a cair 3,66%, para 3,08 euros.

O CEO aproveitou a ocasião para avançar números mais concretos das perspetivas para 2026. A EDP Renováveis deverá contribuir com 2,1 a 2,2 mil milhões de euros para o EBITDA da EDP neste ano (excluindo os projetos de eólico offshore), que, por sua vez, se deverá situar em torno dos cinco mil milhões de euros. Para isto contribui também o negócio das redes na Península Ibérica, com até mil milhões de euros, e o negócio de redes no Brasil, que acrescenta 200 milhões ao bolo total.

No que diz respeito aos resultados que a EDP apresentou relativos ao ano de 2024, nomeadamente uma quebra de 16%, para 801 milhões de euros, Miguel Stilwell descreve-os como “inegavelmente bons resultados”.

EDP Renováveis desliza na bolsa:

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Andy Briggs é o novo presidente dos seguradores britânicos

  • ECO Seguros
  • 27 Fevereiro 2025

O CEO do Phoenix Group vai liderar a ABI, associação que junta 300 seguradoras britânicas que empregam 300 mil pessoas e gerem 1,5 biliões de investimentos.

A Association of British Insurers (ABI), associação empresarial que agrega as 300 mais significativas seguradoras britânicas, passou a ser liderada por Andy Briggs, atual CEO do Phoenix Group, conhecido pela sua marca Standard Life.

Andy Briggs é o CEO da Standard Life.

Vai substituir Tim Bailey da Zurich, que era presidente desde 2023, continuando Ken Norgrove, CEO para UK & International da RSA Insurance, como vice-presidente da ABI.

Drazen Jaksic, nomeado CEO da Zurich UK em janeiro, ascende à direção da ABI na vaga de Bailey que será o futuro CEO da Zurich Global Life. Também entram Alistair Hargreaves, CEO Admiral UK para o lugar de Cristina Nestares, enquanto Chris Carroll, CEO da Bupa Insurance UK, ficará no cargo de Alex Perry.

A ABI é a principal associação de seguradoras no Reino Unido com mais de 300 companhias como membros, representando 300 mil empregos e 1,5 biliões (milhões de milhões) de libras de ativos sob gestão.

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Teresa Anjinho toma posse como Provedora Europeia de Justiça

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2025

A antiga secretária de Estado da Justiça e antiga Provedora de Justiça Adjunta de Portugal, Teresa Anjinho, toma posse como nova Provedora de Justiça da União Europeia (UE).

A antiga secretária de Estado da Justiça e antiga Provedora de Justiça Adjunta de Portugal, Teresa Anjinho, toma posse como nova Provedora de Justiça da União Europeia (UE) para um mandato de cinco anos.

Após a sua candidatura ter sido aprovada pelo Parlamento Europeu no final do ano passado, Teresa Anjinho assume, numa cerimónia de juramento no Tribunal de Justiça da UE no Luxemburgo, um mandato renovável de cinco anos à frente da Provedoria de Justiça Europeia, organismo comunitário que investiga queixas relativas a casos de má administração por parte das instituições da União.

Em entrevista à agência Lusa em Bruxelas, no passado fim de semana, Teresa Anjinho disse querer “capacitar” mais cidadãos, nomeadamente os vulneráveis ou os menos representados, para conseguirem apresentar queixas ao organismo, em áreas como a gestão dos fundos comunitários.

A nova provedora de Justiça da UE disse ainda querer maior transparência nas instituições comunitárias e sugeriu a criação de novas regras sobre acesso aos documentos, após recentes casos de má administração e de corrupção.

No anterior mandato, a Comissão Europeia enfrentou críticas da Provedoria de Justiça da UE em relação à falta de transparência na divulgação de documentos relacionados com a aquisição de vacinas contra a covid-19 e ao acordo de entendimento com a Tunísia para gestão migratória.

O gabinete do Provedor de Justiça, que é imparcial, pode dar início a um inquérito na sequência de uma queixa (que deve ser apresentada no prazo de dois anos a contar da data do problema) ou por própria iniciativa.

Depois, o caso pode ser resolvido através de uma informação à instituição visada ou de uma solução amigável, mas se tal não for possível o provedor de Justiça pode emitir recomendações e, se estas não forem adotadas, poderá ser feito um relatório especial dirigido ao Parlamento Europeu para as medidas políticas necessárias serem adotadas.

Em causa estão casos de comportamento abusivo, discriminação, abuso de poder, omissão de informação ou recusa de prestar informações, atrasos desnecessários ou de desrespeito pelos procedimentos, por exemplo.

As queixas podem ser apresentadas por nacionais ou residentes dos países da UE ou por associações ou empresas estabelecidas no espaço comunitário.

Aos 50 anos, Teresa Anjinho é especialista em direitos humanos e investigadora académica. Fazia até agora parte do Comité de Fiscalização do Organismo Europeu de Luta Antifraude.

Criada em 1995, a Provedoria de Justiça Europeia investiga casos de má administração nas instituições, órgãos, gabinetes e agências da UE, atuando por sua própria iniciativa ou em resposta a queixas dos cidadãos.

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CEO da Air France – KLM na comitiva de Macron para “reafirmar interesse” na TAP

Ben Smith, CEO da companhia aérea franco-neerlandesa, integra a delegação oficial que acompanha o presidente francês, Emmanuel Macron, na visita a Portugal.

A Air France – KLM confirma que o CEO, Ben Smith, integra a comitiva de presidentes executivos de empresas francesas que acompanha a visita de Emmanuel Macron a Portugal, entre quinta e sexta-feira. E reitera que está “muito interessada” na privatização da TAP.

Confirmamos que o CEO do Grupo Air France-KLM faz parte da delegação oficial convidada pelo Presidente de França durante a Visita de Estado a Portugal, juntamente com outros CEO de empresas francesas”, afirma fonte oficial da companhia aérea franco-neerlandesa. A informação tinha sido avançada inicialmente pela agência Bloomberg, esta quarta-feira.

Esta é uma oportunidade para reafirmarmos o nosso interesse na empresa e no país“, refere a mesma fonte. “Portugal é um mercado prioritário para a Air France-KLM, e continuamos muito interessados no processo de privatização da TAP Air Portugal“, acrescenta.

Segundo dados disponibilizados pela transportadora franco neerlandesa, as três marcas do grupo – Air France, KLM e Transavia – operam, semanalmente, cerca de 700 voos entre Portugal, França, Países Baixos e outros destinos. Em 2024 as companhias transportaram cerca de 4,5 milhões de passageiros de e para Portugal, mais 25% do que em 2019. “Em 2025, o Grupo prevê continuar esta tendência, com um aumento de oferta de 10%, mais do que o dobro do crescimento previsto para toda a sua rede”, assinala.

Os contactos da Air France – KLM com o Governo e outras entidades intensificaram-se nos últimos meses. A empresa franco neerlandesa enviou representantes a Portugal em meados de janeiro com o objetivo de reunir apoios para a privatização da TAP e abrir portas a negócios futuros, sobretudo na área da sustentabilidade, noticiou na altura o Expresso.

No final de outubro, esteve em Lisboa uma delegação do grupo de aviação, incluindo o CEO, que reuniu com o Governo sobre a privatização. Semanas mais tarde, o CEO da Air France-KLM afirmou, em conferência de imprensa, que teve “uma ótima reunião com o Governo” sobre a venda da companhia aérea portuguesa, manifestando disponibilidade para adquirir uma participação maioritária ou minoritária.

Além da Air France-KLM, também já declararam publicamente o interesse na privatização, a par da Lufthansa e IAG (dona da British Airways, Iberia e outras).

O Governo pretende avançar com um novo decreto de privatização até ao final do primeiro trimestre. As novas avaliações à TAP deverão ser entregues ao Executivo em meados de março.

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Euribor cai a 3 meses para novo mínimo de mais um ano, mantém-se a 6 meses e sobe a 12 meses

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2025

Esta quinta-feira, a Euribor caiu para 2,485% a três meses, manteve-se nos 2,389% a seis meses e subiu para 2,409% no prazo mais longo (12 meses).

A Euribor desceu esta quinta-feira a três meses para um novo mínimo desde fevereiro de 2023, manteve-se a seis meses num mínimo de mais de dois anos e subiu a 12 meses, ficando abaixo de 2,5% nos três prazos. Com estas alterações, a taxa a três meses, que desceu para 2,485%, abaixo de 2,5% pela segunda vez em mais de um ano, manteve-se acima da taxa a seis meses (2,389%) e da taxa a 12 meses (2,409%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, manteve-se em 2,389%, o mesmo valor de quarta-feira e um novo mínimo desde 25 de novembro de 2022.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor avançou para 2,409%, mais 0,009 pontos.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses recuou, ao ser fixada em 2,485%, um mínimo desde 1 de fevereiro de 2023 e menos 0,014 pontos do que na quarta-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a dezembro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,64% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,69% e 25,6%, respetivamente.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%. A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada em 2,500% em janeiro de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em janeiro voltou a descer a três e a seis meses, mas subiu a 12 meses, pela primeira vez, depois de nove meses a cair. Enquanto a média da Euribor a 12 meses subiu 0,089 pontos para 2,525% em janeiro, as médias a três e a seis meses continuaram a cair, designadamente, para 2,704%, menos 0,121 pontos percentuais do que em dezembro, e para 2,614%, menos 0,018 pontos.

Na reunião de política monetária de 30 de janeiro e como antecipado pelos mercados, o Banco Central Europeu (BCE) baixou de novo, pela quarta reunião consecutiva, a principal taxa diretora em 25 pontos base. A próxima reunião de política monetária da instituição liderada por Christine Lagarde realiza-se em 5 e 6 de março em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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É um exit. Americana Amparo compra portuguesa Adapttech e foca no Médio Oriente e Ásia

A equipa da startup nacional foi integrada, sendo o objetivo desta combinação de empresas focar na internacionalização.

Frederico Carpinteiro é o novo CEO da Amparo

A norte-americana Amparo comprou a startup portuguesa Adapttech, que aplica a inteligência artificial na área das próteses dos membros inferiores. Com esta operação, cujo valor não foi divulgado, a empresa passa a estar presente em 40 países. Médio Oriente e Ásia são os mercados alvo.

A nova empresa pretende estender a mais países os cuidados aos pacientes que necessitam de próteses nos membros inferiores, combinando os encaixes físicos da Amparo “com os insights baseados em dados adquiridos pela Adapttech”, através de um dispositivo (o Motio StepWatch) que monitoriza a atividade dos pacientes e fornece dados à equipa clínica, auxiliando na tomada de decisões para os cuidados protésicos. A empresa passa a operar sob uma única marca: a Amparo.

“Este acordo abre enormes oportunidades de crescimento e permite-nos alcançar mais pessoas mais rapidamente, amplificando significativamente o impacto das nossas tecnologias”, diz Frederico Carpinteiro, antigo CEO da Adapttech e atual CEO da Amparo.

Wesley Teerlink assume como CTO.

Com esta compra, Wesley Teerlink, anteriormente CEO da Amparo, assume como chief technology officer (CTO), concentrando-se na inovação e no desenvolvimento de produtos, Stuart Mead mantém-se como chairman, e Diogo Lopes assume como chief marketing officer.

A empresa combinada fica com 16 pessoas especializadas em engenharia mecânica e biomédica, bem como em outras áreas, como operações, comunicação e gestão”, adianta o atual CEO ao ECO. “A equipa a Adapttech foi integrada na Amparo”, garante Frederico Carpinteiro.

“O foco continua a ser a internacionalização. O nosso objetivo é reforçar a presença nos mercados, oferecendo produtos de melhor qualidade para responder às necessidades dos utilizadores”, explica o novo CEO ao ECO.

“Recentemente, lançámos o primeiro encaixe pediátrico após identificarmos a crescente necessidade em Gaza, onde o número de crianças amputadas tem vindo a aumentar”, refere.

A ação surge no âmbito da iniciativa “Restoring Hope” — organizada pela LSN Group com apoio do Rei Abdullah II da Jordânia, da Jordanian Hashemite Charitable Organisation e dos Jordanian Royal Medical Services — em que, desde setembro de 2024, foi possível, através de unidades móveis, facultar próteses a 300 pessoas em Gaza.

“Estamos a melhorar os produtos existentes para proporcionar um melhor cuidado aos nossos utilizadores. Também temos como objetivo expandir para novos mercados, como o Médio Oriente e a Ásia”, detalha Frederico Carpinteiro quando questionado sobre os objetivos desta consolidação.

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Cerejeira Namora, Marinho Falcão muda escritório para Alvalade

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão mudou o escritório de Lisboa da Rua Castilho para Alvalade. O motivo da mudança prendeu-se com a necessidade de um espaço de "maior dimensão" e a "acessibilidade".

A sociedade de advogados Cerejeira Namora, Marinho Falcão inaugurou um novo escritório em Alvalade, Lisboa, transitando assim da Rua Castilho. O motivo da mudança prendeu-se com a necessidade de um espaço de “maior dimensão” e a “acessibilidade”.

Esta mudança reflete a estratégia de crescimento da sociedade e reforça o seu compromisso com um ambiente de trabalho moderno e dinâmico. Será um novo ponto de partida para desenvolver a marca, consolidando a nossa operação nacional e reforçando a nossa equipa numa ótica global”, sublinha em comunicado o sócio fundador Nuno Cerejeira Namora.

Com mais de 500 metros quadrados, o novo escritório foi concebido para promover um ambiente de “trabalho colaborativo, flexível e eficiente”, revela a firma. “Queremos continuar a crescer e, na nossa visão, aumentar a operação relevante em Lisboa é parte do caminho”, acrescenta o sócio fundador Pedro Marinho Falcão.

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Receitas da Pérez-Llorca ascendem aos 165 milhões de euros em 2024

Sem revelar o valor específico do escritório em Portugal, a firma avança que a atividade internacional representou 20% do volume de negócios total em 2024.

A sociedade de advogados Pérez-Llorca alcançou uma receita de cerca de 165 milhões de euros em 2024. Segundo a firma, este valor representa um aumento de 33% em comparação com 2023. Estas receitas englobam as vendas em Espanha, Portugal e México.

Sem revelar o valor específico do escritório em Portugal, a firma avança que a atividade internacional representou 20% do volume de negócios total em 2024. No país vizinho, em Espanha, o volume de negócios ultrapassou os 133,6 milhões de euros, um aumento de cerca de 8 % em relação a 2023.

“2024 foi um ano-chave na história da Pérez-Llorca, marcado por um progresso constante na nossa expansão internacional e por um investimento significativo em inovação e tecnologia. Este crescimento não só reforça a nossa posição no mercado, como também nos prepara para enfrentar novos desafios num ambiente jurídico, social e geopolítico cada vez mais dinâmico“, aponta o sócio diretor Pedro Pérez-Llorca.

Para 2025, o sócio espera que continuem a promover o crescimento internacional, contando com os “melhores talentos”.

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Portas portuguesas ‘abrem-se’ para mega projeto hospitalar no Kuwait

Vicaima fornece mais de 9.000 portas para equipar o New Maternity Hospital no Kuwait. Empresa detida pela família Costa Leite está a investir 28 milhões de euros na fábrica de Vale de Cambra.

A portuguesa Vicaima forneceu mais de 9.000 portas para equipar o New Maternity Hospital (KNMH) no Kuwait, um dos maiores projetos hospitalares da região do Golfo Pérsico. Tem 18 andares na torre principal e uma capacidade total de 789 camas, 59 salas de parto e 28 salas de cirurgia.

A empresa detida pela família Costa Leite, que está a investir 28 milhões de euros na fábrica de Vale de Cambra para reforçar em 30% a capacidade de produção, indica que forneceu produtos como portas de elevada dimensão, de duas folhas e de correr, “contribuindo para a maximização dos espaços e a mobilidade entre as diferentes áreas” do complexo hospitalar.

“Foram igualmente integradas portas com abertura para vidro, acrescentando luminosidade, característica essencial em contexto hospitalar, e com grelha de ventilação, fundamental para a circulação do ar entre espaços. As áreas de acesso a salas com equipamentos de radiologia estão equipadas com portas corta-radiações, assegurando a impreterível proteção a profissionais e utentes”, acrescenta em comunicado.

Em linha com os requisitos do hospital, o revestimento escolhido foi um laminado de alta pressão para uso intensivo e com um padrão em carvalho personalizado para este projeto, uma solução que “oferece resistência, durabilidade e uma estética contemporânea, adequada a ambientes hospitalares de alto desempenho”.

Incluído no plano de desenvolvimento nacional “New Kuwait 2035” e localizado na zona médica de Al-Sabah e junto à costa do país, o New Maternity Hospital ocupa uma área total de 360 mil metros quadrados. Integra quatro edifícios interligados, incluindo um hospital principal, uma unidade de consultas externas, um edifício de estacionamento com capacidade para 1.800 viaturas e um centro de serviços.

Fundada em 1959 e liderada atualmente por Arlindo Costa Leite, a produtora de soluções de portas de interior, aros, roupeiros, painéis e peças para mobiliário tem clientes na hotelaria, habitação e serviços (educação, saúde ou comércio). Emprega atualmente cerca de 620 pessoas.

Em 2024, a faturação do negócio portas atingiu os 81 milhões de euros, representando uma “contribuição significativa” para a Vicaima Madeiras, que fechou o ano passado com um volume de negócios global próximo dos 115 milhões. As exportações para mais de 30 países valeram 90% das vendas, segundo as informações prestadas ao ECO por Filipe Ferreira, administrador da Vicaima Indústria

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